Nela podemos ver reflectido todo o imaginário americano. Está tudo aí, não falta nada.
Bom, talvez falte Chuck Norris, mas o resto é completo.
Na primeira imagem eis o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: de pé, rodeado pelos conselheiros, não fala, mas com ar grave está a ouvir as palavras dos especialistas.
Dele será a palavra final, pois esta é a altura das grandes decisões.
A seguir um mapa, indispensável para um povo cuja maioria mal sabe onde fica o Afeganistão.
E agora: acção.
O helicóptero é atingido, mas não para. Heroicamente avança, desafia as mortíferas balas do Mal e cumpre a missão: entregar os 14 Seals.
Provavelmente o piloto terá morrido a seguir por causa dos ferimentos, e as suas últimas palavras terão sido: “God bless America“.
Entretanto, dos telhados, os homens de Bin Laden continuam com o fogo. Eles são o Mal. E enquanto Mal, são estúpidos também. Por isso nem tentam abrigar-se e vestem com cores claras.
O contrário dos Seals, o Bem: inteligentes como raposas, vestem de negro para confundir-se nas trevas.
Também nestes pequenos pormenores encontramos a inequívoca superioridade americana.
Os Seals estão no chão. Ágeis como hamsters, invisíveis na escuridão, avançam contra tudo e todos, conseguem penetrar na fortaleza.
Já eliminaram alguns terroristas que, por qualquer obscura razão, continuam a vestir-se de branco. Provavelmente nas costas também têm alguns círculos concêntricos vermelhos, mas esta imagem deixa a questão em aberto.
Repare-se na antena parabólica. Difícil aceitar que o Terror do Mundo Livre pudesse viver sem um sofisticado sistema para aterrorizar o planeta. Tipo a Spectra de 007, para entender.
Eis o momento mais alto. Os Seals abateram a porta do quarto onde o Mal dormia (dormia? Ou estava a cometer perversos actos impuros com a mulher?) e abrem o fogo.
Bin Laden recusa render-se e, como reza a legenda original, “utiliza a esposa como escudo humano, sendo ela morta na sua frente”.
Mas qual homem utilizaria a própria esposa como escudo humano? Agora, fosse a sogra, mas a esposa, a mãe dos próprios filhos?!? Mas que monstro era este Bin Laden??? Só um vil sem escrúpulos poderia agir duma forma tão ignóbil.
Por isso, o epilogo é mais de que justificado: o Mal (que, pelos vistos, costumava ficar na cama vestido e com turbante, mesmo que estivesse a cometer perversos actos impuros; doutro lado, também a esposa está vestida porque na óptica americana as mulheres muçulmanas estão sempre cobertas ao 100%, até na cama) é abatido.
O Bem triunfou.
Como? Esta reconstrução parece um filme de Hollywood?
Sim, claro, foi totalmente inventada; mas entretanto é publicada na edição de hoje dum dos maiores diários americanos. Esta é a versão que será vendida ao Mundo. Estavam à espera de quê?
God bless America.
Ipse dixit.
Fonte: Daily Mail