Portugal volta ao recolher obrigatório

Muito bem. Nenhuma surpresa: Portugal volta ao lockdown a partir da horas 00:00 de Sexta-feira dia 15 e a medida irá vigorar oficialmente ao longo dos próximos quinze dias, na prática um mês. Outros Países europeus avaliam soluções similares enquanto alguns já as adoptaram (Holanda, Ucrânia, Japão…).

Um par de novidades apresentadas pelo Primeiro Ministro:

  • coimas dobradas em caso de desobediência. É tempo de apertar mais o cerco.
  • uma frase: a abertura das escolas “é motivo de debate na comunidade científica mas não na comunidade da Educação” porque o fecho causaria “prejuízos irremediáveis”.

Esta é uma das passagens mais significativas e demonstra o real valor da luta à “pandemia”. Após meses a repetir que os jovens são um veículo de transmissão, que podem matar os avós e infectar os pais, eis que agora o ensino presencial “é essencial” e não podemos “voltar a sacrificar a actual geração de estudantes”. Revela o Primeiro Ministro: a “escola é segura” e há mais casos quando as escolas estiverem abertas de quando estiverem fechadas, como por exemplo no período das férias. Então: o que aconteceu aos jovens como “veículos de transmissão”? Simples: é só criar concentrações deles nas escolas e o vírus desmaia.

Os estudantes não podem ser prejudicados, mas os Trabalho sim. E isso significa só uma coisa: o aumento do desemprego, a falência de pequenas e médias empresas, a pobreza que avança. Todas estas são medidas aceitáveis. Podemos prejudicar os trabalhadores, podemos prejudicar as empresas, podemos afundar a Economia. Porquê será?

Obviamente, tudo é feito para o nosso bem, apesar da ignóbil atitude que tivemos: voltamos ao recolher porque “nem todos fizeram o dever deles”. Mas o Estado é bom e, como um pai carinhoso, vigia e volta a fechar todos em casa como em Março e Abril, quando “derrotámos a primeira vaga” (!!!).

Agora, explica o Primeiro Ministro, “há algo que também sabemos: a vida humana não tem preço. Atingimos um ponto em que não é possível hesitar quanto ao que há a fazer”. E o que há a fazer é votar no Presidente da República no dia 25 de Janeiro. A vida humana não têm preço, mas a ré-eleição de Marcelo Rebelo de Sousa vale até um pouco mais. Haverá agrupamentos de eleitores? Sim, mas será por uma causa superior, quase mística.

Como acabará? Bem, fiquem descansados. O vírus malandro tem o seu triste fado já escrito. Doutro lado, não conseguimos derrota-lo já na Primavera? Até eliminámos o amiguinho dele, o vírus da gripe sazonal, só com uma máscara e um pouco de gel: quem nos pode travar?

 

Ipse dixit.

14 Replies to “Portugal volta ao recolher obrigatório”

  1. Confesso que continuo a lutar mentalmente entre as várias opções de voto.
    Votar num só para lixar o outro (status quo), votar em branco ou nem ir votar (esta ultima opção seria novidade).
    Parece que por cá, segundo a lei eleitoral, a percentagem dos votos em branco ou nulos acaba distribuída pelos outros com maior vantagem para os mais votados… um óbvio golpe à representação das minorias, não fosse esta (ainda) uma república tecnocrata alicerçada na partidocracia vigente. Daí que o voto em branco ou nulo de nada servirá… será mesmo assim?
    Restam as outras duas hipóteses e acho que para já continuo a não querer abster-me…
    Pelo menos enquanto não puserem as máquinas tipo Dominion & CO a contar votos, julgo que terei de continuar a honrar o legado de Salgueiro Maia e seus companheiros de luta… mas será que ainda vale a pena, quando passados mais de 45 anos, este povo não só nada aprendeu, como obedientemente continua a servir os que os vergam à sua vontade?
    Lá dizia Maquiavel… “Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”

    1. Para boa sorte não voto em Portugal assim, desta vez, não tenho que escolher…

      Fui controlar acerca dos votos. A Comissão Nacional de Eleições (http://www.cne.pt/node/4805) afirma o seguinte no caso das eleições presidenciais:

      “Os votos em branco, bem como os votos nulos, não sendo votos validamente expressos, não têm influência no apuramento do número de votos obtidos por cada candidato.
      Ainda que o número de votos em branco ou nulos seja maioritário, a eleição é válida, sendo proclamado o candidato eleito ou designados os dois candidatos que concorrem à 2.ª volta, tendo em conta os votos validamente expressos nas candidaturas.”

