Será Inflação ou será Deflação?
Qual o rumo da presente crise?
A pergunta pode parecer assunto para economistas maníacos. Na verdade, a questão é extremamente interessante, em particular se existem algumas poupanças e o desejo é não perder tudo no meio da crise.
Inflação e Deflação merecem algumas palavras, mais do que podemos encontrar nos clássicos médias.
Vamos ver agora quais as possíveis evoluções para a crise.
Cenário número 1: Deflação
Em caso de Deflação os preços descem e as pessoas adiam as aquisições. Há menos dinheiro líquido em circulação e este fica a ser um bem escasso.
Por isso ganha valor.
Também os bancos tentam reter dinheiro e os empréstimos ficam mais difíceis. Nos casos limites, é fixado um tecto máximo semanal para os levantamentos, tal como aconteceu na Argentina nos primeiros anos deste milénio.
Assim a solução melhor é levantar quanto mais dinheiro da própria conta corrente e manter liquidez debaixo do clássico colchão, adiando as compras.
Se a deflação persistir, os preços de bens de produção como terrenos ou empresas agrícolas irá baixar.
Pode parecer uma visão catastrofísta, mas é bom lembrar que ao longo da crise de 29 era possível adquirir empresas agrícolas por menos de 10 dólares: quem teve liquidez na altura conseguiu fortunas com preços ridículos…
Cenário número 2: Inflação e/ou Hiper-inflação
Numa hipótese de inflação ou hiper-inflação os preços sobem de forma rápida.
O dinheiro perde valor de forma dramática a cada dia que passa, assim ter dinheiro debaixo do colchão é a melhor maneira para perder tudo.
É indispensável deter a menor quantidade de dinheiro liquido possível, na prática levantar só poucas horas antes das compras ou mesmo na altura destas. Para poupar é útil investir em bens que não são afectados pela inflação: ouro, prata, mas também cobre e alumínio.
Cenário número 3: Deflação antes, Hiper-inflação depois
Ao longo de 2009 já tivemos deflação na Europa e nos Estados Unidos.
Os Estados ocidentais garantiram muita liquidez aos bancos, o que significa que cedo ou tarde será preciso estampar notas. Esta hipótese é maioritariamente valida para os EE.UU. Neste caso, o Estado ficará preso nas dívidas e será obrigado a emitir quantias desproporcionadas de títulos de estado.
Cedo ou tarde alguém questionará a capacidade do Estado para respeitar os empenhos tomados (isso é, se o Estado é solvível).
Sugestão: naquele dia converter todo o dinheiro líquido em bens não atingidos pela inflação.
Naquele dia o Estado irá imprimir mais notas para pagar a dívida dos títulos do Estado e será o inicio da hiper-inflação.
Aquele dia pode ser mais próximo do que pensamos…
O link para a primeira parte aqui, para a segunda aqui.
Ipse dixit.
Fonte: Informazione Scorretta
Tradução: Informação Incorrecta