O velho filme. Legendado em castelhano.

Como era o quiz de ontem?
Era assim:

  • tente o Leitor descobrir qual o valor da dívida pública espanhola (em % do Produto Interno Bruto)
  • compare o mesmo valor com aquele de: Estados Unidos, Bélgica, Reino Unido, França, Canada, Alemanha, israel, Áustria, Holanda.

A resposta correcta chegou com o comentário de Zarco:

O problema não é a divida pública espanhola 70% do PIB, inferior à de
todos os outros países que referiste e que não estão em “crise”(excepção
dos EUA que não está em crise de dívida pelas razões conhecidas e
outras que desconhecemos…).

O problema espanhol, na verdade são dois problemas:


Os detentores da dívida pública são Bancos, ao contrário do Japão que
tem 223% de dívida, mas maioritariamente detida pelos particulares e
paga juros de 0.95% a 10 anos…
– A dívida dos particulares é de 197% (leram bem, cento e noventa e sete )do PIB.

E quando assim é os “mercados”=bancos não perdoam…

Exacto.

A Espanha está agora obrigada a seguir o caminho da austeridade: cortes nos ordenados, nas reformas, subida das taxas, desemprego…a música do costume. É a mesma coisa que aconteceu na Grécia, que acontece em Portugal, que acontecerá em Italia.
Objectivo: baixar o spread dos Títulos de Estado.

Mas paremos para reflectir um bocado: a dívida pública espanhola é bem mais baixa do que a alemã, a francesa ou os Estados Unidos. Então porque a Espanha está em crise?

Resposta: a Espanha não está em crise por causa da dívida pública, está em crise por causa da dívida privada.

O sector da construção caiu 90% desde 2007; os investimentos fixos perderam 8% de pontos do PIB.
O problema da Espanha foi uma montanha absurda de crédito bancário para construir imóveis e pagar mútuos cada vez mais caros. Tudo isso dava a sensação de riqueza, fazia aumentar o PIB; mas na verdade enchia a bolha. E, como sabemos, cedo ou tarde uma bolha rebenta.

“Click” para aumentar!!!

Perguntem aos Chineses. Metade do crescimento de Pequim é feito com o cimento: caiu o cimento, surge a crise. É exactamente o que está a acontecer na China nestas horas.

Então o sábio Leitor avança com uma pergunta: “Mas que tem a ver a dívida pública com a dívida privada?”.

Justo, sábio Leitor, justo. Ou, dito de outra forma: porque o Estado Espanhol tem que “cortar” a dívida pública quando os problemas forem apenas privados?

Na verdade a história dos spread é pura propaganda e tem uma função: encobrir o papel que os bancos tiveram na destruição da economia.
Diz Zarco que a Espanha tem na realidade dois problemas:

  1. Os detentores da dívida pública são Bancos, ao contrário do Japão que
    tem 223% de dívida, mas maioritariamente detida pelos particulares e
    paga juros de 0.95% a 10 anos…
  2. A dívida dos particulares é de 197% (leram bem, cento e noventa e sete )do PIB.

Na verdade são os dois lados do mesmo problema, que é sempre e só um: é verdade que os detentores da dívida pública espanhola são os bancos, mas é verdade que esta dívida é muito mais baixa daquela de outros Países considerados “sãos”. Se a dívida está em risco é porque os bancos espanhóis estão em crise. Mas porquê os bancos espanhóis estão em crise? Porque antes fizeram tudo e mais alguma coisa para criar uma bolha do crédito, que enfraqueceu as mesmas instituições detentoras da dívida pública.

Na verdade o que apresenta risco não é a dívida, mas quem detém a mesma. E quem detém a dívida pública espanhola são maioritariamente os bancos espanhóis. Que estão tecnicamente falidos.

Portanto, estamos perante cidadãos aos quais é dito que “fizeram a boa vida” e que agora “têm que fazer sacrifícios” para emagrecer o Estado e “ser felizes depois”. E que significa “emagrecer” o Estado? Cortes, mais taxas, despedimentos, sem dúvida.
Mas o bolo tem outros dois nomes. Um é “privatização”, enquanto o segundo é um pouco mais comprido: “fazer pagar aos cidadãos as dívidas dos bancos privados”.

O enredo

Simplifiquemos ao máximo.
Eu sou um governante e deixo ao longo de anos que os bancos concedam mútuos com uma facilidade extrema. Chega o dia em que os cidadãos não conseguem devolver o dinheiro (há uma crise global, não esqueçam) e os bancos ficam expostos: têm muitos créditos mas poucos são aqueles que podem reembolsar os empréstimos contraídos.

Nesta altura o que faço?  Poderia dizer: “Queridos bancos, problemas vossos, fizeram os sacanas, agora têm que pagar as consequências. Doutro lado, se isso tivesse acontecido com uma outra empresa privada qualquer, o Estado não teria mexido um dedo. Adeus”.

O problema é que nesta fase aparecem os especialistas, os quais começam a lançar gritos de dor: “Se os bancos falirem será o colapso do País, o Armageddon, o Dia do Juízo!”.

Eu sou governante e tenho os meus especialistas também: sei muito bem que a falência dos bancos poderia trazer grandes dificuldades ao País. Mas qual a alternativa? Vender o património do Estado, utilizar o dinheiro dos cidadãos para cobrir as dívidas dos bancos e contrair empréstimo com FMI e BCE, obrigando os cidadãos e as gerações futuras a pagar a factura (reembolso + juros)? Faz sentido arruinar um inteiro País, hoje e amanhã, para salvar alguns bancos privados?

Na minha óptica de político a resposta é : Sim”, faz sentido”. Doutro lado é por isso que me foi permitido candidatar-me, é por isso que recebi aveludadas contribuições durante a campanha eleitoral.

Por isso, ponho uma expressão séria séria e falo aos cidadãos:

Queridos cidadãos, vivemos acima das nossas possibilidades, mas agora a festa acabou. Chegou a altura de fazer sacrifícios. Fazemos sacrifícios agora para ficar melhor depois.

O Estado tem que emagrecer pois custa demais. E paciência se nas privatizações forem vendidas também empresas que produzem lucro, são coisas que acontecem.

O importante é a retoma económica. Por isso decidimos introduzir ou aumentar taxas e impostos porque, como todos sabem, menos dinheiro para todos é a receita justa para a recuperação.

Temos que investir no futuro, no futuro nosso e dos nosso filhos: por isso teremos milhares de professores desempregados, menos dinheiro também para a instrução e até os livros custarão mais.

Temos que criar as melhores condições para que as empresas desenvolvam, sobretudo o transporte de mercadorias das pequenas e das médias: por isso os combustíveis vão aumentar com um ritmo constante, dado que mais de metade do preço é só impostos e Iva.

Ao mesmo tempo, aumentamos os preços dos transportes públicos, assim, tanto para não perder o vício e obrigar os cidadãos a usar o carro e gastar gasolina (e piorar a balança comercial).

Mas nesta altura de sacrifícios não podemos esquecer os trabalhadores: por isso, revisão do código do trabalho e despedimentos simplificados. É o mínimo para ter a certeza que o número dos desempregados continue a aumentar.

O nosso dever, enquanto políticos, é o bem do País e de todos os cidadãos: por isso aconselhamos emigrar.

E lembrem: está e a estrada melhor, até recebemos os parabéns da União Europeia.

Se os Leitores extra-comunitários (tal como os Brasileiros) estiverem às gargalhadas após ter lido este programa demencial, fiquem já a saber que é mesmo isso que se passa em alguns Países da Europa (um País acaso…Portugal?).
   

Não só Espanha

Em resumo: um velho filme.

“Click” para aumentar!!! Já disse…

E a coisa mais divertida é que o problema da montanha de dívida criada pelos bancos, com a técnica do crédito fácil, está longe de ser resolvido.

Há uma bolha imobiliária na Escandinávia: olhem o acaso, também na Suécia e na Dinamarca os bancos estão com problemas após terem carregado de mútuos absurdos os cidadãos.

Mesma situação na Coreia (do Sul, obviamente), onde a dívida das famílias atingiu 160% do PIB. Na Escandinávia está perto do 150%.
Querem mais? Então eis Reino Unido e Austrália: 180%. Repito: dívida privada.

Resumindo: se o desejo for brincar, podemos falar da dívida pública também. Mas se a ideia for procurar o verdadeiro problema e os responsáveis, então temos que olhar para os dados apresentados acima.

Ao longo dos séculos, até 1990 mais ou menos, as casas nunca constituíram um problema: aumentava a inflação, aumentavam os preços delas também, mas tudo seguia uma lógica, aquela da inflação (claro, depois havia as excepções: mas estas interessavam maioritariamente os especuladores e aqueles que tencionavam fazer investimentos de médio e longo prazo).

