Estafl…Estagb…como era? Ah, Estagflação.

Os dados divulgados pelo Banco Central Europeu mostram um “inesperado” (segundo a imprensa) aumento da inflação na Zona Euro: Fevereiro +2,4%, agora +2,6%.

Surpresa, consternação, espanto.

O elemento acrescenta ainda mais pressão sobre a necessidade de aumentar as taxas de juro no Velho Continente: o que se traduz num Euro mais forte: a moeda europeia hoje vale 1,4236 Dólares.

Isso enquanto o custo da energia aumenta (o que não favorece as empresas) e apesar das medidas de austeridade introduzidas em muitos Países .

Dito de outra forma: aumenta o custo de vida,  é reduzido o montante da despesa pública dos serviços públicos, tudo isso enquanto a taxa de desemprego ainda é muito elevada e fracas são as expectativas de crescimento dos salários.

Surpresa, consternação, espanto.

Ao longo de quanto tempo teremos ainda de falar em “reduzir os nossos padrões de vida”?
Ao longo de quanto tempo teremos de ouvir que estamos a viver “acima das nossas possibilidades”?
Há alguém por aí que possa explicar quais estas “nossas possibilidades”?

Os sindicatos exigem ajustamento para cima dos salários, mas com uma realidade feita de desempregados dispostos a aceitar condições de trabalho miseráveis, quem “ajustará” os salários? 
(Nota: percebemos agora para que serve o desemprego?)

Do outro lado, os empresários (que poderiam gerar empregos) têm de enfrentar o aumento do custo das matérias-primas; factor que pesa (e muito) sobre o custo de produção. O que representa um bom incentivo para não assumir ninguém .

Hoje, o barril de crude valoriza para 108,37 Dólares em Nova Iorque, enquanto em Londres o barril de ‘brent’, a referência para as importações portuguesas, sobe para 119,35 Dólares.

Surpresa, consternação, espanto.

Culpa da guerra da Líbia, afirmam os bem informados. (Nota: percebemos agora para que servem as guerras?)

E paira no ar uma palavra: estagflação…onde é que já ouvimos isso?

Ipse dixit.

Fonte: Bimbo Alieno, Diário Económico

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