Dados: mortos com gripe em Italia desde 2015

Ano de 2020

Dia 24 de Março, mortos em Italia com COVID-19: 6.077.

Ano de 2018

Na temporada da gripe sazonal, 8.7 milhões de pessoas chamaram o médico de família ou o pediatra para uma “síndrome da gripe”. Menos de 1/4 foram examinados por um médico. Nada menos que 18.000 pessoas morreram “com complicações semelhantes às da gripe”, na sua maioria idosos. Desses 18.000, apenas 173 (1 em 100) morreram numa ala de reanimação, e um total de 764 eram “casos graves de doença comprovada semelhante à gripe em pessoas admitidas em terapia intensiva”. Ou seja, os outros 17.000 morreram em casa ou em outra ala hospitalar, sem um diagnóstico confirmado de gripe. (Leopoldo Salmaso, virologista)

Ano de 2017

Mais um ano negro para as mortes na Itália. No inverno que está chegando ao fim, houve outro boom de mortes após 2015. Vítimas, em particular, os maiores de 65 anos. […] Na Itália houve 15% mais mortes com mais de sessenta e cinco anos do que o esperado, ou seja, cerca de 3.000 mortes inesperadas nas 19 cidades tomadas como amostra para estudar os números em tempo real. Roma, Torino, Genova, Trieste, Firenze, Napoli, Bari, Cagliari, Catanzaro: cerca de 15% dos italianos vivem nos centros examinados. “Podemos, portanto, estimar um número nacional de mortes em excesso entre 15 e 20 mil” explica o presidente do Instituto Superior de Saúde Walter Ricciardi. (La Repubblica)

Ano de 2016

Gripe duplicou o número de mortes. A gripe pode ter consequências muito graves. Em 2016 houve entre 15 e 18 mil pessoas idosas [em Italia, ndt] que morreram de complicações da gripe. (Affari Italiani)

Ano de 2015

O relatório do ISTAT [instituto nacional de estatística, ndt] sobre os indicadores demográficos de 2015 confirmou as estimativas dos últimos meses: na Itália, no ano passado, as mortes atingiram 653 mil, 54 mil a mais do que em 2014 (+9.1%). Com uma taxa de mortalidade de 10,7 por mil, a mais alta desde a Segunda Guerra Mundial. O aumento da mortalidade está concentrado entre os idosos (75-95 anos). Como é que isto foi possível? […]

Também deve ficar claro que o aumento das mortes não é apenas um fenómeno italiano. Marcantonio Caltabiano, pesquisador em Demografia da Universidade de Messina, analisou no Neodemos.info dados de outros países europeus e descobriu que França, Espanha, Inglaterra e País de Gales também registraram um número recorde de mortes no último ano. “Em todos esses três países, o pico de mortes foi em Janeiro, Fevereiro e Março. – explica Caltabiano – Na França também houve um aumento em Julho, embora menos pronunciado do que no inverno”. Portanto, se é uma anomalia, é uma anomalia que tem afectado toda a Europa Ocidental. […]

O Ons, Instituto Inglês de Estatística, publicou uma nota mostrando que o excesso de mortes, semelhante ao registrado na Itália, não se deve à temperatura, uma vez que o inverno de 2014/2015 foi relativamente ameno. No nosso país, a temperatura média em Janeiro de 2015 foi de 6.6°, idêntica à temperatura média em Janeiro dos quatro anos anteriores. Então, como explica o pico da mortalidade?

A razão, portanto, não é o frio, mas pode ser a gripe. “Na época da gripe 2014/2015 acredita-se que houve o uso de uma vacina de baixa eficácia – explica Oliva novamente no Neodemos.info – devido a uma mutação do vírus sazonal que tornou as vacinas preparadas menos eficientes”. Por várias razões, também houve uma queda na cobertura vacinal na Itália (abaixo de 50% para a população acima de 65 anos, como evidenciado pelos dados do Istituto Superiore di Sanità). “Estes dois fatores tornam a hipótese de um “efeito viral” muito plausível”, conclui Oliva, também com base na análise dos dados virológicos distribuídos pelo sistema europeu de monitorização da gripe. (Il Sole 24 Ore)

Conclusões

Quem tiver cérebro, tente usa-lo.

