Enquanto Tripas pede um novo resgate e um prolongamento do programa de assistência (tinha jurado que não, nem pensar, mas enfim, sempre político é…), surge uma dúvida: para onde foi o dinheiro que até agora foi “dado” (por assim dizer) à Grécia?
- o Deficit Primário são as despesas do Governo não cobertas pelas receitas (tanto para simplificar).
- o PSI foi uma operação do Eurogrupo para cortar parte da Dívida
- o EMS é o Mecanismo Europeu de Estabilidade, pensado para ajudar os Países em dificuldades. E a Grécia tem que pagar o EMS…
Eu nem comento.
Façam duas contas para ver quanto do dinheiro emprestado foi utilizado em favor dos Gregos e quanto para que os “investidores” (mas quem serão estas pessoas? Mah…) não sofressem perdas.
Vamos fazer as contas juntos? Ok, vamos:
- 66% foi utilizado directamente para a Dívida (Pagamentos de juros, Pagamentos da Dívida, Participação no PSI, Recompra da Dívida).
- 19% foi utilizado para salvar os bancos privados.
- 4% foi utilizado para pagar instituições (FMI e EMS)
- 11% para ajudar o Governo grego
Isso para quem pensa que os Gregos desejem fazer a boa vida à custa dos outros.
E este dinheiro todo não é “dado”, é emprestado, isso é, deve ser devolvido com tanto de juros.
Esta é a “bondade” da Zona Euro.
Ipse dixit.
Fonte: Macropolis