O smartphone espia com ultra-sons?

O desejo dos anunciantes (e não só deles…) em saberem o máximo possível sobre o público parece não ter limites, e parecem ser cada vez mais as apps que usam os smartphones para escutar e localizar os seus utilizadores.

Segundo o Bleeping Computer, foram detectadas 234 apps Android, que totalizam vários milhões de downloads, a utilizar os sistemas de identificação por ultra-sons.

Este sistema recorre ao microfone do smartphone para escutar o que se passa, não para escutar aquilo que o utilizador poderá estar a dizer, mas para tentar determinar se o utilizador estará a ver/ouvir um determinado anúncio, ou se estará num determinado local com um determinado beacon (localizador).

Em ambos os casos, a sinalização é feita via códigos sonoros ultra-sónicos, inaudíveis para os humanos, mas que os microfones dos smartphones podem detectar.

Com este método, uma app pode saber que uma pessoa esteve em determinada loja, se esta tiver um desses beacons instalados, sem que a app precise pedir permissões para aceder à localização.

 

No entanto, continuará a ter que pedir a permissão para aceder ao microfone… pelo que, nos casos dos smartphones com versões do Android mais recentes, os utilizadores já poderão impedir esse acesso sem recorrerem à medida mais radical de recusar a instalação da app por completo.

Por outro lado, há também que considerar que estas mesmas apps poderiam facilmente estar a escutar o que os utilizadores dizem… pois será indiferente ter o microfone activo para tentar apanhar os sons ultra-sónicos, ou para apanhar as conversas e demais sons do ambiente.

Ipse dixit.

Fonte: Bleeping Computer via Aberto até de Madrugada

4 Replies to “O smartphone espia com ultra-sons?”

  1. Reposição:
    Fala sobre isso e muito mais as formas são do mais imaginativo, os livros kindle da amazon (formato eletronico) lêem atraves de todos e mais sensores o que o leitor consegue inclusivamente saber o tempo que paramos em cada pagina por quanto tempo e a coisa ainda vai mais longe.

    Vou repor o link: em ingles (acho que existe legendado em portugues) e umas versões mais curtas.
    As maquinas sabem mais sobre nós que nós próprios (teoricamente) metadados e pior a coisa caminha para a troca de dados só entre maquinas, sim isso mesmo confuso? Não está aqui e bem explicado:

    https://youtu.be/JJ1yS9JIJKs

    Nuno

    1. "And the only reason we know about it is presumably because someone at one of the few companies that have been sent the draft rules decided to tell Open Rights Group about it."

Obrigado por participar na discussão!

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