Revolução Verde, a grande fake news

(Psssst! Nem tenho tempo para corrigir, espero não haja muitos erros! Corrijo mais tarde, obrigado!)

 

É de notar que o IPCC no seu quinto relatório, coerente com todos os relatórios de avaliação anteriores, não aborda explicitamente a questão das implicações materiais dos cenários de desenvolvimento climático.

Música e letras do Banco Mundial.

 

A opinião pública está acostumada a entusiasmar-se com conceitos que apelam a uma nova consciência colectiva, como “economia verde”, “salvar o planeta”, “nova ecologia”, “Green Dial“, “tecnologia para o ambiente”, uma atitude que faz parte do positivismo científico cada vez mais consolidado. Talvez o público deveria saber também quais os cenários, actuais e potenciais, que ficam escondidos por detrás desses conceitos.

A seguir, o resumo dum artigo publicado por Il Sole 24 Ore no mês de Novembro e que revela aspectos insuspeitos que fazem parte do conceito de “revolução verde”, uma palavra-passe que por sua vez parte da propaganda da Quarta Revolução, um instrumento retórico para legitimar uma nova fase de exploração sem precedentes dos recursos do planeta. Uma nova fase que será vantajosa para algumas lobbies privilegiadas, criando uma fenda geoeconómica no mercado mundial ainda maior do que a das indústrias fósseis.

A grande heresia: a Revolução Verde é uma enorme fake news?

Todos os anos o homem extrai 50 mil milhões de toneladas de materiais de construção, combustíveis fósseis, minerais e metais do solo e do subsolo. Em outras palavras: uma massa igual à de 140.000 Empire State Buildings,o arranha-céu mais conhecido do mundo. Obviamente, esta gigantesca extracção de recursos naturais provoca um impacto ambiental devastador.

Todos temos em mente as imagens de petroleiros avariados que despejam milhares de toneladas de petróleo bruto no mar. No entanto, nem todos sabem que um dos desastres ambientais mais graves das últimas décadas foi causado por uma mina de cobre (o desastre de Ok Tedi: nem existe a página Wikipedia em português…) ou que uma das principais causas dos incêndios florestais na Amazónia e na África é precisamente a actividade mineira.

A fim de aliviar a pressão antropogénica (humana) sobre o ecossistema terrestre, um grupo de cientistas, comunicadores, activistas e políticos, com a ajuda duma virgem sueca (Greta para os amigos), conseguiu impor gradualmente uma nova perspectiva de desenvolvimento a um grande segmento da opinião pública ocidental, aparentemente centrada no consumo mais racional dos recursos naturais: em vez de extrair milhares de milhões de toneladas por ano de carvão, petróleo e gás natural, deveríamos aprender a explorar a energia do sol e do vento, recursos renováveis cuja exploração não prejudica o ecossistema.

Parece bem, não aprece?
Não, está tudo errado.

Para já: painéis solares, turbinas eólicas, baterias e carros eléctricos são dispositivos tecnológicos feitos de cimento, plástico, aço, titânio, cobre, prata, cobalto, lítio e dezenas de outros minerais. Adivinhem donde é extraído isso tudo? Mas este é apenas o começo. Sigam, s.f.f.

Um artigo de Nature Geoscience publicado há alguns anos estimou que, apenas para converter um sétimo da produção mundial de energia primária (25.000 TWh) em algo “verde”, poderia ser necessário triplicar a produção de betão (de pouco mais de 10 mil milhões de toneladas por ano para quase 35), quintuplicar aquela do aço (de pouco menos de dois mil milhões de toneladas para pouco mais de 10) e multiplicar várias vezes a de vidro, alumínio e cobre. E estamos a falar em converter nem sequer 15% das necessidades energéticas do mundo em energias renováveis.

Depois há também um aspecto técnico a considerar: em média, num depósito de cobre, o mineral está presente com uma concentração de cerca de 0.6%. Isto significa que para extrair uma tonelada de metal devem ser esmagadas mais de 150 toneladas de rocha. As grandes minas de ouro da África do Sul moem 5/6.000 toneladas de rocha por dia para extrair menos de 20 toneladas de metal precioso por ano.

