A China e a manipulação do clima

Diz a Sempre Muy Nobre Maria:

Atenção: eu sempre desconfiei que o império ou pretendentes a tal, manipulavam o clima, mas imaginei ser segredo bem guardado. No entanto saiu na mídia convencional que a China faz anos modifica o clima no seu país, fabricando nuvens, neve, fazendo chover ou fazer sol. Assim, como uma coisa muito natural que cada um faça nos céus do seu país, como se essa tecnologia pudesse se ater aos limites geo políticos de cada país. Aí seria coisa errada!!

E, com tudo que deve estar acontecendo, o clima do mundo continua cada vez mais uma desgraça. Gostaria que o Max pesquisasse a respeito, e II divulgasse dados confiáveis, como acontece.

Olá Maria!

Em boa verdade, não é apenas o Império ocidental que tenta manipular o clima: todos tentam o mesmo e a China não é uma excepção.

O China Daily é um jornal diário em língua inglesa publicado na República Popular da China, sendo que é o Partido Comunista a controlar a publicação. Eis um dos últimos artigos sobre o assunto, de Janeiro:

O primeiro drone de modificação meteorológica da China, Ganlin 1, fez um voo inaugural bem sucedido no Aeroporto Jinchang na província de Gansu na quarta-feira à tarde, após uma cerimónia realizada pela Administração Meteorológica da China e pelo governo provincial de Gansu.

Ganlin significa “chuva doce” em chinês e Ganlin 1 é o primeiro veículo aéreo não tripulado com modificação do tempo do país. […]  “A tecnologia de ponta da utilização de grandes veículos aéreos não tripulados para modificar o tempo preenche a lacuna do país na produção de precipitação artificial com drones”, disse Yu Yong, chefe adjunto da administração.

O projecto foi lançado em Março de 2019 para ajudar a aumentar artificialmente a precipitação e a neve nas montanhas de Qilian, uma região assolada pela escassez de água, disse Li Zhaorong, chefe adjunto da Administração Meteorológica Provincial de Gansu.

“Ganlin 1 resolveu muitas tarefas universais de modificação meteorológica”, disse Li. O drone pode voar para áreas montanhosas remotas sob condições geográficas e meteorológicas complicadas, e automaticamente fazer rápidos ajustes no caminho para realizar a semeadura de nuvens. Também é capaz de voos nocturnos, disse ele.

“A resistência do drone pode exceder 14 horas, com um alcance de 5.000 quilómetros, o que lhe permite atravessar facilmente o território da província de Gansu de leste a oeste”, disse Li.

O drone é capaz de detectar com precisão áreas adequadas para aumentar a precipitação e a neve, e pode avaliar os efeitos das suas operações de semeadura, o que constitui um grande avanço na produção de precipitação artificial, disse ele. […]

Li disse que o projecto irá promover a tecnologia de modificação do tempo a nível nacional e internacional, bem como a utilização de drones na extinção de incêndios e na detecção remota para apoiar a protecção ambiental.

A semeadura de nuvens é o cloud seeding, uma técnica que consiste em alterar a quantidade ou o tipo de precipitação meteorológica dispersando substâncias no ar, geralmente iodeto de prata, gelo seco ou o comum sal de mesa.

A China está na linha da frente e faz uso desta tecnologia desde 1958. O Chinese National Leading Committee on Climate Change (“Alto Comitê Nacional Chinês sobre Mudança do Clima”) é considerado o maior do mundo do seu género e pode contar com 37.000 funcionários. Só no ano de 2002, a China realizou 560.000 experimentos de manipulação do clima, o que provocou 489.700 milhões de toneladas de precipitação. Durante os Jogos Olímpicos de 2008, a China tem usado 30 aeronaves, 4.000 instalações de mísseis e 7.000 projecteis para dispersar produtos químicos no ar e afastar as nuvens.

Em 2012, Pequim criou um fundo especial com a extraordinária quantia de 26.4 biliões de Dólares para provocar chuva artificial e queda de neve no País. Mas nem sempre as coisas correm bem: em Fevereiro de 2009, após quatro meses de aridez, o cloud seeding foi utilizado para provocar o aparecimento de neve na capital. E a neve apareceu, durante três dias, causando o encerramento de 12 das vias principais de acesso à cidade.

