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O regresso de Nibiru!!!

Admito: o anterior foi um dos melhores post. Não por causa daquilo que escrevi, nem por isso, mas por causa das reacções.
Às 11 de manhã já havia 11 comentários, agora são 42.

O que significa: funcionou. E parabéns para Observer, o único que parece ter percebido 🙂

Os Leitores
Antes demais vamos dedicar as últimas notas ao “caso Nibiru”.

A amiga Ravena não gosta que se use o termo “acreditar” em relação ao blog dela e a Nibiru. Peço desculpa, mas como é muito fácil encontrar artigos que “demonstram” a existência de Nibiru em Evoluindo Sempre, pensei fosse implícita a aceitação.

Ao ler em Evoluindo Sempre que  

Quando os Anunnakis vieram pela primeira vez na Terra, as artes do cultivo de cereal, de plantação de fruta e criação de gado não existiam.

[…] E os textos sumérios indicam que os deuses criaram o homem para fazer o trabalho que era deles.

parece mesmo que a Autora acredita em Nibiru. Mas, claro, como Ravena diz: o factor crença é meu, não dela, por isso, como foi meu engano, peço outra vez desculpa.


Quanto ao site Starview: conheço e gosto, tenho nos meus favoritos muitas dezenas de site que tratam de astrofísica ortodoxa e não, Starview é um deles.

Mas a hipótese que Starview avança é que todo o “dossier” Nibiru possa estar ligado a uma estrela anã bruna. O que, no meu entender, faz todo o sentido. Mas, Ravena, uma coisa é falar dum planeta que vagueia no espaço habitado por uma raça malvada, outra coisa é falar duma estrela como possível companhia do Sol.

Quanto ao “astrofísico” Nassim Haramein (é o mesmo segundo o qual a Terra é oca? O Sol é oco? O átomo é oco?): o vídeo no link mostra o que segundo o brilhante astrofísico é um cometa repelido pelo Sol. Pena que todos os cometas tenham sempre a cauda na direção oposta ao Sol e não “arrastada”. Interessante também a velocidade do cometa: quase a velocidade da luz (é bom ter presentes as dimensões do Sol)? Mas se calhar estes são pormenores, peço desculpa..  

Se o desejo for falar de ciência, então não tenho problema nenhum em falar duma anã bruna  que pode bem existir (e acredito que sim) e explicar muitas coisas (as perturbações gravitacionais da Nuvem de Oort, por exemplo, poderiam estar relacionadas com as extinções de massa).

Se o desejo for falar de alienígenas malvados, então a coisa muda, e bastante. A não ser que Guerra das Estrelas seja considerada ciência também.

Além de Ravena, há outras coisas interessantes.

Em primeiro lugar: no meu blog não posso escrever o que me apetecer, só o que os outros querem ler.
Não sabia disso, mas é sempre bom aprender.
E não adianta ter avisado que o blog está de férias (e de facto estou) e poder dedicar mais espaço a outros assuntos. Nada: este é um blog de economia e política e tal deve permanecer.

Segundo outros Leitores, eu nem tenho o direito de explicar qual o meu ponto de vista sobre o assunto. Pelo menos, não tenho o direito se este ponto for contrário a Nibiru; pois estou convencido de que se publicasse um bonito post com apenas as “provas” da existência de Nibiru, então ganharia muitos leitores.

Há pessoas que nem me conhecem mas têm a lata de vir aqui e julgar:

Carlos H.: Voce sempre gostou de astrofísica mas não entende nada dela. Continue escrevendo sobre economia e política social.

Para dizer uma coisa destas é claro que Carlos H. percebe e muito de astrofísica. Por isso gostaria que Carlos explicasse onde estão as minhas falhas. Não se preocupe com o comprimento do comentário, envie via e-mail se for necessário, prometo publicar.

Sérgio: Eu só visito o seu blog, para ver notícias referentes â geopolítica e economia. Porque em relação a esses assuntos: você é somente mais um, que emite opinião. Apenas mais um. Espero sim, que você continue opinando sobre a crise financeira internacional e seus desdobramentos! é mais relevante do que esses tipos de posts. Respeito sua opinião, mas discordo totalmente.

Lamento Sérgio, mas não percebo o Seu comentário. Que significa que acerca de Nibiru sou “apenas mais um”? Porque, no caso da economia não é a mesma coisa? Ou acham que eu sou um economista? Eu não tenho nada a ver com a economia, pois esta é simplesmente mais um dos meus interesses e nem o mais importante.

Esta é uma coisa muito divertida: posso passar um ano a dizer que os Leitores nada percebem de economia, até posso ter atitudes arrogantes e presunçosas, e todos aplaudem, nem questionam os meus conhecimentos acerca da matéria (só agora aparece Pedro que até questiona as minhaa capacidades neste sentido: que sentido de sincronia, caro Pedro).

