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Atentado ou boicote? A Apocalipse informática

Horror, desgraça, sofrimento.
E Apocalipse também.

O computador pifou, atingido por um pedaço de cometa (Elenin?) ou atacado pelas forças do Mal (os agentes da Nova Ordem Mundial?), ainda não sei.

Leonardo tentou intervir, mas afinal disse: “Bau”. Que significa: “O computador pifou. A propósito, ainda há uma daquelas salsichas alemãs?”.

Por isso agora estou com o computador de Guida (pois Leo não quis emprestar o dele, “Nada de salsicha, nada de computador” acrescentou).

O problema é que o pc de Guida é…computador de mulher 🙂 Pequeno, com teclas pequenas, ecrã pequeno, rato pequeno (sério!)…para escrever “Olá” preciso dum palito para acertar nas teclas.

Mesmo assim, eis o menu do dia: Asteroides, Economia e Grandes Perguntas.


Asteróides

Ontem houve um alinhamento planetário, uma daquelas coisas que sabemos produzir efeitos devastadores nas nossas vidas: Terra, Vênus e Elenin. Resultado: ontem um fortíssimo terremoto de grau 5.3 em Vanatu (mas onde fica isso?), hoje já 5.2 no Japão.
Cheira-me a Armageddon.

Em vez destas inutilidades, aconselho seguir o trabalho do amigo Mário Nunes no seu Kafe Kultura: isso para perceber que de facto podemos ser atingidos por alguma coisa, mas não Elenin. Outros parecem ser os perigos que podem chegar do espaço.

Aconselho em particular o post Brincando com cometas, com o qual podemos ter acesso às simulações online da Nasa e observar a trajectória do simpático asteróide 2005 YU55.

Economia

As Bolsas não sabem que fazer. Ontem o rating de Italia foi baixado (justamente) mas não foi uma surpresa; o que preocupa mais é a Grécia que, lembramos, tem dinheiro até Outubro e nada mais.

Entra em falência? Não Entra? Na verdade Atenas entrou em falência há mais de um ano, desde então está ligada às máquinas.

Opinião pessoal: é questão de pouco até tornar oficial uma morte já antiga. Posso estar enganado, mas não vejo um grande futuro da Atenas na União Européia. E que se cuide Lisboa, pois uma vez aberta a porta a Grécia pode não ser a única a travessa-la…

Entretanto, o European Council on Foreing Relations (ECFR), afirma:

A China está a aproveitar-se da sua força económica e da fraqueza europeia para comprar a Europa e está dividir as nações européias.

Ohhhh…quem diria…
Há cinco anos, o investimento directo total da China na Europa atingiu 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 951 milhões de euros). Entre Outubro de 2010 e Março de 2011, as empresas e os bancos chineses investiram 64 mil milhões (aproximadamente 46,9 mil milhões de euros) em operações financeiras como fusões e aquisições de empresas.
Este valor equivale a mais de metade do total do investimento directo da China na Europa desde 2008.
Ohhhhh…fico pasmado…
O Council poderia ter lembrado que a China avança também na América do Norte (com a maior fatia da dívida de Washington em Pequim), na África (com implementação de empresas, “ajudas” aos Países em dificuldade e aquisição de terras), na América do Sul (aquisições e parcerias): pois o único continente que não está a ser comprado pelo Chineses parece ser a Antártica.
Por enquanto.
Mas vamos em frente.
Soluções? Sim, há:

Os Europeus não devem culpar a China por aproveitar a oportunidade de expandir a sua influência económica dentro da Europa […] nem devem recorrer ao proteccionismo.

Proteccionismo? Não, não , não: mercados abertos, aliás, um único grande mercado, sem fronteiras, sem Estados.
E que tal um único grande Estado com um único grande governo e um único grande mercado?

Devem, antes, unir-se em torno dos seus interesses colectivos”, de modo a que “as empresas europeias possam competir na China da mesma maneira que as companhias chinesas competem na Europa

A China: um único grande País, um único grande mercado e salários de fome. Eis encontrada a solução. Que, a bem ver, pode funcionar em todos os outros continentes, como nas Américas por exemplo.
Grandes perguntas
E os Holandeses perguntam: onde está o nosso ouro?
O Partido Socialista apresentou 10 perguntas ao Ministro do Tesouro, as seguintes:
  1. O Banco Central holandês emprestou parte o seu ouro? Em caso afirmativo, quanto e para quem? 
  2. Porquê o ouro e os empréstimos de ouro estão na mesma linha do relatório anual de 2010, em vez de ser mencionados em duas partes distintas? 
  3. É possível ter uma visão geral dos juros anuais recebidos para o empréstimo de ouro nos últimos anos? 
  4. Onde está o ouro físico no HCB [Banco Central Holandês, NDT]? Em que lugares? Qual é a razão pela qual o ouro ainda está nestes lugares? 
  5. Qual foi a principal razão pela qual o HCB vendeu ouro no passado? O custo de armazenamento é uma das razões? Qual é o custo real de armazenamento? 
  6. É possível confirmar que desde 1991 foram vendidas 1,1 mil toneladas das 1.700 possuídas? A indicação do jornalista Pedro de Waard, segundo o qual houve uma perda de 30 bilhões de Euros por causa dessas vendas históricas, está correta? Se não, qual o total exato? 
  7. Quanta parte da dívida nacional foi paga com as vendas de ouro nos últimos 20 anos? A sustentabilidade da dívida nacional melhorou com a venda do ouro e ao mesmo tempo pagando a dívida? 
  8. Qual a função atual da reserva de ouro? 
  9. Qual é a relação entre o tamanho de mercado dos estoques de ouro e o mercado dos derivativos do ouro? 
  10. É possível confirmar que, recentemente, algumas Nações aumentaram a quantidade de ouro físico na própria posse? Como explicar esse fenômeno?
E agora volto a chorar as minhas desgraças informáticas…
Ipse dixt.