Quais ensaios de vacina?

A “pandemia” avança e as medidas de contenção continuam: além de máscaras, gel e distanciamento social, em Portugal é provável (termo utilizado ontem pelo Primeiro Ministro) o regresso ao confinamento total a partir da próxima semana, necessário enquanto esperemos os efeitos positivos da vacina. Curiosamente continua desaparecida a gripe sazonal e alguém bem poderia começar a fazer 2+2, mas este é um risco que os órgãos de informação continuam a manter afastado. Por exemplo: o facto do dr. Fuellmich, do grupo Corona Ausschuss, ter analisado o RNA de 1.500 testes PCR de pessoas positivas e nunca ter encontrado o Sars-CoV-2 mas apenas o vírus da gripe sazonal é uma notícia que não será dada pelo vosso telejornal favorito. Aliás, o vídeo live que está a ser transmitido enquanto escrevo nem é visível no Youtube de Portugal ou Brasil e provavelmente será obscurado a seguir, como boa parte dos vídeos publicados pelo mesmo grupo.

Pelo que, vamos falar das vacinas com um longo e particularmente válido artigo de Iain Davis, que há meses está a seguir a novela da Covid-19: publicado esta semana nas páginas de Off Guardian, What Vaccine Trials? (“Quais ensaios de vacina?”) distingue-se pela quantidade de dados e estudos oficiais utilizados na análise. Longo, como afirmado, mas aconselhado caso ainda haja dúvida acerca do que realmente são as vacinas.

Boa leitura.

Quais ensaios de vacina?

As pessoas parecem acreditar realmente que as vacinas para a COVID-19 foram submetidas a ensaios clínicos e demonstraram ser seguras e eficazes. Esta crença é simplesmente errada.

O cerne da questão podem ser resumido desta forma: se decidir receber a vacina experimental com base mRNA BNT162b2 (BNT) da Pfizer e da BioNTechs, ou qualquer outra vacina COVID-19, saiba que está a ser, de facto, uma cobaia num ensaio clínico.

O mRNA na vacina BNT foi sequenciado a partir da terceira iteração do genoma original WUHAN SARS-CoV-2 (MN908947.3). Contudo, os protocolos da OMS utilizados pela Pfizer para produzir este mRNA não parecem incluir sequências nucleotídicas únicas para o vírus SARS-CoV-2. Quando a repórter Frances Leader interrogou a Pfizer, a empresa confirmou que:

O modelo de ADN não provém directamente de um vírus isolado de uma pessoa infectada.

Também não há ensaios clínicos completos para estas vacinas. Os ensaios ainda estão em curso. Se lhe for administrada uma destas vacinas, será uma cobaia.[…]

A 8 de Dezembro, a BBC tinha citado um estudo em Lancet que afirmava categoricamente que:

Como foi confirmado pelos investigadores, a vacina Covid Oxford/AstraZeneca é segura, eficaz e oferece uma boa protecção.

A BBC não tinha qualquer razão para fazer tal afirmação. O estudo do Lancet não disse nada disso. Os investigadores tinham escrito:

O ChAdOx1 nCoV-19 tem um perfil de segurança aceitável e foi considerado eficaz contra os sintomas da COVID-19 nesta análise provisória de ensaios clínicos em curso.

Esta é uma análise intercalar financiada pela CEPI e pela Fundação Bill e Melinda Gates, entre outros. A análise baseia-se em ensaios clínicos que levarão anos a ser concluídos e que ainda não forneceram dados definitivos. Os investigadores também afirmaram que:

Não existem publicações disponíveis sobre a eficácia de qualquer vacina contra a síndrome respiratória aguda Coronavírus 2 (SRA-CoV-2).

Não há provas científicas de comprovadas segurança ou eficácia das vacinas candidatas COVID-19. As afirmações da BBC e de outros meios de comunicação social sobre a existência destas provas são falsas.

