The Great Reset – Parte II

O Grande Reset do Fórum Económico Mundial (WEF, World Economic Forum) inclui um plano para transformar as indústrias alimentares, agrícolas e da nutrição. Os arquitectos do plano acreditam que isso irá combater a escassez de alimentos, a fome e as doenças, bem como mitigar as alterações climáticas.

No entanto, olhando mais de perto para as indústrias e aos especialistas associados ao WEF nesta transformação global, compreendemos que o verdadeiro motivo é um maior controlo das empresas sobre o sistema alimentar através do aproveitamento de soluções tecnológicas. Neste aspecto, The Great Reset é sobre como os accionistas empresariais do WEF podem controlar o maior número possível de pessoas no mundo. Dos dados digitais a cada dentada de comida.

O WEF define-se como “a plataforma global de cooperação público-privada” que liga empresas, políticos, intelectuais, cientistas e outros líderes para “definir, discutir e fazer avançar projectos críticos para a agenda global”. E a Covid-19 é a clássica cereja no topo do bolo: já no passado mês de Julho, Klaus Schwab (fundador e presidente do WEF) publicava um livro (“Covid-19: The Great Reset), no qual encorajava os industriais e os responsáveis pela tomada de decisões a “fazer bom uso da pandemia, não deixando que esta crise seja desperdiçada”.

Logo a revista Time (propriedade do membro do WEF, o filantropo Marc Benioff) começou a trabalhar com o WEF para a cobertura do Grande Reset e “mostrar como a pandemia seja uma oportunidade única para transformar a forma como vivemos”. O Grande Reset tem como objectivo ser abrangente: e não é difícil pois as organizações que fazem parte do WEF representam o topo das multinacionais globais na recolha de dados, telecomunicações, fabrico de armas, finanças, farmacêutica, biotecnologia, indústrias alimentares e ainda mais.

A alimentação

Portanto é claro que muita atenção é dedicada ao plano para “resetar” os sectores da alimentação e da agricultura, ambas incluídas em projectos e parcerias estratégicas que promovem a utilização de organismos geneticamente modificados, proteínas criadas em laboratório e produtos químicos industriais e farmacêuticos como soluções sustentáveis para os problemas alimentares e de saúde.

Por exemplo, o WEF promove uma parceria com uma organização chamada EAT Forum. O EAT Fórum EAT descreve-se a si próprio como a “Davos pela comida”, planeia “trazer valor às empresas e à indústria do sector” e “ditar a agenda política”. A EAT foi co-fundada pela Wellcome Trust, uma organização criada com financiamento da GlaxoSmithKline, o gigante farmacêutico também presente como parceiro estratégico. A EAT trabalha com mais de 40 governos locais na Europa, África, Ásia, América do Norte, América do Sul e Austrália. A organização também assiste o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na “criação de novas directrizes alimentares” e iniciativas de desenvolvimento sustentável.

A EAT interage de perto com empresas de imitação de carne, incluindo a Impossible Foods e outras empresas biotecnológicas, que visam substituir alimentos saudáveis por produtos de laboratório geneticamente modificados. Um modo para apresentar um novo tipo de comida como saudável e sustentável quando na verdade não é nada disso: os produtos da Impossible Foods, co-fundada por Google, Jeff Bezos e Bill Gates, foram recentemente submetidos a analises de laboratório que mostraram como a carne falsa contém 11 vezes mais níveis de glifosato do que o seu concorrente natural.

Mas a iniciativa emblemática da EAT é a FReSH, que a organização define como um esforço para liderar a transformação do sistema alimentar. Os parceiros do projecto incluem Bayer, Cargill, Syngenta, Unilever e o gigante tecnológico Google. Já os nomes são uma garantia… Com a FreSH, estas empresas já estão a fazer processamento químico das substâncias e dos extractos necessários para produzir alimentos nos laboratórios à escala global: um negócio que, uma vez avaliado pela agenda do WEF, promete lucros enormes. E um não indiferente controlo da população.

Nada disso surpreende: no seu livro, Schwab discute como a biotecnologia e os alimentos geneticamente modificados devem tornar-se os pilares fundamentais na resolução dos problemas da escassez alimentar, algo que, segundo ele, a “pandemia” da Covid tem revelado e exacerbado.

Como reza no seu livro:

A segurança alimentar global será alcançada quando os regulamentos sobre alimentos geneticamente modificados forem ajustados para reflectir a realidade, nomeadamente que a edição genética oferece uma forma precisa, eficiente e segura de aumentar os rendimentos dos terrenos.

