Aquecimento: uma crítica

O artigo Exclusivo: o aquecimento global é uma realidade! recebeu um comentário com tons bem críticos.
Agora, não é que um comentário crítico mereça automaticamente um post dedicado: mas neste caso eis a excepção, pois o comentário em questão representa:

  1. um concentrado de lugares comuns
  2. permite esclarecer qual a posição do blog acerca do assunto. Sempre que haja alguém interessado nisso, óbvio… 

Autor é JMS, que agradeço pela participação e que, como é óbvio, não conhece o blog. Mas este não é um problema meu, por isso vamos em frente. E comecemos com o fim do comentário:

Estamos a ser
coerentes? Ou a coerência não é para aqui chamada?

Exacto, JMS, é mesma esta a minha pergunta. A coerência é algo que diz respeito a quem não acredita na teoria do aquecimento ou também inclui os defensores da mesma?

Se incluir os defensores, poderia explicar-me porque os que você define como “barões do petróleo, os
defensores do business as usual e o drill, baby, drill” financiam aquelas mesmas organizações que mais contribuem para espalhar o Verbo do aquecimento global antropogênico? Estamos a falar de WWF, Greenpeace e outros nomes bem conhecidos.

JMS, deixe que eu possa perceber: eu, petroleiro poluidor, financio as organizações que mais realçam o meu papel de poluidor? Será uma minha limitação, admito, mas não consigo entender.
E se tiver dúvida quanto ao facto dos magnates do petróleo financiarem as mencionadas organizações, pode sempre efectuar uma boa pesquisa na internet, pois se é bom para encontrar resultados que apoiem a sua teoria, imagino será igualmente bom no caso de resultados contrários. 

“Em vez disso, dá-se ouvidos às melancias
“ecofascistas” e já há quem fale na necessidade de decrescimento! É
absurdo!”

“Eco-fascista”? Eu defino eco-fascista quem altera os dados para que estes possam apoiar exclusivamente a teoria dele, em detrimento dos outros pontos de vista. Falo de pessoas que simplesmente apagam os dados “antipáticos” antes duma conferência. Conhece o género, não é?

O nosso querido capitalismo e o saudável way of life americano
só pode manter-se através do crescimento económico infinito. Para
manter esse crescimento, tão necessário ao nosso bem-estar, é importante
que a população continue e a aumentar, que os mercados de capitais se
expandam cada vez mais, que a mercadorização chegue a cada vez mais
áreas, que as políticas de privatização sejam estendidas à água, à saúde
e a tudo o que possa criar valor. Só assim podemos salvar o
capitalismo.

Se tivesse lido um pouco, nem muito, este blog, nunca teria desperdiçado tempo para escrever tais disparates. Mas aqui entramos no âmbito da vontade do Leitor, algo fora do meu alcance. Outra coisa não posso fazer a não ser convidar a espreitar alguns artigos para ter surpresas.

Nós somos de esquerda

“Nós” quem? De certeza não está a falar de mim. Se ainda gosta de ser etiquetado com os patéticos (e hoje em dia insignificantes) rótulos do século XIX, este é um problema seu. Peço o favor que me deixe de fora.

na verdade não conseguiríamos imaginar uma
vida sem consumismo desenfreado, nem nos ocorre nenhuma alternativa ao
capitalismo. Certo? O capitalismo é indestrutível e fundamentalmente bom.
Para ficar perfeito, só precisa duma pitada de keynesianismo e umas
folhinhas de social-democracia. Certo? Certo.

É neste ponto que tenho uma dúvida. Será que após dois anos passados a denunciar os males do Capitalismo, chega o primeiro palhaço para acusar-me de ser a favor do Capitalismo selvagem?
Como não gosto de ofender (“palhaço” não é uma boa coisa), prefiro achar que o seu texto foi escrito sem ironia alguma. Razão pela qual, convido-o a ler um pouco mais deste blog e tentar perceber quanto mau possa ser o Capitalismo.

E mais: pode até descobrir que o crescimento eterno é uma loucura insustentável. Porque o Capitalismo não é indestrutível: é apenas uma fase histórica que, como todas as anteriores, terá um fim (que, dito entre nós, não deve estar muito longe).

Se os glaciares estão em
retracção, se as camadas de gelo antigo nas calotas populares são cada
vez mais finas, isso só pode ser resultado dum bruxedo, ou de manobras
de comunas. Nunca poderia dever-se à acção do homem, porque toda a gente
sabe que as actividades humanas não têm qualquer influência nos
processos naturais, e que a industrialização é por essência
eco-friendly. Há rios a secar, desertos a avançar, florestas a morrer
por causa de pragas induzidas pelo calor? Há. Mas isso é porque Deus
determinou que tinha chegado a hora delas. Nunca, mas nunca, por culpa
das emissões de CO2, enxofre, metano, etc., etc.

 JMS, hoje vivemos num mundo onde os níveis de CO2 (o maior entre os arguidos) nem são comparáveis com os níveis de dióxido de carbono presentes em épocas passadas. Épocas nas quais não havia o Homem. Isso significa que os níveis de CO2 variam também de forma independente da actividade humana. Porque não poderia ser assim agora? Qual o seu problema neste aspecto?
É tão difícil aceitar que no passado o CO2 disparou por causas naturais e que hoje pode acontecer a mesma coisa? Ou hoje vivemos numa era particular, na qual os níveis de CO2 podem subir apenas como consequência do Homem? Porquê?

É tão difícil aceitar que, tal como aconteceu no passado, o clima da Terra pode estar numa altura de mudança absolutamente natural? É só consultar os dados, que em internet não faltam: a ideia duma Terra com um clima estável é um embuste (isso sim, não a ecologia) gerado pelas mesmas pessoas que defendem o aquecimento global antropogênico, pois nunca foi assim. É só consultar os dados disponíveis na internet. E não falo de dados oferecidos por uma das duas facções em causa, falo de dados que podem ser encontrados em instituições que nada têm a ver com esta questão e que, de forma independente, estudam o assunto.

Claro, depois será preciso reconhecer que as temperaturas e o clima podem variar por causas naturais. Incómodo, não é? Pois. Porque, na óptica destes ecologistas, a Natureza é sempre boa, enquanto o Homem é sempre mau. Uma atitude que teria feito a felicidade de Freud.