E o alumínio? Como é produzido? Com um processo que consome muita energia: para produzir uma tonelada de alumínio, de facto, são necessários cerca de 30.000 kwh (entre energia térmica e eléctrica). E a produção de aço é também uma actividade consumidora de energia: a produção de uma tonelada de aço requer entre 800 e 5.000 kwh.

Assim, só para produzir o aço necessário para construir painéis e turbinas eólicas suficientes para gerar 25.000 TWh por ano de energia renovável, podemos precisar de 7.000/40.000 TWh por ano de energia fóssil mais.

E não acaba aí. De cerca duma dúzia de materiais na base da “revolução verde”, as reservas conhecidas seriam suficientes para cobrir apenas alguns anos de consumo, num cenário 100% renovável. A União Europeia, por exemplo, prevê que, para cumprir os ambiciosos objectivos do Green Dial, necessitará de muita mais terras raras daquelas que são actualmente extraídas em todo o mundo.

Fonte: Comissão Europeia

É preciso salientar que estas estimativas não são vozes feitas circular pelos horríveis cientistas ao serviço das petrolíferas (a Big Oil). Ao longo dos anos, ONU, Comissão Europeia ou Banco Mundial, por exemplo, produziram extensos relatórios nos quais chegam a conclusões semelhantes: vamos precisar de muito mais recursos naturais. E, além das instituições, existem numerosos estudos que aprofundam o assunto, publicados nas revistas científicas mais conceituadas do mundo: PNAS, Science, Nature.

No entanto, apesar do vasto panorama de meios de informação que seguem de perto a “revolução verde”, curiosamente estes dados preocupantes não circulam, os estudos aprofundados sobre este aspecto são omitidos. Aliás, quem se atreve a falar do assunto é logo rotulado “amigo das petrolíferas”. Pelo que, a percepção é que aqueles que fazem divulgação científica arrogaram-se o direito de escolher o que revelar e o que não revelar. Na prática: decidem fazer política em vez de informação.

Caso contrário, é impossível explicar como seja possível atacar quase diariamente o paradigma do crescimento e, ao mesmo tempo, apoiar uma “revolução verde” que prevê duplicar (pelo menos) a extracção dos recursos naturais em poucas décadas. Ou como é possível que, embora a nossa indignação perante os desastres ambientais na Amazónia ou na Austrália, existam planos para cavar buracos com 170 km de profundidade para procurar os metais necessários para satisfazer as necessidades da indústria eólica e solar (uma perspectiva absurda, que de momento é pura ficção científica: estamos a falar de operar a temperaturas e pressões incontroláveis com a tecnologia actual).

Em última análise, é claro que por detrás daquela que chamamos de “revolução verde” fica na verdade um programa para aumentar rápida e drasticamente a extracção dos recursos naturais. Com tudo o que se segue para a saúde dos ecossistemas e também dos seres humanos: extrair biliões de toneladas de argila, ferro, bauxite ou cobre significa destruir florestas não contaminadas, poluir ainda mais o ar e a água, empurrar dezenas de milhares de espécies animais para a extinção. Um cenário muito diferente do que está a ser vendido ao público.

E nada disso é ficção ou um futuro distante envolto na névoa do “provavelmente” e “talvez”: a Comissão Europeia acaba de anunciar um programa de financiamento para a indústria mineira europeia e o preço do cobre voa (+40% de Março até hoje), impulsionado precisamente pela procura relacionada com os carros eléctricos e o Green Dial. Não é futuro, é já agora: já estamos a devastar centenas de ecossistemas em busca de lítio e cobalto para baterias ou terras raras para ímanes de turbinas eólicas.

