Deutsche Bank: reciclagem & terrorismo

Nos últimos anos, quando há algo podre no mundo da Finança, eis que aparece ela: a Deutsche Bank.
Antes havia Goldman Sachs e/ou JPMorgan e, de facto, estes aí continuam mas já não estão sozinhos: o banco alemão parece estar decidido a roubar o protagonismo na novela “Os mais podres do planeta”.

É que não consegue acabar algo sem pôr a pata na poça, invariavelmente. Quando é que a Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (tem um nome assustador mas significa Autoridade de Supervisão Financeira Federal) decidirá dar uma vista de olhos sobre o que se passa no banco? E também sobre o que se passa na Alemanha toda, diga-se…

Enquanto esperarmos, eis as últimas novidades.
As autoridades reguladoras dos mercados britânico anunciaram que o primeiro banco da Alemanha cometeu erros sistémicos na execução das verificações contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Nada menos. Não é que disseram “esqueceram de enviar uma facturinha”, não: fala-se mesmo de reciclagem (lucros derivante do mercado da droga, da venda ilegal de armas, etc.) e de dinheiro que serve a alimentar os grupos extremistas, os mesmos que Angela Merkel define como “inimigos da humanidade”.

A notícia é do Financial Times que acrescenta como a inglesa Financial Conduct Authority (FCA) decidiu realizar uma investigação independente sobre o caso.

Em vez de demitir o seu Diretor de Ética, a Deutsche Bank deveria ter assumidos outros dependentes com esta função: esta é por enquanto a conclusão das autoridades de supervisão. Resultado: com a próxima investigação, é provável que o banco irá tropeçar em novas multas nos prazo de 6-12 meses.

A FCA:

Por um longo período de tempo falharam liderança e compromissos nos mais
altos níveis de gestão da supervisão de quaisquer crime financeiro. […] Chegamos à conclusão de que o braço britânico da Deutsche Bank cometeu erros sistémicos em operações para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.

E quando houve uma gestão eficaz, o Conselho de Administração do banco escolheu remover os executivos responsáveis. Uma casualidade, óbvio.

O que diz o banco? Deutsche Bank defende-se das acusações afirmando que está a colaborar com as autoridades a fim de fazer as reformas necessárias para melhorar o seu programa anti-crime financeiro:

Estamos cientes da importância desta questão e fizemos um compromisso para resolver isso.

Sim, sim, tá bom.
Única nota positiva: ao financiar os terroristas, o banco demonstrou conhecer bem os valores ocidentais…

Ipse dixit.

Fontes: Wall Street Italia, Reuters, DW.

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