Traduzindo: as instituições locais e globais devem alterar as regras para permitir que a edição genética dos cultivos seja tornada normalidade. Portanto, o WEF está a espalhar uma falsa ciência e demonstra como a promoção destas tecnologias e as soluções promovidas pelo Grande Reset consistem em manter e melhorar uma máquina de extracção de tipo industrial, controlada por um punhado de multinacionais ao longo da vida toda.

A EAT desenvolveu também uma chamada “dieta planetária saudável” que o WEF vê como “a solução alimentar sustentável do futuro”. É uma dieta que visa reduzir a ingestão de carne e lacticínios em até 90% e substituí-la por alimentos, grãos e óleo criados em laboratório. O contrário do que afirmam os especialistas segundo só quais as dietas devem ser baseadas na biodiversidade regional e geográfica. Pelo que, a dieta da EAT não é sobre o problema da nutrição, mas sobre como as grandes multinacionais possam controlar o sistema alimentar.

Interessante a avaliação da EAT que trata dos grandes ajustamentos que as organizações e as empresas associadas querem fazer ao sistema alimentar: estas não podem ter sucesso se deixadas nas mãos dos indivíduos, e as mudanças que querem impor aos hábitos alimentares da sociedade “exigem uma reforma sistemática com intervenções políticas duras, incluindo leis, medidas fiscais, incentivos e sanções, uma reconfiguração do comércio e outras medidas económicas e estruturais”. É evidente aqui a intenção de obrigar os vários governos locais a dobrar-se perante a agenda da EAT e a colaborar com a instituição para “impor hábitos alimentares” também com políticas duras, incluindo leis, medidas fiscais, incentivos e sanções que possam atingir aqueles cultivadores que não querem baixar os braços perante a arrogância das empresas. A agenda do EAT não é um projecto com base voluntária, é um percurso obrigado.

Estamos perante uma nova forma de colonização, algo nunca experimentado antes. Se uma vez eram os Países mais desenvolvidos a colonizar e explorar os Países mais atrasados, agora são grupos de multinacionais ocidentais que impõem a agenda deles em todos os Países, mesmo naqueles mais avançados: a dieta única da EAT será produzida com a tecnologia das multinacionais ocidentais através da utilização de produtos químicos desenvolvidos nos laboratórios das mesmas multinacionais ocidentais, para que a agricultura e os habitantes de todo o planeta abrace (“políticas duras, incluindo leis, medidas fiscais, incentivos e sanções…lembram-se?) estas novas formas de produção e consumo. Um verdadeiro imperialismo alimentar, no topo do qual há sempre elas: as multinacionais. Que casualmente estão todas presente em Davos para The Great Reset.

Intervalo: a água na Bolsa

Não está directamente ligada ao Forum de Davos, mas a notícias calha na mesma altura, foi alegremente ignorada pelos meios de comunicação e vai na mesma direcção apontada pelo WEF: no silêncio geral, a água começou a ser cotada na Bolsa de Valores pela primeira vez na história. E pode sofrer especulação

Como já anunciado no passado mês de Setembro pelos interessados, de facto a água é cotada na Bolsa de Valores e, portanto, o seu preço flutuará como faz qualquer para matéria-prima. Isto é relatado pelo Grupo CME que elaborou também as primeiras previsões de mercado baseadas no Nasdaq Veles California Water Index.

Na verdade já existia o World Water Index (WOWAX) estabelecido em Fevereiro de 2002 pela francesa Société Générale em colaboração com SAM Group e Dow Jones Index/STOXX. Mas era algo diferente: reunia as 20 maiores corporações donas de infraestructuras dedicadas à água ou ao tratamento da mesma. Desta vez o foco é mesmo o precioso líquido.

No passado dia 8 de Dezembro, o Nasdaq Veles California Water Index cotou a água a 486.53 Dólares por pé de acre, uma medida de volume normalmente utilizada nos Estados Unidos e equivalente a 1.233 metros cúbicos. Mas o preço poderá flutuar e, portanto, ser objecto de investimento e de especulação.

Os especialistas do CME Group argumentam que esta medida poderia permitir uma melhor gestão dos riscos futuros relacionados com este activo. Explica Tim McCourt, CME Group Global Head of Equity Index and Alternative Investment Products que, como exemplo, 40% da água actualmente consumida na Califórnia é utilizada para irrigar os seus nove milhões de hectares de culturas, mas que o Index permitiria a um produtor agrícola planear com antecedência a alteração do custo da água de que necessita para irrigação em larga escala. Também permitiria a um utilizador final comercial gerir melhor os riscos económicos e financeiros quando os preços da água flutuam.

