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As reflexões dum Anónimo

Recebi e publico.

O Leitor Anónimo quis partilhar algumas reflexões. Acho muito bem.

E querem saber uma coisa? Ainda nem li.
Porque a ideia é dar espaço a qualquer pessoa cujo desejo seja partilhar pensamentos, pontos de vista, ideias, sugestões…enfim, estamos aqui para aprender, crescer e a melhor maneira é mesmo esta: partilhar.

Não importa se o texto contem coisas com as quais não concordo: o que interessa é poder ler e reflectir.
Depois, se não concordo, apago tudo (lolol)

Só reparei que andam por aí uma ligações que ficaram apagadas no copy/paste. Vou restabelece-las e depois, com calma, vou ler.

A propósito: boa leitura!

Reflexões

Dinheiro, política, sociedade, história, religião, filosofia e conspiração.
Este é um blog em que se fala frequentemente destas coisas, e por isso, talvez o lugar
ideal para afixar este meu texto. Pedi ao Max que o fizesse…se o estiverem a ler no blog dele, é

porque ele consentiu. E obrigado ao Max, nesse caso.

Escrevi este texto porque vejo necessidade de expor algo que envolve estes quatro
temas e que não vi ainda bem explicado em nenhum sítio…ou melhor, ver vi, em muito sítio,
mas de formas tão desenvolvidas e em número tão crescente (e por vezes, tão carregadas
daquilo a que hoje se chama desinformação) que por vezes as ideias principais a reter se
perdiam no meio da confusão… Decidi portanto, minimizar um pouco esse problema, e
simultaneamente, lançar mais uma acha na fogueira do debate, ao partilhar a minha visão das
coisas, centrando-me no essencial. Se gostarem, obrigado…se não gostarem, paciência.

Comecemos pelo dinheiro. Já ouvi toda a espécie de teorias económicas, sobre a
melhor forma de lidar com o dinheiro, sobre a melhor forma de o fazer circular, sobre os
princípios a partir dos quais a sua redistribuição deve ser feita…mas há uma coisa em que
nunca, ou quase nunca se pensa. É que, para lidarmos com algo, devemos começar sempre por
ter uma ideia concreta daquilo com que afinal, estamos a lidar…em que consiste, enfim, aquilo
com que se lida. E com o dinheiro não é exceção. Lidamos com ele todos os dias, mas afinal…o que é ele? A que é que “corresponde”? Estamos tão habituados a ele que nem fazemos esta pergunta! E quanto a mim, a resposta pode surpreender…

“O que é o dinheiro? É fácil: é moeda de troca, olhe que pergunta!”, responderão
alguns. Bem, até aí já todos tínhamos percebido…é mais ou menos o mesmo que ler num livro
uma frase que não percebemos, perguntar a alguém “O que significa esta frase?” e
responderem: “Ora essa, significa um conjunto de palavras! Que outra coisa é que essa frase
havia de significar?!”. Resposta erudita, sem dúvida, mas ficamos na mesma sem perceber o
que é que a frase quer dizer. Bem, com o dinheiro é o mesmo: que é moeda de troca já nós
todos sabemos, mas em que consiste ela, afinal de contas? É a pergunta que eu faço.

Vamos fazer um pequeno exercício de cronologia reversiva para tentarmos chegar à
resposta. Assim tipo “máquina do tempo”. Comecemos pelos tempos de hoje. O que é o
dinheiro hoje? Resposta: é cada vez mais informação eletrónica. Enormes conjuntos de zeros e
uns gravados em dispositivos feitos de silício. Bem, mas para existirem, têm de significar
alguma coisa de valioso, só por si não são nada. A que correspondem por sua vez? Recuamos
um pouco mais e encontramos a resposta: a notas e moedas. Retângulos de papel impresso e
rodelinhas de metal desenhadas. Quer dizer, corresponder não correspondem…se
correspondessem, haveria tantos papelinhos e rodelinhas como aqueles que os zeros e uns
procuram representar, mas há apenas uma pequena parte.

(Procurem informação sobre a maneira legalmente corrupta que os bancos têm de
criar dinheiro do nada e perceberão com mais clareza esta última frase. Conseguem encontrá-la neste mesmo blog.)

Bem…mas a que correspondem os papelinhos e as rodelinhas? Só por si também não
são nada… Carreguemos uma vez mais no botão “rewind”: Ah!… Correspondem a ouro! Meras pedrinhas amarelas e brilhantes saídas do chão! Quer dizer, corresponder também não
correspondem…se correspondessem, os papelinhos e rodelinhas valeriam tanto como as
pedrinhas, e afinal, os papelinhos e as rodelinhas têm valor por si próprios.

