Tudo aconteceu na Argentina: a Glaxo tinha a intenção de experimentar novas vacinas para as crianças, contra a pneumonia e a otite aguda mas precisava de autorizações. O juíz Marcelo Aguinsky, de Buenos Aires, descobriu que tinham assinados por pais de menor idade, idosos analfabetos, até mães incapazes de entender. Além disso, foram detectadas falta de documentação e ocultação de documentos.
Pena que 14 crianças morreram, apesar de ser impossível demonstrar uma correlação directa entre vacinas e mortes.
Após um inquérito da Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica (Anmat), foi descoberto que a quantidade de vacina subministrada não levava em conta as condições físicas da criança.
A casa farmacêutica defende-se afirmando que os testes “foram conduzidos com os mais altos níveis éticos e científicos internacionais”. Isso é, com uma seringa.
A Glaxo terá que pagar 71 mil Euros, enquanto os dois médicos envolvidos, Héctor Abate e Miguel Tregnaghi, 54 mil Euros cada um.
O dr. Abate considera a decisão do juíz “totalmente injusta”:
Estávamos a investigar uma vacina que tinha já passado as fases prévias. Era a última etapa da investigação antes da comercialização duma vacina que se tinha demonstrado segura e eficaz.
Última etapa antes da comercialização: um verdadeiro azar, aqueles 14 mortos estragaram tudo, não se pode confiar nas crianças, nem perante uma vacina segura como esta.
Feitas as contas, cada criança morta custou à Glaxo pouco mais de 5.000 Euros. Um custo razoável, perfeitamente sustentável por parte duma multinacional que ganhará milhares de vezes mais com a comercialização do produto.
Ipse dixit.
Fontes: Salud, Inversosalud, ElSolOnline,