“Eh, mas a temperatura continua a subir, o dióxido de carbono aumenta, não podemos simplesmente ignorar tudo…”

Ah, pois, o terrível dióxido de carbono. Como é que podemos combatê-lo? Com os carros eléctricos? Mas por favor…

Ok, admitimos que o principal problema do clima seja hoje o dióxido de carbono. Já ouviram falar da DAC? DAC: Captura Directa da Atmosfera. Não ouviram, pois, não? Claro que não porque há o filtro na divulgação e a opinião pública foi convencida de que não existem outras formas para “salvar o planeta” a não ser deitar para o lixo o seu carro a gasóleo (que polui menos) e substitui-lo com um eléctrico (que polui mais, além de ser bem mais caro).

A Captura Directa da Atmosfera (DAC) é uma tecnologia aparentemente pioneira, mas na realidade muito simples, que permite a separação do dióxido de carbono do ar. Nada de ficção científica, existem já agora dezenas de sistemas DAC a funcionar perfeitamente em todo o mundo.
Geralmente esta tecnologia é rotulada como muito cara: os resultados certificados a nível científico atestam um custo de 94 Dólares para cada tonelada de dióxido de carbono capturado na atmosfera. Objectivamente falando, trata-se de um custo significativo, dado que emitimos quase 37 mil milhões de toneladas por ano. Mas também é verdade o que vale no caso das outras soluções green: mais produção significa abatimento dos custos. Sem esquecer que a captura directa compete com as energias renováveis sem beneficiar dos incentivos públicos, enquanto as energias renováveis são generosamente subsidiadas.

Bem, o curioso é que as estimativas actuais sobre os custos da “revolução verde” são de cerca de 5.000/6.000 mil milhões por ano, enquanto a captura de dióxido de carbono directamente da atmosfera a 94 Dólares por tonelada custaria “apenas” 3.000 mil milhões por ano! Então torna-se difícil compreender como se possa definir a DAC como “cara”, ao mesmo tempo que é apoiada uma solução que custa duas vezes mais. A conceituada Nature reconhece que a captura directa tem uma vantagem fundamental sobre todas as outras soluções: minimiza a incerteza, ataca o cerne do problema, reduz efectivamente a concentração de CO2. E nem precisa de terras raras….

Ainda mais curioso é o caso da reflorestação e da agricultura regenerativa (não confundir com a agricultura biológica ou biodinâmica: estamos a falar de agricultura intensiva com rendimentos mais elevados do que a agricultura química tradicional), duas opções perfeitamente eco-sustentáveis que permitiriam enfrentar rapidamente o problema das alterações climáticas com um gasto limitado de recursos e efeitos socioeconómicos bem atractivos. No entanto, iniciativas nesta direcção estão constantemente sob o fogo de cientistas e activistas verdes enquanto são ignoradas pelos meios de informação. A acusação? A adopção destas soluções poderia atrasar a transição para as energias renováveis.

Mas qual o verdadeiro objectivo deste esforço gigantesco? Proteger o planeta da incerteza climática ou ganhar dinheiro com a lobby das energias renováveis? Acho que a resposta é bastante simples.

Elon Musk é um brilhante empresário, um génio do nosso tempo? Querido Leitor, com prendas de 2 triliões de Dólares por ano, generosamente regados com fundos públicos e retirados dos cuidados de saúde ou da educação, também eu posso tornar-me um génio.

 

Ipse dixit.

26 Replies to “Revolução Verde, a grande fake news”

  1. Michael Ruppert parecia estar certo quando a sua primeira analise, nada substitui os combustíveis fósseis sem o colapso da civilização moderna.
    Resta saber se estava certo sobre o fim iminente da exploração rentável de petróleo.
    Uma coisa estou convencido , a operação covid está intimamente relacionada com a operação ” great reset” e com o embuste do ” green new deal” e estes parecem ser apenas os preparativos para um objectivo maior.
    As grandes fortunas fizeram a migração para longe dos investimentos do petróleo e previligiaram a tecnologia muito ligada ao transhumanismo…
    Os indícios estão cá todos mas mesmo eu que estou a expor este raciocínio luto inconscientemete contra ele … é demasiado mau para se querer acreditar …

    E tu Krowler ? Continuas a ver o mesmo cenário ?