 

Ipse dixit.

23 Replies to “Dados: mortos com gripe em Italia desde 2015”

  1. Então quer dizer que as big pharma ao notarem uma baixa vacinação no últimos anos, resolveram criar a necessidade de vacinação em massa pra depois falarem: olha lá, viu o que acontece com quem não se vacina? Morre de gripe.
    Então a China entrou nessa brincadeira pra aproveitar-se da quebradeira geral e meter a mão no ocidente?
    Jamais fariam isto conosco. LOLOLOL

  2. Olá Max e amigos

    Tenho acompanhado junto a mídia e alguns blogs , obviamente o II também, todo esse processo ( até porque, só se fala nisso)..
    Também conversei com duas pessoas sérias, que trabalham na área da saúde e expus a eles os artigos contundentes apresentados por esse blog. Então , democraticamente , compartilho com todos os questionamentos que eles me fizeram:

    1 – A estatística de mortes por gripe sazonal apresentada na Itália nos anos anteriores, são de períodos maiores (120 a 150 dias ) que correspondem a parte do outono e inverno. Os casos relativos ao coronavírus são bem mais concentrados e num periodo menor, levando as autoridades a temerem o colapso do sistema de saude. Ao adotarem medidas restritivas, eles esperam que os casos apareçam de maneira mais esparsa e assim a rede hospitalar possa suportar, pois enquanto um enfermo ocupado um leito, dará tempo para um curado desocupar outro.

    2 – Não é possível comparar os dados relativos as gripes sazonais porque elas não tiveram o controle que está tendo hoje. Acreditam eles, que devido a fácil transmissão do vírus, se as medidas restritivas não fossem adotadas e fosse considerada uma onda de gripe normal, certamente ( segundo eles ) teríamos números astronômicos para este ano.

    Tentei resumir o que me foi falado. O que vc Max, e demais leitores acham?

    1. As estatísticas são importantes mas a questão aqui é o que está por de trás de tudo isto, e não, não tem nada a haver com um vírus mau que vai matar toda a gente.

      O que se está a passar para além de uma gigantesca crise económica premeditada, é o início e os preparativos para uma guerra mundial nos moldes do Século XXI, com o objectivo de continuar a manter o corrupto sistema financeiro dominado pelo regime da Inglaterra e a perda de influência do mesmo.

      Mas o que me deixa intrigado é a retirada das tropas Norte-Americanas do exercício «OTAN Defender a Europa 2020»…

      Aproveito e deixo aqui um artigo de Thierry Meyssan sobre a actual situação:

      – Covid-19 : propaganda e manipulação
      https://www.voltairenet.org/article209505.html

      1. O processo encaminha-se, inexoravelmente, para uma tentativa de subjugação armada dos EUA contra a China. Pois o império sente-se seriamente ameaçado pela via econômica. E não sabe mais o que fazer. Ou seja, teremos EUA/EUA/Casa de Saud x Irã/Rússia/China. A noiva atende por Eurasia.

    2. Tudo é questão de timming, por que se importar com os mortos só agora se isso acontece a tempos? Por que a mídia tá sincronizada? Concordo que seja mal no sentido de transmissão, ainda mais que mais da metade dos casos é assintomático. O grande problema aqui é o timming.

      1. Olá Sérgio!

        Lembrei-me de algo que acho ser bem importante.

        A grande maioria dos casos mortais acontecidos em Italia teve lugar numa zona bem definida do País, as provincias contíguas de Bergamo e Brescia. O resto da Italia tem números bem mais inferiores ou até residuais (como em algumas regiões do Sul). Este é algo que temos que ter em conta pois o risco é aquele de passar a ideia de que o Coronavirus matou 6.000 pessoas na Italia toda. Não, não é assim: apesar de ter um inteiro País à disposição, o vírus escolheu matar numa zona bem definida.

        Isso é esquisito e, por enquanto, não tem explicação considerado também que, segundo os virologistas, o vírus é o mesmo em todo o País. Mas decidiu atingir mais numa das zonas mais ricas de Italia.

        É uma anomalia que se junta àquela africana: que raio de gripe mata na Europa mas parece ignorar a África?

        Não tenho respostas, lamento.