Se eu disser “Nibiru não existe”, então de repente todos ficam ofendidos e transformo-me em besta. Extraordinário.

Aldo: Caro Max, esta sua tese é como aquela de quem come açúcar e diz que diabetes não tem cura… Faz sucesso na farmáfia. É a alegria da NASA, aquele outro tentáculo dos escravagistas desde sempre no poder.

Aldo, e que tal pensar que Nibiru e os Annunaki sejam apenas outra maneira de manter as pessoas empenhadas com falsos objectivos? Ou este é um pensamento “proibido”?

Anónimo: Está “filtrando” seus leitores? hahaha.
Claro, estou brincando, mas infelizmente isto pode acontecer, pessoas movidas apenas pela fé podem até abandonar o blog, o que seria uma pena; pois é importante que todos compartilhem seus conhecimentos e opiniões sem preconceito um do outro.

Anónimo, sempre repeti e ainda mais uma vez repito: não estou à procura de Leitores. Se estivesse, então teria aberto um blog de fofocas, de gossip, coisas que costumam ter milhares de Leitores.
Não gostam de Informação? Há milhões de outros blog na net.

Mas o facto é que eu não tenciono partilhar conhecimentos.

Este não é um blog onde o Leitor pode encontrar “a Verdade”. Este é um blog que cria dúvidas, este é o único objectivo dum blogueiro que tenha a humildade suficiente para entender que ninguém é dono da Verdade: só podemos procurar as nossas respostas, ao usar os nossos sentidos. E este pode ser o único objectivo realista deste como de qualquer outro blog.

Além disso: o que vale abrir os olhos das pessoas acerca dum assunto se depois continuam a acreditar nas fábulas? Aliás, isso é ainda pior, pois os argumentos do Leitor ficarão ainda mais desqualificados.
“Olha, o fulano explicou-me isso e isso acerca da economia” “Ah, sim, aquele é o gajo que acredita em Nibiru também…”

É isso que acontece, é a mesma coisa que aconteceu ao mundo da informação alternativa, incapaz de construir uma imagem respeitada. Pega-se num assunto que pode ser interessante e torna-se tudo uma nova religião. Porque isso é Nibiru hoje.

Há pessoas aqui que provavelmente nem sabem qual a diferença entre Azimut e Nadir, mas quando o assunto é Niburu tornam-se especialistas (não é o caso de Carlos H., claro, cujos conhecimentos em astrofísica estão fora de dúvida).
Não apenas isso: mas permitem-se contradizer as leis fundamentais da física só porque um economista disse que assim é.

Chegamos ao ponto de afirmar que não apenas a Nasa, mas todos os astrónomos profissionais e amadores são envolvidos numa conspiração planetária para esconder a verdade. Quantos podem ser todos estes astrónomos que a cada noite observam o céu? Algumas dezenas de milhares? Talvez centenas de milhares? Não importa, todos corruptos. Pela Nasa, óbvio.

Acreditam em Nibiru? Então façam uma coisa simples: procurem alguém com um bom telescópio e comecem a procura-lo. Depois tirem uma fotografia e enviem, prometo publicar. Atenção, não é descarregar uma imagem de internet, demasiado fácil: façam vocês mesmo.

Porque a coisa é extremamente simples: querem que mude de ideia acerca de Nibiru? Tragam provas, vou publicar, qual o problema? Só os estúpidos não mudam de ideias. Mas, por favor, venham com factos. Porque teorias temos muitas, até demais.
Factos? Poucos e confusos.

Antes era Nibiru, o planeta de Sichtin com os Annunaki. Chegada prevista: 2012.
Agora é Elenin que chega e esconde Nibiru. E Nibiru já não chega em 2012, chega mais tarde. Agora Nibiru nem é um planeta, é uma anã bruna.

Verdade, só os idiotas não mudam de ideia: mas um qualquer ponto fixo existirá ou nem por isso? Estamos a falar de quê? Então, que raio é este Nibiru? Porque, meus amigos, Sitchin fala mesmo dum planeta, não de cometas ou clusters, fala mesmo de alienígenas, de gigantes, não fala de anãs brunas, não misturem as coisas. Ah, esqueci: e Úrano é um lugar maravilhoso.

“Those who from Heaven to Earth came” – had come here some 450,000 year ago from their planet Nibiru.”

A verdadeira razão

Mas a verdadeira razão do post anterior não era a existência ou não de Nibiru, assunto que no meu entender nem merece muito espaço. E acerca do qual nem fiz muitas pesquisas, admito sem problemas.

Os leitores mais antigos podem lembrar que já tinha tratado do mesmo assunto, com as mesmas conclusões: só que desta vez a intenção era “forçar” um pouco mais. E os resultados são tristes. 