    1. P. Lopes, continuo a ver o mesmo cenário, e este é o tipo de artigo que me impede de olhar para outro lado.
      Fiz a proposta ao Max, num comentário anterior, para ele considerar o Peak oil com o evento catastrófico a ocorrer em segundo plano, ofuscado pela cortina de fumo pandemica.

      1. Fogo, o Peak Oil! Desculpa Krowler, esqueci-me mesmo… Também isso: proximamente, neste mesmo canal. Há um blog italiano escrito por um cientista “petroléogo” que trata só do assunto, vou espreitar.

    2. É verdade que no final do séc. XIX – início XX tudo foi feito para afastar a electricidade e abraçar o petróleo. Um déjà-vu ao contrário?

  2. Controlo e domínio, total e absoluto (desculpem a redundância)… sobre os povos e sobre a Terra (recursos).
    Esse é o “Grande Jogo”. Estamos em uma nova fase do mesmo, uma fase de mudança para uma nova expansão.
    No puzzle energético, a produção de energia é, foi e sempre será poder, económico, tecnológico e social.
    O Império Anglo-Saxónico & Friends (USA+CANUK+UE), dominou a era do petróleo, mas conforme entendeu Michael Ruppert essa era está a caminho do seu fim e antes de nós o povo, eles os “reis” sabiam-no.
    Entre os que o sabiam, alguns constataram “A Oportunidade” de aquisição ou recuperação de domínio/poder.
    A aposta foi no recurso de transição, o Gás, pois detinham-no nas suas terras ou nas que poderiam controlar.
    Detêm hoje em si mesmos ou em parcerias específicas, as maiores reservas mundiais, conjuntamente com o petróleo ainda existente, o que lhes permite manter o atual modelo de desenvolvimento, de forma sustentada ainda por mais um século. Tempo mais do que suficiente, para o desenvolvimento tecnológico que lhe permitirá ombrear com as sociedades “ocidentais”, se não mesmo desafiá-las em toda a linha, pondo em causa o controle e domínio mundial do “modelo” anglo-saxónico.
    Conhecemos esses “alguns”… à cabeça e destacada, a Rússia e respectiva parceria com a China, o Irão e respectiva parceria com o Qatar, o Brasil e a Venezuela na América do Sul, Argélia e Líbia no Mediterrâneo.
    O “Império das Sombras”, sabe do inevitável e opera em todas as latitudes e longitudes, mas…
    Tem o seu próprio plano, a longo e muito longo prazo e, julga-o infalível na medida do seu próprio histórico.
    No entanto, o seu centro permanece no mesmo lugar e as sociedades/nações que o albergam têm de permanecer fortes, tanto quanto possível, sem olhar a meios ou fins. A(s) perda(s) de poder aceitáveis e temporárias (décadas se necessário), sê-lo-ão pela idêntica perda de capacidades por parte de seus antagonistas e/ou rivais.
    O conflito que decorre, advém do fim do modelo energético (ainda) vigente e sua substituição por um novo modelo misto “pseudo-green” (hidrogénio/gás/alternativas), dominado pelo mesmo bloco (Império Anglo-Saxónico & Friends).
    Os seus opositores, o “Império Emergente” e a “Nação Irredutível”, pretendem à divisão do ceptro mundial de controle e domínio dos povos e recursos da Terra. Estes, têm entre si, os meios para a “refrega” que ocorre.
    No entanto, os opositores menores não e, sabemos bem o que aconteceu e acontece, com os “não alinhados” com o bloco imperial anglo-saxónico e seus aliados.
    O conflito adensa-se e sobe de nível, perante a surpresa do ressurgimento tecno-militar da Rússia e dos números da China no mesmo campo, associados à pujança da sua economia, permitida pelo jogo duplo da desmedida ganância do “Império das Sombras”… “Cheque ao Rei”.
    Freio no jogo e contagem de espingardas. Realinhamento de meios, reequacionamento de opções, desequilibrar tudo e todos para realinhamento de posições e estabelecimento de (pré)acordos económico-financeiros por debaixo da mesa.
    A situação é crítica, perigosa e de forma alguma pode permitir-se que o “Ocidente”, perca “a mão do leme”.
    Acabou-se o tempo (ou é o tempo?), o modelo energético de transição não pode vingar nas atuais circunstâncias, ou seja, às mãos de opositores e rivais. Ou esses dobram e entregam o controlo (ou a parte maioritária dele), ou esse modelo tem de ser derrubado. A maior ou menor emergência do novo modelo, depende do desenrolar desta “proxi-guerra” em curso.
    Tudo o mais, são peões no tabuleiro, processos e métodos para atingir os fins…
    Controlo e domínio, total e absoluto sobre os povos e sobre a Terra.

