Um atentado suicida atingiu no Sábado o café Imran no bairro de Jabal Mohsen, no norte da cidade de Trípoli, no Líbano.
De acordo com os relatórios, na explosão 11 pessoas morreram e 50 ficaram feridas. Os dois terroristas eram Samir Taha e Bilal Mohammed Mraeian, conhecido como “Ibrahim”.
O ataque foi reivindicado pela organização Al-Nusra, ligada à Al-Qaeda, com uma mensagem no Twitter. Na área de Jabal Mohsen foi estabelecido o recolher obrigatório até as sete amanhã enquanto as forças de segurança começaram a investigação.
O bairro de Jabal Mohsen é habitado por uma maioria alauíta, solidaria com o presidente sírio Bashar al-Assad, e faz fronteira com o bairro sunita de Bab al-Tabbanehe, cuja população apoia os chamados “rebeldes” sírios.
Nos próximos dias é prevista em Trípoli uma grande manifestação na qual participarão os representantes da maioria dos governo mundiais ao grito de Je suis libanaise.
Um grupo de terroristas abriram o fogo contra os centros de distribuição de ajuda humanitária no campo dos refugiados palestinianos de Yarmouk, no sul de Damasco.
O director-geral da Autoridade para os Refugiados Palestinianos, Ali Mustafa, disse que os terroristas começaram a disparar durante a distribuição na altura da chegada dos representantes da Organização das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), evitando assim os cidadãos pudessem receber as ajudas alimentares.
Mustafa acrescentou que o comboio de transporte UNRWA e do Crescente Vermelho Palestino foram forçados a deixar a área. Desde Janeiro de 2014, a Autoridade distribuiu cerca de 56.008 pacotes de alimentos e 11.616 de medicamentos, indispensáveis para a sobravivência dos refugiados.
Os principais governos mundiais condenaram com firmeza o acto e prometeram enviar os seus representantes para estes participarem na grande manifestação de solidariedade ao grito
de Je suis palestinienne.
No Domingo, o principal alvo dos terroristas foi um mercado na cidade de Potiskum, no nordeste do estado de Yobe, onde testemunhas relataram ter visto duas meninas com pouco mais de 10 anos explodir no meio da multidão, tal como no dia de Sábado tinha feito a menina do massacre de Maiduguri, que tinha provocado 19 mortos. No ataque de ontem o balanço foi de três mortos e pelo menos 43 feridos.
Bem mais grave o que aconteceu no aglomerado de vilas na região de Baga, no extremo nordeste da Nigéria, nas margens do lago Chade, onde ao longo de três dias as milícias de Boko Haram exterminaram qualquer ser humano que conseguiam encontrar; neste caso o número das vítimas ainda não foi estabelecido, mas as estimativa apontam para milhares de mortos.
Os soldados com a farda da Força Multinacional Conjunta da Nigéria, Chade e Níger, que desde 1994 administra a região, fugiram imediatamente, despido as uniformes e deixando os civis indefesos.
A comunidade internacional condenou a utilização de crianças nas atrocidades da guerra e o massacre indiscriminado de civis; para os próximos dias é prevista uma grande manifestação na qual metade dos representantes da maioria dos governos mundiais vestirá uma camisola com escrito
Je suis un enfant e a outra metade Je suis de Baga.
A petrolífera Royal Dutch Shell pagará cerca de 84 milhões de
Dólares como compensação aos mais de 15.600 pescadores Ogoni da
comunidade Bodo, no Delta do Níger, danificado pelos dois derrames de
petróleo que ocorreram entre 2008 e de 2009.
O acordo para a compensação foi alcançado sem recorrer aos tribunais, por um valor mais baixo do que os 300 milhões solicitados pela comunidade afectada, mas que mesmo assim conseguiu juntar ambas as partes depois duma batalha legal de três anos.
Em 2011, a oferta inicial da Shell para a comunidade Bodo tinha sido apenas de 6.000 Dólares. A Shell tinha aceitado desde o início a responsabilidade dos derrames provocados pelo mau estado e falta de manutenção dos oleodutos, mas também tinha indicado nos roubos e nas sabotagens a maior causa da poluição.
É também a primeira vez que a compensação por derrames de petróleo é paga directamente aos indivíduos, em vez que aos líderes locais ou a toda a comunidade: isso tem como fim evitar a corrupção e a apropriação de fundos.
De acordo com o escritório de advocacia Leigh Day, que representa os pescadores, os 84 milhões de Dólares serão divididos da seguinte forma: 30 milhões em beneficio da comunidade como um todo e um 3.300 Dólares para cada pescador danificado. O chefe da comunidade Bogo, Mene Sylvester Kogbara, espera que o dinheiro seja usado para desenvolver a comunidade, nomeadamente nas áreas da educação, da agricultura e da saúde.
Os
principais governos mundiais aplaudiram a solução e prometeram
enviar os seus representantes para estes participarem na grande
manifestação de solidariedade ao grito
de Je ne fais pas affaire avec Shell (“io non faccio affari con la Shell”).
Ipse dixit.
Fontes: La Stampa, Il Faro sul Mondo