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Chemtrails: realidade ou ilusão? – Parte I

Chemtrail: existem?
Resposta: boh?

Na verdade nunca prestei muita atenção ao assunto: se calhar foi um erro, se calhar não foi, mas a verdade é que existem apenas dois artigos dedicados ao assunto neste blog (ver abaixo: Relacionados). E isso apesar de muitos entre os Leitores acreditar nesta teoria.
Vou tentar emendar.

Segundo os apoiantes da teoria, o planeta é bombardeado com produtos químicos pulverizados em altitude elevadas, como parte de programas de geo-engenharia conduzidos por agências governamentais e universidades dos EUA, programas aprovados sem qualquer controle.

Sempre segundo os apoiantes, o aquecimento global (outro assunto polémico) tem sido utilizado pelos governos como uma desculpa para experimentos secretos que envolvem muitos perigos para o Homem e o ambiente.

No entanto, agora que a crescente consciência da geo-engenharia como resultado do fenómeno chemtrail parece espalhar-se, as autoridades são obrigadas a revelar aos poucos alguns aspectos do programa. Estamos agora não muito longe da plena divulgação da verdadeira extensão da experimentação no campo da geo-engenharia? É isso que sustentam “chemitrailólogos” (este é um neologismo!).

Este é um artigo de Infowars, o site de Alex Jones. Podemos não gostar do autor, mas de facto constitui um bom resumo dos actuais conhecimentos acerca do fenómeno. Por isso, vamos ler.

Geo-engenharia: o nosso ambiente sob ataque

Os cientistas reconhecem que os rasos dos aviões estão a criar “nuvens artificiais” que bloqueiam a luz do sol. Isto já não é uma questão de debate. Os “teóricos da conspiração chemtrails” mostraram estarem certos.
O Professor Keith Shine da University of Reading disse ao Daily Mail no ano passado:

[a nuvem] formada pelos vapores da aeronave pode persistir por horas, privando as áreas subjacentes as áreas de intenso tráfego aéreo, como Londres e os condados, do sol de Verão.

Os especialistas têm alertado que, consequentemente, a quantidade de luz solar que atinge o solo poderia ser reduzida em dez por cento.

Em áreas mais movimentadas como Londres e no sul da Inglaterra, esses nuvens poderiam cobrir o céu, transformando as condições de sol em condições nebulosas, em toda a área. Acho que os efeitos serão piores com o aumento do volume do tráfego aéreo.

O relatório também refere-se a um estudo do Met Office, de 2009, que constatou como os ventos de alta altitude não dispersam os rastros que então formam nuvens que cobrem a impressionante área de 20 mil milhas.

Claro, só alguém completamente ingénuo poderia sugerir não haver ligação entre chemtrails que bloqueiam o sol, um fenómeno que está em curso há mais de uma década, e os pedidos dos cientistas “para reduzir o aquecimento global ‘, injectando aerossóis na atmosfera.

A Ciência oficial e academia que definiram as chemtrails como uma fantasia dos paranoicos teóricos da conspiração, agora admitem que existem mas alegam que são naturais e não induzidas artificialmente, apesar de inúmeras patentes e propostas científicas relativas à dispersão de aerossóis artificiais para alterar a atmosfera.

A proposta para dispersar dióxido de enxofre, numa tentativa de refletir a luz solar, foi discutida num artigo do The Guardian em Setembro de 2008, intitulado “Geo-engenharia: as ideias radicais para combater o aquecimento global”, em que Ken Caldeira, um climatologista líder com base na Instituição Carnegie, em Stanford (Califórnia), tem promovido a ideia de injectar aerossóis na atmosfera.

Reza o artigo:

Uma abordagem é inserir dispersantes na a estratosfera: Caldeira apresenta a ideia de usar jactos jumbo na atmosfera superior para depositar nuvens de pequenas partículas, como o dióxido de enxofre. Um mix de cerca de 1 milhão de toneladas de dióxido de enxofre por ano, em 10 milhões de quilómetros quadrados de atmosfera, seria suficiente para refletir uma adequada quantia de luz solar

Experimentos semelhantes ao proposto por Caldeira já estão a ser implementados pelos Estados Unidos, pelos cientistas apoiados pelo governo dos EUA, como o Laboratório Nacional de Savannah River do Departamento de Energia (DOE), em Aiken, Carolina do Sul, que começou em 2009 a realização de estudos envolvendo a dispersão de grandes quantidades de material particulado, neste caso micro-esferas porosas de vidro, na estratosfera.

O projecto está intimamente ligado a uma ideia do Prémio Nobel Paul Crutzen, que propôs o envio de 747 aeronaves para dispersar grandes quantidades de partículas de enxofre na estratosfera, para arrefecer a atmosfera.