Porquê aconteceu a Pequena Glaciação do séc. XVII? Porque após desta as temperaturas voltaram a subir? Ninguém sabe responder. Mesmo assim, há pessoas que defendem que o planeta agora aquece por causa do Homem. Ninguém consegue explicar as anteriores variações, mas agora sim, de repente conseguimos explicar tudo. Os meus parabéns.

Estamos perante um Sol que tem uma atitude no mínimo esquisita: possível alegar que a nossa estrela não tenha qualquer influência no nosso clima? Sim, é possível: é exactamente o que fazem os partidários do aquecimento. E porquê? Porque sim, ámen (eco-fascismo).

E são as mesmas pessoas que na década dos anos ’70 defendiam o arrefecimento global! Isso sim que é ter ideais claras.

Deus? Não sou pessoa que costume chamar Deus neste género de assuntos, por isso permito-me nem ligar à sua pergunta.

Felizmente, as pessoas
já começam a perceber que a ecologia é um embuste e uma forma de
terrorismo concebida para destruir o nosso maravilhoso way of life.
Graças a posts como este, cada vez há menos americanos convencidos de
que as alterações climáticas são reais. E isso é muito bom para os
negócios. Porque assim pode-se começar a explorar com boa consciência os
recursos minerais da Antártida, dando um novo impulso à economia
global, que tão necessitada está de impulsos.

Na minha óptica, o terrorismo é convencer as pessoas a pagar o dobro para adquirir um carro eléctrico que será sempre alimentado com a queima do petróleo, o que não resolverá de forma nenhuma o problema da poluição (problema que existe, óbvio).
Não resolverá, mas tornará bem mais ricos os produtores de automóveis, os que produzem os acumuladores e todas as empresas petrolíferas que estão a entrar no ramo da electricidade (veja-se o caso da Galp em Portugal).

Mais lógico seria apostar no gás natural para auto-tracção, abundante,
seguro e bem pouco poluente. Mas que, todavia tem um problema: é
barato, demasiado barato. Então ninguém aposta nele. Porque será?

E as pilhas de combustível, para desfrutar o hidrogénio? Imagine, meu caro JSM, um carro que anda e que do escape emite apenas vapor de água. Mas não, não é possível, há dificuldades que não podem ser ultrapassadas. Deve ser por isso que na Alemanha abriram duas estações para abastecer com hidrogénio, uma na Islândia, várias no Japão.

Mas o establishment apoia o eléctrico, tal como as organizações ecologistas. Esquisito, não é? Pois.

Meu caro JSM, eu, contrariamente a si, não tenho verdades absolutas. Por isso neste blog não encontrará verdades absolutas, mas apenas pontos de partida para discussões.

O aquecimento global é antropogênico? Talvez sim, talvez não. Em falta de provas definitivas (que, apesar dos seus dados NINGUÉM pode apresentar), podemos falar do assunto. Possivelmente respeitando o ponto de vista dos outros, se não é pedir demais.

Ipse dixit.

33 Replies to “Aquecimento: uma crítica”

  1. Só um adendo ai: Quem entende de física sabe que a temperatura do planeta não tem muito haver com os gases em nosso planeta, tem primordialmente haver com o Sol e a pressão atmosférica da terra. Só isso, o resto é pura falácia de algum tipo de industria, bem como tudo hoje em dia…

  2. para confirmar:
    O sol está a aquecer a temperatura e todos os planetas do sistema solar estão a ser aquecidos com isso.

    para emendar o Max:
    O problema não se reduz somente ao CO2, envolve o resto da poluição que vem juntamente com o CO2 dos tubos de escape.

    para pedir esclarecimento ao Max:
    A eletricidade requer queima de petróleo porquê? Ela produz-se nas barragens, elas já estão construídas…

  3. Caro Max,

    Conheço bem as posições anticapitalistas deste blogue, que partilho a 200%, e por isso mesmo é que estranho ver aqui, como noutros espaços similares, defenderem a fé de que as alterações climáticas não existem. Chamo-lhe "fé" porque, não sendo nós especialistas em climatologia, só podemos acreditar (ou não) no que diz quem a estuda. Para não repetir coisas que disse noutro blogue há poucas semanas, já que tenho mais que fazer, remeto-o para essa discussão.

    http://marecinza.blogspot.pt/2012/04/os-ecotopicos-governanca-global-o-mito.html

    Porque é que os barões do petróleo financiam as organizações ecologistas? Para pintarem de verde as suas actividades poluidoras e para comprarem a simpatia ou o silêncio das ditas organizações. Porque é que as ditas organizações aceitam esse dinheiro sujo? Por uma questão de sobrevivência, ou, nalguns casos, por pura corrupção. Mas não é pelo facto de o Greenpeace, por exemplo, aceitar dinheiro, digamos da Shell, que vai automaticamente defender os interesses da Shell. O comportamento de qualquer organização é bem mais complexo do que isso. Porque não há nenhuma instituição, nem nenhum ser humano, isento de contradições e de incoerências. Incoerentes, em maior ou menor grau, somos todos: eu, a Greenpeace, ou o meu caro Max. Todos temos que lidar com a realidade material, e a realidade impoe-nos muitas vezes concessões.

    Portanto, eu sei que você não defende o capitalismo selvagem. O meu comentário foi todo feito em tom irónico (o que pelos vistos o Max não percebeu) e pretendia apenas confrontá-lo com esta contradição: em relação às alterações climáticas antropogénicas, a sua posição coincide com a de Bush & Cia. Ora, no meu caso, se eu dou por mim a defender o mesmo que Bush & Cia. sinto que tenho de rever as minhas ideias, pois é impossível que eu e gente dessa possamos estar de acordo no que quer que seja. Se a Sarah Palin acha que o aquecimento global é um hoax, o meu impulso imediato é acreditar que ele é real. Da mesma forma, se leio que o filme x foi visto por 50 milhões de americanos ou ingleses, eu sei automaticamente que esse filme não vale a ponta dum corno. Nem preciso de o ir ver para confirmar. É tão simples quanto isso. O Max, pelo contrário, não parece sentir-se desconfortável com o facto de estar, nesta questão, a defender o mesmo que um quaqluer republicano americano. O que eu lhe pergunto é: não acha isso estranho?