        1. Grato Max, sempre solícito.

          No caso da Africa, talvez o vírus tenha chegado mais tarde ou também, os números não sejam tão precisos, pois é uma parte do mundo esquecida pela grande mídia.

          Qto a maior mortandade na região norte , não pode estar relacionada a diferença de temperatura? Ou a maior concentração de idosos na região mais rica, onde estatisticamente a longevidade é maior?

          Abraço

        2. A campanha de vacinação maciça do ano anterior incidiu mais nessas áreas ou foi uniforme ? A vacina foi a mesma em todo o pais? A campanha de vacinação pode ter sido um “cavalo de Troia” que apenas aguardava um maior pico de gripe ou uma estirpe deste género que como sabemos pode ocorrer naturalmente. A bomba poderia até estar armada a muitos anos e apenas aguardar um gatilho… e o gatilho poderia ser um evento banal.
          Outro assunto completamente diverso mas que me dá que pensar … depois “disto” os Italianos ainda mantém alguma réstia de sentimento pró-UE ?

    3. Olá Sergio!

      Vou tentar responder, tendo em consideração que não tenho nenhuma formação na área da saúde.

      1. A gripe em Italia já tem um mês, pois em Portugal começou mais tarde. Um mês = 30 dias = 6.000 mortos. Considerando 120 dias perfazem 24.000 mortos. Absolutamente não longe das médias da gripe sazonal, tendo em conta a alegada “alta transmissibilidade” do Coronavirus, e de acordo com os números dos anos piores tal como foi o de 2015 (aliás , 2015 foi pior do que isso).

      2. É curiosa esta afirmação pois Italia foi acusada de não ter implementado as medidas de contenção mais cedo. Mas, além disso, há outra questão: a ideia de que se “as medidas restritivas não fossem adoptadas…” está errada porque erra o universo de referência. Ou seja: as pessoas entre os 0 e 100 anos sem problemas graves de saúde não morreriam nos outros anos tal como não morrem hoje. Como em todas as gripes sazonais, os alvos das consequências mais nefastas não é o total da população mas uma categoria bem específica e numericamente limitada, que também é “flutuante”: quem está gravemente doente hoje, pode estar bem amanhã e vice-versa.

      Não podemos esperar que sem as medidas os números chegariam aos milhões de mortos porque não há, em Italia, um número tão elevado de pessoas com um estado de saúde tão grave. Não é suficiente ser idoso para morrer “de Coronavirus”; não é suficiente ser idoso e ter uma doença grave para morrer com Coronavirus; depende também da doença. Como já publicado por Informação Incorrecta, a maioria dos óbitos interessou pessoas com 2, 3 ou até 4 patologias graves em contemporânea. Falamos aqui de doentes com câncer, obesidade mórbida e cardiopatia, tudo junto.

      Não podemos esquecer que, nesta fase do psicodrama, todos os casos suspeitos são logo sinalizados, pelo que não há o fenómeno das “mortes submersas” como há nos outros anos. Hoje o velhote com diabetes a 500 tem um golpe de tosse e pede logo para fazer o teste; nos outros anos nem liga e morre em casa. O resultado é que nunca sabemos ao certo o número total da vítimas da gripe, só temos estimativas. Este ano é diferente: em Italia há 6.000 indivíduos e não 7.000 que sabemos terem morrido “de gripe” por assim dizer.

      A diferencia com o ano passado? Uma: as pessoas estão a entupir os hospitais e o sistema de saúde arrisca o colapso. Este não é psicodrama, é a realidade fruto do alarme provocado.

      Espero ter ajudado!

  3. No vídeo seguinte ao minuto 2:10 o Prof. Didier Raoult faz a seguinte afirmação:
    ‘Até agora tivemos efectivamente 4 mortes que foram associadas ao Coronavirus, mas um só Coronavirus chinês, depois do inicio do ano, e três a um Coronavirus não chinês.’

    1. Bom video Krowler! É pena não haver uma tradução em português correcta. Vi me grego para perceber!

      Max, e em Espanha? Em Madrid tb está a ficar tudo maluco. E lá a polícia não brinca!

      https://observador.pt/2020/03/23/espanha-militares-encontram-idosos-em-residencias-a-viver-em-contacto-com-corpos-infetados/

      Outra questão max. Em relação aos teste s efectuados, são específicos para CoVid19 ou para Coronavirus em geral? Para mim não são, pois até o Jorge Jesus fez três vezes o teste… Mas gostava de saber mais, é não encontro.

