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The American Dream: morrer no berço

Na edição de Janeiro de Health Affairs (definido pelo Washington Post como “a Bíblia da política da saúde”) é publicado um estudo de Ashish Thakrar (com co-autores do mesmo Health Affairs) segundo o qual os Estados Unidos têm, em termos de saúde infantil, os piores resultados se comparados aos outros Países industrializados que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).

Os autores do estudo compararam as taxas de mortalidade infantil dos Estados Unidos e de os outros dezanove Países da OCDE durante o período 1961-2010.

Analisando os dados para jovens até 19 anos, os autores descobriram que a mortalidade infantil diminuiu progressivamente em todos os Países da OCDE, enquanto as crianças dos EUA experimentaram um risco aumentado de morte de +76%; e os jovens entre 1 e 19 anos registam um aumento de +57% de morrer antes da idade adulta.

Segundo os autores, as condições de higiene pré-natal e as lesões são as principais causas da altas taxas de mortalidade no País.

Assim, na primeira década do século 21, os Estados Unidos foram, de acordo com o estudo, o País com o maior risco de mortalidade infantil no primeiro ano de vida em toda a OCDE.
Conclui o estudo:

A alta taxa de pobreza persistente, os pobres resultados educacionais e uma rede de segurança social relativamente fraca fizeram dos Estados Unidos o País mais perigoso entre as Nações ricas onde uma criança pode nascer.

Numa nota, o pesquisador Ashish Thakrar, um dos autores do relatório, frisou como desde a década de 1980, os dados sobre a mortalidade infantil nos Estados Unidos sempre foram os mais elevados entre os Países do mundo desenvolvido.

Ipse dixit.

Fonte: Health Affairs