    Eu sei perfeitamente que o clima na terra é tudo menos estável, mas negar que o homem provoca alterações climáticas é um disparate. O desaparecimento duma floresta, por exemplo, tem influência no clima local. Será os gases com efeitos de estufa tão vilões quanto os pintam? Terão eles uma influência tão determinante como se diz? Não sei. Como não sou cientista, tenho de acreditar em alguém. E a ter de acreditar em alguém, prefiro acreditar nos climatólogos mais reputados do que na opinião daqueles que os criticam. Porquê? Primeiro porque das pessoas que se opões à teoria das alterações climatéricas antropogénicas poucas são climatólogas ou especialistas na área, e em segundo lugar porque muitas desses opositores estão claramente ao serviço do partido dos negócios. Assim sendo, se o partido dos negócios financia tanto os ecologistas como os anti-ecologistas, porque é que eu hei-de dar mais crédito aos segundos do que aos primeiros?

    (continua)

  4. (continuação)

    A natureza não é boa nem má, tal como as pulgas não são boas nem más, porque nem a natureza nem as pulgas são sujeitos morais. Bons ou maus são apenas os seres humanos, desde que não sejam inimputáveis.

    Eu não tenho verdades absolutas. Mas repare que você acaba por chegar ao mesmo ponto que eu: não sabemos se as alterações climáticas são ou não antropogénicas e em que medida. Logo, porquê fazer um post a defender tão convictamente uma das posições? Eu pelo menos posso dizer que, ao defender o AGA, me baseio na opinião daqueles que são consencualmente considerados os maiores especialistas numa área de investigação extremamente complexa e onde existem poucas certezas. Você defende a posição contrária, mas nem sequer pode dizer que por trás dessa opinião estão os maiores especialistas, etc. Assim, penso que a minha atitude é mais sensata e mais prudente do que a sua, meu caro Max.
    Não queria era que você ficasse ofendido com o meu comentário irónico, porque ao contrário do que você pensa, eu conheço muito bem as suas ideias, concordo com a maioria delas, e gosto muito deste blogue.

    Um abraço,
    JMS

  5. Eu não estou a favor do estilo de vida consumista, inconsciente e "carefree" que temos vindo levar…mas não justifiquem a sua alteração quanto ao aquecimento global e CO2 NOS MOLDES EM QUE O TÊM VINDO A APRESENTAR. Está claro que a indústria gera CO2, poluição e todo o tipo de desrespeito ao ecossistema, e claro que isso deve ser corrigido e prevenido. Mas o escândalo "climategate" também é real!…

  6. Caro JMS: não se trata de organizações ecologistas defenderem os interesses das petrolíferas. O caso é mais complexo.
    Sabe o que é a dialética Hegeliana (tese, antítese e síntese)? Ou, mais recentemente chamada, o problema-reação-solução?
    Deixe-me explicar-lhe em termos práticos.
    Alguém quer introduzir alterações na sociedade. Mas se o fizer, pelas alterações que são, vai ser repudiado. Esse alguém manda numa petrolífera. Esse mesmo alguém manda numa organização "verde". Esse alguém manda a segunda opôr-se à primeira, expondo todas as atrocidades. A sociedade clama por alterações. O "alguém" de que falei em primeiro lugar fornece essas soluções, que eram a primeira coisa que queria que as pessoas acatassem, e que agora acatarão por as verem como favoráveis e necessárias. É tudo manipulação psicológica e engenharia social.
    É asim com o terrorismo "false flag" para justificar a vigilância, o policiamento e a militarização. É assim com os grupos de ocupação e "hacktivismo".
    Com a ecologia não é diferente.

  7. Para o JMS:

    O que eu sei é que o clima do Planeta pode até estar mudando, mas não é culpa do homem. Ocupamos apenas uma mera camada de toda superfície da Terra, ainda não influenciamos tanto no clima quanto aos processos naturais desde o surgimento do planeta. As mudanças que ocorrem hoje são como as que ocorreram ha milhares de anos, onde antes, em alguns desertos haviam mares, em alguns mares haviam desertos, etc.. Tudo em constante mudança, por uma força maior, uma força natural, um ciclo com um grande agente externo chamado SOL.

    Claro que não podemos sair por aí detonando o meio ambiente. Simplismente por que nossos
    recursos são limitados. Mas a questão é outra nesse caso. Toda essa política de hoje
    e esses "movimentos" verdes fazem parte de uma rede que quer nos impor novos valores,
    novas leis e o pior novos impostos. Engenharia social a todo vapor.

    A ONU ja tem um plano e modelo de pacto – O documento tem como título "Projeto de Pacto Internacional acerca do Ambiente e Desenvolvimento" para os países seguirem. É a mesma turma que quer reduzir a população. Isso é mais importante para os cabeças – a questão de poder e politica, e não salvar o planeta.

    Querem colocar a culpa do aquecimento global (que antes era chamado de efeito estufa) em nós. Sendo que na verdade isso sempre existiu, por parte da atividade solar e os ciclos climáticos.

    Pra finalizar, escute ou assista a estes 3 vídeos que farão você pensar de uma maneira diferente sobre o assunto:

    1:

    2:

    3:

    Abraço!

  8. Caro JMS eu deixei um link para um blogue de geociência e que vou deixar aqui de novo:

    The Geological Society Of America

    http://geology.gsapubs.org/content/40/1/95.full

    O JMS nem quis ver, nem tão pouco comentar, de forma que os cientistas também sabem como são feitas as coisas! os próprios afirmam isto:

    A subjectividade científica:

    (…)Os estudos acima podem influenciar significativamente a forma como se deve interpretar o consenso orientando os resultados. Posições de consenso, claramente, só podem representar a opinião do grupo em um instante no tempo, e pode não representar a verdadeira gama de incerteza sobre o assunto em questão (por exemplo, fig. 1C).

    Isso é preocupante porque o consenso é frequentemente usado nas geociências. Por exemplo, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC; http://www.ipcc.ch/) afetou uma mudança significativa na opinião pública para a aceitação da origem antropogênica relativamente rápida, para as actuais variações climáticas.

    No entanto, as conclusões do IPCC são todas de consenso conduzido de posições acordadas entre os dois grupos de cientistas. Interacções do grupo pode reduzir os vieses individuais, tais como ancoragem e excesso de confiança (tais preconceitos foram, todavia, reconhecidos em resultados do IPCC [Oppenheimer et al., 2007]). No entanto, a abordagem do consenso do grupo também pode introduzir preconceitos dinâmicos (reconhecido pelo Mastrandrea et al. [2011]), que são mais difíceis de detectar sem o acompanhamento da dinâmica de opinião.