(Procurem informação sobre a corja de Jekkyl Island que permitiu tal coisa e também
compreenderão melhor esta última frase. Também a conseguem encontrar neste blog.)

Mas nesse caso a que é que as pedrinhas brilhantes correspondem, afinal? Porquê
tanto fascínio pelo ouro? É só por ser raro? Mas só ser raro não serve para coisa nenhuma!
Quando algo é precioso por ser raro, é porque é importante para alguma coisa que lhe explica
a sua importância quando em tempos de escassez! A comida, por exemplo, quando é escassa,
sobe de preço por as pessoas precisarem dela para viver! O ferro, o cobre e os restantes
metais, são mais importantes que o ouro, são precisos para muita coisa, se escasseassem não
admira que o preço subisse! Mas o ouro não é preciso para nada!… É apenas mais escasso!…
Mesmo se não fosse escasso, não estou a ver que utilidade lhe dariam!… Se ele fosse escasso
mas servisse para alguma coisa, compreendia-se, estava-se a lidar com a escassez de algo
importante para alguma coisa, mas o ouro não serve para nada a não ser…ser somente
precioso e bonito! Não, para lhe darem tanto valor, é porque deve corresponder a alguma
coisa deveras importante…mas a quê?

Engatemos novamente a marcha a ré. E a resposta é: corresponde sim…corresponde
ao que é necessário para manter uma ideia que está na cabeça das pessoas, e que prevalece
até hoje. E essa ideia é valiosíssima, mas só para alguns…é por isso que esses alguns a tentam
fazer prevalecer por todos os meios, apesar de estar, hoje em dia, a ser contestada por mais e
mais gente.

“E que ideia é essa?” É a ideia de que, para uma sociedade poder funcionar, todos têm
que pagar alguma coisa! “Mas nós não temos?” Sim, temos, mas apenas porque programaram
a sociedade para funcionar assim. Não tem necessariamente que funcionar assim. “Mas
usufruir das coisas e fazê-las funcionar sem pagar não é como roubar?” Não
necessariamente…e é isso que os poderosos deste mundo não querem que se descubra, pois
lá se ia o poder deles pelo autoclismo abaixo.

É que, ao contrário do que as pessoas pensam, o dinheiro não é realmente o
instrumento principal de um sistema de trocas…é o instrumento principal de um sistema de
controlo disfarçado de sistema de trocas! Deste modo, as pessoas vêem esse sistema como
indispensável e não percebem que estão, na realidade, a serem apenas manipuladas!

“Mas de que é que você está a falar? O mundo sempre funcionou assim, não há
manipulação nenhuma!” Se você pensou isto, é com certeza um novato neste tipo de
assuntos…é sempre difícil explicar isto a quem ouve pela primeira vez. E no entanto, as
máscaras caem de dia para dia.

O dinheiro não passa de algo que uns poucos “manda-chuvas” da antiguidade
inventaram para fazerem as pessoas precisar, e assim, mantê-las sob controlo. Assim tipo:
“Declaro que daqui em diante, todos vocês, para viverem, vão precisar daquilo que só eu,
mero mortal como vós, posso pôr em circulação, para vos tornar ainda mais dependentes de
mim.” Claro que não foi isto que disseram, se dissessem estavam tramados, mas a intenção foi
esta. E não me venham dizer que foi só para resolver as inconveniências do velho sistema de
troca de géneros, que quem não é novato neste tipo de assuntos sabe que pensar dessa
maneira é ser ingénuo. E, como a fórmula funcionou…os manda-chuvas de hoje (que, não por
acaso, até descendem dos de antigamente) continuam a servir-se dela.

“Mas, uma vez que o sistema é este, ter dinheiro é libertador!” De certeza? É que ao
pensar dessa maneira, está somente a prolongar o jogo dos donos do dinheiro, e nunca
perceberá que o dinheiro só liberta dentro da prisão a que confina. Por um lado, só se pode
fazer o que dá dinheiro (se não a nós, a mais alguém). Por outro, só se pode fazer aquilo para
que o dinheiro chega. Só se pode fazer, pois, aquilo que o dinheiro permite. E estamos
limitados a essa escala. Numa prisão, a única maneira de nos sentirmos libertos é fazendo
qualquer joguinho com os companheiros prisionais, indo ao ginásio prisional, ou indo à
biblioteca da prisão. Não há dúvida que liberta, mas não era melhor fazer esse tipo de coisas
fora da prisão, onde se pode fazer até muito mais?…

Se o dinheiro tem a pretensão de tornar a economia mais fluida, para que tudo chegue
onde deve chegar mais rapidamente, então porque é que as coisas só chegam sempre aos
mesmos sítios e pessoas? Porque só pode chegar onde também há dinheiro! É preciso ganhá-lo, e quem não pode ganhar, bem pode morrer à fome e ao relento. Na cabeça das pessoas, quem não ganha dinheiro, nem o tem para gastar, não serve para nada. E a lógica de
funcionamento do dinheiro cria cada vez mais situações dessas.