Actualmente, os Países envolvidos no cloud seeding são:

  • Alemanha
  • Austrália
  • Bulgária
  • Burkina Fasu
  • Canada
  • China
  • Emirados Árabes Unidos
  • Eslovénia
  • Espanha
  • Estados Unido da América
  • França
  • Índia
  • Indonésia
  • Irão
  • israel
  • Kuwait
  • Malásia
  • Mali
  • Marrocos
  • Níger
  • Reino Unidos
  • Rússia
  • Senegal
  • Singapura

Mas o cloud seeding é uma técnica relativamente inócua, assim como a bio-chuva provocada com a dispersão de bactérias na atmosfera, algo bastante comum nas estâncias de ski. Mais preocupante são operações de outro tipo nas quais as grandes potências estão envolvidas. No caso da China, lembramos aqui:

  1. A colaboração coma Rússia para o aquecimento ionosférico
  2. A construção dum aquecedor atmosférico inteiramente chinês China
  3. O Projecto Tianhe (Sky River) que irá desviar os “rios” atmosféricos utilizando tecnologia não revelada
  4. O novo Transmissor de Extremamente Baixa Frequência (ELF) que tem cinco vezes o tamanho da cidade de New York.

Não são apenas boatos da imprensa ocidental, há estudos acerca disso e notícias chinesas (aquelas aqui relatadas, tendo decidido ignorar para este artigo as fontes ocidentais).


1. A colaboração coma Rússia para o aquecimento ionosférico

A China e a Rússia realizaram recentemente uma experiência conjunta de modificação ionosférica utilizando o aquecedor ionosférico Sura e um satélite chinês (o CSES) para medir as alterações provocadas. Esta experiência é muito semelhante às realizadas com os instrumentos de investigação do HAARP em Alasca e o satélite francês DEMETER.

Um total de cinco experiências foram levadas a cabo em Junho de 2018. Uma, a 7 de Junho, causou perturbações físicas numa área de até 126.000 km2, ou cerca de metade do tamanho da Grã-Bretanha. A zona modificada, com mais de 500 km de altura sobre Vasilsursk, uma pequena cidade russa na Europa Oriental, experimentou um pico eléctrico com 10 vezes mais partículas subatómicas carregadas negativamente do que as regiões circundantes.

Numa outra experiência a 12 de Junho, a temperatura do gás fino e ionizado em alta altitude aumentou mais de 100 graus Celsius (212 graus Fahrenheit) devido ao fluxo de partículas.

Microondas de alta energia podem “tocar” o campo electromagnético na ionosfera como dedos a tocar uma harpa. Isto pode produzir sinais de rádio de muito baixa frequência que podem penetrar no solo ou na água, por vezes a profundidades superiores a 100 metros no oceano, o que o tornou também possível um método de comunicação para submarinos.

O estudo completo está disponível nas páginas do Earth and Planetary Physics.

2. A construção dum aquecedor atmosférico chinês

A China está a construir um poderoso sistema de radar no Mar do Sul da China que os críticos dizem poder derrubar os sistemas de comunicação, manipular o clima e até causar desastres naturais.

O sistema, que parece algo saído duma obra de ficção científica, utiliza feixes de energia para estudar e manipular partículas carregadas electricamente na atmosfera elevada. Tem aplicações civis e militares e poderia desafiar o domínio dos EUA em ambas as esferas.

O dispositivo encontra-se em em Sanya, na província da ilha de Hainan. Conhecido como High-powered Incoherent Scatter Rada (Radar de Dispersão Incoerente de Alta Potência), seria capaz de influenciar o fluxo e refluxo de partículas subatómicas a uma distância de mais de 2.000 km.

Esta instalação seria o radar mais potente do Mar do Sul da China e, independentemente de poder ser utilizada para gerar eventos climáticos extremos, teria múltiplas utilizações militares, incluindo a melhoria das capacidades de guerra submarina da China e a perturbação das redes de comunicações de outros Países, criando um “buraco negro” atmosférico.

A máquina funciona gerando impulsos rápidos de energia electromagnética irradiado para a ionosfera, uma camada da atmosfera que pode reflectir ondas de rádio graças a uma alta concentração de iões e electrões. Ao analisar as ondas de rádio que ricocheteiam nas partículas, os investigadores podem medir com precisão a perturbação na ionosfera causada pela actividade cósmica, tal como os raios solares: ao afinar o feixe de alta energia, os cientistas poderiam também estimular a ionosfera inferior a gerar ondas de baixa frequência e enviá-las de volta para a Terra. Mais uma vez, é uma tecnologia muito parecida à utilizada pelos EUA com o sistema HAARP.

Esta técnica pode gerar e transportar ondas de frequência extremamente baixa sobre grandes áreas: têm o poder de penetrar a água, a crosta terrestre e o crânio humano. Contudo, a maioria dos principais cientistas descartaram tais preocupações como sendo manifestamente conspiratórias, argumentando que a tecnologia tem sido utilizada até agora para estudar o clima no espaço e apoiar certas operações militares, apesar da potências envolvidas serem de centenas de megawatts, a mesma quantidade de energia que alimentaria milhares de lares nos EUA.