    Extraído de um artigo em que utilizei o Google tradutor e que aconselho.

    Continuo a dizer que o JMS só vê aquilo que quer ver! Desculpe lá!…

    Ainda:

    No Sumário para legisladores do relatório final do IPCC mudaram-se essas duas claras negações por uma afirmação que diz: "O balanço da evidência sugere uma influência humana discernível no clima global". Houve um grande escândalo.

    Os peritos contratados pelo IPCC ficaram indignados, muitos renunciaram e exigiram do IPCC que apagasse os seus nomes do Relatório Final.

    Milhares de cientistas assinam o seu desacordo com o relatório do IPCC. Algum pode ser que seja pago pelas petrolíferas, como dizem, mas têm bons argumentos. Todos dizem que tem havido mudanças globais de temperatura desde sempre.

    Houve épocas de gelo até os Alpes e outras quentes (900-1200) em que a gelada Gronelândia era verde e uma frota chinesas sulcou o Árctico. Outro argumento válido é que os astrónomos relatam um aumento de temperatura geral em todos os planetas, por uma maior actividade energética do Sol [8] . Não parece culpa humana.

    O mercado do carbono

    É a ideia favorita de grandes empresas, bancos, políticos e algumas ONGs. Uma autoridade mundial administraria um mercado de direitos de emissão de CO2. O volume de emissões legais seria o dos níveis históricos, ou seja, não se diminui, congela-se. Aqueles que ultrapassem o nível de emissões legal podem comprar títulos àqueles que emitem menos do que o permitido. A Europa tem algo assim com o nome de Sistema de Comércio de Direitos de Emissão (EU ETS). O presidente Sarkozy já anunciou impostos indirectos (sobre o consumidor) para o carbono.

    Congelar as emissões históricas é a essência da proposta. O desenvolvimento necessita energia e essa provém – hoje – de combustíveis fósseis que geram CO2 e também gases tóxicos. O mercado de carbono é um meio para travar os países em desenvolvimento e criar outra bolsa para jogar com as emissões de dólares sem fundos que contaminem a economia internacional(…)

    Umberto Mazzei Do Instituto de Relações Económicas Internacionais, de Genebra.

    E não venha dar na carola aos economistas, pois o AGA é apenas um problema da economia!

  9. Achei piada à "mutação" da terminologia feita pelo JMS… de AGA (Aquecimento Global Antropogénico), passou para ACA Alterações Climáticas Antropogénicas… isto para mim é que já roça o ridículo.

    Qualquer dia passará a ser CACA, não?! (Criacionismo das Alterações Climáticas Antropogénicas) :))

    Abraços.

  10. Olá todos: quando existe controvérsias, procuro olhar a minha volta e raciocinar o mais livre possível de quaisquer influências.
    A minha volta coisas na natureza se alteram: rios assoreados,pequenas cachoeiras que desaparecem, e só reaparecem quando chove muito, flores que têm as pétalas queimadas, sob incidência do sol…
    Raciocinando sob os fatores que determinam essas coisas ruins, concluo que o mau uso que fazemos dessa minha natureza local deve estar causando essas coisas que considero ruins, mas que essa natureza está viva, e com certeza se modifica, independentemente daquilo que considero ruim e independente da ação humana, por mais catastróficamente predadora e egoísta que ela possa ser.
    Considerando tudo que foi dito por vocês, e a amplitude das discussões, este é um raciocínio muito simples, com fundamentação pouco abalizada (eu+eu mesma), mas creio que seja possível considerar que as alterações climáticas percebidas pela humanidade (deve haver outras mais) no ambiente como um todo, sejam função natural de um planeta vivo em metamorfose constante,sob influência de outros planetas e estrelas, mas que, localmente, vem sendo modificadas pelo homem,alterando seu ritmo/intensidade naturais, pelo uso indevido, predador e interesseiro.Assim sendo, se a Mariazinha me perguntar porque as neves do Quilimanjaro estão desaparecendo, eu diria que provavelmente tenha havido momentos geológicos com neve, e outros sem neve por lá. E se ela me perguntar porque tem rios que antes desaguavam no oceano, e agora não mais, eu vou dizer que provavelmente andam fazendo m. nesses rios. Mas como ela não é idiota, ela vai rir, e perguntar: "mas as respostas não poderiam ser invertidas?" E eu vou responder com outra pergunta: "qual o estrago (considerando que seja estrago para ti)que melhor serias capaz de produzir; acabar com as neves do Quilimanjaro, ou interromper o fluxo esperado de um grande rio?"
    Não levem a mal, são só divagações.É que II me faz isso…
    Abraços

  11. Olá JSM!

    O que penso na realidade é o seguinte: acho que a actividade humana é prejudicial para o planeta e, provavelmente, tem influência nas temperaturas.

    O que penso também é o seguinte: há interesses enormes neste campo e, dum lado como do outro, há lobbies que tentam explorar a situação para favorecer as empresas de referência.

    O que penso é que as empresas petrolíferas não financiam as organizações ambientalistas para fazer uma "boa figura": alguns financiamentos (e não poucos) são descobertos só após atenta análise dos orçamentos. Quando uma petrolífera faz algo de "verde" costuma grita-lo aos quatro ventos.

    O que penso é que as empresas petrolíferas tentam direccionar a luta contra a poluição e consequente alteração climatérica. Não acaso falei dos carros eléctricos, todos os produtores estão envolvidos nesta "corrida". E sabemos também que produtores de automóveis e petroleiros operam em conjunto.
    Mas seria banal reduzir tudo à questão do carro eléctrico: há algo mais em jogo, nomeadamente a atitude e as medidas com a quais serão enfrentadas as crises não apenas ambientais mas também energéticas dos próximos anos (abiogênico ou não, a verdade é que para extrair o petróleo as empresas têm que gastar cada vez mais e assumir comportamentos cada vez mais arriscados, como no caos do fracking). Há política nisso, e não apenas "política ambiental".

    O que penso é que uma enorme fuga de gás no Mar do Norte nem merece uma linha nos jornais, mas quando o assunto for o aquecimento global então espaço nunca falta.
    (cont.)