Outra vez? “Click”…

O ponto de viragem aconteceu na década dos anos ’90, no Ocidente mas não só (Japão, Coreia, israel…): os bancos começaram a disponibilizar um rio de crédito em vista da aquisição de terrenos. Resultado: os preços dos terrenos e dos imóveis começaram a triplicar ou até mais.

Agora, atenção: a terra é um valor, aliás, é o valor ideal para garantir um empréstimo, pois pode ser penhorada e mantém um valor.

Mas quando o empréstimo for feito a uma empresa, caso esta entre em falência, o que deixa atrás? Nada, dívidas no melhor dos casos.

E quando o empréstimo for feito a uma pessoa que nada tem e nem trabalha? Mesma coisa.

Dos anos ’90, portanto, os bancos começaram a conceder empréstimos a todos (“cães e porcos”, como se diz em bom italiano) com os seguintes resultados:

  • empréstimos para pessoas/empresas que não tinham uma real capacidade para devolver o dinheiro obtido (e os bancos eram os credores)
  • preço dos terrenos aumentados de forma exponencial (muita procura? O preço sobe, é uma lei básica do mercado)
…sim, sim, é sempre “click” para aumentar…

Reparem: o que aumentava era o valor do terreno, pois os custos de construção ficavam mais ou menos na mesma. Subiam, pelo contrário, os preços do produto acabado (com o mútuo).

Era este um mecanismo financeiro pensado para fazer multiplicar o preço da terra e ganhar mais com esta (e pensar que os economistas clássicos afirmavam o contrário: o preço da terra deveria descer, pela simples razão que não é um produto da actividade humana, é como o ar, a água…).

Assim, havia os lucros das companhias do mercado imobiliário (que, em muitos casos fazem parte das instituições bancárias) e não podemos esquecer outro aspecto: o sector da construção movimenta muito dinheiro, com um número incalculável de pequenas e médias empresas que, para poder trabalhar, necessitam de empréstimo.

Mais trabalho = mais empréstimos = mais lucro para os bancos.

É o caso de falar da reserva fraccionária? O Leitor deposita um e o banco empresta a mesma nota várias vezes? Não, os Leitores, em particular os mais antigos, conhecem este joguinho. Mas ajuda a ter uma ideia dos níveis de lucro que é possível alcançar.

Resumindo: mera especulação. E bolha.
Bolha que já explodiu nos Estado Unidos, em Espanha, na Irlanda.
Bolha que ainda não explodiu na China, Hong Kong, Reino Unido, Austrália, Escandinávia, França.
Portanto, é só esperar.

O comentário

Última nota acerca dum comentário do post anterior: 

Aos espanhóis é-lhes bem feita, que é para perderem a mania da
superioridade que os caracteriza, esses racistas e xenofobos e
anti-Portugueses.

Gozavam conosco, e agora estão pior.

Se tenho pena deles?

Nem um bocadinho. 

Dizia o cego ao mudo: “Ahahah, és um deficiente!”.
Mas há pessoas que ficam satisfeitas assim.

Mais: não é o caso de ter pena dos Espanhóis, é o caso de ter pena dos Portugueses. Isso porque o maior importador de produtos portugueses é a Espanha; Espanha em crise significa menos importação do estrangeiro, portanto menos exportações portuguesas.
É exactamente o que está a acontecer nestes dias.

Por isso diz bem o Leitor: nada de pena deles, melhor ter pena de Portugal.

Ipse dixit.

Fontes: Patrick Chovanec, Bloomberg, CNBC,

50 Replies to “O velho filme. Legendado em castelhano.”

  1. Pois… e se vai tudo na mesma direcção e seguindo o mesmo caminho, chega tudo ao mesmo destino.

    Abraço
    Rita M.

  2. Olá Max: nesta história toda quem sempre se dá mal, seja lá ou seja cá, é a população comum: é ela que financia a casa, o carro, a faculdade do filho, e não consegue pagar, e hipoteca até a alma, e perde tudo. É ela que confia no diploma e no emprego, e vai para a rua. É ela que acredita no sistema bancário, e deposita lá seus parcos tostões para um belo dia desaparecerem.É ela que como bom cidadão, paga impostos, absurdos ou não, que importa?! Não convivo com milionários,é óbvio, mas duvido que esse pessoal acredite no sistema que inventou para explorar a maioria. Milionário não tem emprego, gerencia os fundos, não faz financiamento bancário para pagar o triplo do que pediu emprestado,não hipoteca coisa nenhuma, tem dinheiro em paraíso fiscal,logo não paga imposto, e no que tiver que pagar, transforma em filantropia que lhes retorna o investimento, tem reservas em ouro, que com crise ou sem crise financeira, só valoriza, aposta em ações sobre a derrocada do sistema que ele mesmo inventou para ruir, e na ruína dos imbecis, ganhar em progressão geométrica…e muito mais.
    Porque os pobres não inventam coisas fora do sistema que os ricos inventam para eles se encalacrarem? Por falar nisso, anda acontecendo por aqui as cooperativas financeiras que não investem em bolsa de valores, tem associados no lugar de acionistas, rendem naturalmente um dinheirinho melhor que colocados nos bancos, e parece que o pessoal daqui tá gostando. Abraços

  3. Olá: ia me esquecendo de dizer uma coisa que considero importante: os poucos ricos que conheci não compram ser ter o equivalente para pagar, só que sempre compram em leilão, ou seja, pelo menor preço que puderem arrematar, e sempre coisas que guardam valor: obras de arte, relíquias, documentos, construções especiais.Porque terra, pelo menos na América latina, rico não compra, desaloja o morador antigo, bota fogo, mata, alambra e toma conta, com o auxílio dos "órgãos competentes". E deixa de herança para os filhos, para assegurar a manutenção da ordem das coisas. Abraços

  4. É uma análise bem realista do que se passa não somente na zona do euro, mas em outros países também e em economia com os seus malabarismos matemáticos e suas fórmulas esdrúxulas eles conseguem subverter a ordem natural das coisas com isso produzindo o pânico e a miséria. Infelizmente a população está enfiada nesse jogo até o pescoço e uma mudança de paradigma é praticamente impossível, já que não adianta sair à rua a protestar contra esse estado de coisas, pois os protestos só duram o tempo suficiente para se esvaziarem. Talvez demore muito para que o fio condutor da economia seja rompido e não ocorre atualmente porque as pessoas perdem a sua energia com a indignação e não com a solução.

    E assim tudo se vai arrastando… "como dantes no quartel de Abrantes"…

  5. Por mais que possa imaginar um futuro, não me sai da ideia de que caminhamos para uma "democracia" totalitária.
    Mas uma coisa que não consigo perceber é que com tantas pessoas com conhecimentos económicos acima da média, economistas, comentadores, políticos, pessoas influentes, etc, etc, todos (ou quase todos) andam calados ou nada fazem para mudar o rumo, como se todos estivessem feito um "acto de não agressão" e deixarem tudo seguir pelos caminhos da destruição dos valores humanos.
    Como quem diz, deixam destruir esta sociedade, sem lutar por ela ou lutar por uma alternativa. Á nossa volta assistimos à destruição do futuro dos nossos filhos, mas lá no alto, dão a entender que por baixo da mesa já têm tudo encaminhado, é uma história para tirar fotocópias e entregar aos restantes paises.
    Se que se queremos mudar o mundo, devemos mudar-mos a nós prórpios primeiro…
    Porque ninguém quer mudar algo???? Algo não bate certo… O quê? Ou estão todos loucos?
    Alguém pode dar exemplos de futuros para onde esta situação leva?

  6. Max,

    Estou lendo algo sobre a Sociedade Fabiana e a teoria coletivista. Aqueles meus genes de esquerda andam se sentindo traídos e manipulados. Sei que já escreveste sobre o assunto aqui. Tem uma questão que ainda me intriga e que não fecha: o coletivismo é uma doutrina que visa o bem estar do grupo mesmo em detrimento do indivíduo ou de alguma minoria. Pois bem, te pergunto, ou a quem saiba responder: onde se encaixa em toda esta estória um planejamento despopulacional como têm sido acusados de arquitetar os fabianistas? Ou será que de fato este plano despopulacional é puro erro de interpretação ou exagero por parte dos conspiracionistas fisgados pela isca chamada Geórgia guidestone? Muito embora tenhamos que ter sempre em mente a existência de um John P. Holdren e seus escritos justamente neste âmbito de diminuição da densidade demográfica em todo o globo, o que comprova que o plano não se trata de invencionice conspiranóica.

    Confesso me encontrar neste emaranhado sem uma percepção razoável da realidade que nos cerca. Talvez nalgum momento, em alguma nova postagem, quem sabe, você possa somar esforços sobre este episódio. É muito triste assistirmos mais uma vez os sonhos legítimos daqueles que não se sentem confortáveis com a exploração do homem pelo homem ser usado como joguete dos senhores globalistas.

    Abraço.

