Os segredos das Pirâmides, mais ou menos – Parte I

Basta com esta Líbia…por enquanto esperamos a intervenção da Nato,ou se calhar dos Estados Unidos, depois vamos ver.

Mudamos de assunto, mas ficamos na África do Norte, para ser mais precisos num País que confina com a Líbia e que já foi “libertado”.
Calma, nada de Mubarak e companhia.
Falamos de coisas velhas. Muito velhas. Dum tempo em que ainda não havia telemóveis.
Ohhhh…

O nobre Nuno, não acaso já parte da Sagrada Ordem dos Cavaleiros Incorrectos, envia um mail bem interessante, que me permito transcrever em parte:

O fascínio na história acaba por ser o uso dado às pirâmides.

Obviamente não foram construídas como nos ensinam na escola e nos filmes, matematicamente é impossível, exemplo:

Pirâmide de Giza supôs-se ter levado 14-24 (Wikipedia diz 14-20, estou a ser simpático) anos a ser construída, levou aproximadamente 2.3 milhões de blocos (“It is estimated that 5.5 million tons of limestone, 8,000 tons of granite imported from Aswan, and 500,000 tons of mortar were used in the construction of the Great Pyramid”).

Agora imaginemos que trabalharam durante 24 anos, 10 horas por dia, 365 dias por ano e que os blocos estavam todos no local prestes a ser postos no sitio.

10 x 365 = 3.650 (horas por ano de trabalho)
3650 x 24 = 87.600 (horas de trabalho total)
~26,256 blocos por hora (qualquer coisa como 1 bloco a cada 2 minutos e x segundos)

Pesando cada bloco toneladas e tendo a pirâmide um altura superior a 100 metros…

A matemática não é uma opinião e esta é uma demonstração e pêras, como se diz em bom Português.
Não é por acaso que as pêras têm forma de pirâmide. E o tema é bem empolgante.

Quem construiu as Pirâmides? E porquê? E porque mesmo com aquela forma? Em quanto tempo? Com qual técnica? Eram tumbas? E.. Epá, calma!

Antes demais: que tem isso a ver com Informação Incorrecta? Nada, verdade: mas o post acerca dos Ufo deixou alguns rastos, algumas dúvidas. E depois é um assunto interessante, acho eu: Extraterrestres, Pirâmides, mistérios…não sentem um calafrio? Não? Muito bem, não estão constipados.

Além disso, é difícil navegar pela internet sem “atropelar” num blogue ou site que explique todos os significados recônditos, ou alegados tais, das Pirâmides de Giza, incluindo a Esfinge, aquele espécie de gato com cara de faraó.

De facto, acerca do argumento já foi escrito tudo e o contrário de tudo. Pode Informação Incorrecta não juntar-se à lista? Claro que não.

A Maldição de Tutankhamon  

Começamos do fim: a Maldição de Tutancamon ou Tutankhamon.

Segundo a teoria, os primeiros que entraram na Pirâmide morreram no prazo de poucos meses ou anos após a empresa.

Azar? Não: todos mortos por uma panóplia de desgraças entre as quais lembramos bactérias desconhecidas, doenças aterradoras, misteriosos pós e radiações.
Falta só a Sida, pois na altura não tinha sido inventada.

Um pouco de paciência e eis a lista de quem por primeiro entrou na Pirâmide de Tutankhamon, em 1922, com ao lado a data da morte, a idade e os anos decorridos após ter entrado na tumba.:

Não sei se morrer 60 anos após ter entrado na tumba pode ser considerada uma maldição do Faraó.
A mim parece esquisito.

A forma

Arrumada a questão da maldição, vamos ver outro problema: porque a forma piramidal? Porque não um bonito cubo, por exemplo? “Os Cubos do Egipto”, nem teria ficado mal.
Também neste caso as teorias não faltam.

Após ter lido vários blogues e sites, eis a ideia com que fiquei: a pirâmide é a forma ideal para capturar a energia quântica ancestral que deriva da intersecção do fluxo interestelar com as forças mentais libertadas no centro da Galáxia.

Um chapéu com Howard Carter

Este fluxo cósmico entra pela ponta superior da pirâmide, chega até aos quatro vértices da base, depois sobe de novo para a ponta e volta donde tinha chegado, pois não sabe bem que fazer aqui.