  12. (cont.)
    O que penso é que, como realça Fada, o mercado do CO2 é algo que pode influenciar as escolhas energéticas dum País. E que, também neste caso, os interesses são colossais.

    O meu ponto de vista é aquele descrito pelo comentário do Anónimo, que reporto aqui:
    "não justifiquem a sua alteração quanto ao aquecimento global e CO2 NOS MOLDES EM QUE O TÊM VINDO A APRESENTAR. Está claro que a indústria gera CO2, poluição e todo o tipo de desrespeito ao ecossistema, e claro que isso deve ser corrigido e prevenido. Mas o escândalo "climategate" também é real!"

    Perfeito.
    É exactamente este o meu ponto de vista (aliás, obrigado Anónimo!).

    JSM, estamos numa situação paradoxal. Eu defendo as posições dos Bush (e claro que não gosto disso), JSM defende uma teoria que está na base do Climagate.
    Isso não é normal, é evidente que algo não bate certo. Seria preciso poder confiar nos dados de alguém. Mas quem?

    JSM apresenta alguns links, mas como posso eu ter a certeza de que estas pessoas forem realmente imparciais? Como posso pôr em causa a seriedade de Greenpeace que resgata os pinguins para depois acreditar num fulano atrás do qual nem sei quem opera?

    Provavelmente algumas das pessoas que JSM citou nos links são sem dúvida cientistas sérios, com uma preparação e uma integridade digna deste nome.

    Mas acredite, passei um bom tempinho atrás deste assunto e encontrei dados contrários fornecidos também por pessoas que reputo ser sérias e preparadas.

    Só que estes dados não são considerados como "sérios" porque não apoiam a teoria do aquecimento global.
    Eu fico surpreendido com esta reacção.

    Para fazer um exemplo: como escrevi no artigo, porque não equacionar a possibilidade de causas naturais estarem também a mudar o nosso clima? Uma teoria não exclui a outra e sabemos que o Sol tem um comportamento anómalo nos últimos tempos ("anómalo" do nosso ponto de vista).
    Todavia esta ideia nem é tomada em consideração. Isso assusta-me , porque significa que há um Pensamento Único no qual todos temos que acreditar. Há uma selecção de teorias, algumas das quais podem ser aceites, outras nem pensar.

    E eu, ao ouvir dum Pensamento Único, fico logo enervado. E fico também com algumas suspeitas: quem beneficias do Pensamento Único?

    As florestas desaparecem? Com certeza, e não por causas naturais. E todos sabemos qual o papel da florestas no nosso eco-sistema. Portanto não é possível negar que o Homem tenha um efeito negativo (tipo vírus) no ambiente.

    Mas até a que ponto negativo?
    Também a floresta que ocupava o deserto do Sahara desapareceu e não por culpa do Homem: foi uma alteração natural do clima.
    A minha suspeita é que os moldes sejam exasperados para explorar uma situação real.

    Não quero viver num mundo onde as empresas petrolíferas destroem o ambiente. Mas nem quero viver num mundo onde a defesa do ambiente é uma ocasião para "reciclar" as mesmas pessoas que poluíram, para aumentar os lucros delas ou para atingir objectivos que nada têm a ver com a protecção do eco-sistema.

    Sem dúvida, um assunto complicado.

    Abraço!!!

  13. Gostaria de contribuir para a discussão com algumas perguntas:

    1) A Terra é um ser vivo?

    …e se for, pode alguém ainda ter dúvida? então, nós somos uns parasitas…assim como o nosso corpo está cheio de parasitas e que com o passar do tempo acarretam a decrepitude desse ser e isso apenas faz parte do ciclo da vida.

    2)Temos enregia suficente para viver?

    É claro que temos, pois não existe energia nem de mais nem de menos, pois a energia não se multiplica é sempre a mesma, boa ou ruim a forma com que a usamos, nada modifica o seu ciclo natural, apenas nós e que acabamos sofrendo por antecipação e por ignorância.

    3)Devemos viver naturalmente como os povos nativos (índios)?

    Quem dará o primeiro passo? quem vai largar o plástico do seu computador? o plástico do seu cartão de crédito? o plástico do seu conforto diário?

    4)E a energia nuclear?

    Nós temos a maior a maior usina nuclear sobre as nossas cabeças, o Sol. Que sabemos que o fator mais importante na vida sobre a Terra seja ele bom ou mau é o nosso astro rei, inclusive produz as alterações dasno nosso clima.

    5)Quem conhece a entropia?

    Tudo na natureza está em equilíbrio e para estar em equilíbrio é preciso de causas e condições que a mantenham assim, toda ação provoca uma reação (fácil de entender).

    6)Quem despreza a ciência corporativa?

    Pelo que podemos ver todos os dias há sempre uma nova teoria de ocasião para explicar aos incautos a evolução da vida, e como podem ELES fazerem isso? o fazem porque existe uma multidão de ignorantes.

    Sugestão: Devemos engarrafar os flatos dos bovinos? incluindo os nossos? e depois aproveitar essa energia para produzir trabalho e assim acabar com o aquecimento antropogênico?

  14. Max, Fada, restantes amigos (e uso esta palavra porque tenho simpatia por todas as pessoas que manifestam interesse pelas ideias de justiça e de liberdade),