Falaremos sobretudo da vacina BNT da Pfizer e da BioNTech, mas todos os fabricantes utilizaram essencialmente o mesmo truque. Reguladores e governos têm colaborado com as empresas farmacêuticas para comparar dados limitados dos estudos iniciais, ou da primeira fase, com a recolha de dados incompletos, e ainda em curso, dos estudos da segunda e terceira fases substancialmente maiores. Então a imprensa alegou falsamente que os estudos da fase 1, 2 e 3 seriam concluídos, implicando que dados incompletos provariam a eficácia e a segurança da vacina.

Na realidade, não só os dados existentes foram manipulados para mostrar uma eficácia que não pode ser discernida a partir dos dados em bruto, como as fases mais importantes e significativas dos ensaios estão na sua infância e ainda não foram concluídas.

Recentemente, o Financial Times informou que o regulador britânico (MHRA) estaria em vias de aprovar a vacina COVID 19 Astrazeneca/Oxfords AZD1222 [ChAdOx1]. O FT relatou uma declaração anónima de um funcionário do Departamento de Saúde do Reino Unido:

O Conselho de Controlo de Medicamentos está a rever os dados finais dos ensaios clínicos da fase 3 da vacina Oxford/AstraZeneca para determinar se o produto cumpre os seus rigorosos padrões de qualidade, segurança e eficácia.

Isto deu ao público a impressão de que os ensaios tinham sido concluídos e que tinham sido impostas normas de segurança rigorosas pelos reguladores. O ensaio clínico fase 1, 2 e 3 para AZD1222 foi registado no CDC dos EUA como ensaio clínico NCT04516746 [Arquivado a 29 de Dezembro de 2020]. Está actualmente incompleto e tem uma data prevista para o fim de 21 de Fevereiro de 2023. O CDC informa que:

Nenhum estudo parece ser publicado.

Ainda passarão anos até que a Astrazeneca comunique “dados definitivos”. É impossível para o Departamento de Saúde do Reino Unido revê-los porque eles ainda não existem.

NCT04516746 é um dos quatro ensaios AZD1222. O ramo russo da experimentação AZD1222 tinha sido suspenso após a ocorrência de um evento de Suspeita de Reacção Adversa Grave (SUSAR). A SUSAR tinha ocorrido no Reino Unido, onde uma mulher de 37 anos tinha desenvolvido uma inflamação da medula espinal. Parece que o Ministério da Saúde russo ainda não restabeleceu o ramo da experimentação Astrazeneca/Oxford de sua competência, enquanto este já foi retomado no Reino Unido e noutros locais.

Quais ensaios de vacina?

A 18 de Novembro, a Pfizer e a BioNTech tinham anunciado a conclusão da experimentação da fase 3 da vacina contra a BNT. Tinham falado de uma eficácia de 95% e, dado que cumpria as suas normas de segurança, a US Food and Drug Administration (FDA) tinha-a autorizado para utilização de emergência.

A única parte verdadeira desta declaração é a conformidade da vacina com as normas de segurança da FDA para utilização de emergência. A fase três da experimentação ainda não foi concluída. Nem completaram inteiramente a fase um.

Ao abrigo da secção 564 da Lei Federal da Alimentação, Drogas e Cosméticos (FD&C Act), os chamados medicamentos “não aprovados” só podem ser colocados no mercado em caso de emergência. Do mesmo modo, no Reino Unido, a aprovação ao abrigo do Regulamento 174 dos Regulamentos de Medicina Humana de 2012 (tal como alterados) tem as mesmas limitações.

Como também foi aprovado no Reino Unido apenas para uso de emergência, a Agência Reguladora dos Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) especifica que:

Este medicamento não está autorizado para venda livre no Reino Unido.

O facto de não haver ensaios clínicos concluídos para a vacina Pfizer e BioNTech BNT também explica a razão pela qual a FDA declara isto:

Reacções adversas adicionais, algumas delas seriamente graves, poderiam tornar-se evidentes com uma utilização mais generalizada da vacina Pfizer-BioNTech COVID-19.

A FDA também observa que:

…não existem actualmente dados suficientes para retirar conclusões sobre a segurança da vacina em subpopulações, tais como crianças com menos de 16 anos, mulheres grávidas e lactantes, e indivíduos imunodeprimidos […] o risco de ter uma exacerbação da doença induzida pela vacina ao longo do tempo, potencialmente associada a uma diminuição da imunidade, permanece desconhecido.