      Este princípio vale para todos os tipos de eleição (autárquicas, Assembleia da República, Europeias…). No entanto, é interessante notar como esta disciplina de voto não tome em consideração uma possibilidade: o que acontece caso a maioria dos eleitores não consiga “rever-se” num candidato ou num partido e consequentemente decida anular ou votar em branco? Acontece rigorosamente nada: a eleição é válida na mesma e quem decide é a minoria do que votaram.

      Moral: somos obrigados a votar (dever cívico) e somos obrigados a escolher alguém pois a nossa eventual desaprovação não conta, mesmo que esta abranja a maioria dos votantes.

      Chama-se “democracia”.

  2. É o desespero por parte do Governo e da Presidência para manter o corrupto e anti-democrático regime imposto a 25 de Novembro de 1975.

    Nestas circunstâncias nunca é demais relembrar as palavras do Presidente da República da Bielorússia, Alexander Lukashenko, que afirmou ter-lhe sido oferecido um suborno por parte do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 940 Milhões de Dólares; se o Presidente Alexander Lukashenko tivesse aceitado, em troca teria de destruir a economia do país, impor o uso de máscaras aos cidadãos, e implementar o estado policial.

    Mas o estranho no meio disto tudo, é que o Governo, a Presidência, e certas entidades como a «Ordem dos Médicos», ou indivíduos apelidados de «especialistas» pela comunicação social Portuguesa, estão a utilizar os mesmos argumentos usados pelo regime da Inglaterra para justificar uma vez mais e de forma infundada a prisão domiciliária dos cidadãos (também designado de «confinamento»):

    – Novo confinamento geral em Inglaterra

    https://pt.euronews.com/2021/01/05/novo-confinamento-geral-em-inglaterra

    Os cidadãos Portugueses devem estar atentos a este facto, pois desde o início deste exercício e respectiva «pandemia» decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Governo, a Presidência, a «Ordem dos Médicos», e certos «especialistas», têm estado a impor aos cidadãos Portugueses medidas sem evidência médica e científica, desprovidas de fundamento, e em quase sintonia com as medidas aplicadas pelo regime Inglês.

    Face a esta grave situação, a República e a Independência do país estão a ser colocadas em causa, podendo estar Portugal diante de um Governo e respectiva Presidência, em conjunto com entidades e indivíduos, que ao invés de servirem o Interesse Nacional e os cidadãos Portugueses, estão a trabalhar para servir os interesses do regime da Inglaterra.

    Outra questão importante é o Estado Português não ter dinheiro devido às más políticas que têm vindo a ser praticadas pelo o Governo e a Presidência.

    A prisão domiciliária dos cidadãos (confinamento), é uma óptima forma de impedir a contestação por parte dos Portugueses a essas más políticas aplicadas pelo Governo e a Presidência, e ao mesmo tempo evitar a todo custo uma «crise política» que provoque eleições.

    O actual objectivo do Governo liderado pelo Primeiro-Ministro António Costa em conjunto com a Presidência, é manter os Portugueses e a questão política sob controle, continuar a destruir a economia, até chegar Junho/Julho a ver se cai o dinheiro do empréstimo financeiro da união europeia (ue) aos Estados membros (isto é, se realmente for efectuado).

    Se por acaso cair na conta do Estado esse dinheiro do empréstimo, o Governo irá saquear esse dinheiro, distribuí-lo por quem faz parte do esquema e dele beneficia, e quando vir que a coisa está complicada demiti-se com tudo assegurado e aqueles que vierem, arrumem a casa.

    «… votar no Presidente da República no dia 25 de Janeiro…»

    Infelizmente os cidadãos Portugueses voltam a não ter um candidato com o qual se identifiquem para estas Eleições Presidenciais de 2021.

    Esperemos para ver qual será o resultado da abstenção, representada pela maioria silenciosa dos cidadãos Portugueses, pois se a mesma aumentar o Presidente eleito poderá não ter condições para exercer o cargo, devido ao facto de não recolher o apoio de grande parte dos Portugueses.

    1. Explica lá o que descreves… “o Presidente eleito poderá não ter condições para exercer o cargo, devido ao facto de não recolher o apoio de grande parte dos Portugueses.”

