Este ataque ocorre no meio dum processo que tenta fazer eclodir uma revolução colorida: em Moscovo houve recentemente cidadãos pacíficos saírem às ruas contra a corrupção, o novo mártir Alexey Navalny foi preso e a imprensa internacional logo evocou a imagem duma ditadura. Há uma clara relação de causa e efeito.
Terrorismo interno? Da Tchetchénia, por exemplo, ou dos manifestantes “coloridos”? Um terrorismo dos cidadãos parece hipótese bem remota, que podemos excluir desde já. Sobram os independentistas e, como é óbvio, a pista islâmica. Em qualquer caso, quem fez explodir a bomba no metro de S. Petersburgo sabiam perfeitamente que contexto provocar as explosões.
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| O alegado terrorista |
E diferenciar os independentistas tchetchenos dos guerrilheiros do Isis começa a fazer pouco sentido: na semana passada os terroristas do Estado Islâmico reivindicaram a responsabilidade pelo ataque contra um quartel militar da Guarda Nacional russa em Nauruskaya, na Tchetchénia. Pouco depois, os efectivos da mesma Guarda Nacional mataram seis terroristas do Isis que tinham participado no ataque em Nauruskaya.
Até agora, a Rússia tinha permanecido fora dos ataques islâmicos, apesar de ter sido empenhada contra no terreno contra o Estado Islâmico. É possível que o ataque de hoje esteja ligado a uma intensificação desta ofensiva. Em qualquer caso, não é coincidência que Putin estivesse em S.Petersburgo hoje, portanto este é claramente um ataque contra Putin.
Se esta leitura estiver correcta, a Rússia (e em particular Vladimir Putin) tem que enfrentar dois tipos de ofensivas: aquela política e aquela terrorista. Duas “centrais” distintas, das quais a segunda actua depois do primeiro ter enchido as páginas dos meios e comunicação.
Ipse dixit.
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Fontes: Sputnik,