    Para acabar com quaisquer equívocos e esclarecer melhor os pontos em que divergimos, vou tentar exprimir com clareza a minha posição:
    Só um ecologismo radical pode salvar a economia global do colapso e espécie humana de uma hecatombe que a reduza para metade daqui a vinte ou trinta anos. Os ecologistas, esquerdistas, etc. que julgam possível prolongar por muitas décadas os níveis de consumo de energia e de recursos praticados na média dos países ditos civilizados, os ecologistas que acreditam haver ainda espaço para crescimento económico neste mundo, estão a iludir-se estupidamente. A reciclagem e outras pseudo-panaceias defendidas pelos ecologistas-papaia (verdes por fora e cor-de rosa por dentro) não bastam para nos salvar. O planeta já não dispõe neste momento de recursos para alimentar/abrigar/transportar, etc. condignamente os sete mil milhões de humanos que nele vivem. E isso não se deve apenas, como parecem julgar alguns, a uma injusta distribuição dos recursos. Deve-se sobretudo à escassez destes mesmos recursos, resultante da sua exploração desenfreada ao longo dos últimos dez mil anos, com especial incidência nos últimos 50. Ora, neste contexto de sobrepovoamento e finitude de recursos, das duas uma: ou começamos a gerir com justiça e parcimónia o que nos resta, ou continuamos a fazer de conta que não se passa nada, caminhando infalivelmente para o extermínio de metade dos seres humanos a médio prazo. Ou seja, a bem ou a mal, a humanidade no seu todo não pode continuar a delapidar recursos à velocidade a que o tem feito, e para isso tem de abandonar de vez a ideia de que felicidade passa pelo consumismo. Parece-me evidente que o principal problema que temos pela frente é o de arranjar maneira de decrescer de forma justa, com uma melhor redistribuição dos recursos. Para isso, os países ricos terão de abdicar da substancial fatia do bolo que têm açambarcado em detrimento da maioria da população mundial. A alternativa, fácil de ver, é a guerra de todos contra todos, com os mais pobres a serem condenados ao extermínio.
    Acontece que eu não vejo quase ninguém (nem sequer nos blogues de informação alternativa) preocupado com esta realidade e com a busca de alternativas. Ora, como eu disse acima, a única alternativa passa por uma filosofia ecológica radical. Nesse sentido, e em termos puramente estratégicos, parece-me um que quem critica os ecologistas, mesmo os ecologistas estúpidos do tipo B. Bardot, está a dar um tiro no pé e a lutar contra os seus próprios interesses, está a fazer involuntariamente o jogo do stá a fazer o jogo do inimigo. E quem é o inimigo? O inimigo é o capitalismo e os seus promotores, cujo egoísmo e estupidez não tem limites e que não são capazes de enfrentar o terrível facto de que precisaríamos de três planetas para que todos os 7 mil milhões de seres humanos tivessem o confortável way of life do português médio. Em vez disso, preferem meter a cabeça na areia entrar em negação, e põem-se a acreditar que o engenho humano há-de acabar por encontrar uma solução eco-friendly para os nossos 7 mil milhões de problemas (e que serão 8 mil milhões em 2030). Acontece que os promotores do capitalismo não são apenas os que mais beneficiam dele; na verdade, pode-se dizer que o homo sapiens é naturalmente “capitalista”, na medida em que cada ser humano tende a pôr os seus interesses à frente dos interesses dos outros e a acumular mais do que aquilo de que precisa. O capitalismo é uma ideologia popular precisamente porque estimula aquilo que em nós há de mais básico, egoísta e infantil. Mas se não conseguirmos pôr fim a essa mentalidade aquisitiva e predadora, o que nos espera é uma luta de todos contra todos e um colapso global. E, tal como eu vejo as coisas, os nossos amigos nessa luta são os defensores do decrescimento e da partilha igualitária dos recursos.

    (continua)

  15. Quanto ao Climategate, aquilo que eu acho é que os cientistas resolveram exagerar um pouco os seus avisos, mesmo à custa da seriedade científica, por estarem convencidos de que só com uma mensagem alarmante é que poderiam ter influência no rumo dos acontecimentos, já que a situação é suficientemente grave, e os seres humanos demasiado comodistas, para mudarem os comportamentos de outra maneira que não seja assustando-os. No fundo, comportaram-se como uma mãe que, ciente de que a fast-food é nociva, diz ao filho que se comer hambúrgueres lhe apodrecem os tomates. É uma mentira, mas bem-intencionada. O “desmentido” de J. Lovelock aponta exactamente nesse sentido: ele não diz que as ACA não são reais, diz apenas que não vão ocorrer à velocidade que ele, de maneira alarmista, tinha predito.
    Fada, as alterações climáticas não são exactamente a mesma coisa que aquecimento global. Tanto quanto, sei, as alterações climáticas podem provocar aquecimento em certas regiões do planeta (por exemplo, nos pólos) e fenómenos climáticos extremos (como tufões, chuvas intensas ou vagas de frio) noutros sítios. Por exemplo, há registos de alterações muito preocupantes nas correntes oceânicas do Atlântico, que influenciam decisivamente o clima no norte da Europa; se o clima aquece, um dos resultados paradoxais é que o norte da Europa passaria a ter invernos muito mais rigorosos, caindo numa espécie de pequena idade do gelo. Em relação ao aquecimento global propriamente dito, há provas (através dos anéis de crescimento das árvores e outros métodos de medição longa) de que os três anos mais quentes nos últimos mil foram 1995, 1998 e 2005 (dados de 2006, recolhidos, tal como a informação anterior e seguinte, em “The upside of down”); na Bolívia, os glaciares e os cumes gelados diminuíram 60% desde 1970; o glaciar do Everest recuou 5 quilómetros desde 1953, o mesmo no Alasca; certas partes da Gronelândia aqueceram 3 graus nos últimos 20 anos; a temperatura do mar Árctico subiu 1,2 graus entre 1986 e 2006, e a sua camada de gelo era, em 2006, a menor alguma vez registada. Pode ser tudo isto uma coincidência? Dificilmente. Terá sido provocado pelo homem? Não sei. Mas como os peritos dizem que sim, em quem é que eu hei-de acreditar?
    Marcelo, obrigado por me ter apresentado a um personagem tão patético como Olavo de Carvalho, que parece existir para demonstrar que a estupidez humana é infinita. Tive o cuidado de ler alguns dos textos do blogue dele, e a minha conclusão é a seguinte: o Sr. Olavo é um papagaio conservador meio troglodita, que gosta de perorar sobre matérias que desconhece. Portanto, para mim a credibilidade dele é igual a zero.

