A tecla malandra

A culpa? Dum operador. E do teclado.

Wall Street bate todos os recordes negativos? Os mercados mundiais entram em fibrilação?

É uma troca: um operador distraído, um “b” em vez dum “m”; milhões que se transformam em bilhões. E o mundo de avesso.

Não é uma anedota mas a explicação fornecida para justificar a queda vertiginosa da Bolsa de New York, como já referimos no post anterior.

Segundo esta versão, a responsabilidade é dum erro humano. Em Chicago alguém da Citygroup (olha, olha…) enganou-se e em poucos minutos os ganhos de um ano de transacções evaporaram.
E as Bolsas mundiais ainda não recuperaram: cúmplice a situação da Grécia também, hoje Paris é a -2,4%, Londres -1,5%, Frankfurt -1,55%. E na Ásia as coisas estão ainda piores: Tokio -3,1%, Seul -2,2%.

Pode uma tecla justificar tudo isso?

Verdade seja dita: a versão do erro não deixa de ser assustadora.

Muitas empresas têm computadores que estão programados para colocar  automaticamente as ordens de compra ou de venda com base numa variedade de coisas que acontecem no mercado.

Por isso é suficiente um valor errado para as máquinas interpretarem isso como necessidade de vender.
Muitas máquinas, muitas vendas, assim dizem.

Outros não acreditam. E “outros” significa também a Security and Exchange Commission e a Commodity Futures Trading Commission que nestas horas investigam o caso. “Outros” significa também os brookers que permanecem cépticos:

O mercado nunca perdeu 1.000 pontos por culpa dum só motivo.

O que é mais assustador?
Uma ordem partida para deitar abaixo o mercado ou um mercado à mercê de inconscientes computadores?

O leitor é que escolhe.

Ipse dixit.

Fonte: New York Times

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