O Financial Times sabe

O banco Snoras AB foi fundado em 1992 e cedo conseguiu distinguir-se no próprio sector: em 2008 tinha adquirido quase 30% da casa automobilística holandesa Spyker e em 2010 tornou-se sponsor da Renault Fórmula 1.

O mensal The Banker, publicação do Financial Times, nomeou Snoras AB o melhor banco da Lituânia. Porque o Financial Times destas coisas percebe.

No passado ai 24 de Novembro (ontem) Snoras AB faliu.
Os magistrados lituanos emitiram uma ordem de prisão contra Vladimir Antonov e Raimondas Baranauskas, os maiores accionistas da instituição (82% das acções no total). Acusação: apropriação indevida, falsificação de documentos, fraude contabilística e abuso de poder.

E os clientes do bancos? Ehhhhh…azar.
O banco não tem o dinheiro para pagar clientes e credores: os correntistas podem retirar 50 Lati por dia até o fim da semana. Mais ou menos 95 Dólares.

Longa filas na frente da instituição, todos os cidadãos tentam recuperar quanto mais possível. Porque por enquanto há ainda dinheiro, depois não se sabe.

Porque no Financial Times destas coisas percebem.

Ipse dixit.

Fonte: Bloomberg

5 Replies to “O Financial Times sabe”

  1. Só faliu porque era uma arapuca (garanto que o FT sabe) montada pra falir o povo, não para FALIR ESTADOS, senão jamais faliria. Abraços (confirme com o Leo)

  2. Olá Senam!

    Acredito que o FT saiba. Só seria mais simpático ao dizer o que sabe.

    Porque nomear o banco qual melhor da Lituânia pode bem ser engraçado: mas avisar os leitores (entre os quais pode também haver alguns clientes do dito cujo) que o banco é uma associação de criminais (e os dois parecem mesmo ser) seria não apenas simpático mo útil.

    Mas concordo: não é apenas um problema do FT…

    Grande abraço!

  3. Olá Anónimo!

    Permito-me discordar do artigo de Inacreditável.

    Merkel e Shauble estão numa posição muito difícil: a chancelera continua a perder apoio em pátria e sabe que a maioria dos Alemães vêem o Euro (mal). Aceitar como se nada fosse os Eurobonds significaria ser crucificada no minuto seguinte, com pregos Made in Germany. E com ela cairia também Shauble, que pertence ao mesmo governo.

    Mas há também outra razão que não pode ser subestimada: os Eurobonds são a solução? Pessoalmente duvido, e muito.

    E aqui o discurso seria bastante comprido. Apenas tentamos ver as coisas do ponto de vista alemão, sob uma luz que talvez seja a menos importante: eu, País com uma economia sã e activa, tenho que comprar Títulos de Estados de Países com economias pobres? Numa condição destas, na qual o Euro existe hoje mas amanhã já pode ser uma lembrança? E porquê? Qual a prioridade dum Primeiro Ministro? O melhor para o próprio País ou uma esmola continental? Quais garantias fornecem Países como Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, Itália, até a França?

    E este, repito, nem é o aspecto mais importante.

    "Merkel e Schäuble evitam entretanto a intervenção maciça dos BCE".
    Isso não é verdade: o BCE já interveio e de forma bem pesada.

    "Ele se vê como parte da grande história, como arquiteto da nova Europa, esta é sua ambição, e ele quer ainda ultrapassar Kohl e Merkel também quer isso".

    Mas estamos a falar de Shauble ou de Sarkozy?

    Não é minha intenção defender a Alemanha a qualquer custo: mas culpá-la da actual situação parece uma piada…

    Abraço!!!

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