A notícia pode ser encontrada no South China Morning Post (do Grupo Alibaba).

3. O Projecto Tianhe (Sky River)

O Projecto Tianhe da China (Sky River) irá desviar os “rios” atmosféricos utilizando uma tecnologia não revelada. O programa já inclui várias empresas como Aquiess, Miles Research e Climate Control Global Trading LLC que afirmam poder desviar “rios” atmosféricos (rios troposféricos, ou “rios no céu”). Agora a China afirma gerir os seus recursos hídricos utilizando esta nova tecnologia.

Wang Guangqian, da Academia Chinesa das Ciências e Presidente da Universidade de Qinghai:

Uma vez concluído o Projecto Tianhe, será possível transferir água para o ar através de um corredor aéreo. O corredor será parte do projecto de South-to-North Water Diversion [“Desvio de Água Sul-Norte”, ndt].

De acordo com a descrição do projecto, a camada limite entre atmosfera e troposfera formam uma passagem através da qual o vapor de água pode ser transportado de uma forma estável e ordenada. A passagem pode ser considerada como “tianhe” (literalmente um “rio no céu”). O empreendimento proposto foi, portanto, denominado “Projecto Tianhe”.

Continau Wang:

Monitorizamos o conteúdo e as rotas de migração do vapor de água e depois praticamos interferências em certas regiões para resolver a escassez de água no norte da China.

Na prática, trata-se de controlar o clima da de modo a poder deslocar as nuvens milhares de quilómetros. A técnica utilizada não é conhecida, mas sabe-se que seis satélites formarão um anel para detectar as nuvens carregadas de água e criar um corredor atmosférico que lhes permita deslocarem-se. Os dois primeiros satélites do Projecto Tianhe foram enviados para o espaço em 2020, segundo Liu Weiliang da Academia de Tecnologia de Voos Espaciais de Xangai, que está a liderar a ideia. Preparados para funcionar em 2022, os satélites fornecerão apoio técnico para o transporte das nuvens ao longo do corredor aéreo.

A notícia foi relatada pelo diário governamental People Daily (1, 2) e pelo China Daily.(1, 2)

4. O novo Transmissor de Extremamente Baixa Frequência (ELF)

A China construiu uma gigante antena rádio experimental num terreno com quase cinco vezes o tamanho da cidade de New York, de acordo com os investigadores envolvidos no projecto altamente controverso.

O projecto tem o nome de Wireless Electromagnetic Method (WEM, “Método electromagnético sem fios”) e levou 13 anos a ser completado, mas agora os investigadores afirmam estar finalmente pronto para emitir ondas de rádio de frequência extremamente baixa, também conhecidas como ondas ELF.

O governo chinês, contudo, minimizou a importância da instalação, que ocupa cerca de 3.700 km2  de terra, na informação divulgada ao público. O local exacto da instalação não foi divulgado, mas a informação disponível em revistas de investigação chinesas sugere que pode encontrar-se na região de Huazhong, uma área da China central que inclui as províncias de Hubei, Henan e Hunan, o lar de mais de 230 milhões de pessoas.

A principal estrutura de superfície do Projecto WEM é constituída por um par de linhas de alimentação de alta tensão que se estendem de norte a sul e de este a oeste e que formam uma cruz de 60 km de largura e 80 km a 100 km de comprimento. No final de cada linha eléctrica, o fio de cobre grosso passa no subsolo através de um furo profundo. Duas centrais eléctricas geram correntes e electrificam o solo com impulsos lentos e repetidos, transformando a terra sob os pés numa fonte activa de radiação electromagnética.

Os impulsos de rádio não só passam através da atmosfera, como também percorrem a crosta terrestre, com um alcance de até 3.500 km, de acordo com os cientistas do projecto.

Chen Xiaobin, um investigador do Instituto de Geologia, China Earthquake Administration, que tem estado a trabalhar no projecto, disse não saber a sua localização exacta porque essa informação necessitava de um elevado nível de autorização de segurança.

Esta instalação terá utilizações militares importantes se uma guerra rebentar… Embora esteja envolvido no projecto, não tenho ideia de onde se encontra. Já deve estar em funcionamento

O trabalho de construção foi liderado pelo 724 Research Institute sob a direcção da organização China Shipbuilding Industry Corporation, que é um importante fornecedor de comunicações e equipamento de guerra electrónica para a marinha chinesa. Hu Wenmin, Presidente da corporação, visitou o local de emissões em Maio de 2017, de acordo com uma declaração no website da empresa estatal e expressou o seu apreço pela construção do projecto WEM e apresentou opiniões e requisitos para o desenvolvimento do projecto e a aplicação técnica em domínios relacionados.