A maior parte das pessoas intende a “liberdade de expressão” como a possibilidade de fazer afirmações, salvo depois considerar lícito ofender, desrespeitar o blog, as ideias e o autor. O problema é que a liberdade de expressão sem a capacidade de ouvir não serve para nada. E somos nós que retiramos a nós mesmos esta possibilidade.

Há por aqui pessoas que estão prontas a agredir um blogueiro por…? Já, por quê? Por uma coisa que ninguém viu, que acreditam existir simplesmente porque alguém assim disse.
Impossível não fazer comparações com a religião.

Jorge: Fé? Fada do bosque, você lê mas não assimila. Vá pesquisar, você está perdendo tempo e nem ao menos se dá a chance de conhecer o assunto. Quer mesmo é discutir sem base de conhecimento.

Jorge fala em conhecimentos. Jorge, posso saber quais são os seus conhecimentos relativos à Nibiru?

Atenção Jorge: não digo o que você ouviu e agora está disposto a repetir. Digo o que percebe realmente do assunto. Nibiru é um planeta, estamos no campo da astrofísica: sabe o que é um campo gravitacional? Sabe o que aconteceria se um planeta das dimensões de Nibiru entrasse no Sistema Solar? Ou pode apenas repetir o que os outros dizem?

Não estou a tentar ofender, estou simplesmente a tentar explicar que ao aceitar as teorias de outros sem ter a preparação necessária, nós estamos a fazer um acto de fé. No caso de Nibiru as semelhanças com a Fé Católica são impressionantes e Nibiru vai mais além: pessoas que acreditam não em relatos de testemunhos (pelo menos na Bíblia há pessoas que afirmam ter visto Jesus) mas em traduções feitas por uma pessoa que nem tinha a formação.

Pena, pois é suficiente pouco para perceber. Mas claro, é preciso ter vontade de perceber.

Faltausername: Quanto aos Annunaki eles são parte da mitologia sumeriana e aparecem nos textos antigos, tantos puramente mitológicos quanto “políticos” (que mostravam a aprovação dos deuses a um soberano).

Perfeito: Faltausername fez uma coisa simples simples: foi consultar uma pessoa que formou-se e dedicou a vida ao assunto. Resultado: os Annunaki não são alienigenas, mas deuses do “olimpo” sumerio.

Quantos fizeram o mesmo?

Nós (e digo “nós” porque todos somos iguais nisso) precisamos de acreditar em alguma coisa. E o post anterior não acaso vinha depois de Fé vs. Religião, Rezamos, e até Lemmings. Pois seja Deus, seja o Comunismo, seja Nibiru, seja outra coisa qualquer, precisamos absolutamente dum ponto fixo no espaço-tempo. Caso contrário somos perdidos, sem coordenadas.

Acho isso natural. Mas não podemos esquecer que isso tem custos: a intolerância, por exemplo.
E que isso pode ser utilizado: que tal dar ao povo “pontos fixos” preestabelecidos com os quais entreter-se? Que tal dar pontos que possam manter as mentes ocupadas e longe das coisas importantes?

Eu não sei se o assunto Nibiru realmente seja um destes casos, mas que se preste está fora de discussão. Até é possível ver reminiscências de Capuchinho Vermelho (que é mais duma simples fábula), com o Lobo Mau (os Annunaki) que vive na floresta (o desconhecido que assusta: Nibiru). Os ingredientes que sempre fizeram o sucesso dos mitos e das lendas.

E é com os mitos e as lendas que continuam a tratar as pessoas. O mito do eterno crescimento, por exemplo, o mito dum novo governo mundial que pensa em todos nós. O mito da economia. O mito da História re-interpretada.

Isso é informação Incorrecta, um blog que diz apenas uma coisa: atenção, meus senhores, não acreditem em tudo o que ouvem ou que vêem pois raramente há uma só verdade. 
Nem acreditem em mim, mas apenas nas vossas capacidades. Que existem e apenas esperam de serem desfrutadas.

Não gostam? Adeus.

Prenda final

E para acabar, hoje Lisboa estava cheia de fenómenos inexplicáveis, todos capturados com o meu telemóvel.

Logo de manhã consegui fotografar Nibiru:



Mas isso ainda era nada, pois pouco mais logo eis o que apareceu no céu:



Sim, a cauda de Elenin. E reparem como Nibiru (que entretanto tinha mudado de forma) está a esconder-se debaixo dela.
E que não fosse um reflexo é claro: mesmo ao mudar a posição, a cauda ainda é visível:

Até a cauda entra na autoestrada e deixa uma marca no capot do meu carro. Pode ter sido minha impressão, mas pareceu-me ouvir vozes também…

E eis como ficou o capot do meu carro. Reparem, a verniz foi queimada, mas apenas no capot, com precisão milimétrica. Esta pode ser só obra duma tecnologia superior…

Ipse dixit.