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A epidemia

Por acaso é o contrário…

Morreu Hugo Chavez.
Nada aqui de comemorações: internet está cheio disso e as opiniões divergem. Cada um que fique com a própria.

Mas na Rede é possível encontrar também uma teoria, a mesma que circula há tempo e que foi retomada ontem pelo vice Mauro: foi uma conspiração dos americanos, a mesma que matou Arafat.

Será? Pode ser, os meios nem faltariam. E os escrúpulos não atrapalham. Mas…

Arafat morreu em 2006. No mesmo ano, Hamas conquista a maioria do Conselho Legislativo da Palestina. E Hamas não é propriamente tenra com israel. É depois da morte de Arafat que a Palestina apresenta o pedido de admissão nas Nações Unidas, algo que estraga os sonhos de israel. Se a morte de Arafat tinha como objectivo travar o movimento de libertação, o objectivo falhou.

Néstor Kirchner, presidente da Argentina, morre em Outubro de 2010 de ataque cardíaco. O poder é tomado pela viúva, Cristina. É ela que fecha a porta na cara do Fundo Monetário Internacional. A política do ex marido não apenas não muda mas torna-se mais acutilante.

Luiz Inácio da Silva ainda não morreu, mas é vítima de cancro também, tal como Chavez. O sucessor dele chama-se Dilma Rousseff e Lula prepara-se para voltar após o período sabático. A mesma Dilma é vítima de cancro, do qual recupera.

Fernando Lugo, presidente do Paraguai, é vítima de cancro em 2010. Está totalmente recuperado. 

Fídel Castro é vítima de doença também: mas em 2006, quando começam os problemas, Fidel já tem 80 anos. Será até comunista, mas não deixa de ser humano…

Conspiração? Fatalidades?
O número de vítimas “de topo” não deixa de ser muito suspeito, sobretudo quando for considerado o denominador comum: todos envolvidos na frente anti-imperialistas ou anti-EUA.

O caso mais gritante é aquele de Arafat, onde há mais do que simples suspeitas: o Polónio 210 estava aí, não é difícil imaginar os mandantes.

Mas na América do Sul?

Fidel está vivo, tal como Lula, Dilma, Lugo (que já tinha sido afastado com meios mais “democráticos”). E o presidente Kirchner encontrou digna sucessora. O único caso de “sucesso” poderia ser Chavez, sempre que a Venezuela agora mude de rumo. Algo improvável, sobretudo consideradas as primeiras declarações de Mauro.

Se foram operações encobertas, os êxitos são um fracasso. Talvez demasiados fracassos para ser obra do País mais potente e “mau” do planeta. Podem os Estados Unidos pensar que seja suficiente eliminar os homens para acabar com as ideias também? Nada pode ser excluído e a dúvida fica.

A palavra aos Leitores.

Ipse dixit.