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As Mentes Pensantes contra o balão da morte

A Europa cai em pedaços, mas as Mentes Pensantes de Bruxelas não param de pensar em nós. O que assusta, evidentemente.

Agora o alvo são as crianças. Porque talvez o Leitor nunca tinha reparado nisso, mas as criaturas correm riscos mortais.
Risco? Perigo? Eis a Directiva da União que trata de tudo.

Por exemplo: um balão insuflável. Sim, aqueles balões que as crianças gostam de insuflar e depois fazer explodir.
Parece coisa inocente, afinal todos fizemos isso no mínimo uma vez na vida. E sobrevivemos, esquisito mas sobrevivemos.

A partir de agora os balões poderão ser explodidos só se a criança, menor de 8 anos, for acompanhada por um adulto. Porque, explicam as Mentes Pensantes, a criança pode engolir o balão e sufocar.


Diz a Directiva:

Para balões de látex, deve haver um aviso de que crianças com menos de oito anos devem ser controladas e os balões quebrado devem ser excluídos.

Justo, chegou a altura de pôr fim a esta matança.

E os bolos com amêndoas? Eu acho falta aqui um aviso, do tipo: “Atenção, bolo com amêndoas, mastigar antes de engolir, a garganta das crianças deve ser controlada e os pedaços não mastigados retirados”.

E se o bolo tiver restos de cascas? Minha nossa, nem quero pensar nisso…
Melhor ainda seria proibir os bolos, substituídos por uma fotografias deles. Sempre com a presença dum adulto, pois a criança é idiota e poderia engolir a imagem também.

Continua a Directiva: apitos? O quê, apitos???
Nada, proibidos. Peças pequenas, podem ser engolidas. Porque as crianças são como o avestruz, engolem tudo.

“Ehi, onde está o meu telemóvel? Joazinho, cospe já o telemóvel. E também o carregador!”

Os apitos que rolam numa língua de papel? Proibidos se a criatura tiver menos de 14 anos, diz Bruxelas.
Mas porquê? Alguma vez viram um rapaz de 13 anos engolir um apito? Não é por isso, é que contêm substâncias tóxicas. Que, evidentemente, depois dos 14 anos deixam de ser tóxicas, tornam-se saudáveis e ajudam o crescimento.

Jogos ruidosos, como instrumentos musicais? Parem tudo, a Directiva quer ver claro nisso: fazem barulho porquê? Não podem fazer um barulho silencioso?

E os ursinhos de peluche ou pelúcia, não podem transmitir doenças ou infecções? Eu apanhei a tuberculose por causa dum peluche, que passou apenas quando contrai a lepra por causa do Dominó.

Um funcionário da UE admitiu que as novas disposições são difíceis de entender, mas insistiu que os especialistas em segurança conhecem o assunto:

Pode dizer-se que as crianças estalaram balões ao longo de gerações, mas já não pode ser assim e isto é para a segurança delas.

Por favor, alguém pare estes indivíduos antes que seja tarde demais

Ipse dixit.

Fonte: Telegraph