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Dieta e tumores: um estudo

Alimentação? Doenças?
Então vamos ver.

Foi publicado um artigo da Loma Linda University (que raio de nome) nas páginas de Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, revista da American Association for Cancer Research, apoiada pela American Society of Preventive Oncology. Como é claro, a Bíblia dos pesquisadores anti-tumor.

O artigo sintetiza os resultados duma experiência envolvente 69.120 Adventistas (da Igreja Adventista do Sétimo Dia), uma população de baixo risco do ponto de vista cancerígeno dado que os membros de tal religião recusam comportamentos de risco como tabaco, álcool e sexo fora do casamento (então vivem para quê? Boh…).

Ao longo de alguns anos, foram analisados membros com uma dieta omnívora, pesco-vegetariana (como a minha: de vez em quando um choco frito à Setubalense com batatinhas…), semi-vegetariana, vegetariana e vegan (os mais radicais: sem ovo, leite e tudo o que possa ser reconduzido à exploração dos animais).

Quem ganhou? Os vegans. É este o único grupo com uma reduzida percentagem de tumores, independentemente do género masculino ou feminino, mas com realce para os tumores ginecológicos e da peito. Isso após todas as correcções estatísticas do caso, como etnia, historial familiar, nível de educação, idade, menopausa, e muito mais.

Além disso, a dieta vegan parece proteger também contra a obesidade, o diabete e a hipertensão, entre as outras coisas.

Viver doente, morrer saudável

Lembramos os princípios do veganismo.

É a prática que evita a utilização de animais por fins alimentares: por isso nada de caça, apropriação, trabalho, vivissecção e todas as outras utilização que envolvam a exploração da vida animal. O vegano procura a preservação da liberdade e da integridade animal, no exercício da não-violência, e procura alternativas: por isso nada de produtos de origem animal (alimentares ou não), produtos que tenham sido testados em animais ou que incluam qualquer forma possível de exploração animal nos seus ingredientes ou processos de manufactura.

Na comida: nada de carnes, enchidos, banhas, vísceras, músculos, gelatina, pele, cartilagem, lacticínios, ovos, mel, frutos do mar, peixes.
No vestuário: nada de artigos em pele, couro, lã, seda, camurça, pérolas, penas, plumas, ossos, pelos, marfim.

Consomem basicamente cereais, frutas, legumes, vegetais, hortaliças, algas, cogumelos e qualquer produto, industrializado ou não, desde que não contenha nenhum ingrediente de origem animal. Entre o vestuário, só tecidos de origem vegetal (algodão, linho) ou sintético (poliéster).

E não têm cancro.
Opinião pessoal: é o mínimo, após uma vida passada como doentes…

Carências

 
O problema é que a dieta vegan não é uma dieta saudável. Sim, afasta os tumores; mas o ser humano não é atingido apenas por cancros, há também carências de proteinas que podem ser fatais. Falem com um nutricionista de confiança: a dieta vegan tem fortes limitações neste sentido.

Mesmo sem abraçar escolhas radicais como o vegetarianismo ou o veganismo, realçamos a importância de comer frutas e verduras: produtos frescos (na clássica loja, nada de super ou hipermercados) e cultivados não longe do local de venda (nada de produtos importados, que passam dias nas arcas congeladoras).

É toda saúde. 

Ipse dixit.

Fonte: Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention