Portas, coelhos e cinzas

Paulo Portas (esq.) e o Coelho Primeiro Ministro

Votaram neles?
Agora podem festejar. Ou ficarem calados, a escolha é do Eleitor.

Eis o que acontece quando como Ministro dos Negócios Estrangeiros temos um mordomo dos Estados Unidos.

O Governo português decidiu reconhecer o Conselho Nacional de Transição da Líbia como a “autoridade governativa legítima da Líbia até à formação de uma autoridade transitória”, revela um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros enviado à agência Lusa.

Na texto do documento, o Ministério esclarece que a decisão “reflecte o reconhecimento do papel que o Conselho Nacional de Transição desempenha na liderança do processo de transição na Líbia e obedece à melhor ponderação dos interesses de Portugal, cuja política externa deve ter em linha de conta o relacionamento futuro com a Líbia”.


“obedece à melhor ponderação dos interesses de Portugal”, tomem nota, s.f.f.

O Governo reitera o apoio “à soberania, independência, integridade territorial e unidade da Líbia e às aspirações do povo líbio na construção de uma sociedade livre e democrática”.

Ah, então fica tudo mais claro…

O comunicado recorda ainda que, no quadro do exercício do seu mandato de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, “Portugal preside ao Comité de Sanções à Líbia”.

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros esclareceu à Lusa que o CNT foi informado da decisão do Governo português no dia 25 de Julho.

Há dez dias, na declaração final de uma reunião em Istambul, o grupo de contacto para a Líbia decidiu tratar o Conselho nacional de Transição como “a autoridade governamental legítima” do país “até que uma autoridade interina seja escolhida”.

O grupo de contacto integra os países que participam na campanha da NATO, nações árabes e organizações internacionais, incluindo a ONU e a Liga Árabe.

Assim, Paulo Portas, o Ministro, cristão convencido estilo família-trabalho-igreja (e submarinos,
mas esta é outra história) reconhece…o quê? Um conjunto de cariz islâmico, sem uma autoridade digna deste nome, financiado pelos Estados Unidos, e que nem sequer controla o País.

Mas o que está em causa é a ponderação dos interesses de Portugal.
Justo.

O presidente da Galp Energia:

A Líbia é e tem sido sempre um fornecedor de crude ao nosso país. Fornece-nos aproximadamente 15 por cento este ano, mas já forneceu mais. Até agora não temos nenhum sinal de interrupção desse fornecimento.

Do ponto de vista do petróleo a Líbia tem sido até hoje um bom partner comercial. E, lembramos, Lisboa nunca pareceu muito preocupada com as questões humanitárias em Tripoli.

Isso significa que não é o petróleo.
Então é o quê?

Tâmaras? É isso? Está em perigo o fornecimento nacional de tâmaras?

Ou é uma questão de princípio?
Porque se for uma questão de princípio então temos aqui outras sugestões já prontas: ETA (Países Bascos), IRA (Irlanda do Norte), Córsega, Norte de Italia (ah, pois)… 

Infelizmente nem são as tâmaras nem os princípios, pois a realidade é muito mais triste.
O Ministro, e o Governo com ele, nem sabe quem são estes rebeldes, nem sabe o que querem: o que sabem é que os Estados Unidos apoiam estas pessoas e Portugal nem questiona: o Chefe manda? Pronto, Meu Senhor, às ordens, como qualquer empregado de segunda linha.

O mundo está em plena fase de mudança e nós temos ainda este anões que guiam o País.

E já que estamos em tema de idiotices, eis outra notícia engraçada:

Cinzas das Torres Gémeas provocaram cancro

Um estudo publicado terça-feira pelo governo dos Estados Unidos, que descartou a ligação entre os ataques às Torres Gémeas e o cancro, motivou hoje a indignação de associações de vítimas do 11 de setembro, noticia a Efe.

Várias associações de afectados do 11 de setembro alegam que várias pessoas que participaram nas operações de resgate e limpeza do ‘Ground Zero’, em Nova Iorque, desenvolveram doenças cancerígenas. As associações pretendem que as autoridades incluam o cancro na lista de doenças relacionadas com o atentado de forma a poderem receber ajudas públicas para custear os tratamentos.

“Não é preciso ser médico ou especialista para perceber que existe uma relação direta entre os casos de cancro e os fumos e cinzas do 11 de setembro”, afirmou John Feal, presidente da ‘FealGood’, uma fundação que defende os direitos dos socorristas que intervieram nos resgates do 11 de setembro de 2001.

As cinzas provocam cancro? Interessante.
Difícil é perceber como possam existir ainda bombeiros em vida, não é?

Talvez não foram as cinzas. Talvez foi algo nas cinzas. Algo que foi empregado na demolição controlada. Isso faz muito mais sentido. E não é muito difícil perceber porque os estudos oficiais descartam a possibilidade.

Ipse dixit.

Fontes: Sol, Público, Diário de Notícias

2 Replies to “Portas, coelhos e cinzas”

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