  7. Acrescento ainda:

    Milton Friedman, Margareth Tatcher, Ronald Reagan e o pessoalzinho do Consenso de Washington faziam parte do esquema de um domínio mundial das esquerdas? O neoliberalismo em ação para arruinar com a imagem do capitalismo (como se fosse preciso). Isso tá me parecendo uma verdadeira salada de frutas. Difícil encontrar o fio da meada. Tá tudo enfiado no mesmo balaio de gatos? Seriam aqueles senhores citados acima inocentes úteis? Difícil de engolir, e mais difícil ainda julgar que pudessem fazer parte de um esquema de uma esquerda oculta ou semioculta. Ou será que ando "viajandão"? Será que puseram um cházinho esperto daqueles na minha caixa dágua? Esta é uma verdadeira estória sem pé nem cabeça. Passei o dia todo trabalhando sem conseguir tirá-la do pensamento. Ser taxista conspiranóico tem disso. Uma facilidade incrível pra trabalhar pensando besteira. Bem devo dizer que este enredo partiu de um curto circuito cerebral e agora não sei como recuperar os miolos derretidos.

    Abraço meu bom Max.

  8. Olá Max,

    No meu comentário referi mercados=bancos, esqueci-me de referir que os bancos em causa são os "especuladores" a quem os bancos espanhóis devem, e não os bancos que agora vão "salvar" a Espanha com um resgate, esses são os "investidores".

    Claro que estou a brincar, porque toda a gente sabe que são os mesmos, basta procurar aqui mesmo no blog do Max, os nomes desses bancos…
    Uma dica, foram esses bancos que inventaram o credit default swap, um derivado em que se aposta literalmente na falência dos países!

    Um abraço

    Zarco

  9. walner:

    se você não consegue encontrar o fio à meada na salada de frutas, não se esqueça que um dos objectivos da elite é mesmo esse, e que o que lhes importa é o resultado final: tese, antíse síntese, ou problema, reacção, solução

  10. Bem Anônimo disso eu sei. O que me levou ao curto circuito, foram os fatos históricos narrados que apontam todos para a Sociedade Fabiana. Muitos amplamente discutidos aqui e em muitos outros lugares, como por exemplo: a) a revolução bolchevique; b) a trama na ilha de Jeckill e a formação da Reserva Federal; c) a trambicagem para a entrada dos EUA na 1a.GM; d) o crash da bolsa em 1929; e) outra trambicagem para a entrada dos EUA na 2a.GM; f) a criação da ONU; g) outra trambicagem para a declaração de guerra contra o Vietnã; h) a desvinculação dólar/ouro; i) o próprio 11/09.

    Bem, na minha opinião, o que mais contribuiu para o esfacelamento capitalista foi a doutrina liberal. Pois, se tudo de relevante que ocorreu no século passado tem as patas dos fabianos, fica difícil imaginar que também não tenham sido estes os introdutores do vírus neoliberal dentro do regime. Alguns afirmam que CFR, Comissão Trilateral, Mesa Redonda, Bilderbergs e sei lá mais quem, todos sem exceção, fazem parte de um sistema circular (aquela imagem das camadas de cebola) que tem em seu núcleo a Fabian Society. Que esta sociedade deu partida a estas esquisitices. Eu como bom conspiranóico, me apegava àquela estória do Adam Weishaupt e os Illuminatis. Depois das poucas leituras sobre o assunto fabianista, sinto que ainda tateio no escuro, e principalmente, que as certezas se foram. Talvez estes atuais sejam aqueles com uma nova roupagem, um upgrade. E quando menciono o nobre John P. Holdren, é por que, talvez desinteressadamente, o cara é consultor para "assuntos científicos" do mestre Barack. Um eugenista. Deve se tratar de mera coincidência. Acho que dá pra dormir tranquilo, mesmo sendo sulamericano e sendo tratado como "cucaracha" pelos nossos irmãos bem mais ao norte.

    Abraço.

  11. Olá Walner: eu não leio sobre estas teorias sobre grupos que supostamente mandam no planeta, mas é difícil não ouvir falar do assunto, tão disseminada a divulgação. Portanto aí vai uma não fundamentada opinião.
    O sistema de mando e controle atuais depende de:
    1.garantia que as cadeias hierárquicas que sustentam o funcionamento global se perpetuem;
    2.garantia que tal funcionamento seja desejado pela sociedade, sendo que desregulagens,bloqueios ou sabotagens sejam demonizadas pela mesma sociedade;
    3.garantia que o funcionamento econômico,social,político,moral e religioso institucionais operem eficientemente como garantias para manutenção do controle global de acordo com os interesses dos privilegiados.
    E, seguindo o raciocínio,concordo com o Max, quando diz que os donos não aparecem, senão através dos seus bem pagos capatazes,sendo que a eles não temos acesso.
    Portanto, eu te diria que vale menos a pena imaginar os planos dos donos (sem esquecer que entre eles também há guerras mortais), e mais com nossos planos de sobrevivência, pois entre mandos e desmando entre os donos do mundo, é muito normal que fiquemos perdidos. Abraços

  12. Olá Maria,

    Não se trata apenas de uma conspiranóia qualquer. Esta é uma conspiranóia digna de uma internação para tratar com um alienista machadiano. Max por certo já disse isto ao que te referes por diversas vezes, mas ele mesmo já tratou aqui sobre a Fabian Society. Pena que não encontro a etiqueta. E se não me falha a memória, tratou de maneira bem contundente, levantando suspeitas bem embasadas sobre esta sei lá o que.

    No meu modo de enxergar as coisas, não podemos virar as costas para tão fortes evidências de que estamos diante de fatos que se entrelaçam. Não sei dizer se tudo pode ser imputado aos fabianistas, mas que os golpes que relatei aconteceram, isso é de amplo conhecimento daqueles que o estudam, só não chegou ainda ao conhecimento da população. Novidade… Outro fator significativo pra mim é o fato de que mudamos os partidos no poder, mas as diretrizes nunca mudam. Atentemos para as concessões (privatizações) da Dilma, para a paulatina permissividade para os bancos entrarem na jogada dos papéis podres que tanto mal causam à Europa. Isto é fato. Basta ler as normas e regras do Fundo do Pré-sal. É sabotagem. Não dá pra achar que não existe algo puxando os cordões. É como na linguagem jurídica: muitas evidências podem constituir uma prova. Não digo que devemos chegar a tanto, mas é bom andar atento.

    Concordo contigo. Pouco há o que se fazer e mais vale tomar atitudes de sobrevivência, mas a verdade é que se formos apenas recuando pela sobrevivência acabaremos criando nossos guetos e de lá nunca mais conseguiremos sair. Isso se permitirem que nossos guetos existam. Maria, este tal de John P. Holdren é nazista e tem planos eugenistas. É a favor de uma drástica redução populacional. Tá enfronhado no governo Obama. Isso não é conspiranóia não.

    De fato se eu pudesse gostaria de estar numa situação semelhante a tua. Muito devido as 3 "cucarachinhas" daqui de casa. Seria uma tentativa de lhes poder proporcionar futuro de algum modo, mas não haverá garantias de nada. Tem gente tendo que responder judicialmente nos EUA por captação de água da chuva. Proibida em determinados estados e pelo que entendi um crime recente. O cerco se aperta e se houver determinação destes abestados, não haverá onde possamos ficar sossegados. Poderá não ser como em "Admirável Mundo Novo", onde havia refúgios para os incivilizados. Talvez a coisa demore na sua elaboração, mas ao que tudo indica, é bem viável sua execução.

    No mais peço desculpas se ando exagerando nas tintas. Penso que cada um em determinado momento da vida pode ter um insight, talvez tenha tido o meu, ainda que inconclusivo e nada original na grande parte dos aspectos. Mais vale me desapegar dele e poder desabafar neste muro das lamúrias no qual transformei ii. Por isso peço desculpas.

    Tudo de bom Maria.

  13. Olá Walner,

    Provavelmente ainda não reparou, mas para além das etiquetas, também é possível fazer pesquisas no blog por termos.

    Na coluna da esquerda, após os seguidores/membros do blog é possível pesquisar no blog.

    Creio que uma pesquisa com o termo "fabian" ou "fabian society" ajudará a encontrar os tais posts sobre o assunto.

    Deixo o link do primeiro resultado que encontrei para o termo "fabian": http://informacaoincorrecta.blogspot.pt/2011/09/nova-ordem-mundial-parte-ii.html

    Abraço
    Rita M.

  14. Walner, o que posso te dizer por enquanto sobre o clube elitista Fabiano é que ele existe sim, e ha muuuuito tempo.

    Digamos que é um tipo de esquerda-socialista cirurgicamente mais voltada para a engenharia social de longo prazo, muito longo. Caminham a passos largos, passos de tartaruga.