      Não cola com o descrito pelo Max… “a eleição é válida na mesma e quem decide é a minoria do que votaram.”

      Existe na lei eleitoral alguma percentagem mínima de votantes para a eleição poder ser considerada válida?
      Nada conheço a respeito. Se votassem só 10% ou 20% era um escândalo politico, mas só isso.
      Tal como é a lei eleitoral, eles “cozinham” o que for preciso e estão-se nas tintas para a representatividade.

      Recordo que o método de Hondt foi o escolhido/acordado entre os 4 (hoje 5) grupos politicos representantes da partidocracia dominante. Nunca foi alterado ou posto em causa e outros acordos à porta fechada têm sido efetuados ao longos das décadas, particularmente no tocante ao financiamento partidário e à distribuição de lugares de poder politico e social (organizações/fundações/chefias/representação). Não esquecer também de incluir nesses acordos a composição do conselho de estado, cujo poder que exerce em Portugal é enorme… a sua composição assim o tem ditado… sempre.

      1. Você não interpretou aquilo que leu, mas eu volto a repetir.

        Infelizmente os cidadãos Portugueses voltam a não ter um candidato com o qual se identifiquem para estas Eleições Presidenciais de 2021.

        Esperemos para ver qual será o resultado da abstenção, representada pela maioria silenciosa dos cidadãos Portugueses, pois se a mesma aumentar o Presidente eleito poderá não ter condições para exercer o cargo, devido ao facto de não recolher o apoio de grande parte dos Portugueses.

  3. bem conveniente ! pouco antes de eleições, proibir pessoas de circularem ! pois acabam deixando de ver quais estão concorrendo ….

  4. O sistema eleitoral em qualquer país do mundo obviamente onde haja eleições, foi pensado justamente para não dar brechas para quem o controla ser surpreendido. A democracia representativa sempre teve limites definidos por quem domina. E que no fundo não autoriza alterações importantes. Concessões (vistas muitas vezes como conquistas) sempre foram articuladas convenientemente pelos segmentos dominantes, e propagandeadas como “vitorias da democracia”.

  5. Concordo com o guia de marcha sugerido pelo baldio. Não me agrada o nome patriota. Sugiro ao guia de marcha anti globalista.

  6. Muito usaram a desculpa da abertura no Natal para o novo confinamento, esquecem-se da “dica”: fazer um teste antes do Natal. E foi a corrida que se viu aos testes. Aqui está o resultado provisto (premeditado?).
    Mais um confinamento com justificação de baixar mortes, quando todos os coitados doentes não covid têm a porta aberta para o enterro antecipado por falta de assistência.
    E assim chegamos as perguntas finais:
    – Se o 1º confinamento não resultou para que fazer outro?
    – Se o 1º confinamento resultou para que fazer outro?

    1. O regime da Inglaterra prendeu uma cidadã Inglesa por filmar um hospital completamente vazio:

      – Woman arrested in connection with video filmed at Gloucestershire Royal Hospital

      https://www.gloucestershirelive.co.uk/news/gloucester-news/woman-arrested-connection-video-filmed-4841311

      Vídeo referente ao Hospital Real de Gloucestershire:

      https://twitter.com/truthbase100/status/1344298301051568131

      Não só este hospital como a maioria dos hospitais Ingleses encontram-se praticamente vazios, ou com baixos índices de afluência:

      – Are hospitals REALLY creaking under the strain of Covid before Christmas? NHS data shows trusts are STILL quieter than last December – with seven times fewer wards close to being full

      https://www.dailymail.co.uk/news/article-9043583/NHS-data-suggests-hospitals-England-December.html

      Enquanto outros pacientes/utentes vão morrendo devido a outras doenças e por falta de assistência e cancelamento de operações, os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, e auxiliares, dançam, cantam, e riem:

      – Families of cancer patients pan ‘disrespectuful’ vídeos of dancing NHS staff while patients are dying due to cancelled operations

      https://www.dailymail.co.uk/news/article-8245313/amp/Fury-endless-showreel-NHS-staff-dancing-fooling-coronavirus-crisis.html?ico=amp_mostReadNews

      O que se está a passar, só não vê quem não quer, e Portugal continua alegremente a prejudicar a saúde e o bem-estar dos cidadãos Portugueses, a destruir a economia, e a empurrar grande parte da população para o desemprego e a miséria, subordinando-se à cartilha Inglesa e à união europeia (ue).

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