No entanto, as primeiras pessoas a receber esta vacina serão as mais vulneráveis, muitas delas imunodeprimidas. O princípio de precaução parece ter sido abandonado. A ideia de que o objectivo da vacina é salvar vidas parece insustentável.

O anúncio da Pfizer tinha permitido aos políticos fingir lágrimas na televisão ao vivo, enquanto outros estavam genuinamente entusiasmados. O Primeiro Ministro britânico, Boris Johnson, tinha dito que eram “notícias fantásticas” e a BBC tinha afirmado que eram “boas” notícias e “realmente encorajadoras”. Todos tinham ficado muito impressionados com a reivindicação de 95% de eficácia.

No entanto, este número é derivado da redução do risco relativo. O risco relativo é definido como a diferença percentual de risco entre o grupo vacinado, 8/18310 (0.044%), e o grupo não vacinado, 162/18319 (0.88%), de desenvolver sintomas da COVID 19. Uma vez que o grupo maior, o de 43.000 pessoas, ainda não foi avaliado, não existe qualquer base para ostentar um tal resultado. Mas a situação é a que é, e só podemos utilizar os dados aqui comunicados.

Note-se que isto apenas se refere a uma suposta redução dos sintomas da COVID-19 entre aqueles que tinham testado positivo ao vírus. Os pontos alcançados não demonstram que a vacina irá reduzir a propagação da infecção ou salvar vidas. Deve-se também notar que estes números sugerem que a ameaça da COVID 19 está a diminuir.

Utilizando os dados da Pfizer, a redução do risco relativo é de 100[1 – (0.044/0.88)]. Que é 95%. Voilá!

Soa bem e é uma estratégia de marketing muito melhor do que a de relatar a redução absoluta do risco. O risco absoluto de desenvolver os sintomas da COVID 19 sem a vacina é supostamente de 0.88% e com a vacina de 0.044%. Em termos absolutos, a eficácia da vacina é de 100 (0.88 – 0.044).

Uma redução de risco de 0.84%. Oh! uma “eficácia” pouco perceptível.

Utilizando a redução do risco relativo em vez da redução do risco absoluto, os principais meios de comunicação tiveram rédeas livres para promover a comercialização da vacina mRNA da Pfizer/BioNTech (e outras partes interessadas) com alegações grandiosas. Alegações que nem sequer são remotamente verdadeiras, não só porque baseiam-se em manipulação estatística, mas porque ninguém faz ideia da segurança ou eficácia da vacina. Até à data, não há resultados de ensaios clínicos.

Os estudos clínicos que não existem

Uma análise dos testes RT-PCR positivos disponíveis e dos dados da mortalidade levou o Oxford Centre for Evidence-Based Medicine a estimar uma taxa de mortalidade (CFR) inteiramente provisória para a COVID-19 de cerca de 1.4%. Com base nos números comunicados à FDA pela Pfizer e pela BioNTech, isto implicaria um risco de mortalidade da COVID-19 para a população geral de 1.4 (0.0088/100), ou 0.00012%.

Por favor, tenham em mente a magnitude deste risco incrivelmente remoto enquanto discutimos a provável ameaça à saúde pública colocada pelas vacinas mRNA.

É razoável trabalhar em termos de risco populacional porque, apesar do facto da probabilidade de morrer de COVID-19 parecer aumentar com a idade,e apesar de uma esperança média de vida de 82 anos e uma distribuição da mortalidade (da Covid) indistinguível da mortalidade padrão, a intenção das autoridades é administrar a vacina a todos.

