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O melhor antivirus 2015: computadores

Primeiro mês do ano, vamos ver qual a melhor forma de proteger os nossos computadores e
dispositivos Android.

Obviamente quem utiliza Linux pode evitar de ler este artigo, pois os vírus são coisas que não afectam. Única recomendação neste caso: um firewall, não tanto para o tráfego em entrada quanto para aquele em saída (eu nem aquele utilizo mas vou instalar um, nunca se sabe…).

O site de referência para os testes sobre os antivírus é AV Test, há anos líder do sector.
O teste está baseado em três vertentes:

  1. Protecção
  2. Prestações
  3. Usabilidade

1. Protecção
Simples: a quantidade de ameaças que o antivírus consegue individuar e travar (ou eliminar se for o caso). Para o efeito, cada antivírus (utilizado no mesmo computador com idênticas especificações em termos de sistema operativo e software também) é submetido a uma série de ataques por parte de códigos maliciosos.

2. Prestações
Se a protecção antivírus com mais acaba abrandar o seu computador muito, torna-se inútil.
Para isso, é importante entender o que é o mais leve, que tem menos impacto no desempenho do PC e não abrandar no início e durante o uso. Doutro lado, um antivírus demasiado “leve” provavelmente terá uma capacidade de protecção menor. Portanto, trata-se de individuar o melhor equilíbrio entre prestações e protecção.

3. Usabilidade
Um antivírus que alerte por tudo e por nada é cansativo: este é o problema dos falsos positivos, isso é, quando o antivírus não for capaz de distinguir entre programas “bons” e programas potencialmente perigosos. Também este aspecto é considerado e inserido na secção “Usabilidade”. Que, obviamente, inclui a facilidade de utilização (a interface).

Então vamos ver qual a classificação para o melhor antivírus 2015 (podem clicar na imagem para ampliar). Com o círculo verde são indicados os antivírus gratuitos.

fonte: http://www.av-test.org/en/antivirus/home-windows/

Conclusões?

Entre os antivírus pagos, Kaspersky, Bitdefender, Trend Micro e Avira (a versão paga!) lideram a classificação. Esta não é uma surpresa, todos são software com um longa tradição neste campo.
O que surpreende é 360 Internet Security 5.0 da Quihoo, que no prazo de poucos anos conseguiu obter resultado ao nível dos melhores antivírus do mercado, mas com uma particularidade: é gratuito.

Antivírus pagos

As prestações dos melhores antivírus a pagamento são mais ou menos equivalentes se a nossa escolha for entre os citados Kaspersky, Bitdefender, Trend Micro e Avira. Vamos ver as diferenças de preço no caso dum produto para um único computador (preços para Portugal e Brasil):

Avira: 29.95 € (97.76 Reais)
Trend Micro: 37.46 € (89.00 Reais)
Bitdefender: 49.95 € (99.95 Reais)
Kaspersky: 49.95 € (99.90 Reais)

O preço melhor é aquele de Avira, mas actualmente há uma interessante oferta de Kaspersky (mas só em Portugal): adquirido online fica em 27.96 €, tornado-o a escolha acertada. Para o Brasil, pelo contrário, o mais barato é o produto da Trend Micro.

Tanto para demonstrar que o preço nem sempre reflecte a bondade do produto, um dos piores entre os antivírus pagos, o Norman Security Suite Pro 11, é também o mais caro: 66.95 €.   

Antivírus gratuitos

E a propósito de antivírus “de borla”, como é a situação?
Não considerando Microsoft Security Essencial (que a mesma Microsoft aconselha não utilizar. Então porque raio continua a oferecer este péssimo programa?), é possível encontrar óptima soluções pois para ter um bom antivírus não é necessário pagar.

Além do já citado Quihoo (que, lembramos, rivaliza com os melhores produtos pagos), óptimas prestações oferecem também Panda Free Antivírus 15.0 e Avast Free Antivirus 2015 que, teste após teste, continua a perder posições.

Agora, algumas considerações.
O melhor antivírus gratuito em absoluto é Panda Free Antivírus 15.0, mas tem um problema: é um antivírus online. É um aspecto que tem de ser avaliado, pois significa que sem ligação podemos não ter uma adequada protecção (por exemplo, podemos utilizar uma pendrive antes de ligar internet, sem assim receber uma importa actualização de segurança).
  
360 Internet Security 5.0 da Quihoo parece uma excelente escolha, os dados confirmam isso. No teste duma outra instituição independente, AV Comparative, até consegue uma protecção melhor do que o famoso Kaspersky). Mas é um produto jovem e, sobretudo, chinês e isso significa que podem surgir legítimas dúvidas acerca da privacidade. Provavelmente são dúvidas sem fundamento: faz sentido que os produtores chineses tenham decidido “atacar” esta área do mercado também, oferecendo um produto altamente competitivo.

Avast Free Antivírus 2015, pelo contrário, é um nome bem conhecido e representa uma escolha segura.

Pago? Grátis?

A pergunta do costume nesta altura é: é necessário pagar para ter uma boa protecção?
A resposta é: depende.

Pessoalmente com o sistema operativo Windows utilizei sempre e unicamente antivírus gratuitos (diariamente actualizados), já lá vão muitos anos de internet e da única vez que apanhei um vírus foi por minha causa (decidi desbloquear um ficheiro que o antivírus teimava em bloquear. Tinha razão ele…).

Mas muito depende dos hábitos: se boa parte da navegação é passada saltitando entre páginas “arriscadas” na total descontracção (exemplo clássico: os sites que prometem o download de chaves para produtos bloqueados), então um antivírus pago pode ser a solução aconselhada (um Trend Micro ou um Kaspersky, por exemplo), lembrando todavia que nem estes podem fazer milagres.

Se, pelo contrário, a navegação é de tipo “normal”, um antivírus gratuito (o tal Quihoo ou o Avast) é mais do que suficiente.

Antes de acabar, é importante lembrar que todos os Leitores com ainda Security Essentials da Microsoft qual único antivírus deveriam instalar um outro produto, pois a mesma casa produtora desaconselha o seu utilizo qual única forma de protecção. Em alternativa, podem sempre passar para Linux e esquecer duma vez por todas o problema das infecções informáticas…

Na segunda parte (publicada amanhã), os melhores antivírus para os dispositivos portáteis.

Ipse dixit.

Fontes: AVTest, AV Comparative