      1. Rui!

        Óptima pergunta: qual Coronavirus está a ser testado? Eu também acho que está a ser testado o Coronavirus “mau”, mas então surge uma dúvida: e as mortes provocadas pelos outros Coronavirus? Porque, como lembra o Doutor Champagne no vídeo do Krowler, há mais do que um tipo a circular. E, pelo visto, os outros Coronavirus também são responsáveis por óbitos. Ficam todas como morte “por Coronavirus”?

        Agora fiquei curioso, vou ver se encontro algo.

        1. Se não for um teste específico ficamos então com uma larga família dentro do mesmo saco! E isso já é outra história…
          Veremos…

          1. correcção: *ficamos com uma larga família de vírus dentro do mesmo saco!*

            Opah sou muito céptico em relação aos testes… temos tecnologia para identificar geneticamente só o Covid19?

    2. Pois Krowler,

      o Coronavirus não é um novo conhecido. O MERS de 2012 era um Coronavirus, a SARS de 2002 também. Normalmente provocam constipações, algumas linhas de febre, bronquites, pneumonia ou adenóide durante o Inverno e o início da Primavera. É uma família de vírus bastante comum, não admira que haja mais do que um tipo que circule. A propósito, isso liga bem com a resposta ao comentário a seguir.

  4. «…Não, não é assim: apesar de ter um inteiro País à disposição, o vírus escolheu matar numa zona bem definida…»

    Precisamente, é como colocar gradeamento e fita balizadora em volta do acesso à praia que tem atrás de si um grande complexo habitacional e um jardim público.

    Esta medida significa o quê? Que o vírus tem também uma predilecção para atacar nas praias? E para lá do gradeamento, no complexo habitacional, no jardim, já não é do seu agrado?

  5. Olá Max e todos: eu ando meio que sem palavras diante de situações que nem no mais remoto pesadelo eu pudesse vivenciar. Aqui onde moro o nível de onipresença e onipotência das forças policiais corresponde ao nível de amedrontamento das pessoas em geral.
    Só para tentar enviar uma descrição para vocês:
    Passo uma mensagem para a minha dentista solicitando atendimento a portas fechadas em função de um dente que está me incomodando. Ela responde que está com o consultório fechado e tem ordem (de quem? da polícia) para só atender urgência acompanhada de um policial.
    Telefono para a minha fornecedora de um creme que se esgotara e peço para encontrá-la onde quisesse e me fornecesse um frasco do material. Ela dispõe-se a me entregar o produto na sua lojinha no centro da cidade, e marcamos hora. Ela abre a porta do seu comércio para me repassar o produto e dois indivíduos abelhudos correm os olhos, e ainda avisam: a gente vai denunciar vocês. ( a delação é algo altamente valorizado num país onde a justiça se utiliza majoritariamente dela)
    Inútil procurar na internet alguém que questione os números da gripe atual, inútil tentar explicar alguma coisa que divirja da opinião construída com uma rapidez nunca vista por mim. Um ou outro marginal do sistema tipo meu amigo Amarildo, após ter sido confiscadas as marmitas de boa comida que orgulhosamente consistiam agora em mais uma fonte de renda me pergunta a respeito. Digo o que penso e ele me diz aliviado: era isso que eu queria ouvir.
    Recebo dezenas de videozinhos pelo celular, todos atendendo ao mesmo padrão, inclusive um que só vira em filmes de ficção atingidos pelo contágio de doenças lançadas na população e produzindo pilhas de mortes pelas ruas. A cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina absolutamente vazia, excluindo um dronezinho sem vergonha a vasculhar as ruas, escadarias, pontes desertas. SC com certeza ainda vai ganhar um prêmio de cidadania
    Isso não está acontecendo nos grandes centros onde a população periférica e favelada não dá a mínima nem para polícia nem para a gripe e continua lotando os meios de transporte e trabalhando, até porque não existe polícia que chegue em meio a tanta gente, e em certos lugares de moradia a polícia não entra. Só se enfiarem o caveirão do Dope, o exército armado até os dentes e por aí vai.

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