    Desculpem a extensão, tenham lá paciência.
    P.S….
    Os “caídos”, precisam dos “escravos” para a batalha final.
    A Era do Aquário é incerta… séc XXII (astrologia) ou séc XXVII (astronomia).

    1. Afinal, é o “Império Anglo-saxão” ou é o “Império das Sombras”? Se não conseguimos sequer definir o verdadeiro responsável pelos destinos do planeta…

      1. E o óscar para : “o verdadeiro responsável pelos destinos do planeta” vai para ….. TCHARAAAAMMMMMM !!!
        “A conspiração judaica ” realizado por Chaplin, com argumento de JK e banda sonora de Charles …

  3. Transição energética? Isso pressupunha uma alternativa … e pelas contas que estamos a fazer …não há … não há alternativa .
    Não há como produzir suprimentos para 8 biliões de habitantes sem petróleo barato .

    1. Contas? Quem as tem feito e como nos têm sido apresentadas?
      Roma e Pavia não se fizeram num dia… a busca de uma verdadeira alternativa (fusão) prossegue.
      Alternativas há, ainda que a ciência e a tecnologia estejam no ponto de partida para as tornar viáveis.
      No entanto, 100 anos é muito tempo, basta o registo dos últimos 100 para o percepcionarmos.
      Para os próximos 80/100 (séc XXI), o gás e o petróleo existentes são suficientes para 8bi ou 9bi, mas…
      O que acima referi é verificável, as jazigas/reservas estão na mão dos antagonistas/rivais do poder vigente.
      Nada do que ocorre desde o início do séc XXI, seria necessário, caso assim não fosse… mas é.
      Como aqui já foi articulado, as guerras pelo controle/domínio da produção de energia têm sido(são) constantes.
      Neste particular, de critica importância, a “refrega” é, permanece a de sempre (mais uma vez a história).
      O resto vem por acréscimo. Dinheiro não lhes falta e o sistema financeiro mundial está cativo… ainda.
      Mantenho… processos e métodos para atingir os fins…
      Controlo e domínio, total e absoluto sobre o modelo societário dos povos e sobre os recursos da Terra.
      No topo do “bolo”, a Energia, sempre a Energia, pois é ela o “motor” tecnológico da sociedade humana.
      É o factor com o qual se almeja o domínio dos “céus” e, é pelos céus que a “batalha” será travada.

      1. Esperemos que sim meu caro alfbber… no artigo que estamos a comentar estão exemplificadas as contas por detrás do ” green new deal” e o que o artigo demonstra e bem é que as contas estão erradas, podemos debater muita coisa mas na matemática não há espaço para debates, esperemos que o gás e o petróleo existentes sejam suficientes para 8 ou 9 biliões de habitantes, mas em que te baseias para afirmar que são ? onde verificaste ?
        Espero que não seja no mesmo local onde biliões pessoas verificam que o covid 19 é um vírus altamente perigoso …
        E sem querer ser repetitivo o petróleo não vai acabar, o que suspeito que vai acabar a breve prazo é o petróleo extraível a um preço aceitável, porque no dia em que gastares 200 dólares para extrair um barril de petróleo que vale 100 temos um problema, e acreditar numa transição energética plena e atempada não é ciência é apenas um ato de fé.

        1. Dados retirados daqui…
          *ttps://www.cia.gov/library/publications/resources/the-world-factbook/docs/rankorderguide.html
          A números de 2018 (reservas, consumo), o petróleo daria para +50 anos… tirar 1 década.
          O Gás daria para +170anos… mas como futuro substituto do petróleo… tirar 5 décadas.

          O cálculo (redondo) foi para as 30 maiores reservas e 50 maiores consumidores.
          Podem fazer-se as considerações que se quiserem e tirar as ilações que forem convenientes.
          Nestas coisas, não tenho crenças, tenho números e o histórico. No mundo real…
          Petróleo: A Venezuela tá no topo, petróleo pobre e barato para a mistura->manter o preço.
          Gás: O TOP3 do Gás (Rússia, Irão, Qatar) detêm 60% (uiui) das reservas mundiais.
          Topam o cenário? Quem iria ditar as regras daqui em diante, quem era?

          Já sabem contra quem e/ou onde irá (Irão) ser a(s) guerra(s).
          E, reitero, “o corneteiro já limpa a corneta”.

          1. Informações disponibilizadas pela CIA ? A CIA pode ser conhecida por muita coisa mas prestar informações verdadeiras não é bem o forte deles …Eu preferia acreditar no pai natal … pelo menos morria feliz á espera de uma prenda .

            1. P.Lopes, não estás a raciocinar, estás a reagir.
              Pensa lá bem… se a respeito, eles nos estiverem a enganar, que números divulgariam?
              Se um objetivo é a “agenda verde”, a alteração do paradigma energético, não nos divulgariam números menos abonatórios para nos convencer ser o seu objetivo, imperativo?
              A acreditar que nos estão a enganar, então os números reais serão mais abonatórios para o “modelo” de transição, logo ao encontro da agenda geoestratégica dos seus antagonistas/rivais.
              Quem tiver outra perspectiva que a descreva sff.

          2. Ok ok …o que me estás a dizer é que a revolução verde serve tambem para puxar o tapete debaixo dos pés dos países que produzem petróleo ?

            1. Mais, muito mais… puxa o tapete debaixo dos países que produzem e “ditariam” dentro de 2 décadas o preço dos mercados energéticos (petróleo+gás).
              Restringe e condiciona o modelo de desenvolvimento económico desses países, em particular a Rússia e o Irão, dada a sua dependência das receitas provenientes do sector energético.
              Indiretamente, puxa o freio no desenvolvimento económico da China, baliza-o e condiciona a evolução da implementação do modelo alternativo financeiro, em curso através da parceria Russo-Chinesa e dos acordo económicos que se têm vindo a multiplicar no sudoeste asiático.
              Rivalidades à parte, os negócios vão-se fazendo (SCO-BRICS-ASEAN).

              1. alfbber , sim, sim isso faz muito sentido é uma jogada de antecipação que apanha desprevenidos e de calças na mão os produtores de petróleo e as economias emergentes , mas ou possuem em segredo uma alternativa energética digna desse nome ou estão a fazer bluf …e embora condicionam a curto prazo o preço do petróleo continuamos a correr contra uma parede …mas isso faz sentido.
                E tu Krowler ? O que achas disto ?

              2. Olha que ideia não é nada má…

                Não concordo com a ideia de que “puxa o freio no desenvolvimento económico da China” (lamento, mas para mim a China não é o inimigo da elite, bem pelo contrário), mas a Rússia ficaria com uns problemitos e ainda mais o Irão.

                Ao mesmo tempo ficaria mais curta a trela dos outros Países produtores, como o Brasil ou a Venezuela.

                Ideia interessante, obrigado!

              3. Dois erros comuns que se cometem quando pensamos em petróleo são:
                1 – que este é só uma fonte de energia
                2 – existe ainda muito petróleo por explorar logo, estamos longe do seu término

                Sendo certo que o petróleo é uma fonte de energia, é também uma matéria prima que está na base da construção do nosso modelo social. Plásticos, adubos para a agricultura, na indústria química e farmacologia, fabrico de pneus e betumes para as estradas, e uma lista infindável de utilizações.
                O que está aqui em causa não é só a transição energética, mas o nosso modelo social construido em cima do petróleo(crude) enquanto matéria prima.