Pelo que o raciocínio é simples: a água até hoje foi um bem não cotado em Bolsa, com um preço determinado pelas entidades locais. A partir de agora a água entra na Bolsa, é cotada, pode encarecer ou ser sujeita à especulação: e isso deveria tranquilizar todos.

É um pouco como ir ao mercado e pedir duas batatas:

– Quanto é?
– 5 Euros.
– Mas ontem custavam 50 cêntimos cada!
– Sim mas porque era eu que determinava o preço: agora é a Bolsa e a cotação da batata hoje subiu. Quer ver os diagramas ou ponho tudo no saco?

Dá para ficar mais tranquilos, sem dúvida…

“Nunca mais como antes”

Voltemos directamente a falar do Fórum de Davos. No seu livro, o globalista Klaus Schwab afirma que o mundo “nunca voltará” ao normal, apesar de admitir que o coronavírus “não representa uma nova ameaça existencial”. Schwab, como vimos, é muito explícito em convidar a elite para que a actual “pandemia” seja explorada como uma oportunidade. No entanto, no livro vai mais longe, deixando claro que a elite financeira nunca permitirá que a vida volte ao normal, sugerindo que os lockdowns e outras restrições se tornarão permanentes.

Muitos de nós estão a ponderar quando as coisas voltarão ao normal. A resposta curta é nunca. Nada voltará à sensação de normalidade que prevalecia antes da crise, porque a pandemia do coronavírus marca um ponto de viragem fundamental na nossa trajectória global.

E isso apesar da “pandemia” não ser tão grave assim:

Ao contrário de algumas epidemias do passado, a Covid-19 não representa uma nova ameaça existencial.

Schwab deixa claro que a “Quarta Revolução Industrial” irá mudar fundamentalmente a forma como o mundo funciona:

Estão a chegar mudanças radicais de tal alcance que alguns especialistas apelidam a era como “antes do Coronavírus” (b.C.) e “depois do Coronavírus” (a.C.). […] Continuaremos a ser surpreendidos tanto pela rapidez como pela natureza inesperada destas mudanças: uma vez misturadas, causarão consequências de segunda, terceira, quarta e até maior ordem, efeitos em cascata e resultados imprevistos.

Na prática, o Grande Reset é simplesmente a velha agenda globalista com roupa nova e um bonito laço encaracolado por cima. Mas o que significa isso do ponto de vista prático, além da ditadura alimentar?

As Oito Profecias

É o mesmo WEF que, gentilmente, fornece um vislumbre do futuro com uma lista de oito pontos, autênticas “previsões”, que bem descrevem o mundo assim como sonhado pelas multinacionais.

1. Todos os produtos serão serviços; não serás dono de nada. E serás rastreado, continuamente.

2. O carbono terá um preço global: não serás proprietário nem trabalharás produzindo algo que custe muito carbono. Nada de gado ou transporte privados.

3. O domínio dos EUA vai acabar. Haverá um punhado de potências globais. Em vez de uma única força, um grupo de Países (EUA, Rússia, China, Alemanha, Índia e Japão) que mostram tendências quase-imperialistas. Contudo, o Estado está condenado pelas ascensão das cidades e a propagação das identidades online.

4. Não irás para hospitais ou clínicas; serás tratado em casa. Doutro lado, é explicado, haverá menos acidentes graças aos automóveis auto-conduzidos e grandes avanços na medicina preventiva e personalizada. Bisturis e os dadores de órgãos? Coisas velhas: pequenos tubos robóticos e órgãos bio-impressos.

5. Quarto, nada de carne. Um pouco como os nossos avós, vamos tratar a carne como um luxo e não como um alimento básico (e não é difícil imaginar quem, pelo contrário, poderá continuar a comer carne todos os dias…). Não será a grande agricultura ou os pequenos produtores artesanais a ganhar, mas sim uma combinação dos dois, com alimentos redesenhados para serem mais saudáveis e menos prejudiciais para o ambiente.

6. Mais refugiados. O mundo precisa de estar melhor preparado para as populações em movimento, uma vez que as alterações climáticas serão a causa de 1 bilião de pessoas deslocadas.

7. Os valores que construíram o Ocidente serão testados até ao ponto de ruptura. As nossas democracias estão em perigo.

8. No ano 2030 estaremos prontos para levar os humanos ao Planeta Vermelho. Uma vez chegados em Marte, provavelmente descobriremos provas de vida extraterrestre e a ciência responderá a grandes questões sobre a vida na Terra.

Obviamente para alcançar este Paraíso serão precisos uns pequenos esforços.