Se olharmos para o “V-Safe Active Surveillance for COVID 19 Vaccines” reportado pelo U.S. Center For Disease Control (CDC), os primeiros relatórios de “Health Impact Events” (HIE, “Eventos com Impactos na Saúde) registados revelam um nível preocupante de reacções adversas à vacina mRNA. O CDC define uma HIE como:

Um evento que torna o doente incapaz de realizar actividades diárias normais, incapaz de trabalhar e necessitado de cuidados por médicos ou prestadores de cuidados de saúde

Em 18 de Dezembro, 112.807 pessoas nos Estados Unidos receberam a vacina Pfizer/BioNTech. Destes, 3.150 foram subsequentemente incapazes de realizar actividades diárias normais, incapazes de trabalhar, e necessitadas de cuidados médicos ou de cuidados de saúde. Esta é uma taxa HIE de 2.8%.

Isto sugere que das primeiras 10 milhões de pessoas que receberam a vacina no Reino Unido, cerca de 280.000 podem não ser capazes de realizar actividades diárias normais, não ser capazes de trabalhar e, como resultado, necessitar de tratamento médico. Dado que os primeiros a receber esta vacina será os mais vulneráveis, e dada a não tão alta probabilidade de morrer de COVID-19, não é de todo claro que valha a pena correr o risco de vacinação.

Não que alguma das outras vacinas pareça melhor. Até agora, o CDC observou mais de 5.000 HIEs para todas as vacinas testadas a nível da população. É evidente que existe a possibilidade das vacinas poderem causar mais mortes do que a doença contra a qual supostamente deveriam proteger, especialmente nas pessoas mais vulneráveis.

O estudo Pfizer/BioNTech foi registado como ensaio clínico número NCT04368728 no CDC. Tendo discutido recentemente tudo isto com pessoas que simplesmente se recusaram a acreditar no que viam com os seus próprios olhos, penso que é importante salientar que este é o ensaio clínico da fase 3 que a Pfizer, no seu comunicado de imprensa, afirmou ter concluído. Não há outro. Só existe este.

O CDC afirma que:

Assim que disponível, a informação sobre os resultados do estudo será incluída no separador “Study Results” (Resultados do Estudo) […] Após a informação dos resultados do estudo ter sido submetida ao ClinicalTrials.gov, mas antes de ser publicada, o separador “Study Results” será rotulado como Results Submitted (“Resultados Submetidos”).

Na altura de escrever o presente artigo (21 de Dezembro de 2020), o separador “Study Results” (Resultados do Estudo) diz “No Results Submitted” (Nenhum Resultado Apresentado). Isto deve-se ao facto de não terem sido publicados resultados de estudos da Pfizer BioNTech relacionados com a vacina BNT162b2:

Nenhum resultado de estudo publicado no ClinicalTrials.gov para este estudo

Os artigos dos principais meios de comunicação que implicariam que estas vacinas foram consideradas eficazes e seguras não são provas e não têm base científica. São influenciados por escolhas políticas e relatam uma perigosa pseudo-ciência disfarçada de jornalismo científico.

Haverá, evidentemente, anti-racionalistas sem cérebro que chamarão a isto todo um perigoso disparate anti-vax, insistindo ao mesmo tempo que é perfeitamente seguro administrar uma vacina com um perfil de segurança questionável, para a qual não existem estudos clínicos exaustivos, às pessoas mais vulneráveis da nossa sociedade. […]

Segurança da vacina?

A data de início do ensaio para NCT04368728 foi 29 de Abril de 2020 e a data prevista de conclusão era 27 de Janeiro de 2023. A data prevista para a conclusão da primeira parte, ou da primeira fase das três planeadas, é 13 de Junho de 2021.

De acordo com as “Medidas de Resultados Primários Actuais”, o período mínimo de tempo dentro do qual a Pfizer deve avaliar os acontecimentos adversos graves (SAE’s) é de “seis meses após a última dose”. Este é o período de tempo mínimo para avaliar as SAE’s na primeira fase do estudo.

A primeira fase é a única parte do estudo NCT04368728 a ter sido concluída e publicada. Tinha sido publicada a 14 de Outubro, cinco meses e duas semanas após a data de início. A maior parte desse período tinha sido utilizada para o recrutamento e a distribuição de voluntários nos vários grupos. É evidente que durante a fase um o prazo mínimo para a avaliação dos SAE’s não foi cumprido.

