Síria: direitos humanos e outras parvoíces

O próximo objectivo é já noto: a Síria.
Não e difícil perceber isso.

Um claro sintoma é a actividade das associações de defesa dos direitos humanos, atrás das quais fica escondida a campanha mediática em favor duma intervenção “humanitária”. É o mesmo roteiro já seguido no caso da Líbia, com os resultados que conhecemos.

Por exemplo: o Syrian Obeservatory for Human Rights (Sohr), um alegado centro para a defesa dos direitos humanos. No passado mês de Agosto, Sohr denunciou via CNN que Assad tinha ordenado de desligar a energia eléctrica na cidade de Hama, provocando a morte de diversos recém-nascidos nas incubadoras.


Pode haver algo de mais tocante duma pequena vida morta enquanto luta desesperadamente para a própria sobrevivência? Sim, pode: é uma associação de defesa dos direitos humanos que inventa a notícia pela qual um pequena vida é morta enquanto luta desesperadamente para a própria sobrevivência.
É isso que a Sohr fez, porque a notícia era falsa. O que não impediu de ser transmitida num dos principais network globais.

Ninguém escapa, nem Amnesty International, segundo a qual médicos e enfermeiros torturavam doentes opositores do regime. Um advogado dos Estados Unidos desmentiu a notícia após ter visitado os hospitais incriminados: mas, como sempre nestes casos, as desmentidas não provocam os mesmos efeitos das notícias. E a mensagem passa, chega até o grande público: o regime da Síria é mau, é terrível.

Onde é que já vimos isso? Na Líbia.
Alguém agora lembra dos médicos de Zawya, presos porque não aceitavam matar os rebeldes feridos? Poucos, sem dúvida poucos lembram disso. E ainda menos lembram a desmentida: os médicos tinham sido presos por causa de tráfego ilegal de armas.

Pormenores.

Os mesmos actores da Líbia agora estão na Síria.
Em Tripoli havia a Liga Líbia para os Direitos Humanos (Llhr), membro da Federação Internacional para os Direitos Humanos (Fidh).

Quem financia a Fidh? Resposta: a National Endowment for Democracy (Ned), uma Organização Não Governamental (Ong) criada pelo antigo Presidente Ronald Reagan em 1982 e paga pelo Congresso dos Estados Unidos. É a mesma Ned que em 2002 teve um papel no falido golpe contra Hugo Chavez, em Caracas.

Na Síria o Ned apoia-se ao Damascus Center for Human Rights Studies, também este parte da Fidh. Radwan Ziadeh, director do Damascus Center, é também o director do Syrian Center for Political Strategic Studies em Washington. Uma garantia, sem dúvida.

Pormenores que os media internacionais esquecem de relatar.

Ipse dixit.

Fonte: Peacelink

3 Replies to “Síria: direitos humanos e outras parvoíces”

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