    Houve epocas que esta elite teve disputas com a esquerda tradicional revolucionária, mas no fim, cada uma acabou seguindo seu próprio caminho. A diferença é que os fabianos são muito mais sutis, bem ao contrário dos revolucionários tradicionais. Muitos escritores famosos, presidentes, economistas, bancários entre outros foram e fazem parte do grupo dos Fabianos.

    O que temos que sempre colocar em mente é que não existe uma ideologia clara quando lidamos com super elites, é uma grande mistura de socialismo com capitalismo e esquerdismo, porém, infelizmente, para fins de domínio e controle.

  15. O corpo de elite unificado e não eletivo que é a essência da Nova Ordem Mundial provavelmente jamais passará de um ideal irrealizável por serem tantas as 'mãos secretas' concorrentes entre si, mas o embrião do Governo Mundial já está presente em nosso dia-a-dia e é comandado por uma elite afastada dos governos e parlamentos para não serem expostas à vontade popular. A melhor definição para ela é a do Conde Hugo Lerchenfeld, em 1924, na revista Foreign Affairs:

    'Não poderia um grupo de homens de mérito e competentes, como é encontrado em todas as nações representando suas mais elevadas forças morais – um tipo de Areópago – se encontrarem e tomarem decisões sobre assuntos de grande importância sobre os quais não haja consenso? Não poderia ser constituído um Conselho cuja alta capacidade de julgamento e imparcialidade fosse tomada como verdade e que guiaria a opinião pública em todo o mundo?'

    Todas seguem um padrão de abertura/encobrimento: pode-se acessar qualquer uma delas (Open Conspiracy, de H G Wells é um exemplo), mas o que as protege da plena exposição é a aura de incredulidade que elas fomentam. Abertura e incredulidade são dois pólos dialéticos fundamentais: as pessoas sabem que existem, mas não conseguem acreditar no poder que elas têm. Principalmente no que toca ao financiamento das organizações revolucionárias pelas grandes corporações multibilionárias: é só acessar os sites específicos e lá estão os doadores, mas quase ninguém acredita pela dualidade esquerda – revolucionários, terceiro mundo, etc. – e direita – os ricos capitalistas que devem se opor aos primeiros. Poucos se dão conta que os interesses pelo poder os unem.

    Na realidade o fabianismo é marxismo envergonhado. Uma maquinaria social exige engenheiros sociais para planejá-la, operá-la e eliminar os elementos hostis segundo a ‘vontade comum’, isto é, da elite que sabe o que é o melhor para todos. Os bolchevistas foram os primeiros a implementar sistematicamente a teoria de que a economia era melhor administrada por burocratas em suas salas e comitês, emitindo decretos para dizer o que os outros tinham que fazer. Eram inflexivelmente contrários à idéia de que deviam ser os consumidores com seu dinheiro que deveriam eleger o que queriam.

    O socialismo reformista, fabiano, e construir com eles a utopia globalista que eliminará do planeta as soberanias nacionais, o capitalismo clássico, a democracia constitucional americana e a cultura judaico-cristã, unificando a espécie humana sob o governo de uma casta de planejadores sociais iluminados. Embora pareça contraditório e confuso, a verdade é que em parte alguma os ideais totalitários comunistas e coletivistas encontraram mais apoio do que entre os grandes conglomerados financeiros.

    o FMI, o BIRD e a OMC “os principais órgãos de defesa das idéias e práticas do neoliberalismo”. Ora, o Fundo Monetário Internacional – FMI e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, foram criados por Harry Dexter White, com a colaboração de John Mainard Jeynes. O primeiro era um autêntico new dealer de Roosevelt e o segundo, um socialista Fabiano! Lord Keynes, ele próprio, afirmou sobre o FMI que era “essencialmente uma concepção socialista”.

  16. walner, o centro da cebola, ou o topo da pirâmide ninguém sabe quem são. Illuminatis, fabianos, bilderbergs, etc., são tudo facções de "mordomos", como chama o Max. Quem manda ninguém sabe quem é, são desconhecidos que mandam os mordomos agir , e que nem sequer se lhes conhece unma denominação. Mas parece que há qualquer pista contra um tal de marquês de Libeaux…

  17. Os defensores do socialismo deixaram a revolução a fim de adotar no lugar o gradualismo dos socialistas fabianos que incentivavam o uso das instituições democráticas para atingir metas socialistas. Eles substituíram radicais como Lênin e Fidel Castro pelo marxismo cultural de Theodore Adorno ou Antonio Gramsci, que queria uma "longa marcha nas instituições" da cultura ocidental.

    Essa é a linhagem de Saul Alinsky, Bill Ayers e vários revolucionários da década de 1960 que agora ocupam posições de influência cultural em todo o Ocidente. Estamos vendo o fruto de seus esforços: As visões socialistas da família, religião, arte, comunidade, comércio e política estão impregnando a cultura.

    O PT, cevado nas tetas marxista-leninistas modificadas pelo gramscismo, assumiu a ponta de lança da revolução, enquanto o PSDB se apresenta com o bom-mocismo característico dos Fabianos, verdadeiros lobos em pele de cordeiro deixaram para os primeiros se apresentar com pele de lobos mesmo. Paulatinamente, trabalhando em pinça, foram acabando com todos os que se opunham a seus projetos socialistas a golpes de acusação de 'direitismo', 'aliados da ditadura militar', 'neoliberais' e outros epítetos que tudo fizeram para tornar ofensivos aos olhos dos eleitores. É claro que, para enganar a platéia, se apresentam como opostos, acusando-se mutuamente das mesmas coisas que, juntos, sempre acusaram os outros, desnorteando o eleitor.

    Enquanto o PT fundou e representa um projeto continental de dominação comandado de Cuba, o Foro de São Paulo, o PSDB não lhe fica atrás, pois também não representa um projeto nacional, mas os interesses globalizantes da Comissão Trilateral, do Diálogo Interamericano e do Council on Foreign Relations. Os tucanos colocaram em prática as metas de controle populacional defendidas pelo Diálogo: legalização do aborto, esterilização em massa, legalização da união de homossexuais e enfraquecimento da Igreja Católica que deveria ser substituída por um misticismo individualista sem necessidade da intervenção sacerdotal.

  18. São os engenheiros sociais, patronos do socialismo, os que lutam para reconstruir a realidade em outros termos, ou uma Segunda Realidade, em acesso de loucura que não passa de uma rebelião contra o mundo como ele é.

    É desonesto também atribuir a crise ao capitalismo. Os teóricos socialistas que tomaram conta do Estado fizeram todas as estripulias proibidas pelos manuais de livre mercado e como a corda arrebentou tentam agora dizer que é culpa do mercado. Ora, culpa mesmo é de quem emitiu moeda sem lastro, quem elevou os gastos do Estado à estratosfera, quem regulou cada um dos mercados, que tributou no limite da asfixia quem trabalha e produz, a começar pelo mercado de trabalho.

    O poder dos governos sobre as populações civis já é praticamente incontrolável, reduzindo cada vez mais a um mero formalismo jurídico a diferença entre democracia e ditadura. Não se trata de nenhuma “teoria da conspiração”. Conspirações existem, mas não são elas que produzem esse estado de coisas. Ao contrário, é ele que torna viável, hoje em dia, a criação de um governo global onipotente, imunizado contra qualquer tentativa de controle popular. O sonho de Antonio Gramsci, o "poder onipresente e invisível", já é uma realidade em todo o mundo ocidental.

    O escritor britânico George Orwell (1903-1950), simpático ao socialismo, mas crítico do stalinismo, fez um grande favor ao mundo ao escrever dois livros proféticos: “Animal Farm” (1945) e “1984” (1949). O primeiro descreve a rebelião dos animais de uma fazenda contra os humanos que os escravizavam e o estabelecimento ali de relações “animais” pós‑revolucionárias, que não contemplariam mais nenhuma exploração. No entanto, naquele mundo socialista “de iguais” acabaram mandando de verdade os porcos, que eram “mais iguais do que os outros”. Já no segundo, “1984”, Orwell faz sombrio retrato do futuro da humanidade, que acabaria refém de uma espécie de supergoverno, o Big Brother, nome que ele cunhou, que tudo controlaria, fazendo transbordar para a sociedade um novo ethos verbalizado por uma nova língua, a novilíngua, cuja semântica funcionaria às avessas. Como a profecia está aos poucos se realizando.

  19. Orwell e Huxley faziam os dois parte da Fabian Society, e pelo que consta, Huxley queria promover a NWO, ao passo que Orwell queria denunciá-la, e por isso se viu enrascado para acabar e editar "1984". Mas o verdadeiro nome de Orwell era Eric Blair…querem ver que ele era da família do Tony Blair? Não era coisa que me surpreendesse.

  20. Ei, Max, isso de "viver acima das possibilidades" é até certo ponto verdade. Você não viu as obras faraónicas que o Sócrates quis fazer, exactamente para endividar o país, como convinha à elite NWO?
    E antes dele, você não esteve cá para ver o martírio que foi o governo do Guterres. Só aponto duas coisas boas a esse governo: Timor Leste e Lojas do Cidadão.