Durante a primeira fase, 195 participantes tinham sido divididos em 13 grupos de 15 pessoas. Em cada grupo 12 pessoas tinham recebido uma das duas potenciais candidatas a vacinas mRNA (BNT162b1 ou BNT162b2) e 3 um placebo.

39 pessoas de 18 – 55 anos e outras 39 pessoas de 65 – 85 anos tinham recebido a vacina agora aprovada para distribuição pública. A ameaça da COVID-19, embora globalmente mínima, é estatisticamente zero para pessoas entre os 18-55 anos de idade. As pessoas em risco COVID-19 eram as do grupo etário mais velho.

Dos 39 idosos que tinham recebido as 2 doses de vacina, cerca de metade tinha relatado fadiga, cerca de 15% tinham sentido calafrios, e 3 deles tinham acusado febre. Os efeitos secundários comuns da vacina incluíam náuseas, dores de cabeça (uma perturbação muito comum do sistema nervoso induzida pela vacina), artralgia e mialgia (muito comum), fadiga, arrepios, e febre (também muito comum). Para além da fadiga, nenhum do grupo de placebo tinha experimentado estes problemas.

O estudo afirma que:

A Pfizer foi responsável pela concepção do estudo, recolha, análise, interpretação dos dados, e redacção do relatório.

Por conseguinte, é razoável concluir que enquanto a Pfizer considera que os efeitos secundários da sua vacina são fadiga, arrepios e febre, o CDC refere-se a eles em termos de pessoas incapazes de trabalhar e que necessitam de cuidados médicos.

A Agência Reguladora dos Produtos Médicos e de Saúde do Reino Unido (MHRA) aprovou a vacina, a ser administrada à população mais vulnerável do Reino Unido, com base num estudo de 39 pessoas idosas. Este estudo relatou uma taxa bastante elevada de reacções adversas. O trabalho foi realizado exclusivamente pelo departamento de investigação e desenvolvimento do próprio fabricante da vacina. O MHRA não encontrou nada contra.

Eles “aprovaram” a vacina sabendo muito bem que não havia estudos clínicos completos para esta. No seu relatório de avaliação pública, afirmam que:

No momento da redacção, o estudo clínico principal ainda está em curso….A conclusão a que se chegou é que a BNT162b2 demonstrou ser eficaz na prevenção da COVID-19. Além disso, os efeitos secundários observados com a utilização desta vacina são semelhantes aos relatados com outras vacinas. Por conseguinte, o MHRA concluiu que os benefícios superam os riscos.

Esta conclusão e endosso não só carece de provas de apoio, como está em completa contradição com o pouco que se sabe sobre a vacina. Enquanto a Pfizer e a BioNTech apenas completaram ensaios da vacina em 39 sujeitos significativos, os resultados, mesmo desta coorte praticamente insignificante, sugerem que o risco da vacina é maior do que o risco da COVID 19. Muito maior.

Isto esclarece, sem dúvida, porque é que a MHRA encomendou software aos fornecedores europeus para abordar a gama de reacções adversas à vacina que eles obviamente prevêem. Afirmaram que (link):

O MHRA procura urgentemente uma ferramenta de software baseada em Inteligência Artificial (IA) para processar o elevado volume esperado de reacções adversas aos medicamentos da vacina Covid-19. Não é viável adaptar os sistemas informáticos actualmente em uso no MHRA para lidar com o volume de reacções adversas que serão geradas pela vacina Covid-19.

[…] A COVID 19 é apenas um risco apreciável para os indivíduos mais vulneráveis da sociedade. É um risco para os idosos que estão doentes e para aqueles com patologias já presentes e com um resultado potencialmente fatal.

Se olharmos para os critérios de exclusão da primeira fase, estas pessoas não faziam parte do grupo testado. Qualquer pessoa com tensão arterial elevada, asma, diabetes ou obesidade foi excluída deste suposto estudo de segurança. Mas é precisamente o mais vulnerável que receberá a vacina em primeiro lugar.

