O assunto é complexo. Sabemos que os Fenícios tinham circum-navegado o continente africano e temos prova disso; agora, partindo do Mediterrâneo é muito mais rápido alcançar a América do que não dobrar a África do Sul: é suficiente uma tempestade no meio do Atlântico para embater no Brasil, foi assim que Pedro Álvares Cabral ré-descobriu a América do Sul no ano 1500.
Mas a tempestade foi um acaso. Haverá outras provas ou indícios?
Sem tratar dos alegados achados (inscrições, estátuas, moedas, etc.) supostamente espalhados pela América, vamos observar algumas interessantes analogias entre os povos pré-colombianos e o antigo Egipto.
Óbvio, as pirâmides.
Na verdade esta semelhança não é significativa: a forma piramidal é a mais simples e estável quando a ideia for construir um edifício elevado sem ter a moderna tecnologia. Por isso as piramides podem ser encontradas um pouco por todo o mundo, não apenas no Antigo Egipto e entre as civilizações pré-colombianas.
Múmias?
O desejo de preservar o corpo também teve várias manifestações: na China e nas Ilhas Canárias, por exemplo.
Tanto a civilização Egípcia quanto as pré-colombianas acreditavam na vida além da morte. Eu também, mas sou de Génova.
Os sarcófagos antropomorfos (de forma humana) não são uma exclusiva dos Egípcios, dos Pré-Incas ou dos Incas. Etruscos, Gregos e romanos, por exemplo, faziam o mesmo.
Eis algo não exclusivo mas um pouco mais específico: no Antigo Egipto e nas civilizações pré-colombianas, os defuntos de nível social particularmente elevado eram cobertos com mascara de ouro.
Isso é interessante: a colocação dum animal no lugar do Terceiro Olho. Ambas as culturas indicavam assim o poder do “olho da mente”, símbolo da iluminação espiritual.
Ambas as culturas têm usado o símbolo solar como parte central do sistema religioso. No Egipto, o era o deus do sol Ra, no Peru era Inti. Em ambas as culturas, o deus do sol representa a nossa alma, a nossa parte divina: voluntariamente decidimos tomar forma material (na verdade eu não lembro disso), mas agora vivemos numa amnésia que faz esquecer o nosso verdadeiro eu espiritual (ahhhh, é por isso).
Esta é uma imagem importante: não porque típica das civilizações Egípcias ou pré-colombianas, mas porque particularmente difundida num grande número de culturas antigas. É o Deus da Vara, que nada mais é senão uma proto-cruz. O facto desta ícone ser conhecida em ambos os lados do oceano em tempos tão remoto obriga a pensar.
Ambas as culturas representaram divindades capazes de flutuar no ar. Outra vez: não forma as únicas.
Os obeliscos decorados, pelo contrário, eram bastantes difundidos: desde os menhir da Idade da Pedra até os totem dos povos ameríndios, exemplos não faltam.
Tanto o povo do Antigo Egipto quanto aqueles das civilizações pré-colombianas utilizavam portas de forma trapezoidal, símbolo da subida espiritual, mas também mais simples e seguras de serem construídas (é um conceito parecido com o das pirâmides). Infelizmente, nem a presença de duas cobras simétricas por cima duma porta é muito significativa: a cobra é um bicho esticado que parece mesmo ter sido criado para acabar no lintel (contrariamente à girafa, por exemplo).
E os prédios em forma de secção piramidal? Mesmo discurso das pirâmides? Sim.
A figura de esquerda faz lembrar alguém que digeriu mal, mas a parte interessante aqui fica outra vez
na parte superior da cabeça: é o círculo que indica o já citado Terceiro Olho, algo recorrente nas representações de ambas as culturas.