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As prendas

Diz Guilherme acerca da actual situação portuguesa:

Acredito que toda esta calamidade seja uma abertura de mentes e atitudes que até então não existiam…

Encontrai esta frase no blog Tendências Simplicistas, de Guilherme. Uma boa frase, uma boa maneira de encarar as adversidade.

Tempos difíceis estes, sem dúvida. Podemos decidir de para e chorar; ou, pelo contrário, podemos ver todas estas “calamidades” como uma ocasião de crescimento. Ou renovação. Ou partida.
Afinal é o leitor que escolhe. 

As dificuldades obrigam a mudar. Em Portugal, por exemplo, em breve chegará o Fundo Monetário Internacional, com muitas prensas para todos nós.
Eu, pessoalmente, nem precisava de prendas, estava bem assim. Mas alguém decidiu que não, era mesmo altura de prendas. Então tudo bem, que venham estas prensas do FMI.

“Prendas”? Sim, prendas.
Porque as medidas adoptadas obrigarão a quebrar a rotina e mudar a nossa perspectiva.

Gostem ou não, as mudanças obrigam ao pensamento.
E isso acontece sempre, cada vez que o normal percurso das nossas vidas é alterado.
E mais: “mudança” pode significar “possibilidade”. Onde algo muda, surge a possibilidade, sempre.

“Pensamento”, “possibilidade”…nada mal.

Como afirmei muitas vezes, não sou nem pessimista nem optimistas. E não vou conformar-me com este “desespero lusitano”, esta auto-flagelação que percorre o País.

Se há uma coisa que aprendi ao longo da vida, um princípio do qual estou firmemente convencido, é que o lobo nunca é tão mau como parece. 
E não é estéril optimismo: é apenas vontade de ver melhor o lobo.

Obrigado ao Guilherme por tem-me lembrado disso.

Ipse dixit.

Fonte: Tendências Simplicistas