  16. (continuação)

    Max, o facto de haver muitas empresas e governos interessados em cavalgar a onda do aquecimento global não prova que este não seja real. Prova apenas o que já sabíamos: que o poder tira partido de tudo o que pode para se reforçar, e que as empresas aproveitam todas as oportunidades para lucrarem. Do mesmo modo, o facto de os climatólogos terem exagerado os seus números para melhor fazerem passar a mensagem que acham importante, não significa que os dados estejam totalmente errados. Quanto ao resto, concordo consigo. O pensamento único é uma forma de propaganda detestável. Mas repare: qual é a forma de pensamento único mais badalada pelos media nas últimas décadas? É a que diz o seguinte: que a industrialização e a inovação tecnológica só trazem vantagens, que o consumismo é excelente para a economia e para as pessoas, que a desregulação dos mercados é benéfica, e que a maior invenção da humanidade foi o laissez faire liberal. Ora, a mensagem do aquecimento global e das alterações climáticas não é agradável para os homens de negócios (excepto para alguns), já que a última coisa que eles querem é ouvir falar em “decrescimento”, “regulação”, “desindustrialização” ou da necessidade de investimentos colossais em tecnologias mais limpas. Aquilo em que os capitalistas querem acreditar, e a maioria das pessoas também, é que não há problema nenhum, que podemos continuar a extrair e gastar combustíveis fósseis como até aqui, que existe uma coisa chamada crescimento é sustentável, e que o futuro será cor-de-rosa para todos. Não será. Eles estão a mentir ou a iludir-se. E se eles estão a mentir ou a iludir-se, porque é que eu havia de dar crédito ao que eles defendem, se os meus interesses não sãos os deles?
    Abraço,
    JMS

  17. O AGA pode é assunto para juntar à categoria Fado,Fátima e Futebol, mais uma coisa para distrair e impedir que se pense nos verdadeiros problemas, assim se adormece uma moribunda esquerda tão órfã de ideologia. Discutir religião só leva a fundamentalismos, o AGA é mais uma religião com crentes, não crentes e teólogos.

    Afinal o AGA serve todos os propósitos para que foi criado. Tanta discussão, e os verdadeiros problema ambientais? Ninguém fala neles? Mais um objectivo cumprido por parte dos teólogos do AGA.

    A manipulação é coisa abrangente e transversal, acontece em todos as áreas e temas, no ambiental também.

    Grande Blog Max, acompanho quase desde o inicio sem nunca ter comentado. E esta minha pobre contribuição deve-se a ter reparado que com a discussão em volta do pertinente assunto deste post se prova uma coisa, não é preciso ser ignorante, bruto, analfabeto ou PORTUGUÊS para sermos manipulados e cairmos na inercia que impede a revolta contra o real estado de coisas. É difícil nos libertarmos das amarras que nos tiram a liberdade, mais ainda quando não as vemos como tal.
    VIVA A REVOLUÇÃO… seja lá quando for que venha a acontecer.

    Um abraço
    LMM

  18. Caro JMS, segundo a História os ricos só abdicam de ficar mais ricos e do que têm quando de uma forma violenta lhes é tirada, sonhos de mudança do mundo e sociedade não passam disso, sonhos cor de rosa. O ricos sejam país ou pessoa nunca vão fazer nada para alterar o estado das coisas, eles são quem ganha com o manter a situação, o que fazem é adaptarem-se aos novos tempos e promover mudanças controladas por si para ficarem mais ricos. Se as mudanças parecerem ser ideia dos mais desfavorecidos, então perfeito objectivo alcançado. Tudo se resume a quem controla e a quem é controlado. E já agora, por falar em ecologistas, o planeta não morrerá com a extinção Homem ou com um Apocalipse ecológico. Nós sim, morreremos, mas isso pouco importa aos sistemas ecológicos do planeta que continuarão a existir para além do Homem.

    Um abraço
    LMM

  19. "igado por me ter apresentado a um personagem tão patético como Olavo de Carvalho, que parece existir para demonstrar que a estupidez humana é infinita."

    Consegui a prova de que JMS é um esquerdista de segunda. O dia em que você ler 5% ou souber 10% do que o Olavo lê e estuda então poderia falar alguma coisa sobre ele. Do contrário, você não passa de mais um esquerdista defensor de movimentos contemporâneos. Vá morar em Cuba, na Coréia ou na China, talvez viva melhor lá. Saiba que você só consegue usar o computador para comentar neste blog agora, graças ao capitalismo, que é o direito de propriedade de cada indivíduo.

    até mais

  20. JMS,

    Quantos livros você já leu? Ou melhor, quantos livros já escreveu?
    Quantos seminários já participou ou palestrou? Quantas aulas já ministrou? Quantos artigos já escreveu ou publicou?

    Acho que está extremamente prepotente ao falar ou difamar uma pessoa cujo o intelecto supera muito a sua capaciade.

  21. Marcelo,
    um indivíduo que afirma, como Olavo, que os media brasileiros são controlados "em 99,9%" por "esquerdistas", das duas uma, ou é um idiota conservador, ou está a brincar connosco. Os media, no Brasil como em todos os países capitalistas, são controlados pelos seus donos, que nunca são outra coisa que não capitalistas. E é por isso que todos os órgãos de destruição de massa cinzenta são de direita.
    Outra coisa engraçada é o que ele diz sobre Wittgenstein. Claramente, ele só "conhece" o filósofo de algum artigo que terá lido no jornal. Ora, eu não dou crédito a gente que fala à toa, nem me deixo deslumbrar por discursos banais só porque são proferidos num tom muito sensacionalistas. Há dois factos que me impedem esse deslumbramento: a minha formação em filosofia, e a minha formação em literatura.

    LMM
    Claro que os ricos não vão abdicar daquilo a que deitaram a mão. Não sou tão ingénuo que acredite no altruísmo dos ricos.

    Anónimo,
    Sim, li muitos livros; se escrevi alguns, deixo à sua curiosidade a descoberta; conferências e seminários é que não, porque não sou prof. de nada. Obrigado por perguntar.

  22. JMS Deve ter se formado na USP.

    media brasileiros são controlados por esquerdistas.

    Vou traduzir pra você então.
    É claro que os donos são capitalistas. Isso é lógico! Do contrário, suas propriedades, canais e marcas seriam todos do governo. Você está focando e olhando tudo por cima sem ao menos analisar tanto o macro quanto o micro. Eles são capitalistas que servem aos interesses de outros capitalistas que desejam e controlam movimentos esquerdistas.
    Portanto, no fundo seguem planos e ideias esquerdistas.

    Admita que o comunismo é uma utopia e que não funciona. Se quer provar que funciona ou que é melhor que o capitalismo, abra mão do conforto, de seus bens, celular, computador, propriedade, etc. Abandone também, se tiver, sua propriedade privada ou pequena empresa ou negócio familiar, pois será do governo e somente o governo terá tais propriedades.