A fusão física, digital e biológica

No livro, Schwab explica entusiasticamente como a tecnologia permitirá às autoridades “penetrar no espaço até agora privado das nossas mentes, lendo os nossos pensamentos e influenciando o nosso comportamento”. Isto proporcionará um incentivo para a implementação de programas de pré-crime ao estilo do filme Minority Report:

À medida que as capacidades nesta área melhoram, a tentação aumentará para a aplicação na lei e para os tribunais utilizarem técnicas para determinar a probabilidade de actividade criminosa, avaliar a culpa, ou mesmo recuperar memórias directamente do cérebro das pessoas. […] Mesmo atravessar uma fronteira nacional pode um dia requerer um exame cerebral detalhado para avaliar o risco de segurança de um indivíduo.

Mas o quadro não estaria completo sem o sonho transumanista:

As tecnologias da Quarta Revolução Industrial não deixarão de fazer parte do mundo físico que nos rodeia, passarão a fazer parte de nós. […] De facto, alguns de nós já sentem que os nossos smartphones se tornaram uma extensão de nós próprios. Os actuais dispositivos externos, desde computadores vestíveis aos óculos de realidade virtual, tornar-se-ão quase certamente implantáveis nos nossos corpos e cérebros.

Schwab defende abertamente algo que os media ainda definem como tópicos dos teóricos da conspiração: “microchips implantáveis activos que quebram a barreira cutânea dos nossos corpos”, leitura do pensamento, pré-crime…

O guru globalista de Davos saúda a chegada de “dispositivos implantados (que) provavelmente também ajudarão a comunicar pensamentos normalmente expressos verbalmente através de um smartphone [obviamente integrado, ndt]. Pensamentos ou humores potencialmente não expressos através da leitura de ondas cerebrais e outros sinais”.

Por outras palavras, a “fusão das nossas identidades físicas, digitais e biológicas”: o sonho transumanista dum futuro em que as pessoas têm cada movimento seguido e cada pensamento lido por um microchip implementável.

Quando? Agora.

Mas tudo isso quando? O WEF não fornece datas certas (pelo menos eu não encontrei) e provavelmente seria pedir demais, mas é claro que o processo parte de longe (alguns assuntos já tinham sido tratados nestas páginas ao longo dos anos), sofre nestes meses uma aceleração com a “pandemia” de Covid-19 e agora passa para a fase da implementação “em claro” (com o Fórum de Davos em Janeiro). Portanto, um processo não actuado dum dia para outro mas sim construído no tempo, debaixo do nosso nariz.

Além dalgumas evidentes provas técnicas para melhorar a capacidade de adaptação das massas (“Põe a máscara!”, “Tira a máscara!”, “Fica em casa!” “Sai de casa!”… e tudo por causa dum vírus que “não representa uma nova ameaça existencial”), o sistema trabalha com uma série de condicionamentos que terão os seus melhores efeitos no médio e longo prazo. E aqui gostaria de fazer um exemplo prático: os carros eléctricos.

Alguns terão notado que as casas automobilísticas estão a apresentar um modelo eléctrico atrás do outro, sem parar (fala-se aqui de automóveis 100% eléctricos, não híbridos). Paralelamente, as vendas de carros eléctricos são miseráveis: ninguém quer um carro 100% eléctrico. A razão? O verdadeiro problema é o custo.

Em Portugal, o Fiat 500 gasolina parte de 17.910 Euros, enquanto o Fiat 500 eléctrico começa nos 23.800 Euros. São quase 6.000 Euros de diferença que dificilmente serão recuperados em termos de poupança: 6.000 Euros em gasolina significam muita estrada feita (mais de 75.000 km aplicando os dados oficiais) e, ao mesmo tempo, a electricidade para recarregar o eléctrico não é grátis, pelo que a diferença real é de 6.000 Euros rela mais o custo da electricidade gasta ao longo do tempo. Além disso é preciso ter uma garagem privada onde recarregar a versão eléctrica, sem esquecer a questão da autonomia (oficialmente até 460 km, na prática pouco mais de 300 km e 5 horas para uma recarga completa) e o problema da substituição das baterias uma vez gastas (milhares de Euros, dependendo do modelo pode-se chegar aos milhares de Euros). Na prática: o maior custo inicial nunca será amortizado.

E tudo isso para um pequeno carro de cidade. É suficiente subir um patamar para observar o maior custo tornar-se algo insustentável: um Renault Clio gasolina versão Zen (a base) custa 16.400 Euros, um Renault Zoe (trata-se dum Clio 100% eléctrico) sempre versão Zen custa 32.240 Euros. O dobro. Queremos falar dos novos Volkswagen ID3 (o equivalente ao Clio), que custa 38.017 Euros, ou do ID4 (um novo Golf) de 46.429 Euros?