Entre as outras coisas, a pirâmide parece afiar as lâminas.
2.3 milhões de blocos de rocha para cortar bem a barba? E que tal usar um pouco de sabão?

Não, muito mais do que isso: ao pôr um bife numa pirâmide, a carne não apodrece e um gato morto fica mumificado.

Qual a graça em ter um gato morto mumificado? Não sei, mas deve ser uma experiência única.

Água suja? É só pôr numa pirâmide para que volte a ser pura.
O Leitor não consegue dormir bem? Experimente dormir deitado no interior duma Pirâmide, o sono nunca mais será o mesmo.
Também o leite dura mais tempo, pelo que podem deitar no lixo o volumoso frigorífico. 

Estas e outras coisas particularmente instrutivas podem ser encontradas na internet, e não faltam livros sobre o assunto. Livros pagos, óbvio.

Mas provas? Há provas?

Com certeza, ora essa. A melhor das provas é a patente nº 91304 de 1959, obtida pelo pesquisador checo Karl Drbal: uma notícia que é extremamente fácil encontrar, pois é “a” prova por excelência.

Conta a História que um dia o bom Karl foi para o Departamento das Patentes e, perante a comissão de cépticos, introduziu uma lâmina sem fio numa pirâmide em miniatura. Após 24 horas, a lâmina estava como nova.
Os membros da comissão estavam espantados e o bom Karl explicou que na verdade não existiam explicações pois entravam em jogo forças e energias desconhecidas. E, claro, foi concedida a patente.

Difícil imaginar como, pois para obter tal documento existem determinados requisitos que é preciso respeitar, como por exemplo o facto de não poder registar fenómenos naturais ou não ser capaz de fornecer uma adequada descrição da descoberta em questão.

A bem ver, se calhar é por isso que nunca foi concedida a patente (é simples verificar: há motores de pesquisa para patentes internacionais, como Espacenet).
Se calhar é por isso que não existe uma patente nº 91304 de 1959.
Se calhar é por isso que Karl Drbal, às vezes engenheiro, às vezes operador rádio, nunca existiu.

Ninguém que, com um pouco de pesquisa e reflexão (e honestidade, podemos acrescentar), reporte um facto simples: a pirâmide é a forma  mais lógica e estável para construir uma grande e pesada estrutura com a pobre tecnologia da altura.

O facto de ter encontrado pirâmides espalhadas ao longo do globo (e são muitas, de facto: não apenas Egípcios e civilizações sul -americanas) não significa que houvesse necessariamente uma super-raça alienígena cujo máximo gozo era obrigar os humanos a trabalhar de borla com pesados blocos de granito: significa simplesmente que todos estes povos, provavelmente após várias tentativas falhadas, tinham chegado à mesma conclusão.

O leitor não está convencido? Então experimente construir um castelo de cartas em forma de esfera…

Então?

Então: as Pirâmides não têm segredos? Afinal não passam de tumbas de Faraós megalomaníacos?
Não: as Pirâmides têm segredos, que continuam sem resposta.

O problema é que estamos perante dois factores que muitas vezes trabalham para ridicularizar assuntos que merecem muito mais: a necessidade do “espectáculo” e a ganância:

  • o “espectáculo” é o publicar notícias que impressionem o leitor e não importa se fundamentadas ou não;
  • a ganância é o ganhar dinheiro à custa da curiosidade do leitor, vendendo produtos que na verdade não têm o mínimo interesse. Um pouco como Sitchin e toda a história de Nibiru e os Annunaki, para ser claros.

Dito isso, repito: acho que na minha óptica as Pirâmides têm muito para contar; e muito que não querem contar. Numa outra palavra: mistérios.

Mas disso vamos falar no próximo episódio.
Prometido?
Prometido.

Ipse dixit.

2 Replies to “Os segredos das Pirâmides, mais ou menos – Parte I”

  1. Bello, molto bello il tuo post.
    Anche se personalmente ritengo che tutte le teorie sono vere e false allo stesso tempo. Come hai detto tu, mistero.
    Un'ultima cosa, si dice che Mubarak sia più vecchio delle piramidi…
    Ciao Max

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