Deixem-me referir, quanto a mim, a situação mais absurda que o dinheiro cria: olhem
bem para o mercado imobiliário…montes de casas vazias e ninguém pode ir morar nelas,
montes de pessoas a dormirem na rua e não podem ir para casa nenhuma. Isto é um absurdo.
Só faz sentido segundo a lógica de funcionamento do dinheiro, onde há sempre alguém que
tem de pagar e alguém que tem de receber. Mas como essa lógica é baseada em dinheiro, que
também é absurdo, o que temos é um absurdo saído de outro, ou construído em cima de
outro. Um absurdo ao quadrado, portanto.

“Mas você quer o quê? Que tudo seja de graça?” Suponham esta situação: imaginem
que todo o dinheiro do mundo desaparecia de um dia para o outro. Acham que a humanidade
estava impedida de funcionar só por causa disso? Claro que não! Continuava a ter todos os
recursos que precisava para continuar viva, só dinheiro é que não! Era apenas uma questão de
utilizar de maneira correcta os recursos de que dispunha! Não fazer as coisas por dinheiro,
fazer porque era preciso que se fizesse e era preciso atitude! “Mas ia ser o caos! As pessoas
não percebem as coisas dessa maneira, iam roubar, matar, para ter o que precisavam!” Isso é
outra questão. Eu não perguntei se as pessoas percebiam ou não que o dinheiro não era
preciso. Perguntei se a humanidade estava impedida de funcionar – independentemente de o
perceber ou não. E não, não estava. As pessoas é que, tristemente, não percebem isso. Que
não precisavam de dinheiro para continuarem a sobreviver. E se podiam agir sem dinheiro
numa situação como a que descrevi, também podiam agir da mesma maneira agora! Afinal,
tentar sobreviver não é o que fazemos todos os dias?

O dinheiro só impede as coisas de funcionar como devem para sobrevivermos!
Reparem numa coisa: quem luta pela sobrevivência são os animais irracionais. Nós, humanos,
que somos racionais, ironicamente ainda não conseguimos ultrapassar isso. Pelo contrário,
estarmos sempre a ter que competir uns contra os outros só por ter que conseguir dinheiro,
uma vez que o dinheiro está feito o garante da sobrevivência… É darwinismo
social…sobrevivem não os mais fortes nem os mais inteligentes, mas apenas os mais aptos, ou
seja, quem consegue mais dinheiro. E quem é que consegue mais dinheiro? Os que trabalham
para quem já o tem a rodos. E que tipo de trabalho é esse? Frequentemente, é explorar todo o
tipo de coisas que levam a imbecilizar e imoralizar ainda mais a população… “Compre mais um
telemóvel topo de gama (caríssimo e com software de espiolhanço lá dentro)! O seu carro tem
já 5 anos, compre um novo (pagando a outros 40)! Compre mais uma peça de roupa deste
marca ou deste estilista (cada vez mais iguais ao que se costuma ver, mas vendidas a um preço
não sei quantas vezes maior)! Compre um CD ou vá a um concerto deste/a cantor/a (para
quem todos olham não por cantar alguma coisa de jeito, mas por ter apenas um corpinho
vistoso, e que ainda para mais inclui uma dúzia de mensagens subliminais em cada tema)! E
porque é que você precisa de tudo isto? Porque se todos desejarem coisas dessas e você as
tiver, você também vai ser desejável, para poder praticar sexo com toda a gente! Não é o que
você vê na televisão? No cinema? Nas revistas? Nos livros? Você tem que fazer igual ao que vê
fazer, chama-se a isso estar integrado, ser parte da normalidade!” Puro mundanismo
maquilhado de auto-afirmação. Fazer-nos pensar que nos tornamos pessoas melhores se
triunfarmos na base da competição, e apenas em relação a coisas que são puro materialismo,
consumismo, secularismo…chamem-lhe o que quiserem…

Escrever este texto está-me a fazer lembrar a letra daquele velho clássico de Chris
Isaak, “Wicked Game”: “I don’t want to fall in love…this world is only gonna break your
heart…nobody loves no one…” Para além de fazer lembrar desta. E também desta. E desta
outra. E ainda esta. (Cuidado com eventuais mensagens subliminais dos videoclipes.) Tristeza…

O dinheiro não é a solução, é a causa do problema, é um dos grandes fardos que
carregamos aos ombros! Se a sociedade está metida num problema, não se pode resolver esse
problema recorrendo à mesma coisa que o criou! É preciso pensar de forma diferente!