Mas, além das questões militares, há a vertente civil que mais preocupa e Ministério da Ecologia e Ambiente chinês, por exemplo, solicitou uma revisão abrangente sobre o seu impacto ambiental, um pedido que não foi concedido.

A China não é o primeiro País a actuar neste campo: outros Países conduziram projectos semelhantes há muito tempo. Em 1968, por exemplo, a Marinha dos EUA propôs o Projecto Sanguine, uma gigantesca antena ELF que teria coberto dois quintos do estado de Wisconsin para permitir comunicações submarinas. O projecto foi encerrado devido aos maciços protestos dos residentes. Então a Marinha dos EUA construiu um transmissor mais pequeno, o Wisconsin Test Facility, com duas linhas eléctricas de 45 km na área do Lago Clam, um local com uma baixa densidade populacional. A estação emitia ondas ELF a 76 hertz e foi desactivada há mais de uma década.

Nos anos ’80, a União Soviética construiu Zevs, uma instalação consideravelmente mais poderosa na Península de Kola, no interior do Círculo Árctico. A antena Zevs era alimentada por duas linhas eléctricas de 60 km e tinha uma frequência principal de 82 hertz. Acreditava-se que as ondas de rádio que produzia eram suficientemente potentes para alcançar submarinos nucleares russos escondidos nas profundezas da calota de gelo do Árctico. Desde então, a Rússia tem prestado apoio técnico à China para que esta começasse a construir os seus próprios sistemas, que podem incluir outras estações ELF nas zonas costeiras.

Segundo a OMS, um campo ELF pode afectar as fibras nervosas humanas e estimular as transmissões sinápticas nas redes neurais. Pode também afectar as células da retina, gerando um clarão de luz esporádico nos olhos das pessoas. Os animais podem utilizar sinais de baixa frequência para detectar ameaças ou alterações nos ambientes circundantes, uma capacidade crítica para a sobrevivência na natureza, segundo alguns biólogos, e as experiências sugerem que a radiação ELF também pode ter um efeito no gado.

Huang Zhiwei, professor do Departamento de Engenharia Eléctrica da Universidade de Nanhua em Hengyang, Hunan (China), disse ser improvável que a rádio ELF causasse danos agudos no corpo humano devido ao seu enorme comprimento de onda, mas que poderia interferir com os órgãos sensoriais:

Se a frequência causasse uma ressonância com os nossos sensores poderia ser um pesadelo”.

Alguns estudos anteriores tinham mostrado que as feridas cicatrizavam mais lentamente quando expostas a ondas de rádio ELF várias vezes por dia. Huang, que participou em numerosos projectos de investigação militar, disse que o impacto ambiental das instalações relacionadas com a defesa não era normalmente examinado tanto como os projectos civis:

O assunto deve ser tratado com extrema cautela, ou pode facilmente levar ao pânico público.

Mais em South China Morning Post.


Pelo que: sim, a China está envolvida na manipulação da atmosfera, tal como acontece com os Estados Unidos e a Rússia. E não apenas eles. Neste link é possível encontrar um documento (ficheiro Pdf) de 115 páginas que lista as experiências de Geoengenharia nos últimos 50 anos. Está tudo em inglês, mas dá uma ideia.

O problema é encontrar estudos que relatem quais os efeitos alcançados por estes projectos e as eventuais consequências negativas provocadas. Além de noticias de origem duvidosa, e que nem vale a pena relatar, não parece haver estudos científicos (em peer review, a revisão por pares) partilhados. E isso é particularmente grave.

 

Ipse dixit.

5 Replies to “A China e a manipulação do clima”

  1. Olá Max e todos: isto sim me gera medo, mas o medo está todo voltado para o Covid. Por um lado as pessoas estão desinteressadas por este assunto, por outro, tão obcecadas estão por vírus, que até o jornal bem vendido pode publicar a respeito, e passa como coisa normal.
    Vocês já pensaram o potencial de domínio que detém países com tais tecnologias? Já pensaram nas consequências desejáveis e indesejáveis produzidas.? Sobre isso não se fala. Já pensaram no potencial terrorismo de Estado e movido por empresas privadas que tais experiências podem provocar.
    Terrorismo climático, bioterrorismo são variedades de pânico e terror que podem tornar alguns de nós tiranos sanguinários e outros escravos para sempre. Quantas pessoas podem morrer ou ser brutalmente afetadas, quantas terras perdidas para sempre, quantas florestas desaparecidas, quantos rios ressecados, quantas inundações, tufões e o diabo a quatro.
    A proibição de tais experimentos seria vital para os bichos da terra, incluindo os humanos. mas não será se não chamarmos a atenção pelo menos. Tudo isso não pudesse ser utilizado para diminuir ou exterminar certos povos.
    Mas, não. Importa agora preocupar-se com uma gripe forte, travestida de vírus mortal. Importa manter as cabeças ocupadas com prevenções, estatísticas (falsificadas na maioria das vezes). Importa colocar o medo da humanidade num estrupício tal que todo o demais deixe de ter importância.

