Em Março o ano passado, a fundição W.C.Heraeus, o maior produtor privado de metais preciosos, anunciou ter encontrado uma barra de ouro falsa: meio quilo de tungsténio vendido como se fosse ouro.
Bom, problema deles, podemos pensar. Da próxima vez prestam mais atenção.
A coisa, de facto, não seria tão grave, não fosse por dois pormenores:
1. a barra tinha sido vendida por uma banco (não identificado)
2. alguém no passado tinha tido a brilhante ideia de criar 1,5 milhões de barras de tungsténio, 640.000 das quais foram enviado em Fort Knox, o cofre dos Estados Unidos. Este “alguém” era um conjunto de velhas raposas: Robert Rubin (Secretário do Tesouro com Bill Clinton), Alan Greenspan (Presidente da Federal Reserve com Bill Clinton) e Lawrence Summers (ex chefe do Banco Mundial e Secretário do Tesouro com Rubin).
Uma investigação do New York Post (em 2004) perguntava a razão duma série de transacções financeiras sem a documentação fiscal necessária: pagamentos com barras de tungsténio? Nunca houve resposta: oficialmente as barras de falso ouro teriam ficado sempre em Fort Knox.
O leitor pernicioso pode perguntar: mas porque criar barras de falso ouro e fecha-las no cofre dos Estados Unidos se a intenção não for de vende-las como se de ouro se tratasse?
Leitor malandro, em verdade há razões, nunca se sabe, podem dar sempre jeito.
Estão a ver aquelas portas que teimam em fechar-se? É só por uma barra de tungsténio revestido em ouro ao pé da porta e esta mantém-se aberta.
Utilizações não faltam.
Todavia, algo deve ter corrido mal.
Provavelmente as barras “boas” ficaram misturadas com as “más” (basta pouco, uma janela aberta, um pouco de vento e o dano está feito) e no dia 3 de Setembro de Pequim ordenava que tudo o seu ouro guardado em Londres fosse transferido para Hong Kong.
Como os Chineses são pessoas precisas, começaram a verificar as barras e um mês depois anunciaram terem descoberto barras de ouro que na verdade eram de tungsténio.
Ohhhh…. mas como pode ter acontecido?
Pouco tempo depois, eis o estranho caso da “casa” da moeda do Canada: a Royal Canadian Mint tinha perdido 15,3 milhões de Dólares de ouro.
Oficialmente um simpático erro dum revisor, culpado de ter contado duas vezes as reservas do precioso metal (dito de outra forma: um emérito idiota), mas a versão não convence.
Ohhh…mas como pode ter acontecido?
Pouco tempo depois, eis a notícia da fundição W.C.Heraeus.
Ohhh…etc. etc.
Agora, é só ligar os pontinhos para perceber que nem tudo que reluz é ouro.
Tudo porque o tungsténio, entre os metais, é aquele com a densidade mais próxima do ouro: 19,25 g/cm3 contra 19,3 g/cm3 do ouro. Uma diferença de apenas 0,35%.
Obviamente todas as sucessivas investigações resultaram em nada de facto.
Acontece.
Ipse dixit.
Fontes: Informazione Scorretta, Bimbo Alieno, CTV News, The Globe and Mail, ZeroHedge