“Espere lá, mas você está a defender o quê? Comunismo? Isso já se viu que não
funciona! E com base em quê? Bondade? Gratuitidade? Moralidade? Não seja ridículo!” Bem
se vê que não está a par das vozes que se têm vindo a levantar, caro/a leitor/a…

Mas vamos por partes: “Comunismo?” Depende do tipo de comunismo a que se
refere! Aquilo que se viu na União Soviética não foi comunismo nenhum…foi usar o
comunismo como desculpa para, primeiro, instaurar a mesma cabala que se via deste lado do
globo (e que se vê hoje com mais precisão), em que os governantes enriquecem à custa do
povo. E segundo, descredibilizar o comunismo ao desmascarar essa cabala apenas em relação
ao comunismo enquanto o capitalismo passa intacto. Deste modo, a cabala continua, e a
alternativa fica com mau nome e, portanto, atirada para trás das costas. E já agora, faço mais
uma observação…a URSS funcionava a punho de ferro, tal como o regime nazi: poder
centralizado, ditadura militar, estado policial, campos de concentração, etc.. E nenhum regime,
seja de esquerda ou de direita, vale a pena se for a punho de ferro.

“Isso já se viu que não funciona?” As pessoas não gostam do comunismo pela imagem
terrível que deu no passado, mas o comunismo está mais presente do que se pensa… Senão
vejamos: o grande ideal de comunismo é “de todos consoante as possibilidades, a todos
consoante as necessidades”, não é. Eu pergunto: a segurança social, é o quê? E o mais irónico
de tudo, a segurança social foi inventada na Alemanha, no fim da 2ª. guerra mundial, para
impedir que a Alemanha degenerasse toda em comunismo! Assim, só metade dos que
estavam na Alemanha (a metade que ficou para lá do muro de Berlim) é que se manteve no
comunismo. Esses eram os comunistas radicais. Porque a metade que continuou do lado de cá
se calhar lá percebeu que se o regime capitalista era capaz de instaurar uma medida de
proteção económica individual com base num princípio comunista, era porque se calhar não
era tão explorativo assim…ou melhor, foi toda a gente convencida disso, e assim, foi dado o
benefício da dúvida ao sistema…mas este assunto dá pano para mangas. Passemos à frente.

“Bondade, gratuitidade e moralidade?” Falamos agora de princípios cristãos e
religiosos. Os comunistas soviéticos diziam que “a religião era o ópio do povo”…no entanto, já
se ouviu um ou outro (mas só um ou outro) comunista, com os olhos um bocadinho mais
abertos, dizer que Cristo foi o primeiro comunista do mundo! São bem capazes de ter razão…
Se pegarem numa Bíblia e a abrirem nos evangelhos, verão que Cristo dizia para não acumular
riquezas na terra, para vendermos os nossos bens e dar o dinheiro aos pobres, para amar o
outro como a nós mesmos, etc.. Ensinava, portanto, a distribuir o que temos e não precisamos
a quem não tem, e não andar sempre a desejar coisas de que não precisamos. Se abrirem no
livro de atos dos apóstolos, verão que os primeiros convertidos aos princípios de Cristo se
tornaram comunistas…venderam o que tinham e distribuíram o dinheiro uns pelos outros
consoante as necessidades. Se me dizem que isto não é comunismo, então é o quê? Aqui está
implícito, se calhar pela primeira vez na história, o velho ideal comunista de “de todos
consoante as possibilidades, a todos consoante as necessidades”! Os comunistas soviéticos
quiseram foi desligar o comunismo do nome de Cristo para, simultaneamente, desligar o
comunismo de todos os princípios espirituais associados a Cristo. E tudo o que tem a ver com
abolição de princípios espirituais cristãos tem carimbado as palavras “nova ordem mundial”. E
se você se está a rir neste momento, ou a chamar-me fundamentalista, ou obcecado, ou
antiquado, ou doidinho, ou maníaco das conspirações, ou qualquer coisa do género, é porque
você, caro/a leitor/a, é realmente um/a novato/a neste tipo de assuntos. Desculpe lá se o/a
ofendo.

