Os cenários melhores

Irão? Ou China?
Médio Oriente ou Ásia?

Kjell Alejklett, presidente da Aspo International (a organização que estuda as teorias do pico do petróleo e das energias fosseis), foi entrevistado pela rádio da China.

O que querem saber os Chineses?
Querem perceber as oscilações do preço do petróleo e quais as consequências sobre a economia chinesa. Depois querem entender a atitude das companhias produtoras de petróleo, o que se passa com as energias renováveis, o futuro da humanidade.

E perguntam: “A guerra no Iraque testemunhou uma grande procura de petróleo. Podemos então apoiar a ideia de que as guerras contribuem para o boom dos investimentos e o desenvolvimento do sector petrolífero?”

Pois.
Acabou o tempo do Império fechado em si mesmo, acabou a altura da república debaixo do glorioso Sol do Comunismo. A China segue com interesse as guerras ocidentais, em curso e potencias, e tenta aprender.


E fazem bem, pois temos de considerar que no passado mês de Novembro as importações chinesas estabeleceram um novo máximo, com 5.52 milhões de barris num só dia. Isso significa +8.5% anual.

Ouro negro e guerra?
Sim, pois como relata Al Jazeera, o Prémio Nobel da Paz Barack Obama acaba de enviar os marines na Austrália, assina novos tratados com as Filipinas, vende caça F-16 à Indonésia, melhora os relacionamentos com a Tailândia, Vietname e Singapura.
Falamos do quintal de Pequim.

Os Estados Unidos concentrarão a potência deles na Ásia e no Pacífico. Apesar dos oficiais da Administração Obama insistirem que esta nova política nada tem a ver com a China, as implicações são bastante claras: o cerne da estratégia militar americana deixou de ser o terrorismo e passa a ser a contenção da nação que vive um boom económico.

Doutro lado, Hillary Clinton tinha afirmado nos últimos tempos que os Estados Unidos, economicamente enfraquecidos, não podem pensar no domínio de várias regiões ao mesmo tempo, sendo assim obrigados a escolher os cenários melhores.

Assim, o novo centro de gravidade do planeta está a deslizar para Leste. E no Leste há a China.

Dúvidas?

Maria (com “m” maiúscula, só para distinguir) realça uma notícia: o Presidente da China, Hu Jintao, pediu na passada Terça-feira para que a Marinha fique preparada para combater, modernizada, com o objectivo de garantir a segurança nacional. E falou duma “guerra prolongada”.
Não é difícil imaginar contra quem poderia eventualmente deflagrar uma guerra prolongada.
Faz sentido? Sim, na óptica de Washington faz todo o sentido. O objectivo final dos EUA é o controlo dos recursos da África e do Oriente para travar o crescimento de Rússia e China. Desta forma, o inteiro bloco da Eurasia ficaria controlado.
Problema: Rússia e China parecem não partilhar o mesmo ponto de vista.
Ingratos.
Pouco mal. Nada que uma saudável guerra não possa resolver.

Ipse dixit.

Fontes: Reuters, Al Jazeera, La Hora del Despertar, Defesa.Net

4 Replies to “Os cenários melhores”

  1. Vamos nos preparar para o tal 2012 então.

    Será que os Mais previram uma grande guerra tbm?

  2. Se existisse uma grande guerra hoje, como separaríamos os blocos? EUA, UK e UE (+ Catar e Arábia Saudita) x Rússia, China e Irã? (Sendo que Israel venderia armas para todos kkk)
    Ou quem sabe a UE estaria fracionada, afinal creio que estes não gostariam que os EUA regessem suas regras?

  3. Uma guerra no cenário atual seria generalizada pois, quem percebe, vê que esta casa não tem mais dono e casa sem dono vira anarquia até que algum dono a tome para sí, regendo-a com suas próprias regras, sendo elas boas ou ruins, só vai depender do povo que as enxerga.

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