O annus horribilis da Ciência: os protestos e os buracos

2020 será lembrado como o annus horribilis da Ciência. Enquanto os órgãos de comunicação glorificam o aparente sucesso da campanha de vacinação, a Ciência saiu da “pandemia” em pedaços.

O velho conhecido

Seguindo a narrativa oficial, o mundo científico foi surpreendido por um vírus que costuma provocar resfriados. Uma espécie de gripe, certamente muito agressiva, mas ainda assim da mesma família. Não um vírus desconhecido originário dum outro planeta: um simples coronavirus. E isso apesar de todos os anos houver síndromes provocadas por esta família de agentes patogénicos. A Ciência caiu perante um “velho conhecido”, um erro grave porque a mesma Ciência médica baseia-se, como qualquer outra ciência, na investigação, o que significa não só procurar ferramentas novas e mais eficazes para tratar doenças conhecidas, mas também tentar prever os desenvolvimentos. Acontece. Só que não foi só isso.

Uma profusão de epidemiologistas, virologistas e especialistas em doenças infecciosas interveio, assumindo posições não poucas vezes contrastantes, um sinal de que não conheciam de forma suficiente o assunto, confundindo ainda mais uma população já perturbada. Acontece, também isso.

Fiquem em casa

A única coisa que, no início da “pandemia”, a Ciência foi capaz de nos dizer foi: fiquem em casa. Até uma criança de cinco anos de idade poderia ter dito isto, é o equivalente do rato que fica na toca. Depois da utilização de tratamentos não só ineficazes mas por vezes letais, dando assim o golpe de misericórdia ao paciente (intubação, um processo muito mais invasivo do que seria possível imaginar), decidiu-se recorrer às vacinas. Nada de cura, nada de tratamento: tudo foi apostado nas vacinas.

Precaução? Já era.

E aqui a Ciência teve que atropelar aquelas regras que ela mesmo tinha imposto: o “princípio de precaução”, os “protocolos”, a comprida série de experimentações e testes, tudo teve que ser posto de lado. Quando para projectar e apresentar uma vacina são precisos anos de estudos e verificações, perante o novo coronavirus poucos meses foram suficientes. O resultado é que após um ano temos: Pfizer–BioNTech e Moderna baseadas no m-RNA; Sputnik V, Oxford–AstraZeneca, Johnson & Johnson e CanSino no vector Adenovirus; Sinopharm, CoronaVac e Covaxin com vírus inactivado. Portanto não uma vacinas mas várias delas com vários princípios.

Vacinas? Simples!

Alguém poderia perguntar: mas é tão simples produzir uma vacina? Pelo visto é. Então por qual razão o mesmo esforço não é utilizado para combater outros vírus que assombram inteiras populações? Resposta: não sabemos, os especialistas não falam disso nesta altura. Talvez o mundo científico deveria falar do assunto: pode haver razões válidas de tipo técnico. Qualquer explicação seria melhor do que uma resposta não dada e que provoca dúvidas. Porque aqui temos um miserável coronavírus agora, em outras partes do planeta há doenças que matam sempre.

Mas o que interessa é que todas estas vacinas anti-Covid são seguras. E nisso a Ciência é concorde. Para que esperas de anos se hoje as farmacêuticas podem produzir vacinas perfeitamente seguras no prazo de meses e após uns testes tão limitados? A vacina da Pfizer foi testada em 43.448 voluntários; a Sputnik em 40 mil; CoronaVac em 33 mil; AstraZeneca em 30.000. Poucas dezenas de milhares de testes para produtos destinados a biliões de pessoas: estatisticamente é zero. Mas as vacinas são seguras.

Imunização? Desconhecida!

Efeitos de longo prazo? Desconhecidos, não há histórico. Quanto dura a imunização fornecida pelas vacinas? Não sabemos. Oficialmente nem sabemos o que acontece à imunidade natural adquirida ao contrair a Covid. A Ciência afirma que algumas dezenas de milhares de testes são suficientes para definir as vacinas como seguras e eficazes; doutro lado, 100.469.400 pessoas que ultrapassaram a Covid num ano não são suficientes para a mesma Ciência indicar qual o prazo da imunidade adquirida de forma natural. A Ciência não conseguiu observar as pessoas que recuperaram, nem ao longo duns três ou seis meses?

E a imunidade proporcionada pelas vacinas: um ano? Seis meses? Três meses? Nada, a Ciência não sabe. Mas não é algo secundário: se fosse por três meses ou até seis, seria um grande problema, não só por causa da logística mas sobretudo para a psicologia do cidadão. A vacinação iria tornar-se como a diálise renal: para sempre. Nem é certo que aqueles que são vacinados já não sejam contagiosos. A Ciência atira números para a cobiçada “imunidade do rebanho”: 60%, 70%, 80%, 90%?

Cura? Impossível.

A Ciência é capaz de proporcionar vacinas “seguras e eficazes” em poucos meses mas quando o assunto for “cura” levanta os braços: não há cura ou tratamento possíveis, nada é “seguro e eficaz”. O vírus da Covid deve ser realmente aterrador: passou um ano desde o início da Pandemia no Ocidente e ainda não há um protocolo internacional de cura. O mesmo tema “cura” é tabu, quem fala disso é acusado de ser um charlatão ou até um negacionista. Para a Ciência a única solução é a vacina.

