De vez em quando acontece.
A boa notícia é a seguinte: estamos mais ricos!
Ok, não todos. Alguns. Poucos. Mas poucos mesmo.
Mas que importa? Afinal sempre de maior riqueza falamos.
The Wall Street Journal informa que 0,1 por cento da população mundial (ou seja, as pessoas mais ricas do mundo) possuem 22% da riqueza do planeta e que o número de super-ricos está em crescimento.
Visto? Cada vez mais ricos.
Segundo o diário, no ano passado, durante uma das fases mais agudas da crise, o número de pessoas ricas aumentou 12,2%.
E depois dizem que as crises fazem mal.
Outro facto: os cinco maiores bancos dos Estados Unidos (Bank of America, JP Morgan, Citibank, HSBC e Goldman Sachs) no final de 2010 originaram lucros por mais de 19 mil milhões de Dólares.
Por isso: crises? Que venham elas.
Um último dado: de acordo com o relatório elaborado anualmente pela revista de negócios Forbes, existem 1.210 pessoas no mundo com um património líquido superior a 1.000 milhões de Dólares. Os activos líquidos totais destas pessoas são de 4.000 milhões de Dólares, mais do que todos os ativos de 4 mil milhões de pessoas em todo o mundo juntos.
E agora a parte mais divertida: entre estas pouco mais de 1.000 pessoas estão presentes os donos dos maiores meios de comunicação: Time Warner (CNN, AOL), Disney (ABC), Rupert Murdoch, News Corporation (FOX), Bertelsmann, Viacom.
Hoje, o poder dos media é ainda mais forte e concentrado em cada vez menos mãos.
Quem senta nos conselhos de administração das empresas mais ricas do Mundo, também tem assento no conselho dos grandes conglomerados dos media e influenciam a linha editorial, promovem ideias em detrimento de outras. Pois são os grandes meios de comunicação que regulam o fluxo das informações e das ideias.
Em outras palavras, o chamado mercado livre das ideias é gerido por essa elite económica que usa o poder dos media (que possui) como uma caixa de ressonância para as próprias posições, de forma directa ou indirecta.
Dizia Alex Carey, o sociólogo australiano que por primeiro estudou o assunto da propaganda e das corporações:
O século XX foi caracterizado por três desenvolvimentos de grande importância política: o crescimento da democracia, o crescimento do poder económico e o crescimento da propaganda para proteger o poder económico.
Bla, bla, bla…o que interessa é que estamos mais ricos.
Tudo o resto é conversa.
E cheira um pouco a subversivo.
Mas abandonamos as terras dos invejosos: Informação Incorrecta, sempre muito à frente, apresenta uma lista de carros que não podem faltar na garagem do leitor.
Porque um blog tem que ser assim: útil.
Por isso eis algumas imagens da revista Forbes, que, lembramos, é só para gente fina.
Gostam de ter um carro mas também passar a ideia de que pensam no futuro com investimentos mirados? Que tal um carro em ouro?
À direita o Gold Bugatti Veyron, mágica criação de Gumball Rally. Nada mal, pois ultrapassa os 400 km/h.
Ideal para quem tem pressa.
Custo? Desconhecido.
Contras: é só para duas pessoas e dá um bocado nas vistas.
O leitor tem família? Ou gosta de privacidade?
Ok, então vamos ver outras ofertas.
Eis o Mercedes-Benz Gold plated C63 AMG, rápido e discreto.
De facto, é igual a qualquer outro Mercedes, apenas diferente por causa da tinta exterior. Que na realidade é ouro.
Grandes prestações, grande bagageira.
O quê? Incómodo na cidade. Pode ser…
Então que tal o mítico Carocha? Eis o Volkswagen Beetle Gold.
Económico (gasta pouco), 4 lugares, discreta bagageira. Nada mal, eh?
A propósito: se o leitor estiver interessado mas não sabe o que fazer com a rapariga, é favor contactar-me.
O leitor não gosta de ouro? Não há crise.
Eis o Bentley Continental GT Suitcase Croco: cómodo, espaçoso, rápido e ainda mais discreto com a carroçaria em búfalo.
Búfalo sim, mas pintada de forma que pareça a pele duma cobra. Genial.
Um artigo para gente muito fina, que querem impressionar mas com elegância e bom gosto.
Eh? Incomodo para a cidade? Outra vez???
Então que dizer deste fantástico Mini Cooper JCW Louis Vuitton?
Meus senhores, este é o máximo da classe, do gosto superfino.
E para a cidade é um autêntico mimo.
Mas se o leitor quiser gastar, mas gastar mesmo…
Se o leitor quer gastar, eis a solução: McLaren SLR 999.
Parece um McLaren vulgar, daqueles que normalmente cruzamos na rua.
Mas não é: são 5 quilos de ouro e 600 rubis.
Custo? 5,2 milhões de Dólares. Tudo incluído. E se acharem isso caro, esperem para ver o seguro…
Para concluir, uma pergunta que de vez em quando gosto de lembrar: e que tal uma extinção de massa?
Tipo aquela dos dinossauros.
Talvez fosse merecida.
Ipse dixit.
Fonte: The Wall Street Journal