A teoria gender: o NKK

Harald Eia é um comediante bem conhecido na Noruega por causa do seus monólogos satíricos,
acompanhados por uma licenciatura em Ciências Sociais.

Quando a televisão pública norueguesa, desempenhando as suas funções de serviço público e social, lhe encomendou uma série de documentários sobre as ideologias “progressistas”, nasceu o programa Hjernevask (“Lavagem cerebral”). O primeiro episódio de Hjernevask foi uma espécie de missa fúnebre das ideologias gender nos Países nórdicos.

Antes de proceder: o que é a teoria gender?

A teoria gender

Tradicionalmente, os indivíduos são divididos em homens e mulheres com base nas suas diferenças biológicas. Geralmente, as pessoas identificam sexo e género como uma coisa só. Os estudos gender, pelo contrário, propõem uma subdivisão no plano teórico-conceitual:

  1. sexo (sex) que é de tipo genético, um conjunto de caracteres biológicos, físicos que produzem um binarismo masculino/feminino anatómico
  2. género (gender) que é uma construção cultural, representação e definição de comportamentos culturais que criam a divisão entre homem e mulher.

Segundo os defensores da teoria gender, o sexo e o género não são duas dimensões opostas, mas interdependentes: acima dos caracteres biológicos é desencadeada a produção da identidade de género. Portanto: o sexo é de origem biológica, mas o género é o produto da cultura humana e o resultado de um reforço da identidade social e cultural criada numa série de interações que tendem a definir as diferenças entre homens e mulheres. Nascemos machos ou fêmeas, mas homens e mulheres são o fruto da cultura.

É óbvio que esta teoria é a apoteose para os vários movimentos gay: representa a prova definitiva de que é absolutamente normal um homem pensar ser mulher ou vice-versa. O que conta não é o que diz a biologia (o sexo, macho ou fêmea, é determinado pela Natureza) mas como o indivíduo se sente (homem ou mulher): ser homem ou mulher torna-se um conceito relativo e dinâmico. Como afirma o filósofo Simone de Beauvoir : “Uma pessoa não nasce mulher, torna-se tal”.

Mas voltemos ao nosso comediante e ao programa dele.

Hjernevask

Há tempo que o nosso Harald estava com dúvidas acerca do empenho com o qual uma certa classe de políticos e engenheiros sociais trabalhava para remover o que chamavam de “estereótipos de género”.

A ideologia gender era institucionalmente representada pela Nordic Gender Insistute (NKK), ponta da doutrina que tinha como objectivo demonstrar os méritos que a “teoria gender” tinha tido no âmbito das políticas sociais e educacionais desde a década de 1970.

Na verdade, pensava Harald, o aperfeiçoamento da igualdade entre os sexos nos Países nórdicos tinha vindo a refutar a teoria gender: as mulheres, finalmente livres de escolher,  optavam na maior parte dos casos para trabalhos de orientação tipicamente “feminina” (como enfermeira, cabeleireira, etc.), enquanto os homens continuavam a ser atraídos por tarefas tipicamente “masculinas” (técnicos, operários, etc.). A igualdade entre os sexos, paradoxalmente, tinha vindo a acentuar as diferenças dos géneros em vez de reduzi-las ou eliminá-las.

Assim o primeiro episódio da série Hjernevask foi dedicado à ideologia gender. Na primeira parte do documentário, Harald fez uma série de pequenas entrevistas com os principais estudiosos do NKK; em seguida, apresentou as respostas a um conjunto de cientistas de todo o mundo, particularmente no Reino Unido e nos EUA, pedindo-lhes para comentar.

Como Harald tinha previsto, os axiomas produzidos pelos pesquisadores noruegueses despertaram a hilaridade da comunidade científica global, especialmente porque não eram suportados por nenhuma prova válida.

Sem perturbar moral ou religião, Harald refutou a ideologia gender no terreno dela, ou seja a Ciência. E a conclusão tem consequências políticas e sociais não indiferentes: a diferenciação entre os sexos é directamente proporcional ao grau de liberdade política e económica presente num determinado País.

Assim, todos os Países com uma elevada percentagem de mulheres que ocupam funções tipicamente masculinas, são Países pouco ou nada livres. Porque, como as sociedade nórdicas demonstraram, em condições de verdadeira igualdade entre os sexos, as mulheres escolhem trabalhos tipicamente “femininos” enquanto os homens escolher trabalhos tipicamente “masculinos” (isso na maioria dos casos, como já lembrado).

Não satisfeito, Harald tomou as respostas da comunidade científica e deu ao NKK a possibilidade de replicar. Foi nesse ponto que o constrangimento e o embaraço atingiram o ponto mais alto: era impossível defender a teoria gender contra o poder de objectividade.

Depois do documentário ter sido transmitido pela televisão nacional, na Noruega surgiu um debate para determinar se os contribuintes tivessem que continuar a financiar os institutos de pesquisa como o NKK, algo que custava 56 milhões de Euros por ano. Foi um golpe devastador para os ideólogos gender: o Conselho dos Ministros Nórdicos (órgão intergovernamental composto por Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Islândia) ordenou o fecho do instituto NKK. Este foi transformado em NIKK e trata de defender a igualdade entre homens e mulheres.

Ipse dixit.

Fontes: Anticorpi

9 Replies to “A teoria gender: o NKK”

    1. Só nos EUA, entre 2006 e 2007, foram consumidos 750.000.000 kg. de glifosato.
      Trata-se do Roundup, cortesia da Monsanto.

      "Um dos impactos identificados pela IARC foi entre exposição ao glifosato e o Linfoma não Hodgkin (LNH) – um tipo de cancro no sangue – e, entre 41 países europeus, Portugal apresenta uma taxa de mortalidade "claramente superior à média da União Europeia", sendo o sétimo país onde mais se morre daquela doença".
      Olé.

      Doutro lado, na mesma notícia:
      "No ano passado, a Plataforma Transgénicos Fora já tinha desafiado os municípios a aderir à iniciativa "Autarquias Sem Glifosato", mas até agora apenas oito freguesias e quatro câmaras assumiram esse compromisso".

      4 câmaras e 8 freguesias em todo o País?
      Esta é a sensibilidade que temos.
      Então é justo morrer de glifosato.

      Abraço!!!

  1. Não quero cá nada dessas coisas.
    Gosto mesmo é de uma mulher a sério daquelas que nos moem o juizo quando é preciso, com momentos de alegria, de zargata, de paixão com arranhadelas.

    Já há uns tempos andavam ai como a conversa do metro-sexual um encapotanço que já passou moda , Agora é isto.

    EXP001

    1. Racista! Sexista! Machista! Homofóbico! Retrógrado! Intolerante! Fascista! Anti-semita! Terrorista! etc. etc.

      É só escolher 🙂

      Abraçooooo!!!!

    2. Pois … então quem diz isso que fique com essa especie do gender e ainda me podem chamar de elitista, snob e militarista, que é para o lado que durmo melhor. Não são os primeiros e tambem não hão-de ser os últimos.

      EXP001

Obrigado por participar na discussão!

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d bloggers like this: