Cedo ou tarde, o Brasil, com o potencial hídrico, florestal e energético que tem, esteve, está e continuará estando na agenda do império.
Os Estados Unidos estão a enfrentar aquela que acho ser a fase final do Império. Percebo que esta afirmação possa parecer exagerada, sobretudo tendo em conta os recentes desenvolvimentos: a vitória das forças amigas na Líbia, os planos para uma próxima agressão da Síria.
Mas esta renovada força expansionista exclusivamente militar parece cada vez mais a tentativa de mascarar problemas interiores insanáveis, quase a desesperada tentativa de obter com a força uma supremacia que em outros tempos seria alcançada com diversos meios.
E, sobretudo, parece uma autêntica corrida para ocupar áreas antes que outros possam fazer o mesmo: uma implicita admissão do facto que as forças em campo já não são as únicas e as melhores mas, pelo contrário, gozam duma vantagem cada vez mais reduzida.
Da Europa nem vale a pena falar. Dobrado, quebrado, desmembrado, o Velho Continente nunca esteve tão em baixo. E não há soluções no horizonte, não até quando existir a pedra tumular chamada Euro.
Num outro horizonte, aquele da China, aparecem sombras grávidas de incógnitas. Potência económica, é da economia que pode chegar o maior obstáculo para a afirmação de Pequim qual capital da nova super-potência.
A Rússia está ainda empenhada na travessia do deserto e, por enquanto, não é possível saber qual o destino final.
No panorama mundial não sobra muito. Mas há um País que reúne condições únicas para desenvolver a função de pólo. E este País é o Brasil.
Dono de recursos naturais enormes, num continente com também enormes margens de progressão, o Brasil dos últimos anos conseguiu impor a própria presença no panorama internacional. Todavia falta alguma coisa. O quê?
Nada melhor de que ouvir os Leitores do blog, a maioria dos quais são Brasileiros.
O que faz falta no Brasil? O que falta para alcançar o estatuto de grande potência e afastar duma vez por todas a sombra do Império, sombra que podemos ainda encontrar nas palavras de Maria?
Apenas problemas políticos? É uma questão de herança histórica? Ou há mais?
O debate está aberto. Participe e habilite-se a ganhar uma viagem até o vulcão Etna.
No interior do vulcão, claro.
Ipse dixit.