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As ervilhas de Mendel

Gregor Johann Mendel nasceu na actual República Checa, e tinha duas irmãs: Veronika e Theresia. Eram os filhos dum camponês de Hyncice, onde Johann nasceu no dia 20 de Julho de 1822.

Tudo isso, sinceramente, não podia interessar menos.
Mas continuemos.

Frequentou o liceu de Olmutz e em 1834 entrou no Mosteiro de San Tomas de Brunn do abade Cyrill Napp.
Isso também não é muito entusiasmante.

Uma vez entrado no Mosteiro, Johann adquiriu o nome de Gregor e começou a estudar Matemática, Botânica e Meteorologia. Uma vez licenciado, enfrentou o exame para ser professor, coisa que conseguiu após ter sido chumbado várias vezes.

E seria possível continuar com o resto da vida dele, mas admitimos: é uma grande seca.
Vamos ver por qual razão Mendel ainda hoje é lembrado.

A ervilha, esta desconhecida

Mendel é hoje famoso porque cultivava ervilhas. Também a Del Monte produz ervilhas, mas Mendel foi um pouco além.

O bom Gregor ex-Johann gostava de jardinagem, assim começou a estudar a vida deste simpático legume.

Um legume fascinante, sem dúvida, com uma bonita forma esférica e uma cor verde-esperança. Qualquer pessoa poderia admirar uma ervilha ao longo de vários minutos antes de cair num sono profundo.

Mas Mendel não: ele conseguiu penetrar na essência da ervilha e roubar os mais íntimos segredos. Pois as ervilhas têm muitas coisas escondidas.

Uma vez ingressado na psique da raça ervilhosa, Mendel seleccionou 7 pares, cada par com características diferentes, e começou a cruza-las. Uma autêntica orgia de legumes.

Gregor observou que do casamento destes 7 pares nascia uma geração de outras ervilhas uniformes. O que não tinha nada de extraordinário: se Mendel tivesse conseguido obter morangos a partir das ervilhas, isso sim que teria sido fantástico.

Mas o bom Gregor ex-Johann continuou a observar e notou que a partir da segunda geração, as ervilhas apresentavam mutações: não casuais, mas mutações que seguiam padrões matemáticos.

Matemáticos, não empíricos.

Outra coisa que o sagaz Mendel notou, foi que cada característica era transmitida aos descendentes de forma independente, não serial: era uma característica própria da ervilha pai (ou “mãe”? Como terá conseguido reconhecer as ervilhas dos ervilhos?) e era transmitida ao filho, tal e qual.

Mendel tinha assim descoberto a lei que regula a hereditariedade. Que não tem nada de casual: pelo contrário, obedece a rígidas regras, “matemáticas”, como vimos. Mendel não sabia, mas tinha posto as bases da moderna genética.

Em 1865 os tempos eram maduros e Gregory escolheu partilhar as próprias experiências.
Ao longo de duas reuniões na Sociedade de História Natural de Brunn, Mendel falou das suas descobertas perante um público de biólogos, químicos, botânicos e médicos.

A reacção foi unânime: perante Mendel e as suas famílias de leguminosas, um sono profundo apoderou-se dos presentes e a descoberta não foi apreciada.

Mendel recolheu as suas ervilhas, voltou para o mosteiro e em 1884 morreu, com grande tristeza de todos os legumes que, ainda hoje, idolatram Mendel como “O Redentor”, filho do Deus Legumo.

Se a história tivesse acabado desta forma, hoje ninguém lembraria um monge que no século XIX cultivava ervilhas. Mas os estudos continuaram, embora a distância de décadas, e finalmente a obra de Mendel e das suas ervilhas foi devidamente apreciada.

As ervilhas contra Darwin

Apreciada? Sim, mas nem por todos.

Porque as Leis de Mendel abalaram, e de que forma, o Evolucionismo de Darwin. Mendel tinha afirmado (e, coisa ainda mais importante: demonstrado) que a transmissão das características nos seres viventes acontece de forma independente do ambiente e do corpo.

Há precisas relações matemáticas que regulam a transmissão, não há espaço para o acaso.

Tudo o contrário de Darwin.

Quando em 1953 foi descoberto o DNA, foi finalmente encontrado o agente responsável pelas leis da transmissão de Mendel. Foi a pedra tumular do Darwinismo clássico. Uma teoria quase filosófica que tentou passar por ciência e que pela ciência foi obrigada a reinventar-se.

Mas de tudo isso não encontramos quase nada: a Teoria da Evolução continua a ser apresentada como Bíblia, aliás, até superior à Bíblia mesma.

Isso não autoriza a aderir ao Criacionismo: deveria, pelo contrário, ser um estímulo para procurar novas estradas. O que não acontece: a obra de Mendel quase aparece como um corolário vindo para confirmar quanto exposto pelo Darwin.

Nada de mais errado.

Ipse dixit.

Fontes: Wikipedia (italiano), Wikipedia (inglês), BastaBugie