AstraZeneca: decimais

Depois houve a “confusão” da AstraZeneca: pânico na população, desnorte dos governos. Governos aconselhados por cientistas. A Ciência entrou em fibrilação por causa de uns trinta-quarenta mortes em 17 milhões de doses. Quarenta mortes em 17 milhões de doses dão uma percentagem de 0 vírgula 000… E a afirmação da Ciência, segundo a qual “os benefícios ultrapassam os riscos” foi um auto-golo: se quiserem tranquilizar alguém, não ponham na mesma frase a palavra “risco”.

Covid: decimais

A percentagem, num ano, de mortes por Covid em Itália foi de 0.16%. Vamos supor que sem as medidas de “prevenção”, entre as quais a mais decisiva é o distanciamento social, as mortes teriam quadruplicado. Estaríamos a 0.60% da população. É razoável para este 0.60% roubar a vida do restante 99.4%? Uma vida que nunca mais voltará. É lógico destruir a socialidade, a estrutura nervosa, a economia de toda uma população, o processo de instrução dos mais jovens? Isso em falar das consequências que durarão muito para além do fim da pandemia.

Máximo respeito para todos os profissionais sanitários, para os investigadores, para quem luta em prol da saúde de todos em qualquer lugar do mundo. O problema não está neles. O problema está num outro lugar.

Protestos

Entretanto, no dia 20 de Março, assinalando o primeiro aniversário do confinamento obrigatório, houve protestos em vários Países: cidadãos de Canadá, Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Irlanda, Grã-Bretanha, Noruega, Holanda, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Croácia, Sérvia, Ucrânia, Japão, Austrália e outros ainda participaram na Marcha Mundial pela Liberdade.

Milhares de pessoas foram para as ruas na Alemanha, o País com o maior número de “negacionistas“. Também na Áustria, o protesto foi forte. Na Holanda, a polícia utilizou (mais uma vez) canhões de água para dispersar as multidões. Na Grã-Bretanha houve violência entre a polícia e os manifestantes em protesto contra uma proposta de lei que entende proibir o próprio protesto público: em Londres, a participação na manifestação foi maciça, em Bristol houve confrontos particularmente violentos que resultaram no ferimento de um polícia.

Turbulenta a manifestação contra o plano de vacinação em Melbourne, na Austrália, já palco de episódios grotescos de psicopolícia sanitária durante o primeiro encerramento. Protestos pacíficos realizaram-se em outros Países, tal como no Canada, na Irlanda e na Italia.

Provavelmente o Leitor foi informado dos protestos no Reino Unido, onde tiveram lugar os confrontos mais violentos. Difícil que tenha conseguido uma visão completa das manifestações que aconteceram em síncrono porque os principais meios de comunicação social (os grandes diários, as maiores televisões) propõem uma narrativa diferente.

Buracos

Fechamos com uma boa notícia: a empresa americana de confeitaria Krispy Kreme anunciou que, como incentivo para atrair as pessoas a receberem injecções experimentais da “vacina” anti-Covid, irá oferecer aos voluntários um dos seus donuts todos os dias durante o resto do ano.

É suficiente mostrar o cartão da vacinação em qualquer local Krispy Kreme nos Estados Unidos para receber um donut original e gratuito. E isto não é apenas uma vez. Não, a cadeia irá oferecê-lo todos os dias durante o resto do ano.

Ideia genial: o buraco da injecção do RNA sintético e a seguir o buraco do donut o ano todo. Depois haveria outro buraco, aquele no chão onde acabam as pessoas quando as coisas correm mal. Mas sempre buraco é. E perante um donut de graça, “os benefícios ultrapassam os riscos”.

 

Ipse dixit.

4 Replies to “O annus horribilis da Ciência: os protestos e os buracos”

  1. No meio disto tudo, só lamento que as pastelarias portuguesas, à semelhança do caso dos Donuts, não tenham tido a feliz ideia de oferecer um folhado de salsicha todos os vacinados durante o resto do ano. Pode ser que ficassem de boca fechada enquanto comiam a salsicha.
    Hoje existem três grupos na sociedade, os vacinados ou cidadãos como deve ser, os que não querem a vacina ou negacionistas ou os futuros cidadãos de segunda, e a enorme cambada de vigaristas que continua a sustentar esta história.

  2. “Hoje existem três grupos na sociedade, os vacinados ou cidadãos como deve ser, os que não querem a vacina ou negacionistas ou os futuros cidadãos de segunda, e a enorme cambada de vigaristas que continua a sustentar esta história.”
    O Krowler disse tudo.

  3. Como é possível que nenhuma autoridade responsável por autorizar (não aprovar, porque estamos a falar de “vacinas” experimentais) o uso destas “vacinas” não questionou a diferenca entre a reducao do risco relativo e a reducao do risco absoluto? Resposta: Até as ovelhas pensariam duas vezes antes de arregassarem a manga para se sujeitarem a um tratmento experimental que reduz a possibilidade de ficarem (supostamente) doentes em cerca de 1%.
    https://www.mdpi.com/1648-9144/57/3/199/htm

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