    1. Alguns governos têm nas mãos um potencial enorme areca do clima. Não sabemos quais os efeitos alcançados, muitas notícias não podem ser difundidas por razões de militares (o clima é uma arma) e por propaganda (negativa se algo correr mal). Mas é verdade que o interesse não é novo neste campo, pelo que desenvolvimentos terão sido alcançado: se a China envia para o espaço uns satélite para a manipulação da atmosfera não faz isso pensando “Tá bom, lançamos e vamos ver o que acontece”: é óbvio que há um projecto substancial atrás.

      O que me assusta são duas cosias:

      a primeira é este jogar ao Deus da Chuva sem ter percebido completamente como funciona o clima, que é um sistema altamente complexo. E não sou que digo isso: a metereóloga científica está ainda numa fase de pleno desenvolvimento, não conhecemos todos os processos e as interacções possíveis. Ainda há amplos debates acerca dum fenómeno com repercussões globais como El Niño, não temos ideia do porque de vez em quando a Terra gela, e mesmo assim tentamos alterar a atmosfera.

      o segundo aspecto é bélico. A guerra já é horrível, mas obrigar inteiras populações a sofrer a fome controlando a quantidade de chuva numa zona é… monstruoso. Já agora temos milhões de deslocados por causa das guerras convencionais: são considerados efeitos secundários. Mas pensar em atingir civis com chuvas torrenciais ou secas extremas para provocar sofrimento, mortes e destruição, bom, isso ultrapassa até as minhas capacidades de entender.

      1. Olá a todos.

        Assino embaixo nos seus comentários.

        Seria importante poder interferir no clima de algumas áreas específicas. Aqui no sul sofremos com enchentes pontuais em várias cidades que margeiam os rios. No nordeste o eterno martírio, devido a aridez com a falta de chuva.

        O problema como vcs já falaram, é o bicho homem, sempre movido pela ganância.

        Também acho, mesmo que ás vezes possa não transparecer , que as forças da natureza tem seu equilíbrio e uma ação de grande porte no clima, pode causar um desequilíbrio e trazer consequências imprevisíveis.

        Abraço.

        #forabozo

  2. Olá Max: nunca duvides da capacidade humana de maltratar outros humanos, bichos e tudo que sente nesse planeta.
    Pessoas normais como nós temos sensibilidade, compaixão, amor. Outras pessoas têm unicamente objetivos a alcançar, ordens a cumprir a qualquer preço. E a dor é um caminho de sucesso a maioria das vezes. Tu sabes que eu sei.
    Um objetivo a alcançar é a desintegração social e familiar. As migrações forçadas são um caminho de sucesso.
    Absolutamente não importa que barcos repletos despejem vítimas vivas nos mares. Até significa transformar uma crise em oportunidade de novas formas de fazer riqueza.
    Absolutamente não importa que o novo presidente yanque separe centenas de crianças que logram passar pela fronteira mexicana rumo aos EUA, engaiolando-as, tal como fez o premio nobel da paz, acusando o sucessor de tê-lo feito. Nessa história há vantagens a computar: crianças desaparecidas e destinadas a utilidades já conhecidas.
    E mais. A guerra desta maneira, a tortura desta maneira sem um único tiro não são consideradas guerra contra a espécie humana. São efeitos colaterais. (Não se pode fazer o omelete sem quebrar os ovos).
    São milhões os desgarrados de sua cultura, sua terra, sua vida. E a conta cada vez aumenta. E, neste caminho de oportunidades aparecem os terroristas, os ladrões, os enganadores, trazendo pavor e raiva aos lugares onde são destinados pois aí também opera-se a desintegração social dos nativos.
    Há uma explicação científica natural do frio e da neve excessivas no sul dos EUA, dos apagões e mais. Tudo bem, é provável.
    Mas será a única razão? Não sei, só sei que em matéria de objetivos destruidores, qualquer coisa é possível aqui no planeta.
    Abraços, e me desculpa porque às vezes o meu pensamento segue uma lógica dura como ferro.

Obrigado por participar na discussão!

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