Na primeira fase do estudo, dos 39 idosos mais em risco, nenhum tinha as graves comorbilidades que tem a grande maioria dos que morre “com” COVID-19. As pessoas realmente em risco de COVID-19 foram teoricamente inscritas para os estudos das fases 2 e 3. No entanto, parece que também foram feitos todos os esforços para limitar, se não eliminar completamente, o seu número. Os imunodeprimidos e os indivíduos com imunodeficiência conhecida ou suspeita foram excluídos.

A imunodeficiência é causada por uma vasta gama de situações clínicas. Condições tais como desnutrição, politraumatismo, stress pós-operatório, diabetes e cancro podem levar à imunodeficiência. Pessoas com as comorbilidades associadas às chamadas mortes “por” COVID-19 foram virtualmente excluídas dos ensaios das vacinas.

O NCT04368728 foi concebido como um ensaio trifásico, com todas as fases a terem lugar simultaneamente. Relativamente à avaliação da segurança, a Pfizer descreveu eventos sistémicos como:

Febre, fadiga, dores de cabeça, arrepios, vómitos, diarreia, dores musculares novas ou agravadas, e dores articulares como auto-descrições em diários electrónicos.

Os primeiros 360 sujeitos randomizados nos estudos das fases 2 e 3 foram submetidos a monitorização de eventos sistémicos durante menos de uma semana após cada dose:

Nos primeiros 360 participantes aleatórios na fase 2 e 3, percentagem de participantes que relatam eventos sistémicos (Período de tempo: durante 7 dias após a dose 1 e dose 2 ).

O mesmo grupo de 360 sujeitos foi também monitorizado em relação a acontecimentos adversos graves durante até 6 meses nas fases 2 e 3:

Nos primeiros 360 participantes aleatórios na fase 2 e 3, percentagem de participantes que relataram eventos adversos graves (intervalo de tempo: de 1 a 6 meses após a última dose).

A Pfizer também pretende reportar a percentagem de todos os sujeitos em teste que experimentaram graves eventos adversos:

Percentagem de participantes da Fase 2 e 3 que relatam eventos adversos (Prazo: dose 1 a 6 meses após a última dose).

Mas nem os resultados da fase 2 ou da fase 3 foram comunicados. Ninguém tem a mínima ideia de quais são os riscos de saúde da vacina, especialmente para as pessoas que é suposto proteger, e nenhuma das muitas autoridades se importa com isso. Os ensaios clínicos da fase 2 e 3, em qualquer caso, são agora um ponto controverso.

As agências reguladoras aprovaram a vacina e os serviços de saúde já começaram a administra-la à população. Fazem-no após os fabricantes não terem testado devidamente a sua segurança, porque nenhuma das 39 pessoas na faixa etária de risco tinha as comorbilidades que causam a morte da COVID-19.

O quanto as pessoas têm sido levadas a acreditar que estas vacinas são seguras ou eficazes está para além da imaginação.

Infelizmente, não precisamos de imaginação. As provas são claras.

 

Volto a repetir quanto já afirmado: acredito que a vacina não provoque enormes problemas. Posso estar errado, mas uma vacina mRNA problemática representaria o maior fracasso de toda a operação “pandemia”: é preciso convencer as pessoas de que a vacina é segura, que a Ciência não se engana, que temos o completo domínio também no âmbito da modificação genética. É por isso que estou convencido de que a vacina da Pfizer já foi testada não durante os últimos seis meses mas muito antes. Não sejamos ridículos: não se improvisa e não se testa em segurança uma vacina baseada em inéditas alterações genéticas dum dia para o outro. Só uma vacina com um número limitado (e facilmente disfarçado) de graves reacções adversas poderá definitivamente abrir o portal que permitirá o acesso aos futuros desenvolvimentos.

Se tudo proceder segundo o guião, não valerá a pena voltar a tratar do assunto vacina, a não ser que haja novidades até aqui não previsíveis. E o guião é simples: vacinação em massa, Covid fortemente enfraquecido, exultação geral. Tudo isso pelo menos numa primeira fase, depois veremos.

Antes de acabar, uma nota para completar. Na altura em que o artigo de Iain Davis foi redigido (21 de Dezembro de 2020) não estava disponível no arquivo do CDC nenhum ensaio clínico acerca da vacina. A situação não mudou até hoje.

