Lembram-se do artigo Aspartame e câncer: as provas publicado há dois dias?
O American Council on Science and Heald (ACHS) chumba a pesquisa que está na base das conclusões.
A faculdade que difundiu os dados pede publicamente desculpa por ter promovido as conclusões da investigação. O ACHS afirma que o aspartame, o adoçante artificial, é um ingrediente de cerca de 6.000 produtos, especialmente refrigerantes dietéticos, e que há centenas de estudos nos humanos e nos animais que não apresentam efeitos nocivos.
Meia hora depois da pesquisa ter aparecido no American Journal of Clinical Nutrition , o vice-presidente sénior da faculdade sediada no Brigham and Women’s Hospital apresentou um comunicado:
Após a análise dos resultados, o consenso dos nossos líderes científicos é que os dados são fracos.
O estudo não convenceu outras revistas, tais como o Journal of the National Cancer Institute, o Journal of the American Medical Association, The Lancet e o British Medical Journal. O conselheiro do ACSH, Dr. Adam Drewnowski, professor de epidemiologia da Universidade de Washington, observa:
O American Journal of Clinical Nutrition, a principal publicação da Sociedade Americana de Nutrição, é uma das revistas de maior prestígio no campo. Não só isso, mas Walter Willett, o mais conhecido epidemiologista dos Estados Unidos, estava entre os co-autores do estudo. Deveria haver menos precipitação e mais responsabilidade na ciência.
Acrescenta a Dr. Elizabeth Whelan, do ACSH:
Isto é simplesmente embaraçoso, só ilustra perfeitamente o caminho triste que a ciência tem tomado. Grande parte da pesquisa científica, vemos que tornou-se uma agenda ideológica contra o aspartame e os adoçantes artificiais, baseada no medo dos “produtos químicos”. Pode ser também observado na edição deste mês do Harvard Magazine, que traz uma reportagem sobre “Soda e Violência”. É verdadeiramente triste.
E o ACSH está lançado.
O Dr. Josh Bloom:
É praticamente impossível encontrar algo mais seguro do que o aspartame. É composto por dois aminoácidos, que fazem parte da sua dieta normal de qualquer forma, além de uma pequena quantidade de metanol, muito menos do que você poderia consumir na fruta ou num sumo. A única maneira com a qual uma pessoa poderia ser prejudicada pelo aspartame é ficar atropelado pelo camihão que vai entregá-lo.
Reparem: “É praticamente impossível encontrar algo mais seguro do que o aspartame”.
É bom saber isso.
Venham mais químicos portanto. É toda saúde.
Ipse dixit.