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Os comentários e as Iniciativas Incorrectas

Ligo o computador e penso: ora bem, é altura de responder aos comentários.
O autor de Informação Incorrecta

Começo a ler e descubro uma coisa muito interessante: os comentários dos posts  O que fazer – Parte I e II são, de facto, muito bons. Muito, muito bons mesmo.

Não que usualmente os comentários sejam “inferiores”, não é isso que quero dizer: o que quero dizer é que todos estes comentários têm um assunto em comum e tal assunto despertou interesse, ideias, participação. Denotam uma real vontade de mudar e são comentários “pensados”.

Eu fico feliz com isso. Pois significa que ao longo de alguns meses foi possível criar um ponto de encontro feito de pessoas “que pensam”.
Cada um com as próprias ideias, alguma vez em contraste.

Gilson, por exemplo (olá Gilson!), tem pontos de vista diferentes dos meus acerca de alguns assuntos, mas o que interessa é que Gilson pensa. E isso é suficiente para que eu seja feliz de te-lo como leitor (se aos menos acabasse com a história de Cesare Battisti…).
E isso vale para todos os autores dos comentários citados.

E os outros leitores? Vamos apaga-los do blogue? 🙂

Nada disso. Eu tenho uma teoria.

Informação Incorrecta é um blogue difícil.

Não que as ideias aqui apresentadas sejam fruto duma elite de génios ou ao alcance de poucos mortais.

Os leitores de Informação Incorrecta

O facto é que este blogue apresenta e trata de assuntos que requerem um mínimo de reflexão: política, geopolítica, economia, não são coisas transmitidas às 8 da noite pelas televisões comerciais, e isso significa algo.

Muitas vezes os assuntos são tratados de forma demasiado comprida (meu vício, reconheço) na tentativa de esclarecer melhor alguns pontos. Muitas vezes ideias e conceitos são repetidos até todos os leitores serem capazes de canta-los em coro.

Resumindo: este blogue é uma seca.

Por isso se um leitor costuma seguir Informação Incorrecta, ou tem sérios problemas pessoais ou então está mesmo interessado nos assuntos tratados. Ou se calhar as duas coisas, não sei.
O que entendo é que, no meu ver, quem segue um blog “pesado” como este é uma pessoa “que pensa”, independentemente dos comentários inseridos ou não.

Atenção: nada de elite, nada de seres “superiores”, simplesmente pessoas que pensam.
O que na minha opinião não é pouca coisa.

“Max?”
Sim?
“Importas-te de chegar ao ponto?”
Sim, desculpem, como disse é o meu vício…

O ponto é o seguinte: não vou responder aso comentários que acabei de citar. Vou, pelo contrário, guarda-los (mentira: todos os comentários ficam guardados) e publica-los (se os autores não terem nada em contrário) num novo blogue que já tem nome: Iniciativas Incorrectas.
Mesma coisa, óbvio, para as ideias que aparecem sob forma de mail e não são publicados no blogue (pois também os mails são guardados, sempre).

“Espera, espera…o que é isso agora? Iniciativas Incorrectas? Este gajo está cada vez mais convencido…”

Olha, um novo blogue..

Não é isso, o facto é que Informação Incorrecta não pode conter ao mesmo tempo “informações incorrectas” e tratar de eventuais iniciativas.
Tipo umas petições, por exemplo.

O risco é de criar muita confusão. E, além disso, há pessoas que não estão interessadas nas iniciativas, querem apenas informações.

Iniciativas Incorrectas não terá notícias de actualidade, nem política, economia, nada disso: será dedicado exclusivamente às iniciativas, ideias, propostas, discussões acerca destes temas.

Por isso será actualizado com menor frequência e será sempre uma apêndice de Informação Incorrecta.

Pronto, era só para dizer isso.

Ah, não, há outra coisa.
Assim, tanto para falar: que tal uma petição para que os ordenados da classe dirigente sejam ligados indissoluvelmente com um relacionamento fixo ao ordenado mínimo nacional e não possam subir sem que também este último seja aumentado?

É esta a solução para a crise?
Claro que não. É apenas uma iniciativa. Que pode avançar em Portugal e no Brasil.
Se a ideia passar, começo a informar-me e a tratar do assunto.

Ipse dixit.

“Max?”
Que foi agora?
“O link para Iniciativas Incorrectas?”
Fogo, estou a trabalhar nisso, quanta pressa!
“Incapaz…”