diários, mas que atravessa uma fase particularmente delicada.
Paul David Goldman (o apelido diz alguma coisa?) escreve no Asia Times: diz que a Síria e o Egipto não podem ser salvos. Goldman escreve que “Síria e Egipto estão a morrer. Estavam a morrer antes da Guerra Civil da Síria e antes da Irmandade Muçulmana tomar o poder no Cairo.
Interessante.
Com Mubaraq, a expectativa de vida era de 70,1 anos no Egipto, tal como em muitas partes dos Estados Unidos. O desemprego no Egipto era menor do que aquilo dos Estados Unidos.
O presidente egípcio Morsi trabalhou para a NASA no desenvolvimento dos motores do space shuttle. Somente cidadãos americanos podem trabalhar na NASA. Os filhos de Morsi são cidadãos americanos. Um acaso?
Ainda acerca do Egipto de Mubaraq:
- Entre 1980 e 2007, o Índice de Desenvolvimento Humano do Egipto (IDH) cresceu 42%.
- A média anual do crescimento do IDH era o 10.mo mais rápido e quase o dobro da média global.
- Entre 2005 e 2008, os pobres, aqueles que vivem com menos de 2 Dólares por dia, diminuíram em mais de 11%
Assad é um homem com o qual devemos conversar, alguém que pode ajudar a prevenir que a Síria imploda. É realmente o único na Síria que pode atingir esse objectivo […] Bashar é, de facto, a esperança e a promessa para um futuro melhor.
Goldman, como vimos, afirma que Síria e Egipto não podem ser salvos e explica as razões.
Goldman diz: “A Síria e o Egipto estão a morrer porque optaram por não fazer o que a China fez: levar a parte melhor do bilião de pessoas do atraso rural para a moderna economia urbana no prazo duma geração”.
Goldman, a seguir, escreve que a Síria de Assad fez um erro de ter procurado modernizar o sector agrícola, empurrando milhares de agricultores para as cidades. Evidentemente, o que vale no Egipto não pode valer na Síria.
Goldman escreve: “Na semana passada, Thomas Friedman, do New York Times, visitou uma padaria, no Cairo, e viu os pobres egípcios disputarem o pão subsidiado. Alguns estavam com fome. Enquanto a desnutrição atinge cerca de um quarto dos egípcios, o Egito está a morrer lentamente. Os empréstimos de emergência do Catar e da Líbia têm retardado a necrose nacional, mas não parado”.
Goldman aparentemente apoia o plano de Israel Yinon, que significa quebrar e destruir todos os Países muçulmanos. Goldman escreve: “A única coisa humana a fazer é dividir a Síria sobre o modelo iugoslavo, mas isto não parece estar na agenda de nenhum governo”.
Rachman fornece quatro razões que explicam como os EUA não irão dominar a política da região:
- As guerras no Afeganistão e no Iraque têm sido infrutíferas, não tendo conseguido transformar estes Países em aliados pacíficos e prósperos.
- A actual Grande Recessão resultou em cortes no orçamento do Pentágono. Os custos directos e indirectos da guerra no Iraque são estimados em 3.000 biliões de Dólares. O governo dos EUA pede emprestados 40 cêntimos por cada Dólar que gasta.
- Rachman afirma que “Mubaraq não poderia ser suportado sem o risco de um banho de sangue como na Síria […] Muitas das forças que actuam na região, como o islamismo e o sectarismo entre sunitas e xiitas, são alarmantes para o Ocidente, mas não podem ser controlados ou suprimidos para sempre. O que Rachman não diz é que não foi o islamismo a causa da Primavera Árabe e nem o sectarismo entre sunitas e xiitas. Foi um trabalho externo, dirigido por NATO, CIA, Mossad e MI6.
- A revolução do petróleo de xisto nos Estados Unidos diminui a dependência do Médio Oriente. Aceitar que a dominação ocidental sobre o Médio Oriente está a chegar ao fim, no entanto, não significa que as Nações ocidentais não terão vontade de defender os seus interesses. Então, quem vai ser a “nova” grande potência no Oriente Médio?
Há pessoas que cometeram crimes pelos quais foram condenados (no Egipto), mas vivem em solo britânico.
Agora israel já não precisa do aliado americano. Sente que a meta fica perto. Também é assim que nasce uma nova Grande Potência.
Ipse dixit.
Fontes: Asia Times 1, 2, Lebanon Wire, GlobalResearch, ModernEgypt, NewsMax,
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