                Por outro lado, a exploração de petróleo tem um balanço energético que determina a sua viabilidade ou não. Como referiu o P.Lopes, a sua exploração é viável se a quantidade gasta para extrair um barril de crude for inferior ao extraído, à medida que o rácio se aproximar de 1, todo o petróleo remanescente, por mais que seja, é inútil, pelo menos até se encontrarem formas alternativas de energia que permitam a sua exploração.

                Do ponto de vista geopolítico, existem manobras que vão o sentido de refrear o consumo, e outras no sentido da apropriação do petróleo cuja exploração, do ponto de vista energético, é mais rentável.

                Tudo indica que estamos a correr contra uma parede.

  4. Olá pessoal: me pergunto se a humanidade vai ficar viva com Pik Oil, com alternativas ao petróleo, com “revolução verde”… com Covid -19 , outros virus surgirão para manter o medo Enfim com o “novo normal”, resistiremos a tudo e continuaremos nos multiplicando, como a dizer: tudo e mais um pouco será lançado em nossas cabeças, mas viveremos, e nossos filhos serão gente de carne e osso como vocês bilionários que querem nos destruir nos matando de mil formas, inclusive nos transformarem em máquinas para melhor uso para vocês.
    Parece mentira, mas os poderosos do mundo só temem a facilidade com que a humanidade tem de se reproduzir…e continuar se reproduzindo.
    Os senhores da guerra temiam os vietcongs porque multidões surgiam debaixo dos seus pés, através dos túneis construidos para a defesa. Os soldados e mercenários temiam os afegãos que saltavam de esconderijos aos montes, sobre eles.
    Os poderosos parecem temer o que se pode fazer com eles, se !% de 7bilioes e meio de humanos, tiver inteligência e decisão de acabar com este circo planetário.
    Mesmo com genocídios aqui e ali não conseguem diminuir gente. Mais uma razão para fazer o impossível de forma a controlá-los todos.
    O Brazil já é e será muito mais local de extração de tudo que a inovação tecnológica precisar, tanto quanto os países do terceiro mundo. Vai daí a impossibilidade de permitir que qualquer país seja soberano.

  5. O jogo que está sendo jogado está identificado. Falta identificar os grandes jogadores. Quem se habilita?

    1. Epa! Essa é difícil …mas eu vou arriscar , os grandes jogadores são … são … o Huguinho , o Zezinho e o Luizinho ?
      Não …Não … são …são … os pinguins do filme de animação Madagascar ?
      Hmmm …epa … posso pedir a ajuda do público ou usar o 50/50 ?
      Esta é muito difícil …

  6. O curioso é que as energias renováveis/alternativas/limpas/sustentáveis dependem todas dos combustíveis fósseis, para além do facto de serem ineficientes.

    1. JF se procurares no YouTube através da expressão ” off the grid” significa desligado da rede, vais encontrar muitos vídeos de pessoa que decidiram viver longe da civilização e através de ideias engenhosas explorar energias alternativas desde iluminar e aquecer a casa até conservar alimentos , obviamente isto não é uma alternativa para toda uma civilização , mas é inspirador …Lembras te dos moinhos de vento construídos em chapa metálica que eram usados para elevar a água dos furos ou poços ? Eles eram eficientes , é existem alternativas eficazes e ecológicas infelizmente na nossa sociedade isso tornou se quase risível …

  7. Premissa equivocada. A relação monetária entre o custo de exploração e valor final de mercado do crude (ou de qualquer outra matéria prima) é definida pelo valor do dinheiro (das moedas), equação que por sua vez é totalmente definida pelos senhores donos do mundo, que decidem o que é e o que não é viável financeiramente, através desta equação.

Obrigado por participar na discussão!

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