Em 2008, o cientista Tim Flannery também advertiu:

O homem pode precisar de bombear enxofre na atmosfera para sobreviver. […] O gás de enxofre pode ser inserido na estratosfera da Terra para manter afastados os raios do sol e abrandar o aquecimento global, um processo chamado “escurecimento global “.

Estes programas são apenas a superfície daquele que, provavelmente, é um grande projecto financiado em preto para manipular o planeta, com pouca ou nenhuma atenção para as desconhecidas consequências ambientais que isso poderia gerar.

Considerado que as emissões de enxofre causam “escurecimento global”, é o caso de fica maravilhados se o surgimento do fenómeno da chemtrails tem coincidido com uma diminuição média de 22% da luz solar que atinge a superfície da Terra?

O que se sabe sobre o que acontece quando o ambiente está carregado de dióxido de enxofre já é ruim, já que o composto é o principal componente da chuva ácida, que de acordo com a EPA:

Causa acidificação de lagos e rios e contribui para os danos das árvores em altitudes elevadas (por exemplo, abetos acima de 2.000 metros) e muitos solos florestais sensíveis. Além disso, a chuva ácida acelera a decomposição de materiais de construção e das tintas, incluindo edifícios insubstituível, estátuas e esculturas que são parte da herança cultural da nossa nação.

Os efeitos sobre a saúde do bombardeio no céu com o dióxido de enxofre por si só são suficientes para levantar sérias dúvidas sobre se tais programas devem ser autorizados.

Os efeitos sobre a saúde associados à exposição ao enxofre são os seguintes:

  • efeitos neurológicos e comportamentais
  • perturbação da circulação sanguínea
  • danos cardíacos
  • efeitos sobre os olhos e visão
  • problemas Reprodutivos
  • danos ao sistema imunológico
  • distúrbios gasto-intestinais
  • danos às funções hepática e renal
  • deficiência Auditiva
  • metabolismo hormonal
  • efeitos dermatológicos
  • embolia pulmonar e sufocação
Segundo o site LennTech:

Testes de laboratório com animais indicaram que o enxofre pode causar danos vasculares graves no coração, cérebro e rins. Estes testes também indicaram que algumas formas de enxofre podem causar danos fetais e defeitos de nascimento. As mães podem até mesmo transmitir o envenenamento por enxofre aos filhos através do leite materno. Finalmente, o enxofre pode danificar os sistemas enzimáticos internos dos animais.

O cientista pro-geoengenharia Mark Watson admite que a injecção de enxofre na atmosfera pode levar a “chuva ácida, destruição do ozónio ou distúrbio meteorológicos.”

O meteorologista da Universidade Rutgers, Alan Robock, tem também criado simulações no computador que mostram que as nuvens de sulfato poderiam enfraquecer os monções asiáticos e africanos no Verão, reduzindo as chuvas que irrigam as culturas alimentares de milhares de milhões de pessoas.

Como o mesmo Robock afirmou ao longo o ano passado:
Imaginem desencadear uma seca e a fome durante a tentativa de esfriar o planeta.

O Grupo de Ação sobre Erosão, Tecnologia e Concentração (ETC), no Canadá, pediu que esses experimentos sejam parados:

Esta experiência é apenas a primeira fase dum plano muito maior que poderia ter consequências devastadoras, incluindo grandes mudanças nos padrões do clima como secas mortais.

Fred Singer, presidente do Projeto Science Environmental Policy e céptico sobre as teorias do aquecimento global antropogênico, adverte que as consequências em mexer com o delicado ecossistema do planeta pode ter perigos de longo alcance:

Se você fizer isso com uma base contínua, a camada de ozónio fica mais fraca e causa todos os tipos de outros problemas que as pessoas preferem evitar.

Também o cientista-chefe da filial britânica de Greenpeace, Doug Parr, um firme crente no aquecimento global antropogênico, rejeita as tentativas de manipular o mundo com a geo-engenharia e define isso como “extravagante” e “perigoso”.

Stephen Schneider da Stanford University, que propôs um plano bizarro para enviar naves espaciais na atmosfera superior para bloquear a luz do Sol, admite que a geo-engenharia pode provocar “conflitos entre as nações se o projeto da geoengenharia dar errado.”

Acabou? Eh sim, acabou a primeira parte.
Mas depois da primeira haverá a segunda. Poderia passar directamente para a terceira, tanto para ser original, mas como não haverá uma terceira, melhor ficar com a segunda. Em breve, neste mesmo canal. Não percam.

Relacionados:
Chemtrails alegadas e reais
O Agente e a Chemtrails

Fontes: na segunda parte.