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A ilha de Krowler

…e não posso mesmo ignorar o inteligente desafio de Krowler:

Numa
ilha deserta coloca mil pessoas, em que tu serás o patrão de 950 sendo
que as restantes 50 serão destinadas ao governo local.

Tu, serás o dono de uma fábrica que produzirá todos os tipos de bens que os seus habitantes necessitam.
Essa
fábrica produzirá por ex. 1.000.000 de euros/mês ( que será
naturalmente o PIB da ilha)considerando um bom lucro pois não há
concorrência.
Em salários, reduzindo o lucro e os impostos, os 950
trabalhadores custarão uma fração da venda, por ex. 500.000 euros e os
50 funcionarios públicos 25.000 euros.
Então podemos afirmar que a
capacidade total máxima de aquisição dos habitantes da ilha será de
500.000+25.000, ou seja, 525.000 euros/mês.
Este valor de 525.000
será pois o máximo que tu, enquanto empresário/patrão, poderás vender
porque os habitantes da ilha não têm dinheiro para comprar mais. Para
uma taxa de poupança igual a zero.

Ficas assim com um excedente de produção igual a 475.000/mês.

O que farias nesta situação?

Por enquanto deixo as interpretações dadas até agora:

Rita:

Com essas condições, escolhia um cidadão chamado Krowler para descalçar a bota 😉
Desculpa Krowler, mas não resisti.
🙂

Maria:

Se houvesse possibilidade de exportação do excedente de produção, acho
que se poderia pensar também em importação, diversificando/aumentando o
consumo.
A ideia de uma única empresa a produzir tudo para todos não
me parece ideal. Então daria um jeito de desmembrá-la de forma a
organizar uma cooperativa de produtores e uma de consumidores para
equilibrar produção e consumo, ao mesmo tempo distribuir inteligência,
recursos e produtos.
Mas, a bem da verdade, acho que poucos fariam o
que eu faria, e também não estou certa que funcionaria. Tal
funcionamento dependeria das metas a alcançar: se a concentração de
lucro/poder ou um equilíbrio estável da vida na ilha.

Quanto a mim, a primeira coisa que  pensei foi esta (mas não é a verdadeira solução!):

Eu começaria para encontrar uma pequena ilha, não muito forte do ponto de vista militar e com alguns recursos. Depois enviaria para a ilha um diplomata, possivelmente antipático, e publicaria ao mesmo tempo um vídeo anónimo no qual é afirmado que todos os habitantes daquela ilha são ignorantes e bestas ao quadrado. Uma vez morto o diplomata num atentado, começaria uma acção militar para democratizar a ilha, sendo que todas as empresas nacionais seriam entregues aos empresários da minha ilha. O novo governo (constituído por pessoas próximas do meu governo) teriam que queixar-se da enorme dívida pública do País e introduzir medidas de austeridade, primeira entre todas a redução dos salários. Não muito, só o justo para que produzir na nova ilha fique mais barato, mas sem esquecer o poder de compra dos habitantes, que tem que continuar a ser suficiente para a aquisição de 475.000/mês de bens importados (da minha ilha, claro) mais os poucos bens produzidos localmente. Entretanto, na minha ilha apoiaria com medidas extraordinárias a exportação, reduziria os impostos dos trabalhadores e das empresas (principalmente no sector terciário), afastaria Krowler para uma ilha deserta e obrigaria todos a poupar, e que raio, tem que haver um mínimo de poupança!

Esta, como afirmado, não é a verdadeira solução, mas gosto dela 🙂
Obviamente todos os Leitores são convidados para participar.

Ipse dixit.