  21. Antes de tudo quero agradecer pelos toques de Rita M., Observer, Maria e do Anônimo ou dos Anônimos. Penso que algumas peças a mais foram colocadas neste quebra-cabeças do domínio mundial por uma esquerda enrustida, que nunca sai do armário. Pelos fatos expostos é bem plausível. Eu que sempre olhei com bons olhos o movimento socialista, principalmente por acreditar que o capitalismo e sua voraz necessidade de extrair e produzir cada vez mais, em nome de PIBs sempre maiores, não combina com a saúde do planeta, agora terei que ter uma conversa muito séria com aqueles meus genes avermelhados, cada dia mais desbotados.

    E esta esquerda soturna, que evidencia uma vocação totalitária, que insinua-se capaz de controlar, inclusive, a quantidade de cabeças a andar sobre a Terra, é monstruosa. Aqui no Brasil usamos uma expressão nos coletivos urbanos: "freada de arrumação". É isto que me vem a cabeça lendo os comentários. Nosso momento nas finanças e na geopolítica me lembra a tal freada de arrumação que os motoristas cariocas costumam usar quando o ônibus tá lotado. O cara freia e alguns passageiros vazam pelas janelas. Os globalistas com certeza andaram nos coletivos desta terra e tiveram aquele insight que falei noutro momento. O problema é que o ônibus agora é encorpado e a freada tem que expelir gente a dar com o pau.

    Realmente. Faz todo sentido (pra mim ao menos): "Uma economia planificada para 7 bilhões e meio de quizumbeiros fica complicado. Vamos esquecer o 7 e ficar com o meio. Com chip então fica molezinha".

    E eu que pensava que estes esquerdas brasileiros tinham sido todos cooptados. Na verdade andam em roupas camufladas a enganar os pasmos. Melhor parvos, já que nem se deram conta do filme de terror em que vivem. E aí me incluo. Mas é aquela estória, quem anda em boa companhia nada tem a perder, só a ganhar. Portanto, agradeço à todos, mas não sem antes perguntar: cadê o Max? Anda nauseabundo com a leitura dos comentários?

    Abraços.

  22. Olá Walner!

    Max está com alguns problemitos, mas voltará muuuuuito em breve. Entretanto não deixa de ler com atenção todos os comentários para aprender alguma coisa. E aprende de facto.
    Por isso agradece todos os Leitores e volta a deitar-se.

    Um grande abraço para todos!!!

  23. O conceito mesmo de "engenharia social" implica que os membros da sociedade a ser modificada ou reconstruída não sejam concebidos

    Não como agentes livres, conscientes de suas escolhas, mas como peças inermes de um mecanismo que, no conjunto, não podem compreender ou entender, em geral nem mesmo enxergar. As metas finais da operação não devem portanto ser apresentadas de modo direto e franco que arrisque fazer delas alvos de discussão, mas devem ser atingidas por vias indiretas. Para tanto, são subdivididas em operações parciais, à primeira vista separadas e inconexas, que, uma vez bem sucedidas, produzirão o desejado efeito global de maneira
    aparentemente impessoal, espontânea e quase mágica, de modo que ninguém possa ser responsabilizado por ele e seja fácil atribuí-lo a um determinismo histórico anônimo, inelutável e irreversível.

    Diante das inúmeras campanhas progressistas, libertárias ou humanitárias que vêm se espalhando pelo mundo desde os anos 70, sempre bem subsidiadas e tendo como garotas-propaganda as mais destacadas figuras do show business, o cidadão comum não tem
    jamais a ideia – ou os meios intelectuais – de rastrear as ligações entre as entidades envolvidas e o fluxo de dinheiro que as move.

    Se pudesse investigar isso, descobriria que os movimentos mais disparatados, como abortismo, gayzismo, feminismo, vegetarianismo, "direitos dos animais", anticatolicismo, antitabagismo e liberação de drogas, vêm todos da mesma fonte e, por meios aparentemente inconexos, servem a um objetivo comum:

    reduzir a população do planeta.

    O controle demográfico é uma obsessão da elite globalista – especialmente da família Rockefeller – pelo menos desde os anos 40. As primeiras campanhas nesse sentido, na década seguinte, vinham com objetivo declarado, promoviam a esterilização em massa e visavam a atingir sobretudo o Terceiro Mundo, mas deram resultado inverso: em vez de deter o crescimento populacional nas nações pobres, baixaram drasticamente o das nações desenvolvidas.

  24. Notem, de um lado, que, independentemente dos demais resultados socioculturais que delas podem germinar, cada uma das mudanças de conduta que essas campanhas visam a produzir tem pelo menos um ou dois de três efeitos necessários, imediatos e evidentes:

    (1) Reduzir a duração média da vida humana. Gays, vegetarianos e drogados vivem notoriamente menos que as outras pessoas.

    (2) Reduzir a capacidade procriativa. No caso das drogas ilegais, como maconha e cocaína, isso é mais que evidente. A abstinência de carne tem o mesmo efeito. A campanha antitabagista pareceria tender na direção contrária, mas, como ela está associada na fonte à luta pela liberação das drogas pesadas e não passa de uma preparação de terreno para induzir populações inteiras a trocar de vício, a correlação estatística entre diminuição do consumo de cigarros e redução populacional não é de maneira alguma mera coincidência.

    (3) Reduzir o desejo de procriar. Quem negaria que o feminismo radical, o divórcio fácil e a oferta maciça de operações de aborto sob demanda desembocam nisso necessariamente? Várias são as modificações socioculturais periféricas que essas diversas campanhas podem produzir, e tanto seus apóstolos quanto seus detratores dirigem o foco das discussões para essas mudanças, sem reparar que, mesmo alguma destas falhando, o efeito de redução populacional terá sido atingido. A lógica do processo causal bastaria, por si, para sugerir fortemente a coerência global por trás de tantos e tão disparatados fronts de combate, mas a sugestão plausível se transmuta em certeza factual quando se nota que tanto as várias concepções quanto o dinheiro para implementá-las vêm sempre da mesma fonte: a elite globalista, que por sua vez tem muitos objetivos, mas um acima de todos –

    o controle demográfico mundial.

    Como toda operação complexa de engenharia social, essa conta não só com seus planejadores e militantes conscientes, mas com a
    colaboração frenética e servil de milhões de idiotas úteis, sobretudo entre "formadores de opinião" e mini-intelectuais, que de repente se apaixonam por algum slogan solto e, sem cogitar dos efeitos sociais de conjunto, passam a defendê-lo com aquele ardor cretino que vale por um juramento de nunca entender nada. Alguns, no arrebatamento da paixão retórica, inventam até novos
    argumentos que, por sua ousadia insana, surpreenderiam os próprios formuladores originais do projeto.

    Agora, por exemplo, vemos que um colégio na Suécia trata garotos e garotas como se fossem iguais. Todos se vestem com as mesmas roupas, todos usam os mesmos banheiros, todos brincam com os mesmos brinquedos. E o pior: são diariamente doutrinados e estimulados a serem homossexuais, bissexuais ou transsexuais.

    Diante desta escola do inferno, surge inevitavelmente a pergunta: quantas dessas crianças se tornarão adultos problemáticos e quantas acabarão buscando o suicídio? Quem será responsabilizado por isso? Professores, pais e diretores? Ou o Estado sueco que permite o funcionamento de uma instituição dessas? Mas os horrores não acabam por aí. Os países nórdicos, em geral, são respeitados pelo mundo todo pela alta tecnologia que possuem, pela riqueza e bem-estar gerados, pela paz que prevalece em seus territórios, pela civilidade do povo, enfim. É natural, portanto, que sejam tomados como bons modelos por outras sociedades.

    Porém, assim como as "evoluídas" Holanda e Suiça exportam políticas públicas que só ampliam o sofrimento dos dependentes de drogas e degradam o ser humano, a Suécia pode ter seu modelo escolar de gênero importado por países como o Brasil, onde juristas, advogados, professores e ONG´s estão esfregando as mãos para em breve adotar algo similar neste país. Não tardará muito para as primeiras experiências começarem em outros lugares.

  25. Já havia não sei aonde era escolas de sexo: os alunos até ficavam alojados em dormitórios com um/a colega do sexo oposto por causa dos "trabalhos de casa"…isto parece coisa daquelas anedotas "à Fernando Rocha", completamente desfasadas da realidade, mas não é!

  26. VOU RESUMIR O QUE ESTÁ ACONTECENDO
    ESTAMOS COMO AGULHAS EM UM PALHEIRO COM ESTE ASSUNTO.

    A suprema elite capitalista do Ocidente – os Morgans, os Rockefellers, entre outros – jamais moveu uma palha em favor do "capitalismo liberal". Ao contrário: tudo fez para promover três tipos de socialismo: o socialismo fabiano na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, o socialismo marxista na URSS, na Europa Oriental e na China e o nacional-socialismo na Europa Central. Gastou, nisso, rios de dinheiro. E assim criou o parque industrial soviético, no tempo de Stálin, a indústria bélica do Führer e, mais recentemente, a potência econômico-militar da China.