Aparentemente preços sem sentido e que muitas vezes uma família não pode permitir-se (caso do modelo ID5). Uma família. Já duas, três ou quatro famílias juntas sim. Então eis que aparecem à venda os carros eléctricos já predispostos para serem partilhados. Lembram-se do “não serás dono de nada”? É aqui e agora.

Trava-los, antes que seja demasiado tarde

Não há fontes neste artigo, não vale a pena. Está tudo nas páginas do World Economic Forum ou no livro do guru, o simpático Klaus Schwab. As “teorias conspiratórias” saíram dos delírios da informação alternativa para tornarem-se oficialmente o projecto do nosso futuro, com o carimbo das maiores multinacionais planetárias. A “pandemia” é o gatilho, as instituições supranacionais (OMS, UE, etc.) são os supervisores, os nossos governos os executores. Está tudo preto no branco, nem é preciso puxar pela imaginação.

É preciso trava-los. Não se trata de parar o futuro, de evitar que as mudanças aconteçam. As mudanças acontecem, o futuro será diferente do presente, sempre. É justo que assim seja e o que temos que fazer é simplesmente predispor as nossas almas para receber um mundo que não será como aquele de hoje.

Mas o futuro do World Economic Forum não é uma mudança normal, não é fruto da simples evolução: é um plano para entregar o planeta nas mãos dum grupo de criminosos.

Conseguirão os nossos heróis (quais?) a travar o maléfico plano? As respostas possíveis são só duas:

1. Não. A julgar pelas reacções até aqui mostradas pela ovelha-consumidora, é muito difícil achar que alguém consiga alterar o rumo. Com uma paciente e nem tão complicada obra de convencimento, a ovelha-consumidora estará bem feliz de poder escrever no Facebook sem mexer um dedinho, ter um carro 100% limpo, comer algo saudável e menos caro, ser tratado directamente em casa… são só benefícios, por qual razão continuar a viver nesta sociedade cansativa e cheia de perigosos vírus?

2. Sim. Além das ovelhas-consumidoras, nas ruas há também pessoas que gostam de pôr os seus neurónios a funcionar. Não são muitas mas nem são tão poucas assim. A tarefa é hercúlea, as dificuldades são imensas, falta qualquer tipo de organização e as forças estão dispersas… mas alguém há. É pouco, eu sei, por isso não estou nada optimista. É pouco, mas é sempre melhor do que nada…

 

Ipse dixit.

Se alguém estiver interessado, pode espreitar os tópicos apresentados pelo World Economic Forum (infelizmente não há uma versão portuguesa) como The Great Reset, Fourth Industrial Revolution ou consultar a página inteiramente dedicada ao The Great Reset.

Quem tiver vontade de sofrer ainda mais, pode até procurar a obra prima do genial Klaus Schwab: Covid-19: The Great Reset, 282 páginas, 0.358 kg, pouco mais de 10 Dólares mais despesas de expedição ou 5.29 Dólares no Kindle.

Relacionado: The Great Reset: Introdução – Parte I

19 Replies to “The Great Reset – Parte II”

  1. Olá Max: eu preciso acreditar na tua segunda opção para não matar os meus cachorros e me suicidar.
    Será que não há uma terceira opção ?
    Todas estas transformações, já em curso, não atingirão o mundo inteiro, de uma só vez. Quem sabe pessoas como eu, anônimas desconhecidas, já totalmente separadas da vida ativa, que moram lá num cantinho perdido, no meio do mato, que não influenciam nada nem ninguém, essas pessoas tenham um pouco de liberdade ainda para respirar.
    É notável como o mato possa nos proteger. Dentro dele se pode cultivar umas poucas coisas que venham a nos dar sustento. Já atualmente, vários vizinhos meus, em suas respectivas tocas plantam maconha para uso familiar. Aqui ainda existe braços e afluentes de grandes rios que atravessam nossos lugares e nos dão água pura. Se necessário, podemos criar peixes. Peixe de água doce não tem nada de palatável, mas não deixa de ser comida. Se necessário podemos criar algumas galinhas dentro do mato, e ter ovos e carne de galinha (não esquecendo de recolhe-las à noite porque caso contrário os predadores as comem antes de nós).
    Enfim, quero dizer que talvez os organizadores do mundo novo, acabem por esquecer daqueles que abraçarem uma terceira opção mais ou menos assim.
    Acham viável, tentariam mais alguma coisa não contemplada até aqui?

    1. Olha Maria, eu gostava de acreditar nisso. Mas estes gajos são um rolo compressor: têm dinheiro que nunca acaba, os meios de informação, os meios de produção, os cientistas ao dispor, os políticos com a trela… e todos estão a preparar-se há muito tempo.