“Mas você quer pôr toda a gente a trabalhar de graça, é isso?” Não! Estamos no século
21 (escrevo 21 e não XXI porque acho que está na hora de acabar com esse arcaísmo), e temos tecnologia para resolver o problema. Segundo consta, há, só nos EUA, mais de 6000 patentes que nunca foram “para a frente” por, alegadamente “razões de segurança nacional”.
Pois…estou mesmo a ver a “segurança nacional” deles, estou…conservação de poder, é o que
é. Essas patentes têm a ver, por exemplo, com a criação de distribuição de energia limpa, livre
e grátis, e com todo o tipo de coisas que nos facilitariam a vida, nos dariam independência em
relação ao poder corporativo e nos permitiriam viver num mundo “paradisíaco” saído da ficção
científica. Já viram o que é um carro poder andar para sempre sem um pingo de combustível?
Ou terem eletricidade à borla para o resto da vida? E o mais importante: ÁGUA E COMIDA para todos, como é direito humano, sem ter que pagar? Claro que os poderosos deste mundo não querem deixar que isso aconteça, já viram o dinheirão que iam perder? E se dinheiro é poder,lá se ia este também. “Eles vão poder viver sem precisarem de nós para mandarmos neles!
Temos que impedir isto!”, pensam. E foi assim que inventores desse tipo de patentes
revolucionárias viram as suas invenções compradas e nunca usadas, outros viram-nas
roubadas, e outros foram mesmo mortos depois disso. Isso não lhes acontecia por causa de
coisa nenhuma, pois não?…

“Ah…já percebi! Você é um simpatizante de Jacque Fresco, e do movimento Zeitgeist, e
dessa coisa toda!” Não! Já fui. Até perceber que essa onda de eco-ONGs que tem vindo a surgir encaixa-se todinha na agenda das sociedades secretas (tal como a onda de movimentos
“occupy”…). Fresco, Peter Joseph (o realizador de Zeitgeist) e outros que tais, em vez de se
basearem nos tais princípios espirituais cristãos de que vos falei há pouco, a primeira coisa que
defendem para concretizarem os seus projectos é que se deve acabar com esse tipo de
pensamento e limitarem-se a tecnicismo para beneficiar toda a gente. Que contradição… porque, entre cristianismo e tecnicismo, mesmo que não o percebam, não foi
com certeza o tecnicismo que os ensinou a querer resolver os problemas das pessoas com os
projectos deles, ou foi?…

Eu sei que irão com certeza achar estranho que eu me ponha a defender o
cristianismo, mas há coisas tão elementares que estão a ficar tão esquecidas…

“Mas onde é que você está a querer chegar com isto tudo? Você disse ao início que
queria ajudar a explicar melhor qualquer coisa…” Se já se perdeu, deixe-me recapitular e
concluir, de forma simples: 1-) O dinheiro é um meio de controlo. Para uma sociedade
funcionar, não tem que existir. 2-) A livre partilha e distribuição de bens e serviços, consoante
as necessidades, permitia a uma sociedade funcionar perfeitamente. 3-) Não iria haver
ninguém a empobrecer com isso (ou a ser sacrificado, ou explorado) se utilizássemos de forma
coerente a tecnologia que nos permite obtermos o que precisamos sem termos que pagar
coisíssima nenhuma. 4-) Para que essa coerência exista é preciso relembrar os princípios de
que nos esquecemos ou que nunca conseguimos colocar em prática, coisas que só
aconteceram exatamente por causa dos limites que nos são impostos pelo dinheiro e por
aqueles que o controlam.

“Mas você que está a falar numa sociedade baseada em princípios deve antever que
uma sociedade assim degeneraria facilmente em egoísmo e hedonismo, não? E isso ia deitar
tudo por terra!” Não necessariamente. Em egoísmo e hedonismo já esta sociedade degenerou.
Só se mantivéssemos a ausência de valores que hoje temos é que descamba no mesmo. E por
isso falo em recuperar valores perdidos.

Todas as civilizações que se esqueceram dos seus valores caíram, para serem
absorvidas por um poder maior…um poder que pretende, em última instância, instaurar a
nova ordem global. E por isso esse poder pretende corromper ainda mais valores.
Consumismo. Imediatismo. Materialismo. É nisto que nos pretende lançar. E porque tais coisas
são apresentadas de forma tão deliciosa, as pessoas caem. Olhe, lembre-se disto agora, que
estamos em quadra natalícia!…

Há um jornalista famoso que um dia disse: “Pertenço a uma geração que leu Marx mas
que não despreza a Bíblia.”. Creio que talvez seja esta a lição a reter.

Se gostou do que leu, por favor reencaminhe. E comente…a favor ou contra, como
quiser…concorde ou discorde, complemente ou colida. Mas não faça de conta que o assunto
não importa.

E obrigado por ler.