    Nos conflitos entre os três socialismos, o fabiano saiu sempre ganhando, porque é o único que tem a seu serviço a tecnologia mais avançada, uma estratégia flexível para todas as situações e, melhor ainda, todo o tempo do mundo (o símbolo do fabianismo é uma tartaruga). O fabianismo nunca foi inimigo do socialismo marxista: ao contrário, adora-o e cultiva-o, porque a economia marxista, incapaz de progresso tecnológico, lhe garante mercados cativos. E também porque sempre considerou o comunismo um instrumento da sua estratégia global.Os comunistas, é claro, respondem na mesma moeda, tentando usar o socialismo fabiano para os seus próprios fins e infiltrando-se em todos os partidos socialistas democráticos do Ocidente.

    Os pontos de atrito inevitáveis são debitados na conta da "cobiça capitalista", fortalecendo a autoridade moral dos comunistas ante os ao Teceiro Mundo e, ao mesmo tempo, ajudando os fabianos a apertar os controles estatais sobre as economias do Ocidente, estrangulando desse modo o capitalismo a pretexto de salvá-lo.

    Os "verdadeiros crentes" do liberalismo econômico é que pagam o pato: sem poder suficiente para interferir nas grandes decisões mundiais, tornaram-se mera força auxiliar do socialismo fabiano e, em geral, nem mesmo o percebem, tão horrível é essa perspectiva para as suas almas sinceras. Ás vezes, entretanto, a concorrência fraterna entre fabianos e comunistas desanda: com a queda da URSS, aqueles acharam que tinha chegado a hora de colher os lucros da sua longa colaboração com o comunismo, e caíram sobre a Rússia como abutres, comprando tudo a preço vil, inclusive as consciências dos velhos comunistas.

    O fabianismo, que nunca foi de brigar com ninguém e sempre resolveu tudo na base da sedução e da acomodação (inclusive com Stálin e Mao), finalmente encontrou um oponente que não aceita negociar. A verdadeira "Guerra Fria" só agora está começando – e, aliás, já veio quente. A concorrência entre "capitalismo" e "socialismo" foi apenas um véu ideológico para uso das multidões, mas a luta entre Oriente e Ocidente é para valer. Não por coincidência, o fiel da balança é o Oriente Médio, que fica a meio caminho entre os dois blocos. Ali as nações muçulmanas terão de decidir se continuam servindo de instrumento dócil nas mãos dos russos, se aceitam a acomodação com a elite fabiana ou se querem mesmo fazer do mundo um vasto Califado.

    Já a elite ocidental, que fala pela boca do sr. Barack Obama, parece decidida a fazê-las pender nesta última direção, por motivos que, de tão malignos e imbecis, escapam da compreensão.

  27. Em poucas palavras: as grandes corporações, o big business conseguido através da livre iniciativa e da concorrência, criaram os metacapitalistas aos quais a competição não mais interessa. Segundo o conselho de Frederick C. Howe (Confessions of a Monopolist): ‘arranje um monopólio, deixe a sociedade trabalhar para você e lembre que o melhor negócio de todos é a política, porque uma concessão legislativa, uma franquia estatal, um subsídio ou uma isenção de impostos vale mais do que uma mina (de diamantes) em Kimberley, porque não exige nenhum trabalho, nem físico nem mental para explorar’. Ou, com outras palavras, o melhor sócio do mundo é o governo e, se a corporação for suficientemente poderosa, vários governos. São as hoje denominadas PPP, parceiras público-privadas, que Eike Batista chamou de ‘kit felicidade’. E certamente quanto mais forte for o governo e maior controle exercer sobre a sociedade, melhor para os investimentos. O big business execra principalmente duas coisas: na economia, a livre concorrência e na política, as eleições periódicas, livres e não controladas.

  28. Esta elite fabiana aí, para tornar alguns capitalistas tão formidavelmente ricos que eles já não querem submeter-se às veleidades do mercado que os enriqueceu. Querem controlá-lo, e os instrumentos para isso são três: o domínio do Estado, para a implantação das políticas estatizantes necessárias à eternização do oligopólio; o estímulo aos movimentos socialistas e comunistas que invariavelmente
    favorecem o crescimento do poder estatal; e a arregimentação de um exército de intelectuais que preparem a opinião pública para dizer adeus às liberdades burguesas e entrar alegremente num mundo de repressão onipresente e obsedante (estendendo-se até aos últimos
    detalhe da vida privada e da linguagem cotidiana), apresentado como um paraíso adornado ao mesmo tempo com a abundância do capitalismo e a justiça social do comunismo. Nesse novo mundo, a liberdade econômica indispensável ao funcionamento do sistema é preservada na estrita medida necessária para que possa subsidiar a extinção da liberdade nos domínios político, social, moral, educacional, cultural e religioso. Com isso, os megacapitalistas mudam a base mesma do seu poder. Já não se apóiam na riqueza enquanto tal, mas no controle do processo político-social. Controle que, libertando-os da exposição aventurosa às flutuações do mercado, faz deles um poder dinástico durável, uma neo-aristocracia capaz de atravessar incólume as variações da fortuna e a sucessão das gerações, abrigada no castelo forte do Estado e dos organismos internacionais.

    Já não são megacapitalistas: são metacapitalistas. a classe que transcendeu o capitalismo e o transformou no único socialismo que algum dia existiu ou existirá: o socialismo dos grão-senhores e dos engenheiros sociais a seu serviço. Essa nova aristocracia nasce da premeditação maquiavélica fundada no interesse próprio e, através de um clero postiço de intelectuais subsidiados.

  29. Bem, certa ocasião conversando com um ancião, ele me contou: "Preservar o mico-leão-dourado… Preservar o mico-leão-dourado… Hã, hã, hã. Eu comiiiiiiaaaa mico-leão-dourado!!!". Doutra feita também conversando com outro ancião: "Quando eu era garoto, passava o bonde, tivesse uma bichinha dentro do bonde, a tiravamos de lá a chutes e pontapés!". Dou estes singelos exemplos para dizer que alguma coisa de fato tinha que acontecer. Nem tudo pode ser imputado na conta de uma sociedade malfazeja. Sobre os animais e o uso que fazemos deles, pra mim é vexaminoso. Não basta termos que nos alimentar deles, temos que torturá-los, maltratá-los, modificar sua gênese.

    Abraços.

  30. Parece que está havendo motim na convenção republicana. Acusam fraudes nas primárias do partido e tem gente querendo Ron Paul como candidato. Comenta-se que Ron Paul pensa em extinguir a Reserva Federal.

  31. Ron Paul faz parte da elite. É maçónico assumido e já foi várias vezes fotografado a fazer o gesto dos cornos com as mãos.
    É mais um ator na mesma peça de teatro péssima. E não me admirava que Nigel Farage também o fosse.

  32. Queria agradecer todos aquele que participam nestas discussões e dar os parabéns ao Anónimo que escreveu "A suprema elite capitalista do Ocidente – os Morgans, os Rockefellers, entre outros – jamais moveu uma palha em favor do "capitalismo liberal" etc.etc.

    Acho ser um ponto de vista muito importante. Já vimos neste blog quem realmente estava por trás do Nazismo, já vimos também como surgiu o Comunismo. E cansou-me de repetir desde o primeiro dia que nada daquilo que acontece nestes tempos tem a ver com o Capitalismo.

    Todos estes "-ismos" são a areia para os nossos olhos. O que acontece, tanto aqui na Europa como nos Estados Unidos, é a socialização das perdas privadas. E "privadas" têm que ser entendidas como "dos bancos". Mas nas mãos de quem ficam os bancos?

    Este é um discurso um pouco mais complexo, mas cavando um pouco não é difícil entender que os nomes são poucos e sempre os mesmos. Há, de facto, uma elite que controla o aspecto financeiro e, ao mesmo tempo, tenta eliminar a concorrência reunindo as rédeas da economia (multinacionais) nas próprias mãos (o que, mais uma vez, é o exacto contrário do Capitalismo).

    Um amplo território, gerido por uma restrita elite que controla a economia e a política. Faz lembrar um grande País que existia na altura da Guerra Fria.

    Dito isso, deixo uma pergunta: porquê os EUA não intervêm na América do Sul com a mesma força utilizada em outras partes do mundo?

    Sim, o controle da Eurasia, sem dúvida. Mas será só isso? Pensem na Venezuela: um líder comunista, um País cheio de petróleo, nada de armas nucleares, um País amigo com bases militares aí perto. O alvo ideal.

    Abraço!!!