No site do CDC é disponível a descrição do estudo: trata-se dum ensaio conduzido pela BioNTech SE e colaboração com a Pfizer. Desta última nem vale a pena falar, enquanto a BioNTech é a conhecida farmacêutica financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates (55 milhões de Dólares em 2019), pelo Banco Europeu de Investimento (50 milhões de Euros em 2019, 100 milhões em 2020: dinheiro público, obviamente) e pela Temasek Holdings, banco de Singapura na órbita Rothschild (250 milhões de Euros).

O ensaio, realizado com um grupo de 43.998 pessoas, ainda está em curso e não são previstos resultados até Abril de 2020 (presumivelmente o fim da Fase 1), enquanto os resultados completos só estarão disponíveis em Janeiro de 2023.

Queria que ficasse bem claro: antes de Abril de 2021 não haverá resultados acerca dos testes realizados com as vacinas mRNA e o primeiro estudo completo só estará disponível em 2023. E isso apesar da vacina já estar a ser subministrada. Mais nada.

 

Ipse dixit.

4 Replies to “Quais ensaios de vacina?”

  1. A Presidente da comissão europeia (ce), Ursula Leyen, afirmou hoje que a união europeia (ue) alcançou um acordo com as empresas Pfizer e BioNTech, para adquirir 300 milhões de doses adicionais da vacina para a Covid-19 dessas empresas:

    – EU says it has secured nearly half of Pfizer’s 2021 global output of COVID-19 shots

    https://www.reuters.com/article/health-coronavirus-vaccine-eu/update-1-eu-doubles-covid-vaccine-deal-with-pfizer-to-600-mln-doses-idUSL8N2JJ1N8

    Mas quando questionada sobre a possibilidade dos países (também designados por Estados membros) terem a possibilidade de adquirir outras vacinas que não aquelas produzidas pelas empresas Pfizer e BioNTech, declara que não podem ser efectuados contratos paralelos com outros fabricantes de vacinas:

    «…“No member state on this legal binding basis is allowed to negotiate in parallel or to have a contract in parallel,” von der Leyen said…»

    Esta declaração surge após ter sido questionada em relação à vacina Russa, a Sputnik V, e a uma divergência existente entre a Alemanha e a comissão europeia (ue).

    Uma situação como esta é extremamente grave, pois este tipo de depoimento demonstra claramente que existe um compadrio entre a comissão europeia (ue) e as empresas Pfizer e BioNTech, ao mesmo tempo que limita a capacidade de análise, escolha, e sugestão por parte do pessoal médico, que se vai deparar com um cenário em que não terá alternativas de vacinação (a não ser as da Pfizer e BioNTech), mesmo existindo no mercado outras vacinas mais bem concebidas, de eficácia superior, com uma logística prática e eficaz, e de baixo custo geral.

    Junte-se a isto a clara e perigosa violação da liberdade de escolha do paciente que se vê impedido de escolher, dentro da oferta existente no mercado, a vacina que pretende tomar.

  2. “Queria que ficasse bem claro: antes de Abril de 2020 não haverá resultados acerca dos testes realizados com as vacinas mRNA e o primeiro estudo completo só estará disponível em 2023. E isso apesar da vacina já estar a ser subministrada. Mais nada.”
    Seria Abril de 2021?

  3. Aha, começamos bem: logo a contradizer-me, não é ?!? Censurado! Ah, não, disse a Krowler que não… então nada, vamos publicar.

    Obrigado Anónimo, vou logo corrigir o texto. Deve haver no artigo outros erros, desta vez de Português (algo que costumo cometer: é a “marca d’água” de I.I.!) sobretudo em artigos compridos, mas datas e dados são importantes e agradeço ter sinalizado 🙂

    1. Sou o anónimo de há pouco… Esqueci-me de agradecer pelo excelente trabalho que fazem. Penso que os temas são de uma actualidade e gravidade tais que também se os textos têm qualquer “marca d’água” passam quase despercebidas e não diminuem em nada o valor do vosso trabalho!
      Obrigada por me terem respondido.

Obrigado por participar na discussão!

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