  23. Marcelo,
    A sua tradução não chegou aqui em condições, deve ter havido perda de palavras pelo meio, porque não percebi a lógica.

    O comunismo é uma utopia, e o capitalismo também é uma utopia. Ambos são processos de engenharia social e psicológica, e ambos estão condenados ao fracasso. Ou ainda não reparou que o capitalismo não é sustentável a médio prazo, e que a curto prazo o sistema financeiro mundial vai implodir? Enquanto as pessoas continuarem na ilusão de que há crédito e energia barata para alimentar indefinidamente a máquina, estaremos a preparar um colapso de proporções gigantescas. Para uma perspectiva mais realista do que está em jogo, aconselho-lhe a leitura dos seguintes textos de um filósofo radical chamado Anselm Jape:

    http://silenciodospoetas.wordpress.com/2011/11/02/o-dinheiro-esta-se-tornando-obsoleto/

    http://libcom.org/library/one-utopia-another-anselm-jappe

  24. JMS

    Ta aí algo em que concordo.
    O capitalismo também é utópico e imperfeito, assim como o comunismo.
    Mas no meu ver é o menos pior até agora, pelo menos funcionou um pouco melhor e é o sistema adotado pela maioria. Acho que tanto a esquerda quanto a direita precisam e devem existir, pois tudo que é exagerado ou extremo é ruim. Deve haver um equilíbrio. Porém nesse momento prefiro defender a direita conservadora ao invés de movimentos verdes duvidosos, ou outros movimentos abortistas, gaysistas(no sentido político) ou ateístas. Pois a grande maioria destas causas e lutas são adotadas pela esquerda.

  25. O LMM… Pena que AGA não soa bem junto a Fado, Futebol e Fátima… De resto sobre destruição de Ecossistemas o meu TEMPO está bem servido! E é hilariante observar a nossa capacidade destrutiva! É fabulosa!

    Mas não falemos da destruição actual e constante dos nossos SUPORTES BÁSICOS DE VIDA… que isso não importa! O importante é falar no que acontecerá daqui por 100 anos! Isso sim… Faz-me sempre lembrar Onkalo! Coisas de DOIDO!

  26. A solução para acabar com o capitalismo predador seria acabar de imediato com a GLOBALIZAÇÃO!Fechar fronteiras e que o poder seja das bases para o topo. Tudo o que seja engenharia social, (comunismoo/capitalismo)é pura e simplesmente contra natura. O humano é um animal gregário, feito para viver em grupos e não numa super-organização como a das formigas, pois estas já nascem com um papel pré estabelecido enquanto que o homem não… como tenho dito sempre somos mais semelhantes a lobos ou a elefantes.
    A globalização foi o plano de alguns para escravizar muitos e não concordo, que fomentem uma nova religião, baseada no medo, para que a globalização subsista e a escravatura se instale a nível global. Se de mal o menos, como o JMS pretende esclarecer, então eu digo, deixem a Natureza actuar. Porque como observo a Natureza, sei que é melhor viver pouco sem medo e sem escravatura do que muito, nessas condições…
    Mas isso sou eu… que sou tão louca como o Voz.
    Seria incapaz de ter uma ave engaiolada por medo aos predadores, ou vicissitudes da vida. Seria muito mais cruel tê-la presa toda a vida.

    E vocês?! iriam ficar tristes por não poder viajar de País em País? de Continente em Continente? É que a globalização permite estes luxos a quem não tem asas!

  27. Este post sobre as alterações climáticas acabou por levar os comentários a derivarem para a natureza do próprio sistema!

    Sendo as causas das alterações climáticas de natureza antropogénica, natural, ou a soma das duas, é certo que vamos ficar na incerteza por força das informações contraditórias que constantemente vêm a lume.
    Existe sempre alguem a querer ganhar dinheiro com o que quer que seja.

    Acima de tudo, é bom as pessoas trocarem ideias e ouvir o contraditório. Parabens ao JMS por ter provocado este efeito no tema em analise.

    abraço
    Krowler

  28. Enquanto ficam obcecados pelo clima, coisas muito piores estão se agravando –

    Estudo: 'sopa de plástico' do Pacífico aumenta 100 vezes:

    http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5761929-EI8147,00-Estudo+sopa+de+plastico+do+Pacifico+aumenta+vezes.html

    O enorme redemoinho de lixo plástico flutuante do norte do Pacífico aumentou 100 vezes nos últimos 40 anos, indica um artigo que será publicado na quarta-feira. Cientistas alertam que a sopa mortal de microplástico – partículas menores que 5 mm – ameaçam alterar o ecossistema marinho.
    No período entre 1972 e 1987, nenhum microplástico foi encontrado em amostras coletadas para testes, destacou o artigo publicado no periódico Biology Letters, da Royal Society. Mas, atualmente, os cientistas estimam que a massa de lixo conhecida como Giro Subtropical do Norte do Pacífico (NPSG, na sigla em inglês) ou Grande Mancha de Lixo do Pacífico, ocupe uma área correspondente, grosso modo, ao território do Texas.
    "A abundância de pequenas partículas plásticas produzidas pelo homem no Giro Subtropical do Norte do Pacífico aumentou 100 vezes nas últimas quatro décadas", destacou um comunicado sobre as descobertas feitas por cientistas da Universidade da Califórnia.
    Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 13 mil partículas de lixo plástico são encontradas em cada quilômetro quadrado do mar, mas o problema é maior no Norte do Pacífico. As partículas plásticas estão sendo aspiradas pelas criaturas do mar e pelas aves e a mistura é rica em produtos químicos tóxicos.
    O estudo diz que o NPSG fornece um novo hábitat para insetos oceânicos, denominados "gerrídeos", que se alimentam de plâncton e ovos de peixes e, por sua vez, viram comida de aves marinhas, tartarugas e peixes. Os insetos, que passam toda a vida no mar, precisam de uma superfície dura onde depositar seus ovos, antes limitada a itens relativamente raros, como madeira flutuante, pedras-pome e conchas marinhas.
    Se a densidade do microplástico continuar a crescer, o número de insetos aumentará também, alertaram os cientistas, "potencialmente às custas de presas como o zooplâncton e os ovos de peixes".

    É COM ISSO QUE PRECISAMOS NOS PREOCUPAR, POIS ISSO SIM, É CULPA DO HOMEM!!

Obrigado por participar na discussão!

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