  33. Para quem estiver curioso nas manobras modernas de manipulação da Esquerda e das massas, vale à pena assistir um documentário o qual o Max postou a primeira parte… mas tem que assistir inteiro… apenas 4 horinhas:

    The Century of the Self – da BBC, de 2002.

    Mostra como esse "primeiro temos que mudar à nós mesmos antes de mudar o mundo" se transformou em pessoas passivas, egoístas e apolíticas… mostra como os lobistas convenceram à esquerda a mudar de filosofia para conseguir voltar à ganhar eleições.

    A Sociedade Fabiana e todas as manobras da democracia/capitalismo/socialismo existiram, claro, mas não vão acreditar em teorias de conspiração como planos complexos de despovoamento ou coisas assim, viu? Cuidado!

    Tem um filme da década de 70, o qual HG Wells conversa com seus colegas Fabianos sobre utopia e tecnologia… e um deles é o Jack, o Estripador, e eles viajam para o futuro (anos 70) para constatar o feminismo, e o real status da sociedade…

    Idéias de HG Wells dialogadas com os Fabianos viraram realidade através dos marketeiros do Council of Foreign Relations… porém se formos começar a especular sobre cada ligação, vamos também começar a acreditar em viagem no tempo! 🙂

    Resumindo, sim, muitos políticos e homens de negócio, nem todos mal intencionados, acreditam SINCERAMENTE que nós somos animais… e que a melhor forma de nos GERIR é esse controle… a manipulação… não é uma conspiração iluminática ou extra-terrestre… é algo simples sobre departamento de relações públicas e propaganda, como no livro 1984.

    Belas idéias vinculadas no Iluminismo geraram a democracia… as elites financeiras deturparam, criaram esse nosso modelo de democracia representativa para vencer seus maiores inimigos: os monarcas e os imperadores…

    Belas idéias de E.C. Riegel sobre economia livre foi deturpada, também pelas elites financeiras, para se aperfeiçoar o livre mercado…

    Belas idéias sobre civilização utilizadas no Império Romano foram deturpados pela Igreja e se deu a Idade Média…

    Belas idéias de Einstein sobre os átomos geraram a bomba atômica…

    A única forma de mudarmos é pararmos de participar de forma passiva na vida política e efetivamente ter poder de veto nas decisões!

    Mas o futuro pode ser bom: historicamente, a maior parte das crises de crédito foram solucionadas de forma simples: políticos negociaram com as elites financeiras o perdão das dívidas… e as elites sempre tem que aceitar… é simples… default É A SOLUÇÃO! E eles tem que ser aceito… as elites sempre sabem que o que perdem são os valores criados pela especulação… não perdem ABSOLUTAMENTE NADA que acumularam! E podem recomeçar o ciclo novamente… acumular mais propriedade e por aí vai…

    A questão que temos que ver é: enfiar políticos que após essa negociação, repetirão os acertos do passado: intervenção dos Estados de forma à controlar as elites financeiras… dificultar a especulação… voltar a soberania financeira e, educação econômica para o povo… a legalização e o incentivo de formas alternativas de moedas de troca e pronto… tudo lindo! 🙂

  34. PS: que texto longo que eu fiz!

    PS2: quanto comentário longo (e excluindo as conspirações, excelentes)

    PS3: ou seja, é hora do Max voltar da praia e postar algo! 🙂

  35. Ricardo, por tudo que já li e estudei até hoje, posso dizer que um dos sonhos da grande elite é sim, diminuir a população. Para que?
    Para poderem ter mais controle e mais domínio como tanto o observer vem falando. No fundo no fundo, grande parte dos projetos que são financiados pela grande elite tem haver sim com a redução da população, nem que isso seja um objetivo secundário ou oculto, como por exemplo escondido através de engenharia social e mudança na cultura e valores de uma sociedade, isso provoca poucas mudanças imediatas, porém, grandes mudanças a longo prazo.

  36. Em 1993, Lula, pelo Foro de São Paulo, e FHC, pelo Diálogo Interamericano, se reuniram em Princeton, onde FHC lecionava, e sob a coordenação do Secretário de Estado de Clinton, Warren Christopher, assinaram o Pacto de Princeton. Os amorosos tucanos exigiram do PT as metas de controle populacional defendidas pelo Diálogo: legalização do aborto, esterilização em massa, legalização da união de homossexuais e enfraquecimento da Igreja Católica que deveria ser substituída por um misticismo individualista sem necessidade da intervenção sacerdotal. Incluía-se também o enfraquecimento dos partidos "de elite" com constantes e ininterruptas denúncias de corrupção e das Forças Armadas.

    Atualmente FHC é co-presidente do Diálogo, juntamente com Peter Hankim. O Pacto de Princeton é abrangente mas, para a esquerda orientada por Fidel, era uma mera forma de obter apoios adicionais, sem afetar a estratégia básica do Foro, embora este se utilizasse do Pacto com o Diálogo, em tudo quanto lhe era favorável e cumprisse os diversos pontos, enquanto eram do seu interesse ou da estratégia estabelecida pelo Foro de São Paulo que poderiam influenciar o Diálogo, dando-lhe a impressão de uma efetiva disposição de cumprimento da estratégia comum. O acerto final ocorreu na última semana de julho do mesmo ano numa reunião de Lula com Fidel Castro em Havana, onde foi firmado um Pacto de Ação Continental. Portanto, é pura tolice e um exercício sobre o nada, fazer avaliações políticas do governo Lula; de resto dos dois governos do PSDB também – como se fosse um governo nacional normal e não apenas uma peça das mais importantes de uma estratégia global rumo a uma Nova Ordem Mundial comandada pela ONU e suas agências, que engloba e supera as muitas outras. Mas este já é outro assunto. Neste sentido, a corrente que se fixou no Brasil com o início do governo de Fernando Henrique Cardoso pode até propriamente ser tida como neoliberal, porém, não no sentido dos adeptos da filosofia da liberdade, mas sim no da corrente política norte-americana de linha estatista e intervencionista. O fato de que tenham sido realizadas várias privatizações naquele período dizem muito pouco e confundem um cidadão desinformado.

    Houve uma entrevista dada por FHC a Cristovam Buarque em dezembro de 2004. Nela, pelas palavras do líder máximo dos tucanalhas, torna-se claro o que hoje muitos tentam patética e ridiculamente negar: Não discutimos nem disputamos ideologia. É poder, é quem comanda.

    E mais adiante revela as mentiras que embalaram sua eleição e a de Lula: Na campanha, é natural um certo oportunismo. Com jogada de
    marketing, você cria um mito, conta uma história. O meu mito era fácil, era o real, moeda, estabilidade. O Lula era ele próprio, a vida
    dele. Eu não estava mentindo, realmente tinha feito o real. O Lula também não, representa a ascensão de uma camada.

    FHC, foi este que iniciou os processos de indenizações por "crimes da ditadura" e criou o Ministério da Defesa, tirando os
    Militares das decisões políticas da Nação, e que também foram os elegantes tucanos que começaram a financiar a guerrilha do MST.

    Inúmeras declarações de FHC mostram a diferença entre os dois partidos não é ideológica (leia-se: ambos são esquerdistas) e da entrevista do Senador tucano Sérgio Guerra, brilhantemente comentada por Nivaldo Cordeiro, na qual afirma que o PSDB está à esquerda do PT.

    Moral da história: somos constantemente enganados pela elite política e financeira do país e também do mundo, é tudo teatro.

  37. Mais um exemplo de intervenção na cultura e na sociedade a fins de mudança social, um texto que estava lendo dizia o seguinte:

    "Passeava eu pela livraria da editora da UFPA, no campus da universidade, folheando livros, quando me deparei com um exemplar cujo título era, no mínimo, chamativo: “Abuso sexual”. Supus a princípio que fosse mais um trabalho acerca dos malefícios da pedofilia, dos transtornos psicológicos causados contra crianças abusadas ou violentadas sexualmente. Um simples detalhe não ficou despercebido: o livro colocava o abuso sexual entre aspas, como se o termo não fosse real. O autor, pesquisador da universidade, relativizava o abuso sexual como um mero discurso moral, mais do que uma realidade. A partir dessas premissas e falsificando o próprio sentido das palavras, dizia que a tentativa de proteger as crianças do sexo era apenas uma visão dentro de uma moralidade burguesa e cristã, e que na prática, não correspondia aos anseios dos menores, já que em outras épocas, a prática sexual entre adultos e crianças era tolerada. Aquilo me deixou espantando, embora não totalmente perplexo. Pois já sabia que a campanha ideológica a favor da pedofilia é outra mazela acadêmica que veio para nos aterrorizar.

