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Homoquê??? Uhiii!!!

Um assunto que ainda não foi tratado aqui: a homossexualidade.

Uhiiii!!!

Qual o meu ponto de vista? Não interessa. A sexualidade é um assunto pessoal e cada um deve tratar dele, sem as opiniões dos outros.

As coisas mudam ao falar dos vários Gay Pride ou Gay Parade. Se não comento a sexualidade privada, quando esta se tornar espectáculo (isso é, pública) então cada um tem o direito de dizer o que pensa.

No meu caso, acho estas manifestações gay bastante penosas.
Explico.

Os gays de todo o mundo lutam para ter iguais direitos.
Que significa isso? Significa, entre as outras coisas, passar despercebidos. Ninguém anda na rua com um cartaz a dizer “sou heterossexual”, pois a heterossexualidade é assumida como normal, não é preciso mostra-la ou até publicita-la.

Se eu fosse gay (mas não sou!), o meu desejo seria passar despercebido, exactamente como qualquer heterossexual. Isso significaria que a sociedade assume a homossexualidade como absolutamente normal.

O Gay Pride ou Gay Parade fazem exactamente o oposto. Criam um “ghetto”. Quem participa nestas manifestações faz o contrário do que seria desejável (do ponto de vista gay, óbvio): diz “eu sou diferente”. E faz questão de realçar isso.

Difícil obter a igualdade quando é atirada a “normalidade” nas caras dos “normais”, como se esta fosse uma anormalidade.


Outro problema é que estas manifestações mostram um particular tipo de gay, o “maricas” (e passem a expressão).
O “maricas” é uma pessoa que tem fortes problemas com a própria sexualidade: não consegue vive-la de forma natural, é obrigado a mostra-la nas formas mais espectaculares. Procura o choque, porque só assim consegue satisfação. 

Mas ser “maricas” não significa ser gay. Pessoalmente até tenho dúvida quanto ao facto dum maricas ser verdadeiramente gay. Sim, eu sei, tem sexo de tipo homossexual; mas não é isso o centro das atenções no cérebro “maricas”. É sempre a espectacularização da própria condição, uma espécie de revolta anunciada sem descanso.

E os gays verdadeiramente gays? É justo que possam construir uma família, ter filhos? Pois este foi um assunto debatido há pouco tempo no Parlamento português.

Sinceramente: não sei que dizer.
Admito não conhecer bem o argumento.

Mah…

Em princípio a minha resposta seria “não”.
Não porque veja “mal” os homossexuais, não é isso. O que me assusta é outra coisa.

Nos últimos anos somos espectadores da contínua destruição dos valores que até poucas décadas constituíam os alicerces da sociedade.
Não que todos os valores sejam bons. E não é que um valor, por ser tal, tenha direito à imortalidade.

Mas destruir tudo, num espaço de tempo tão curto, assusta-me. Também porque a alternativa é preocupante.

Uma sociedade feita de homens e mulheres despersonalizados, sem raízes, sem tradições, com apenas o presente e um monte de direitos. Somos submergidos pelos direitos. Que são vazios. Inúteis.

Direitos que tornam o cidadão totalmente desresponsabilizado. E ainda mais controlável.

Nestas condições, olho para os poucos valores que sobram e a ideia de “família” é um deles.
Os gays podem argumentar que o desejo deles é mesmo este, criar famílias.
Mas ao fazer isso, enfraquecem o conceito, que assume contornos menos definidos. E não é substituído.

Mesma coisa acontece com a ideia de identidade. Homem? Mulher? Hetero? Bi?

O que pensa uma criança nascida com dois pais homens (ou mulheres, mesma coisa)?

Espero que um eventual gay que esteja a ler estas linhas consiga perceber qual o meu ponto de vista: não é contra os gays, os meus medos são relativos a algo que está a acontecer a todos.

Dúvida: tudo bem, destruição dos valores, etc.etc. Mas porque mesmo os gays têm que pagar por isso?
Dúvida legitima. Para a qual não tenho resposta.
Pelo contrário, acrescento outra dúvida: é justo que um homossexual (um autêntico homossexual) seja obrigado a viver na clandestinidade? Sim? Não? Porquê?

Assunto complicado, acerca do qual, afinal, não sei que dizer.

Por isso, faço tesouro duma das sugestões que o blog recebeu e concluo o artigo com uma pergunta: o que acham os leitores da homossexualidade?

Ipse dixit.