      Hoje estes criminosos oferecem um mundo que satisfaz a ovelha-consumidora: oferece um salário que permite viver, uma espécie de saúde pública, algo que faz lembrar a educação, eleições para sentir-se útil, “democracia” com vários partidos, futebol, até férias no Verão… e quando a ovelha tiver medo (que os criminosos criam ou alimentam de propósito!), oferece segurança também. A ovelha é feliz, acha viver em liberdade, nada lhe falta aparentemente.

      Um mundo alternativo deveria oferecer não apenas o mesmo mas também algo mais, caso contrário não vale a pena lutar. A coisa engraçada é que um mundo alternativo poderia efectivamente oferecer mais, como uma autêntica liberdade, uma educação séria, comida e saúde para todos… o problema é que a ovelha-consumidora pensa “mas eu já tenho tudo isso. E tenho um smartphone novo também. O vosso mundo alternativo oferece um smartphone novo?”.
      E não, num mundo alternativo ficas com o mesmo smartphone ao longo de muitos anos porque troca-lo é um desperdício de dinheiro e de recursos. E aqui a ovelha-consumidora fica aborrecida.

      Não adianta explicar à ovelha os complexos mecanismos que mantêm escrava ela e todas as outras ovelhas também. A ovelha não quer saber, quer coisas simples. Sabes quais foram os termos mais procurados com Google no Brasil ontem?

      1. Barcelona x Real Sociedad
      2. Juventus
      3. Atlético-GO x Fluminense
      4. Boca Juniors
      5. Milan
      6. The Voice
      7. Chapecoense
      8. Anitta
      9. Lindsay Lohan
      10. Mulher-Maravilha 1984

      (https://trends.google.com.br/trends/trendingsearches/daily?geo=BR)

      E não é que nos outros Países as coisas estejam melhores.

      Claro, depois há sempre o imponderável. E, dado que não sou um pessimista, espero que possa acontecer. Todavia, sendo imponderável, para já não podemos prevê-lo…

  2. A respeito, aconselho o seguinte artigo de opinião…
    (Part 1) Bretton Woods 3.0: The Great Lockdown, The Great Reset, and The Great Paradigm Shift
    Que podem localizar no seguinte blog…
    *ttps://globalpaproject.blogspot.com/

  3. “Se uma vez eram os Países mais desenvolvidos a colonizar e explorar os Países mais atrasados, agora são grupos de multinacionais ocidentais que impõem a agenda deles em todos os Países, mesmo naqueles mais avançados”.
    Todo processo histórico colonialista desde o séc. 15 esteve à serviço de sindicatos de grandes mercadores e banqueiros. Exemplos: as dezenas de Companhias Marítimas, que se escondiam sob bandeiras nacionais, e cujas as mais conhecidas são as Cias das Índias… Ou seja, aqui não há novidade.

    1. Charles , se tu consegues olhar para um texto destes e dizer que aqui não há novidades nenhuma … então , tu és um visionário ! Só é pena que não consigas ter essas visões antes de ler os textos de outros . Mas que importa isso … o mundo está cheio de visionários como tu , pelo menos não sofres de solidão.

      1. Traço da psicopatia: Texto original: “aqui não há novidade”, onde o “aqui” reduz ao fragmento textual selecionado de um texto maior. E o psicopata explora até isso para atacar o alvo…

  4. Esta é a segunda parte de um guião de um filme de terror, cujo título poderia ser : ‘A história de uma inevitabilidade’
    Os processos enumerados acima, são a sofisticação de outros processos, de índole semelhante, já experimentados ao longo da nossa história enquanto seres competitivos, aquisitivos, brutais, etc., como diria Krishnamurti.
    A diferença parece residir numa estratégia global que, a vingar, levanta um serio problema de irreversibilidade.
    Ao que parece, estamos numa fase de aceleração e muito crítica, com a jogada de duas cartadas muito fortes; As alterações climáticas antropogénicas e a falsa pandemia.
    Não parece haver dúvidas que estas duas agendas perseguem, de algum modo, objectivos semelhantes e vão transformar a sociedade.
    Todos os temas que compõem a agenda globalista, e que afectam todos os apectos da sociedade humana, terão diferentes graus de dificuldade na sua implementação, muitos têm entrado de forma subtil e já estão maturados, como é o caso dos sistemas de controle electrónico, tanto individual como colectivo, mas por outro lado, existem agendas que para serem implementadas necessitam de eventos catalisadores, como é o caso da falsa pandemia, e neste grupo poderíamos estar a falar da restrição das liberdades individuais e da assunção do fim do conceito de democracia, conceito que na prática já não existe, mas que precisa de ser interiorizado pelos indivíduos. Penso que actualmente estamos nesta fase.
    Após esta modelação de mentalidades muitos outros projectos poderão avançar sem grande resistência.
    Não me parece que o ‘Xeque-mate’ seja dado num espaço de tempo muito curto, 5 a 10 anos, porque ainda existem gerações vivas, em idade activa e difíceis de controlar, e que irão ser um grande foco de resistência.
    Dentro de 15 a 20 anos talvez o cenário esteja bastante favorável para a entrada em vigor de uma nova ordem mundial cujas características já foram bastante debatidas. Um sistema neo-feudal de crescimento zero e com duas classes sociais.

