Volta ao Mundo

Que acontece no Mundo?
Não sei, eu moro em Almada, e a única coisa que posso dizer é que o tempo não é bom.
Por isso vamos espreitar os diários para ter uma ideia das novidades.

Israel: suicídio colectivo de Palestinianos

Trágica fatalidade no passado Domingo em Israel: alguns manifestantes Palestinianos morreram devido a causas ainda não apuradas, enquanto outros ficaram feridos.

Segundo as primeiras reconstruções, os Árabes estavam a celebrar o 44º aniversário da Nakasa, a derrota na Guerra dos Seis Dias de 1967, quando alguns deles começaram a atirar-se com violência contra as balas israelitas; balas que, por uma triste fatalidade, estavam a percorrer o percurso inverso.

Os soldados de Tel Aviv assistiram impotentes ao acidente e Il Corriere della Sera assim relatas os factos:

As forças israelitas bloquearam os manifestantes, atirando gás lacrimogéneo […]. Centenas de pessoas fugiram em pânico, deixando atrás vítimas e feridos.

De facto, nem se fala de balas, pelo que surge uma dúvida: será que as vítimas já estavam mortas? Neste caso os manifestantes teriam aproveitado da confusão para abandonar os corpos: uma maneira para poupar nas despesas dos funerais e, ao mesmo tempo, inculpar Israel.


É também possível pensar numa reacção alérgica devida aos gases lacrimogéneos, mas esta segunda hipótese parece bastante fraca.

Israel contesta a reconstrução da Síria: os soldados dispararam poucas balas, afirmam fontes militares, tentando reduzir ao máximo o número de vítimas entre os manifestantes.

Não só: o que Israel não diz é que os soldados atiraram (eventualmente) para o ar. Só que as balas, por uma questão de mera física (força de gravidade), voltaram a cair para o chão, atingindo alguns manifestantes. Uma triste coincidência portanto.

Segundo um inquérito do exército israelita, muitos manifestantes morreram quando um bomba molotov atirada contra os soldados caiu num campo minado, perto da cidade de Quneitra.

Esta é a versão mais acreditada.
Neste caso os Palestinianos tentaram atacar os indefesos soldados de Israel com alguns bombas rudimentais (mas bem perigosas) como no caso da molotov. Uma destas molotov caiu num campo minado (grande azar) que por acaso aí estava e do qual os Palestinianos ignoravam a existência.

Neste caso seria possível falar numa forma de “suicídio involuntário”.
Ou justiça divina, segundo os pontos de vista.

Yemen: apenas 60 mortos

No Yemen continua uma estranha “revolução” que não merece muita atenção por parte dos media.

Verdade que o número dos mortos não é importante (só 60 em dois dias), mesmo assim o Reino Unido sugeriu aos próprios cidadãos para que estes abandonem urgentemente o País onde, afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros, “a situação é pior daquela da Líbia”.

A Nato já começou a bombardear o Yemen e ninguém disse nada?

Síria bem melhor: 120 mortos

Bem mais empolgante o caso da Síria, pois aqui a possibilidade duma intervenção internacional pode tornar-se uma realidade.

Segundo as últimas notícias, 120 policias foram mortos em Jisr al-Shugur, perto da fronteira coma Turquia. A televisão de Damasco fala duma emboscada com armas de médio calibre e granadas, corpos mutilados e atirados para um rio. Incendiados também alguns prédios do governo.

A oposição fala, pelo contrário, de policias massacrados por não terem atirado contra os cidadãos que manifestavam de forma pacifica. Neste caso os prédios em fogo seriam parte da encenação.

Peru: Esquerda ganha com ideias inovadoras

No Peru as eleições foram ganhas pelo candidato do Centro-Esquerda, Ollanta Humala, que conseguiu desta forma ultrapassar o outro candidato, Keiko Fujimori, filha do ex Presidente Alberto Fujimori.
Mas não foi uma vitória folgada: 50,71% contra 49,29%.

Vamos construir um governo de dialogo nacional, representativo das forças democráticas e aberto à sociedade civil.

Entre as promessas: mais trabalho, um governo mais justo e mais serviços para os mais carenciados.

Onde é que já ouvimos isso?

Bolsas: algo em movimento?

Uma última nota de Finança: o indicador Standard and Poor 500 (o que “mede o pulso” de Wall Street) está em queda. Por enquanto é apenas um ligeiro movimento, apesar de ser significativo.
Mas será oportuno manter este SP 500 bem em vista.
Nunca se sabe…

Ipse dixit.

Fonte: Il Corriere della Sera

One Reply to “Volta ao Mundo”

  1. Keiko Fujimori – "Vamos construir um governo de dialogo nacional, representativo das forças democráticas e aberto à sociedade civil."

    Com um discurso destes, é claramente o homónimo peruano de Pedro Passos Coelho. Sem dúvida um discurso inovador onde se percebem claramente as medidas a implementar.

    ———

    Acho que para não haver más interpretações, deveria se criar um dicionário Político-Realidade. Desta forma, ajudar-se-ia aqueles que têm uma trave nos olhos (também conhecidos por ovelhas) a perceberem o que dizem os políticos.

    Cumprimentos,
    — —
    R. Saraiva

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