    Como não ficar surpreso com tamanha abominação? George Orwell chamaria a linguagem do livro de “novilíngua” e “duplipensar”. Inverter a semântica das palavras, dando um sentido totalmente diferente e distorcido daquilo que representa, é um vício comum de praticamente todo o movimento comunista. Como a classe universitária brasileira não consegue se desligar do velho amor stalinista que não ousa dizer o nome, a inversão da palavra “abuso sexual” me pareceu apenas reflexo de cacoete mental de um grupelho fanatizado, querendo remodelar o mundo. Entretanto, a pedofilia já não é apenas a bandeira de um livro isolado da Universidade Federal do Pará. Ela é uma política de governo, com estratégias sutis de doutrinação ideológica, a fim de erotizar a infância e torná-la propensa à sexualidade."

    Abaixo vai uma fala da psicóloga e professora Tatiana Lionço. Ela diz:
    “As ‘brincadeiras infantis’ também podem envolver outros: meninos buscando conhecer o corpo de outros meninos e meninas buscando conhecer os próprios corpos e de outras meninas e meninos. Então, quando meninos e meninas brincam sexualmente com seus corpos, com outros meninos e meninas, eles não estão sendo gays ou lésbicas, quando fazem isso com pares do mesmo sexo. Não é disso que se trata. QUE DEIXEM AS CRIANÇAS BRINCAREM EM PAZ, ISTO A TORNARÃO ADOLESCENTES E ADULTOS MAIS INTELIGENTES E POTENCIALMENTE MAIS PERSPICAZES no enfrentamento e na transformação do mundo que lhe deixamos como herança”.

    Pode-se tirar a conclusão de suas idéias a partir de sua conduta, totalmente incompatível com a dignidade de um verdadeiro professor ou mesmo de um ser humano. Ela é vista no Facebook envolvida em orgias, declarando publicamente, em inglês, que poderia ser uma atriz pornô. Entretanto, esta mesma pessoa está em Brasília, falando de “direitos humanos e das mulheres” e determinando os destinos da educação pública no país. Tem espaço e leciona em universidades. Tem até o status respeitoso de “doutora”. Num trecho do IX Seminário GLBT, uma militante falava de uma sujeita que dizia que a “professora dela foi uma prostituta e a escola dela foi a escola da vida”. E outra, endossando a educação dos bordéis, disse que as suas melhores professoras foram prostitutas, que as acolheram na zona. Alguém se surpreenderia quando a qualidade da educação é baixa a nas universidades, cerca de 38% dos alunos são analfabetos funcionais? Eu não me espantaria que o Brasil um dia se torne uma gigantesca casa de tolerância de baixo meretrício, com esse tipo de valores educacionais…

    O abuso sexual de crianças será alardeado como um "direito sexual" delas e dos pedófilos. Estamos presenciando uma mudança de pensamento na nossa sociedade atual, e este assunto exemplo é só uma das milhares de intervenções. As consequências disto veremos no futuro. Muito triste.

  38. Olá Ricardo:
    Como a Itália está te fazendo bem, rapaz!!"…historicamente, a maior parte das crises de crédito foram solucionadas de forma simples: políticos negociaram com as elites financeiras o perdão das dívidas… e as elites sempre tem que aceitar… é simples… default É A SOLUÇÃO! E eles tem que ser aceito… as elites sempre sabem que o que perdem são os valores criados pela especulação… não perdem ABSOLUTAMENTE NADA que acumularam! E podem recomeçar o ciclo novamente… acumular mais propriedade e por aí vai…
    A questão que temos que ver é: enfiar políticos que após essa negociação, repetirão os acertos do passado: intervenção dos Estados de forma à controlar as elites financeiras… dificultar a especulação… voltar a soberania financeira e, educação econômica para o povo… a legalização e o incentivo de formas alternativas de moedas de troca e pronto…"
    Assino embaixo. Abraços

  39. Olá Max:sobre a tua pergunta sobre a Venezuela, segue meus pitacos:
    1.A Venezuela, tem sido, sim, alvo da intolerância do "império", desde que efetivamente buscou e alcançou uma certa independência (nacionalização de recursos, repatriação de divisas, acordos comerciais que neutralizaram a Alca, e afirmaram a multilateralidade), com consequentes melhoras das condições de vida da população. Os golpes de estado orquestrados pelos oligopólios nacionais e estrangeiros contra o governo de Chavez são a prova disto.
    2.A governança de Chavez, malgrado o autoritarismo característico dos esquerdistas, têm aprofundado as possibilidades de independência do império da América latina especialmente pela política de comunicações (Telesur,organização de rede internet que não passa pelos EUA), pela não aceitação de bases ianques, pela participação no Mercosul etc. E isso não passa desapercebido, motivando no meu ponto de vista,um acirramento das hostilidades, que logo se farão notar de maneira mais ostensiva.
    Abraços

  40. Muitíssimo obrigado, anônimo… essa parte sobre o Diálogo Interamericano e o Consenso de Washington são assuntos que eu acompanhei anos atrás, quando eu ainda não salvava as fontes… passaram-se os anos e viraram leves recordações… pois nunca mais li nada à respeito…

    Você tem as fontes? Eu lembro de vários fatos e coisas suspeitas… desde a formulação do Plano Real até um vídeo do Lula passeando pelo Rotchild Mansion juntamente com um banqueiro brasileiro que foi afastado por desviar algo como 100 milhões de reais… que não recordo o nome… onde nesse vídeo, se não me engano, Evelyn Rotchild pergunta à esse banqueiro "E aí? Como estão os Safra? Eles são como filhos para mim"…

    Concordo que há muito mais areia em baixo do tapete do que imaginaos… concordo que as decisões tomadas entre quatro paredes muitas vezes se parecem com as teorias de conspiração…

    A questão é, mesmo nas elites, existem escolas diferentes… mentalidades diferentes… temos muitos exemplos de pessoas desde uma baixa hierarquia (como Bill Gates) até o topo agindo ou deixando declarações que indicam que sim, desejam um controle populacional, despovoamento e tudo mais…

    … o que eu reclamo é a forma a qual os teóricos da conspiração amarram tudo num saco só… melinda & gates foundation + codex alimentarium + palestra de fulano + as pedras da Georgia… aí pronto… é uma mega rede internacional que está matando as pessoas por aí…

    Enfim… obrigado maria… a Itália é ótima! 🙂

    E, esse post somado à tantos ótimos comentários está no top 10 do II!

    [ ]s

  41. Felizmente estas "tentativas" e "ações" ou ainda "planos" para diminuir a população não deram certo até agora. E tenho esperança e acredito que não vai dar certo, pelo menos a nível global, agora quanto a um país determinado pode até funcionar, mas não sem deixar marcas e sequelas como esta bizarrice que outro anônimo comentou, sobre a mudança comportamental e sexual das crianças e adultos.

  42. Quero dizer da minha admiração pelos comentários do anônimo e do Ricardo, são antagônicos quanto a visão de uma orquestração das elites, mas se assemelham em vários pontos. Duas pequenas e verdadeiras aulas. A minha intenção ao questionar sobre a Fabian Society era absorver mais conhecimento sobre o assunto. E consegui, graças aos muitos comentaristas. De fato um assunto que bate muito forte com as percepções que nestes dias temos do mundo. A sensação de que há de fato um plano maior, traçado por gente invisível (desculpe Ricardo, mas é neste ponto que discordo de você), acima das paixões das políticas regionais. Aliás, corrigindo o pensamento: influenciando a política de boa parte do ocidente, fazendo-a pender a seu favor.

    Este quinquagenário agradece a rapaziada pela aula.

  43. Todas as situações histórico-políticas nascem da ação humana, e a ação nasce da especulação de possibilidades. Quem especula possibilidades são os intelectuais, numa gama que vai desde os estudantes tagarelas, passando pelos ideólogos de partidos, até os assessores e conselheiros de potentados da política e das finanças, culminando nos círculos discretos ou até semi-secretos de inteligências privilegiadas (como por exemplo a Fabian Society de 1883, o núcleo fundador da Escola de Frankfurt, o grupo de Stefan George ou a tariqah de Frithjof Schuon). Das idéias que aí circulam, algumas são esquecidas, algumas se modificam até tornar-se irreconhecíveis, outras acabam por se transmutar em forças políticas num prazo mínimo de trinta anos.

    Não há um só partido, campanha ou movimento que não tenha começado assim, bem "low profile". O analista que quer saber para onde a política está indo, ou de onde ela veio, tem pois de se interessar por uma vasta rede de discussões que, para a mídia usual, é de todo invisível: só aparece em livros de poucos leitores, revistas acadêmicas, publicações nanicas, sites especializados, conversações pessoais, documentos reservados.

    Quando, após anos, o escândalo explode aos olhos da população, é porque já é tarde demais para fazer o que quer que seja a respeito. E mesmo então as partes mais importantes da história permanecem ocultas, esquecidas ou incompreendidas.

  44. Ola Walner,
    pode me dizer por favor onde encontro noticia sobre este aspecto que referiu?Obrigada
    "…Tem gente tendo que responder judicialmente nos EUA por captação de água da chuva. Proibida em determinados estados e pelo que entendi um crime recente…"

Obrigado por participar na discussão!

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