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Fukushima? Agora, a sério…

Voltamos a falar de radiações?
Voltamos.

Mas desta vez nada de iodo 131 e afins no leite, vamos ver directamente a situação na fonte: Fukushima.

A situação é boa, pois como sempre a central ainda não explodiu.
Sim, verdade, o acidente é agora classificado como de nível 7,  igual ao caso Chernobyl, mas nas televisões já surgem peritos que tranquilizam: 7 é demais, 6 seria mais idóneo.

Calma, muita calma e confiança, é só disso que precisamos.

E nós concordamos, afinal estamos a falar duma central nuclear cuja situação está fora de controle, há coisas piores na vida. Nível 6 ou 5 seria mais correcto.

Mesma linha de pensamento de Yukio Edano, Secretário de Estado japonês, o qual afirma:

De momento não temos razão para pensar que as radiações possam ter um efeito sobre a saúde das pessoas. 

Correcto: e por que carga d’água as radiações deveriam ter efeitos sobre a saúde? Não é verdade que do Sol recebemos continuamente radiações que, aliás, representam a nossa vida?
Portanto: calma. 6, 5, talvez 4 fosse mais justo.

Yukio Edano

Na verdade, em Fukushima pouco ou nada acontece.

As últimas novidades são as seguintes: segundo a Tepco (a benemérita sociedade privada que administra as centrais nucleares), na água do interior dos reactores foram detectados Iodo 131 (220 becquerel/cm3), Césio 134 (88) e Césio 137 (93), substâncias notoriamente geradas pela fissão nuclear. 

E que a situação não seja preocupante é fácil de demonstrar: dado o estado do reactor 1, esta fissão nuclear acontece praticamente ao ar livre.

Consequências? Nenhuma, os media nem tratam do assunto.
Viram algo de esquisito nos últimos tempos? Não? Óbvio, um pouco de fissão nunca matou alguém.

Além disso, podemos ler no Wikipedia:

Fissão Nuclear é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois menores e mais leves, como por exemplo, após a colisão da partícula nêutron no mesmo.

Átomo? O núcleo dum átomo? E temos que ficar preocupados por uma coisa tão pequena que nem conseguimos ver?
Mais: é tão difícil ir buscar este raio de átomo e deita-lo, sei lá, no mar por exemplo? Realmente, estes Chineses ou Japoneses ou lá que forem…5, 4, talvez 3.

Aqueduto das Águas Livres

Entretanto a Tepco aproveitou para informar que também o reactor nº 2 está com problemas.

“Problemas” talvez  seja um termo um pouco exagerado. “Chatices”, isso pode ser mais adequado à realidade.

Última nota:

O reactor 1 da central nuclear de Onagawa, na província de Miyagi, no dia 07 de Abril sofreu um choque mais forte daqueles para as quais foi projectado, de acordo com os técnicos da segurança nuclear.

Pois, claro.
O Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, resistiu incólume ao terramoto de 1755: agora, meus amigos, é só fazer as contas…

Ipse dixit.