    1. Krowler, não te iludas com os lutadores de sofá e os combatentes do facebook livre, em muito pouco tempo ( últimos 6 meses) as multinacionais do sector automóvel declararam a intenção de passar de vez para a mobilidade elétrica, a “pandemia” detonou o que restava da ilusão de economia e conceitos como a renda universal incondicional começaram a ganhar adeptos (e sabes o quanto é atraente receber sem fazer nada)
      Se fizeres um gráfico mental do último ano e o projetares para os próximos 4 mantendo a mesma trajetora e velocidade vais ver que 5 anos é tempo suficiente para convencer a maioria e ao mesmo tempo tirar-nos o tapete debaixo dos pés … o que a maioria não sabe… é sobre a tal parede na direcção da qual estamos a correr , a insustentabilidade pratica do modelo “green deal” e a falacia do “great reset”
      Por outro lado existem sinais de um estranho realinhamento da ordem internacional , desde o Brexit , ao aumento de 70% do orçamento de defesa da Suécia ( um pais incondicionalmente pacifista) e desde a semana passada o aviso aos cidadão da Noruega para se prepararem para uma ” emergência” não especificada e manterem stocks de alimentos e logística para alguns dias incluindo pastilhas de iodo ( uteis em caso de contaminação radiativa ) e os suecos não são parvos , bem antes pelo contrario …
      Avisos semelhantes tinham sido feitos antes da pandemia pelos governos sueco e alemão… isto não acontece por acaso.
      O plano B torna-se cada vez mais exigente e abrangente e tenho a sensação que mesmo planeando o melhor possível corremos sérios riscos de na hora H nos depararmos com um plano b – por isso tem de se estabelecer prioridades … By the way …como vai a tua preparação desportiva ?

      1. P. Lopes, recebi hoje uma MP a dar conta que as coisas entre os tipos que vivem a norte do México e os que vivem a sul da Mongólia vão dar para o torto. Vale o que vale, mas explica em parte a súbita moda das pastilhas de iodo na Noruega.
        Relativamente à prática desportiva ando a ver condições e equipamento básico . Eu já pratico desporto de forma regular há muitos, e neste caso, seria o complemento ideal para ficar mesmo em forma.

        1. Olá Krowler, parece que existem muitos sinais de que a nossa civilização se aproxima do fim, o nosso modelo vai começar a cair, não será igual nem a mesma velocidade em todos os lugares mas vai ser violento . Um analista militar dizia há uns meses atrás que a velocidade a que os tipos do Sul fabricavam equipamento militar era tão alucinante que era quase impossível eles conseguirem verbas para manter esse equipamentos para lá de 15 anos, tempo de vida útil antes de uma caríssima manutenção programada e upgrade. A constatação desse facto possui em si mesma a resposta … ou eles não preveem que os equipamentos durem mais de 15 anos e sejam destruídos ou entao o seu objectivo sera cumprido e o investimento fica pago …E ambas as situacoes só podem acontecer de uma forma …
          Viste que em Portugal há alguns dias esteve um representante dos tipos do Norte alegadamente a falar de 5G com uma mensagem muito simples … ou estão conosco ou estão contra nós, esse périplo aconteceu em vários países … Outro acontecimento surpreendente aconteceu com a Nato e Rússia a anunciarem exercícios em conjunto para 2021 … Krowler , estas a notar alguém a ficar seriamente preocupado ?

  5. Olá Max, Jk, Krowler : este “capitalismo inclusivo” que vocês estão a comentar, também já li alguma coisa, mais uma para eu ficar enojada.
    Infelizmente eu sabia que do bispo de Buenos Aires em tempos escuros exalava um fedor a m…. Eis que surge a m. fantasiada de um certo capitalismo inclusivo, ao lado de nem mais nem menos uma digna representante da dinastia dos Rotschild .
    Eu sempre soube que em qualquer situação obscura, identificar o inimigo e seus malabarismos é o primeiro passo a dar. Mas em geral não se faz isso. De forma que entre os alternativos aqui de baixo a maior parte deles vai se identificar com o capitalismo inclusivo e confundir tudo mais um pouco. Esse trapo sujo vendando os olhos da maioria ainda vai santificar o capitalismo.

