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A Bolsa-Ponzi. E Soros vende…

Reza Wikipedia:

A bolsa de valores é o mercado organizado onde se negociam ações de capital aberto (públicas ou privadas) e outros instrumentos financeiros como Ações e Opções.

Pode ser na forma de uma associação civil sem fins lucrativos, que mantém o local ou o sistema de negociação eletrônico adequado à realização de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, mas, o mais usual hoje em dia e que as Bolsas de Valores atuem como S/A`s visando lucro através de seus serviços.

Está claro, não está? Uma sociedade apresenta-se na Bolsa para vender as suas acções, os investidores compram as acções, a sociedade ganha dinheiros.

Quem pode comprar acções? Qualquer pessoa ou empresa. A Bolsa é um mercado livre.
Livre?

Escreve o Financial Times:

Um grupo de investidores dos bancos centrais tornou-se o principal operador nos mercados accionários globais. O
relatório, que será publicado esta semana no Official Monetary and Financial Institutions Forum (OMFIF) [“Fórum Oficial das Instituições Monetárias e Financeiras”. ndt], confirma os 29.100.000 milhões de Dólares de investimento no
mercado, nas mãos de 400 instituições do sector público em 162 Países.

De
acordo com as fontes, a Administração Estatal Chinês de Câmbio
tornou-se o organismo público que tem o maior valor de Títulos accionários do mundo e, provavelmente, a Federal Reserve fica logo atrás.

Stop, parem tudo. “Bancos centrais”? “Administração Estatal”? Tornam-se os maiores investidores mundiais na Bolsa? Vamos ver o que isso significa.

Aquelas instituições que injectam grandes volumes de dinheiro nos mercados (Quantitative Easing) para que este possa voltar a funcionar, são as mesmas instituições que depois lucram com as acções na Bolsa.

E dado que aquelas instituições (os bancos centrais) são (quase todos) controlados pelos bancos privados, isso significa que os bancos privados injectam dinheiro nos mercados sob forma de Quantitatvie Easing para depois lucrar com a Bolsa.

Tudo isso tem um nome: Esquema Ponzi.

O típico Esquema Ponzi é uma sofisticada operação fraudulenta de investimento, do tipo esquema em pirâmide, que envolve o pagamento de rendimentos anormalmente altos (os lucros) aos investidores, à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real. O nome do esquema, como explica ainda Wikipedia, refere-se ao criminoso financeiro ítalo-americano Carlo Ponzi.

No nosso caso, os rendimentos são mantidos artificialmente elevados (e, de facto, sabemos que a Bolsa nos últimos anos foi cada vez mais afastando-se da economia real) com a continua criação de dinheiro, o que atrai os investidores. Mas quem ganha mais, como vimos, são agora os “bancos centrais”, isso é, os bancos privados. 

Acaba o dinheiro? Os bancos privados injectam liquidez no mercado e começa um novo giro de valsa, no qual serão sempre eles a ganhar.

No entanto, é obrigatório realçar uma notícia.

O Wall Street Journal informa que George Soros tem vendido as suas participações nos bancos e virou-se para a tecnologia e as minas de ouro minas durante o primeiro trimestre. Soros vendeu as participações no Citigroup, JP Morgan e Bank of America.

Já no ano passado, Soros tinha vendido Capitol One, SunTrust, e Morgan Stanley.

Soros é…Soros, e ponto final. Provavelmente o “melhor” especulador financeiro dos últimos anos. Não será simpático (e não é, de todo: é um criminoso de fato e gravata), mas sabe o que faz. Se Soros decidiu afastar-se dos bancos, é porque algo se passará no curto e médio prazo.

Ipse dixit.

Fontes: Zero Hedge, Ticino Live, Wall Street Journal