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Competição

Breve actualização portuguesinha.
Os enviados da Dupla Maravilha FMI-BCE (os homens da Troika) acabaram a avaliação acerca do País. Avaliação positiva, sem dúvida.

A fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra, os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções sustentadas […] Os exportadores portugueses têm de concorrer com países onde custo de mão-de-obra é mais baixo.

Palavras de Jürgen Kröger, um dos vampiros da Troika, que salienta também que a competitividade só se consegue por duas vias: ou pagando menos pela mão-de-obra ou aumentando a produtividade e estimulando o crescimento.

Três considerações:

  1. o salário mínimo na China é de 148 Euros, em Portugal de 485 Euros: se a ideia é competir, há ainda margem para uns 300 Euros de cortes.
  2. a ideia de que a competitividade só se consegue com salários mais reduzidos ou mais crescimento é fundamentalmente errada. Desde que aqui cheguei reparei nas seguintes anomalias: os Portugueses têm o vício de comer duas vezes por dia e não existe uma taxa para as pessoas que morrem. Só apenas dois simples exemplos que demonstram como ainda haja espaço para melhorias.
  3. dúvida: mas o problema não era a dívida pública?

Ipse dixit.

Fontes: Diário Económico, Público