  6. «…Estão a chegar mudanças radicais de tal alcance que alguns especialistas apelidam a era como “antes do Coronavírus” (b.C.) e “depois do Coronavírus” (a.C.). […] Continuaremos a ser surpreendidos tanto pela rapidez como pela natureza inesperada destas mudanças: uma vez misturadas, causarão consequências de segunda, terceira, quarta e até maior ordem, efeitos em cascata e resultados imprevistos…»

    A questão que se deve colocar neste momento:

    Porquê que o poder financeiro e clerical (multinacionais, Vaticano, Inglaterra) de um momento para o outro decidiu acelerar o seu projecto com vista a concretizar o Leviatã?

    Na minha opinião, os tecnocratas neste momento agem como se tivessem medo de alguma coisa; dá a entender que algo os vai fazer perder, que algo se está a opor à agenda política, económica, e de engenharia social que pretendem impor aos cidadãos.

    «…Mas o futuro do World Economic Forum não é uma mudança normal, não é fruto da simples evolução: é um plano para entregar o planeta nas mãos dum grupo de criminosos…»

    Max, o que se está a passar já foi tentado no passado, não podemos baixar os braços, pois esta corja será derrotada conforme o foi em 1945.

    Existe uma frente de resistência contra a tirania e em prol da Humanidade que, como no passado, se volta a levantar, sendo (novamente) representada pela Rússia e a China.

    Quando se fala na aliança entre a Federação da Rússia (FR), a República Popular da China (RPC), e o Presidente Trump, não é de forma infundada, ela existe, e só uma pessoa mal-intencionada dirá o contrário.

    Vejo muita gente desanimada e a seguir um caminho que está a destruir-lhes a vida e a própria saúde. Não pode ser assim, porque isso é fazer o jogo deles.

    1. Transcrevo do meu caro JF com a fevida venia :

      “…Existe uma frente de resistência contra a tirania e em prol da Humanidade que, como no passado, se volta a levantar, sendo (novamente) representada pela Rússia e a China. … ”

      Existe ? Então se existe será fácil explicar o que está a China a fazer em prol da humanidade … JF , o que está a China a fazer em prol da humanidade ?

  7. @P. Lopes
    A China tirou centenas de milhões de pessoas da miséria nas últimas cinco décadas. Nenhum outro pais ou instituição fez nada de semelhante no último meio século.

    Mas eu sou anda mais optimista, o processo vai ser mais lento do que a vossa previsão pois não há qualquer pressa da parte de quem manda, o mais importante é garantir a ausência de resistência, que ninguém tenha a ideia de pôr em causa a hierarquia, na minha óptica uma das fontes do primeiro mal.

    1. JJ ainda que admitindo que o PCC tirou milhões da miséria … (que o mesmo PCC tinha colocado) explica me por favor de que formas a China pode contribuir em prol da humanidade ?
      O meu cepticismo é fundamentado com o desequilíbrio geostratégico criado com o Japão a Índia e com todos os países em volta do mar do Sul da China ao ponto de lhes criar ilhas artificiais militarizadas nas suas águas territoriais.
      O meu cepticismo é fundamentado com a economia predatória em todo o mundo especialmente em África onde através de corrupção política e contratos de empréstimo viciados a países pobres os estão a delapidar das suas riquezas das suas terras e da sua soberania.
      Com a pesca predatória exercida nos oceanos do mundo especialmente na América do Sul .
      E por favor não me digas, como já o fizeram aqui, que o facto de outros o fazerem pode de alguma forma legitimar as barbaridades que estão a cometer.
      Por isso sou crítico, mas agradeço outros pontos de vista fundamentados, portanto JJ por favor explica me .

      1. Olá JJ estás quase a ultimar a explicação que te pedi ?
        Pergunto te isto porque o meu Floco de Neve … tá nem aí … faz me lembrar os miúdos que se divertiam antes dos videojogos e dos smartphones batendo nas portas das pessoas e fugindo … outros ainda mais sofisticados colocavam fita-cola nas campainhas corriam para longe e achavam aquilo o máximo do divertimento …
        Tenho uma questão sobre as centenas de milhões de pessoas que alegadamente o benemérito PCC tirou da miséria …
        Se eu te mergulhar a cabeça na água mais de 2 minutos e depois te puxar para fora …
        Posso dizer que te salvei de morrer afogado ?

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