Covid: Portugal, Ministério da Saúde admite 152 mortos

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa emitiu uma sentença relativa ao pedido apresentado por parte dum grupo de cidadãos ao Ministério da Saúde e à Direcção Geral da Saúde (DGS, dependente do Ministério da Saúde), no qual foram solicitados uma serie de documentos relativos à Covid-19 (processo 525/21.4BELSB).

No pedido, com os pontos XI e XII, era solicitado ao Ministério da Saúde/DGS “o número de mortos em Portugal, desde o início da declarada pandemia, causadas por infeção SARS-CoV2” (página 5 do documento):

O Ministério da Saúde/DGS respondeu entregando, entre outras, uma curiosa declaração (páginas 7 e 8 do documento):

Curiosa declaração porque enquanto o Ministério da Saúde/DGS afirma publicamente um total de mais de 17.000 óbitos provocados pela Covid-19 em Portugal, perante um tribunal afirma que as mortes que tiveram como “causa básica” a Covid, e que foram acompanhadas por uma certidão que atestava a causa da morte, foram apenas 152: em 132 casos a Covid foi identificada laboratorialmente, em 20 casos não foi identificada.

O termo “causa básica” pode parecer bastante vago mas, em qualquer caso, é diferente do possível “causa única” que, pelo contrário, excluiria as mortes em presença de comorbidades: evidentemente, fala-se aqui da infecção de base que foi directamente responsável pelos óbitos ou que desencadeou as consequências que levaram à morte dos pacientes (casos com comorbidades).

Dicionário Priberam:

básico | adj.

1. Que serve de base.

 

O documento na versão integral pode ser lido neste link.

 

Ipse dixit.

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